1. O Caso do Juiz Espanhol
Chega ao fim o caso Baltazar Garzon que mereceu destaque desproporcionado e lampejos de jornalismo de causa e mistificação em Portugal. Parece que dois fatores concorreram para a relevância e o peso que o assunto teve entre nós:
(1) Garzon é um juiz mediático porque emitiu um mandado de captura internacional sobre Pinochet (mas apenas sobre Pinochet, sobre Fidel Castro, não). Embevecido pela adulação recebida, a partir daí tomou outras iniciativas judiciais mediáticas e sectárias, a última das quais consistiu em mandar desenterrar cadáveres das vítimas “boas” da guerra civil espanhola (mas apenas das vítimas "boas", das outras vítimas, não).
(2) O dinheiro escasseia, as deslocações de jornalistas em reportagem também, mas Madrid é perto e baratinho, dá para aparecer em direto e fazer uns floreados em horário nobre. Comer “tapas” e beber “cañas” por conta do orçamento da redação também contribui para a espontaneidade dos enviados.
2. A anedota do Juiz Espanhol, ou Anedotas sobre Moral com Espanhóis
Há uns anos, mais a sul, contaram-me a “anedota do dentista espanhol”:
Um português vai à consulta de um dentista espanhol.
O português pergunta: “Vai doer?”
O dentista espanhol responde: “Não, não vai doer nada, sente-se.”
O português senta-se e agarra os melhores amigos do melhor amigo do dentista e pergunta-lhe outra vez: “Vai doer?”
O dentista espanhol responde: “…. vai doer um bocadinho… é melhor tirar a mão daí…”
Agora temos uma nova anedota sobre moral com espanhóis, a “anedota do juiz espanhol”, sob a forma de petição, explicada aqui, original aqui.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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2 comentários:
:D
E já nos esquecemos que foi este cidadão espanhol intitulado juiz que recusou a extradição para Portugal de Rosa Casaco, acusado de ter assassinado o General Delgado em Espanha, onde vivia há anos com identidade falsa!
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