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sábado, 10 de novembro de 2012

Dos "defensores" dos alunos NEE

[Comentário deixado aqui, relativamente a um outro comentário da comentadora Emília Pestana.]
[Actualizado]

#18

Cara Emília Pestana,

A razão porque os NEE vêm sempre à baila quando se discutem assuntos referentes a escolas estatais ou de propriedade privada é outra.

Poucos casos, como o dos NEE, são alavancas para instalação de boys (há muitos tipos de boy).

O panorama não será geral mas é geralmente preocupante.

Começa por se descobrir alunos NEE por dá cá aquela palha. Depois cada aluno NEE trás consigo uma outra necessidade especial, a de mais boys. Esses "cargos" são particularmente atractivos porque são, regra geral, desempenhados em várias escolas permitindo que os "apoios" se encontrem em toda a parte e em lado nenhum excepto, por exemplo, nos respectivos consultórios (estatais, particulares ou outros).

Mas isto, sendo mau, não é o pior. O pior é que um aluno que lhes calhe nas teia e que em geral terá, quanto muito, uma pequeno problema orgânico facilmente ultrapassável a esforço próprio, passa a ser "caso especial", mantendo-se como tal até à maioridade e ganhando o "direito" de aprender apenas metade. Um dos 'achados' mais 'preciosos' é o disléxico.

Entretanto, aqueles que querem realmente ajudar alunos com problemas de monta vêem-se na mira dos boys a quem não interessa que demasiados problemas (reais) sejam resolvidos. Se forem, suspeitas poderão surgir.

No momento em que se discute se o ensino (falar-se em educação, neste momento, é puro pretensiosismo) deve estar a cargo de estabelecimentos estatais ou de propriedade privada, surgem, naturalmente, os mais acérrimos defensores da balda generalizada, utilizando novamente os alunos NEE como arma de arremesso.

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[Outro comentário meu a Emília Pestana:]

#13,
Cara Emília Pestana,

A foto que nos deixa é verdadeira mas descreve apenas o cenário dos dias de hoje.

Muito embora eu esteja consciente que muitos deles não sabem de onde vêm, para onde vão ou ‘que horas são’, defendem o status-quo montado anteriormente. A ideia inicial era a de, à velha maneira socialista, se substituírem à burguesia que detinha os agora praticamente inexistentes meios de produção que criavam riqueza (efectiva, perdoem o pleonasmo). Intrinsecamente incompetentes, esta cripto-burguesia socialista apenas encontrou na máquina do estado o meio para pertencerem à burguesia possível que, inevitavelmente, tem vindo a ficar sufocada à medida que o estado foi tendo crescente dificuldade em apoderar-se do dinheiro dos outros.

Há, evidentemente, varias estirpes de cripto-burgueses. Alguns, o caso, por exemplo, da o caso da FENPROF/CGTPCP, usam a posição para disseminarem o cripto-fascismo. O cripto-fascismo deles apenas tolera a iniciativa privada (Hitler) até ao momento que que a podem contornar (Estaline). Quando estiver (lagarto, lagarto) assegurado o cripto-fascismo deixarão de gerar comunicados para disseminar proclamações que rapidamente se tornarão lei, escrita ou não.

Há portanto aqui, também, um cenário em que os defensores do status-quo são carne para canhão dos cripto-fascistas, tal como são os alunos, hoje, carne para canhão de toda esta cáfila numa promessa de proletariado que os sustentará nas urnas até que estas possam ser descartadas. Para eles, a democracia sempre foi burguesa.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"A busca da chave"






(imagem obtida aqui)



Todos conhecem a anedota do homem que, perdendo à noite a chave à porta de casa, vai procurá-la debaixo do candeeiro da rua por aí ter luz. Os portugueses fazem isto há muito, insistindo numa solução nacional por sucessivos governos falhados, sem notar a realidade socioeconómica que passa ao lado.

