Agora que se sente no ar alguma descompressão e se aproxima a saída da Troika vale a pena seguir as soluções propostas pelas velhas e novas elites. Estas soluções serão de vários tipos:Soluções “culto da carga”: A ideia será sempre simular os sintomas de desenvolvimento imitando-os. Por exemplo, países ricos têm taxas de juro baixas, a solução para Portugal é taxas de juro baixas. Os países ricos têm elevados níveis de educação, a solução para Portugal é aumentar o número de licenciados e gastar dinheiro em educação. Os países ricos têm um número elevado de patentes, sai um subsídio para promover o registro de patentes.Soluções “políticas”: São as soluções em que um passe de mágica político resolve um complexo problema económico. O grande exemplo desta categoria de soluções é a proposta já quase unânime entre as elites de demitir Vitor Gaspar. Mas podia ser demitir o governo, fazer um governo de salvação nacional, eleger um líder alternativo etc.Aposta nas “apostas”: Algumas palavras chave para reconhecer más ideias: “aposta”, “prioridade”, “designio”, “cluster”, “crescimento”. Mal se sintam libertas de constrangimentos, as nossas elites vão começar a debitar mais vezes estas palavras.Soluções “mandem dinheiro”: Eurobonds, orçamentos europeus, subsídios de desemprego europeus, juros mais baixos, perdões de dívida. Também conhecida pela solução “Pai Natal”, as nossas elites adoram dinheiro caído do céu.Soluções “não sei fazer contas”: Tudo o que envolva resolver um problema de milhares de milhões de euros com soluções de milhares de euros. Do tipo, “temos que acabar com as mordomias dos políticos”. Outra variante é pagar o défice com dinheiro virtual, seja da economia paralela, seja dos off shores seja da Taxa Tobin.Soluções “back to 2007″: Estas soluções envolvem recuperar o modelo de Estado e de economia pré-crise. Inclui sempre mais despesa, mais défice, mais dívida, mais obra e mais projectos sem procura.Haverá sempre algo de comum a estas soluções: não envolverão nem trabalho, nem esforço, nem poupança.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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quarta-feira, 19 de junho de 2013
As elites, novas e velhas
No Blasfémias, algo que todos devem colocar na mesa de cabeceira, na mesa de trabalho e pendurado no retrovisor. Algo que todos os políticos e sindicalistas devem obrigatoriamente ler 10x antes de abrirem a boca (mesmo para arrotar, exactamente para evitarem iluminados arrotos).
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
2 comentários:
Li por alto, e achei interessante...
MAS permita-me opinar sobre "Soluções “não sei fazer contas”, Eu sentir-me-ia mais propenso a acreditar num país ou "políticos" se essas mordomias fossem completamente limpas. São tostões! OK! Mas se queres ser exemplo (políticos) tens de o demonstrar.
Até lá, continuarei a não acreditar nesta "escumalha".
A. Gomes
Li por alto, e achei interessante...
MAS permita-me opinar sobre "Soluções “não sei fazer contas”, Eu sentir-me-ia mais propenso a acreditar num país ou "políticos" se essas mordomias fossem completamente limpas. São tostões! OK! Mas se queres ser exemplo (políticos) tens de o demonstrar.
Até lá, continuarei a não acreditar nesta "escumalha".
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