Na recessão o pêndulo da popularidade anda mais depressa. O anterior Governo, que nos trouxe à crise, caiu em desgraça ao fim de uns anos. Foi substituído pelo actual que, após poucos meses de esperança, já o seguiu no descrédito. É espantoso, mas ainda há quem acredite que mudar o Executivo fará diferença. Há séculos que se repete o ciclo, sem que se aprenda. Continuamos fiéis adeptos do Estado mas violentos inimigos do Governo da altura. A política há-de ter a solução nacional, embora os políticos não prestem. O paradoxo merece reflexão, em especial no momento em que o Governo, de forma totalmente inesperada, conseguiu algo espantoso. E é violentamente zurzido por isso.

Em 2011, pela primeira vez desde 1950, o total da despesa pública desceu em termos nominais. Caso único nos últimos 60 anos, é fenómeno histórico que ninguém achava possível. A responsabilidade é partilhada, porque nesse ano o Ministério das Finanças foi dirigido por Teixeira dos Santos até 9 de Julho e Vítor Gaspar depois. Embora o maior esforço seja do segundo, a execução orçamental dos primeiros seis meses, de acordo com o Relatório do OE para 2012 (quadro II.2.1.), reduziu a despesa total em 1.9%, boa ajuda para a descida de 5,5% nominais no ano. Mais impressionante, o feito repetiu-se em 2012, em que haverá uma descida da despesa total em 10,2% nominais, algo a que ninguém vivo assistiu.

E não se prevê que volte a assistir, pois as contas para 2013 já dão uma subida nominal e real da despesa. Mas ao menos contaremos aos nossos netos que vimos o impossível: o Estado cortou a despesa duas vezes. Todos os Governos, em democracia ou ditadura, falam disso há décadas. Todos têm rigor e contenção, mas houve um que teve mesmo. E é considerado o pior Governo de sempre por causa disso. Não admira que ninguém o volte a fazer.

Governos criticados são a sina nacional pelo menos desde o Dr. João das Regras. Nunca se viu um executivo de quem a opinião pública tenha boa opinião e só será louvado anos depois, como argumento para atacar o sucessor. Mas há aqui algo errado. Ouvindo as opiniões comuns acerca da péssima qualidade das políticas e ministros, a única conclusão razoável é que Portugal está tão mal quanto o Zaire. Como constatamos que, mesmo com crise, somos mais ricos que a Coreia do Sul, alguma coisa falta na análise.

O motivo é que passamos a vida a procurar no lado errado. A capacidade da nossa sociedade e economia são espantosas e têm conseguido ao longo das décadas resultados únicos. Desta vez, perante o choque brutal da crise internacional e austeridade interna, de novo se estão a notar excelentes capacidade de ajustamento, flexibilidade e imaginação por parte das nossas famílias, empresas, trabalhadores e cidadãos. No meio dos sofrimentos fazemos maravilhas. Na taxa de poupança, balança externa, transformação sectorial, criatividade empresarial há efeitos rápidos e inesperados que, embora devidos ao choque e desespero, farão o País sair da crise. Só que ninguém nota por todos estarem fascinados com a dança nas cadeiras ministeriais.

Talvez o mais incompreensível seja encontrar tantos economistas que, esquecendo aquilo que aprenderam, se sentam à porta do Parlamento e ministérios, esperando daí o processo de desenvolvimento. Dado que o Estado tem de fazer dieta, é evidente para eles que a economia não poderá crescer, como se estivesse nas páginas do Orçamento a origem da dinâmica produtiva. Por isso boa parte das análises que ouvimos devem mais ao Conselheiro Acácio e Conde de Abranhos que a Adam Smith e Paul Samuelson. Os intelectuais portugueses continuarão a procurar a chave debaixo dos holofotes partidários. Felizmente a economia não espera por eles para arrumar a casa.

sábado, 3 de novembro de 2012

"Gente fixe"


(foto obtida aqui)

Ainda Alberto Gonçalves, no DN:

Um daqueles grupinhos que passam a vida a brincar no Facebook e se queixam do desemprego instigou os adeptos da bola a entoarem Grândola, Vila Morena durante o jogo Portugal-Irlanda do Norte. Em prol do efeito cénico, a cantoria deveria acontecer aos 20 minutos e 12 segundos da partida (2012, percebem?) e, segundo os preponentes, visava exibir a "senha que nos uniu em lutas passadas", já que "ombro a ombro sabemos que outro caminho é possível e que iremos percorrê-lo". Bonito. Infelizmente, absurdo e pouco produtivo.

Por um lado, não se percebe porque é que se protestam salários mínimos de 500 euros e em simultâneo se recorre ao reportório do falecido "Zeca" Afonso, intérprete e autor inspirado por modelos de sociedade onde um trabalhador mataria a mãe a troco de um salário assim. Por outro lado, com a desertificação do Interior, a Grândola perdeu pertinência: quantos portugueses se estendem à sombra das azinheiras? Por fim, não se admite confiar tamanha responsabilidade a espectadores de futebol, os quais fatalmente se distraíram a contemplar linhas de passe e, aos 20.12 m, nem um pio se ouviu no estádio do Dragão. Não houve senha. Não houve luta. Não houve união. Não houve caminho alternativo. E, rezam as crónicas, até a selecção se arrastou no relvado.

Em matéria de resistência, nada como deixar o assunto ao cuidado das figuras da cultura. Em Portugal, "figura da cultura" significa algum indivíduo que alguma vez tenha recebido algum subsídio para produzir alguma coisa por que cidadão algum se interessa. São, pois, muitas figuras. Foram, pelo menos, as suficientes para compor as manifestações de sábado passado, ainda que, fora do Porto e de Lisboa, certas manifestações tivessem tanto público quanto os espectáculos regulares de muitas das figuras em causa.

O essencial, porém, é que tudo correu conforme o esperado. Na Praça de Espanha, Maria do Céu Guerra declamou aquilo que no Terceiro Mundo passa por poesia ("O que é preciso é gente/gente com dente/gente que tenha dente/que mostre o dente//Gente que não seja decente/nem docente/ /nem docemente/nem delicodocemente"). Uma menina que não conheço leu uma glosa do Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros (se não há um comunista à mão, arranja-se um "fascista": a "cultura" só não venera democratas). O marido de uma apresentadora de variedades que aufere 24 mil euros mensais na RTP desfilou preocupado com a pobreza. Os Deolinda tocaram Parva Que Sou. E principalmente brindou-se a multidão com a nova preciosidade saída da cabeça de Carlos Mendes: A Cultura Não Se Troi-ka, que serviu de hino e cartilha ideológica das festividades.

Por mim, levo sempre a sério um movimento fundamentado no pensamento filosófico do cançonetista que nos legou Siripipi de Benguela. Eis a filosofia: "Disparamos uma bala de ternura defendendo a cultura portuguesa/e outra bala mais acesa e mais dura contra a troika vai dizer não à tristeza." E o refrão acrescenta: "Somos mais gente fixe a dizer esta troika que se lixe." Por azar, nem o sr. Mendes nem a gente fixe em geral explica o que julgam restar do país depois de lixada a troika. Talvez imaginem uma folia permanente, na qual uma minoria convencida do seu esclarecimento usa o dinheiro da ralé para obter os privilégios que a ralé não alcança e não compreende. Ou seja, o costume. Não admira que a "cultura" à portuguesa viva agarrada ao Estado: no fundo, são igualzinhos.

(imagem obtida aqui)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Juízes: Corruptos? Porque não?

Ficámos agora a saber que se quem ganhar menos que os juízes for corrupto, a sua conduta fica automaticamente justificada:
O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) disse hoje que os magistrados judiciais temem que os cortes salariais constantes na proposta do Orçamento do Estado para 2013 podem "pôr em causa o princípio da independência".

2016: Obama's America


2016: Obama's America (ver vídeo)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Guinotilinárias


"Afinal É Um Ramirílio", afirma Paulo Guinote. E vai mais além:
Quase pela certa, a suposta emília. Há tiques que não resistem a uma análise de conteúdo.
Por ramirílio, entenda-se um jovem investigador, com escassa obra publicada e nenhuma responsabilidade na formação de professores. É que poderiam pensar outra coisa.
Uma espécie de filho do rio d’oiro.

Terá batido com a cabeça? Talvez, voltando a bater, lhe passe. De qualquer forma, as melhoras.

Não há pior "europeu" do que aquele que sempre se recusou a ver




Excerto de uma notícia no jornal SOL (sublinhados meus):

(...)

“Segundo o livro This time is different, de Kenneth S. Rogoff e Carmen Reinhart, docentes da Universidade norte-americana de Harvard, que analisa as crises financeiras passadas, só nos últimos 200 anos existiram, pelo menos, 250 falências de países, alguns deles várias vezes.

A História revela sempre dados curiosos. Desde 1800 até aos dias de hoje, Portugal entrou em incumprimento seis vezes, Alemanha e França oito vezes e a Espanha 13 vezes. Os espanhóis, aliás, foram os que mais processos de falência perante os seus credores registaram em todo o Mundo. Já países como os EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda ou Suécia cumpriram sempre as suas obrigações perante os seus credores internos e externos.

Os dois autores estudaram ainda a duração da falência de um país, ou seja o número de anos em que este não pagou aos seus credores. A Grécia aparece em destaque com uma história de incumprimento único: desde 1839 até hoje, mais de metade destes quase 200 anos foram passados em default, adianta o estudo. No top dos campeões dos incumprimentos, segue-se a maioria da América Latina (40% dos últimos dois séculos em falência).

(...)

Olavo de Carvalho - Palestra "O Totalitarismo Islâmico"

24 de maio de 2004.


sábado, 27 de outubro de 2012

Corrupção

Um leitor interessado perguntou porque não abordamos aqui a problemática da corrupção.

Sem vasculhar a resposta exacta que lhe terei dado e falando por mim, diria que se fala de vez em quando do assunto, muito embora não necessariamente dos casos de corrupção que vêm aflorando cada vez mais insistentemente. Talvez no blog-primo, o Ab-Logando, se tenha falado mais na coisa mas, voltando à minha resposta e sem prejuízo de não ter, de facto, afinfado as marretadas que me apetecia nos referidos casos (a vida tem que continuar), interessa-me mais a corrupção como um todo, como oxidação da simples lógica das coisas necessária ao ataque que a moral e a ética têm inexoravelmente sofrido de há muitos anos a esta parte, não só na generalidade do mundo ocidental como em Portugal.

Não sei se conseguirei algum dia falar do assunto com alguma abrangência, não sei se terei mesmo pedalada para tal tarefa que exige um fôlego que nunca tentei. Uma coisa é certa, a corrupção mora em nós todos de tal forma que me parece por vezes que só corrompendo os seus próprios mecanismos, quando identificáveis, se poderá, provavelmente, atenuar em parte os seus efeitos. Teremos provavelmente que nos contentar com a grossa e óbvia, formal, material e pontual corrupção, porque a outra, mais geral e genética, não tem, provavelmente cura no horizonte de algumas gerações. Os desgovernos que resultam da primeira são de monta, mas a segunda assegura o retorno ao generalizado desgoverno, eufemismo para insipiência em auto-determinação pessoal que, extrapolado para o colectivo, redunda nem pantanal em que todos berram sabendo de quê mas não porquê.

Pelo-sim-pelo-não, em jeito de início de conversa, aqui vai alguma 'literatura', transmitido pela TV PUC-SP em 20 de setembro de 1998.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O santo justiceiro



Fazendo jus àquela observação de não me lembro quem, segundo o qual "Aos 20 anos, quem não é comunista não tem coração; aos 40 anos, quem é comunista não tem cabeça.", também eu, na minha juventude fui, não comunista mas "de esquerda". E Fidel Castro, não sendo o meu modelo, era, apesar de tudo, uma referência.

A célebre entrevista que ele deu, na Sierra Maestra, a um jornalista americano, nunca a vi, porém, até há pouco tempo, quando ela passou num canal de TV, a propósito do falecimento desse jornalista. O qual, aliás, revisitando Cuba passadas décadas, e revendo aqueles que ajudou involuntariamente a promover, se mostrou visivelmente constrangido.

E devo dizer que, se, na altura, eu tivesse tido acesso a essa entrevista, Castro jamais me teria enganado, ainda que jovem. E interrogo-me como foi possível que, a não ser por interesses inconfessáveis (de conveniência de "estratégia política" ou outros) ou por cegueira incurável, aquela postura de "pinta aldrabófilo", de charlatão arruaceiro, de chefe de gang de bairro, haja logrado ser entendida como a de um político e não como a de um mero aventureiro gingão, que após o triunfo, refinou hitlerianamente a sua imagem de orador até à máscara de estadista santificado pelo seu inacessível nível ideológico.

E como dizia o "super-homem nazi" (que não o de Nietzsche), quem tem por objectivo o homem de amanhã não está preso a qualquer ética. 

Vem isto a propósito do que aqui se noticia:


Documentos dos serviços secretos alemães que eram sigilosos até esta segunda-feira indicam que Fidel Castro tentou contratar ex-oficiais das SS para treinar o exército cubano.

A procura da experiência de ex-oficiais nazis deu-se durante o episódio que ficou conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, que aconteceu precisamente há 50 anos. Os soviéticos decidiram instalar mísseis nucleares em território cubano, levando a que os EUA bloqueassem a ilha por ar e terra e exigissem a retirada do armamento nuclear.

Segundo os documentos agora tornados públicos pela agência de serviços secretos alemã (oBundesnachrichtendienst, conhecido pela sigla BND), Fidel Castro procurou aliciar, em Outubro de 1962 e com recompensas financeiras avultadas, quatro antigos elementos das SS para treinar as forças cubanas, acabando dois destes por aceitar e desembarcar na ilha.

“Como pagamento foram oferecidos o equivalente a mil marcos alemães por mês, em moeda cubana, e mais mil marcos alemães por mês, na divisa desejada”, que seriam depositados numa conta num banco europeu, detalham os documentos, citados pela BBC. Este pagamento era quatro vezes superior ao salário médio alemão da altura.

“Obviamente, o exército revolucionário cubano não receava o contágio de ligações com pessoas de passado nazi, desde que isso servisse os seus próprios objectivos”, observou o responsável pela investigação histórica no BND, Bodo Hechelhammer, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt.

Os documentos revelam ainda que o regime de Fidel Castro abordou intermediários ligados à extrema-direita alemã para comprar armas a comerciantes belgas, com o propósito de ter vias alternativas para equipar o exército cubano e não estar dependente apenas dos soviéticos.

Notícia corrigida às 9h54 de 17/10: corrigida a citação no penúltimo parágrafo, que anteriormente era “Obviamente, o exército revolucionário cubano não receava o contágio de ligações com pessoas de passado nazi, desde que isso servisse os seus próprios objectivos”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nivaldo Cordeiro: O irracionalismo econômico de Dilma Rousseff



A entrevista de Armínio Fraga publicada pela Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/72140-banco-central-tem-que-explicar-c...) e o artigo de Mailson da Nóbrega (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/72101-o-governo-desmonta-as-institui...) no mesmo jornal dão conta que o irracionalismo irresponsável tomou conta da política econômica. O regime fascista está se agigantando dia a dia no Brasil, por obra do PT. É questão de tempo a desordem econômica cobrar seu preço.

domingo, 14 de outubro de 2012

Pelo saneamento básico nacional

 No Estado Sentido:


Portugal está podre. E está podre não só pela acção dos carrascos da nossa autonomia nacional, como pela omissão de todos os restantes. Em especial, de todos aqueles envolvidos na academia e na política, pilares fundamentais de qualquer democracia saudável. Já nem falo da qualidade do sistema de ensino. Refiro-me apenas à generalidade dos indivíduos que em maior ou menor grau controlam verdadeiramente estes dois círculos. Há académicos e políticos "bons", isto é, que independentemente do seu trabalho, são genuinamente boas pessoas, íntegras e honestas? Há, mas geralmente não são actores relevantes no controlo dos respectivos sistemas em que actuam. Os que verdadeiramente controlam, na sua generalidade são medíocres e mal formados. Portugal transformou-se num imenso esgoto onde a putrefacção tornou o ambiente irrespirável. Mas isto aconteceu não só pela acção destes ignóbeis indivíduos, mas também pela omissão dos restantes, e por estes compactuarem, ou melhor, compactuarmos, com aquilo que muitos de nós sabem que acontece, que é injusto, que é errado, mas contra o qual ninguém diz nem faz nada - sabendo-se que quem por aí envereda normalmente acaba em maus lençóis. E porque compactuámos e compactuamos com estas coisas, era apenas lógico que se tornassem dominantes e normais na sociedade portuguesa. Perdeu-se completamente o sentido de justiça em Portugal. O país é um enorme esgoto de corrupção, que começa no Governo e na Assembleia da República, qualquer Governo e qualquer Assembleia da República, e perpassa todo o aparelho estatal, o funcionalismo público, as autarquias e as universidades. A democracia portuguesa não se vai reformar, não só porque aos controladores do regime não interessa que se reforme, mas também porque nem sob protectorado, em estado de necessidade, se conseguiu reformar, já que o memorando de entendimento com a troika não tem sido cumprido no que à reforma do estado diz respeito. A III República já morreu, mas o seu óbito ainda não foi declarado. O regime vai implodir, mais cedo ou mais tarde. A quem eventualmente leia isto, digo apenas que não só não estou em Portugal, como provavelmente não estarei quando o regime implodir. Mas quando isto acontecer, se os portugueses e portuguesas, homens e mulheres livres e de boa fé, quiserem regenerar Portugal através de um regime assente nos princípios da liberdade e da justiça, que não compactue com aquilo que apodreceu a III República, contem comigo, naquilo que possa ser a minha parca contribuição para um futuro mais digno para todos os portugueses que aquele que actualmente enfrentamos. Tenham bem presente apenas isto: não se conseguirá empreender tal projecto se os senhores feudais que controlam actualmente o país forem mantidos no poder, nas estruturas que já referi. Sem um saneamento básico nacional, esta empresa estará falhada à partida.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma proposta interessante...

... digo eu.

"Voto em Branco: Conta"

«CADA VOTO EM BRANCO PASSARÁ A CONTAR PARA UM LUGAR VAZIO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

O voto em branco passa a ser tratado como se se tratasse de um voto num partido.»

"Europa" e ressonância magnética

A "europa" continua a inventar problemas para os poder "resolver".

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Das opções de engenheiros e gestores que decidem onde alocar o capital

No Insurgente (excerto):
Na passada semana, o ministro das finanças anunciou mais um brutal aumento de impostos que castigará ainda mais os elementos mais produtivos da sociedade. Os 10% que hoje em dia já pagam mais de 80% do total de IRS passarão a pagar ainda mais. Estes são os 10% que marcam a diferença, que mantêm empresas e empregos no país. Por mais politicamente incorrecto que isto seja, não é o produto do trabalhador indiferenciado das linhas de produção que faz a diferença entre uma empresa ter ou não ter lucros, fechar ou não fechar, gerar ou não gerar emprego, mas as opções de engenheiros e gestores que decidem onde alocar o capital. É a qualidade intelectual e ética de trabalho destas pessoas que mais contribui para a geração de riqueza e criação de empregos. Em qualquer sociedade estas pessoas formariam, merecidamente, a classe média-alta. Os mais empreendedores poderiam aspirar a pertencerem à classe alta. É a existência deste sistema de incentivos individuais que permite a uma economia crescer, tirando o máximo partido das capacidades de de uma pequena parte dos indivíduos, beneficiando todos. Parte da pobreza do país deve-se exactamente à extorsão fiscal feita a estas pessoas, retirando-lhes o incentivo a trabalhar, inovar, investir. Sob a bandeira da caça aos ricos, atacam-se os mais produtivos (que podem ou não corresponder aos mais ricos), deixando o país com menos oportunidades de emprego e com um sector empresarial cada vez mais concentrado em sectores dependentes e protegidos do estado (até ao ponto em que, ironicamente, as taxas de imposto mais elevadas já não serão aplicadas aos mais produtivos mas àqueles que beneficiam da protecção estatal).

sábado, 6 de outubro de 2012

Afirmações - 1




Mário Nogueira afirma que Nuno Crato "tem as mãos sujas".

Eu afirmo que Mário Nogueira é uma das enormes vergonhas deste país.

Eu afirmo que a FENPROF é uma das enormes vergonhas deste país.

Eu afirmo que a CGTP é uma das enormes vergonhas deste país.

Eu afirmo que, como cidadão deste país, tenho tanta vergonha de Mário Nogueira como tinha de Salazar.

Eu afirmo que, como cidadão deste país, tenho tanta vergonha da FENPROF como tinha de Salazar.

Eu afirmo que, como cidadão deste país, tenho tanta vergonha da CGTP como tinha de Salazar.

Fenprof "comemora" Dia do Professor com insultos ao ministro da educação

Comentários que deixei no ProfBlog:

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Se um aluno insultar um professor sindicalizado na FENPROF, o professor colhe a tempestade que semeia.

Chama-se a estes "professores" gente em menoridade mental.

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Quando se matricula um pimpolho deveria haver a possibilidade de excluir professores sindicalizados na FENPROF.

Haveria dois tipos de turma: turmas onde os alunos insultariam os professores e turmas onde essa possibilidade estaria fora de causa.

Enquanto professores alinharem em manifestações de insultos sem serem escorraçados pelos restantes, a generalidade continuará a ser tratada como rameiras. Uns portam-se como javardos, os outros como implicitamente apoiantes.

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Caro Almada Negreiros,

A ser como afirma ["chamar mentiroso a alguém que mente é insultuoso?"], o país deveria juntar-se para insultar a FENPROF.

São o PCP e respondem ao PCP dizendo-se sindicalistas e são capitaneados por gente que pertence a um partido que defendeu e continua a defender os regimes mais sanguinários da história.

Toda a gente mente e ninguém como os que compõem a FENPROF mentiu mais. Defendem encapotadamente, nas aulas, tudo quanto cheira a socialismo, ajavardaram todo o ensino sempre na perspectiva da defesa dos mais fracos condenando os mais fracos à insipiência, odeiam a democracia a que chamam, em surdina, de burguesa, reclamam por investimento público a torto e direito sabendo que esse investimento terá por proveniência a dívida, etc, etc.

São gente estalinista, niilista, adoradores dos mais sanguinários, opressores, cleptocratas e facínoras regimes que o planeta alguma vez viu surgir.

A FENPROF representa hoje, em Portugal, o esclavagismo possível.
"Two legs bad, four lebs good".

A FENPROF são os porcos que procuram o triunfo.

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Caro De Barroso,

Na URSS o adestramento e amestramento era feito enviando, por exemplo, cientistas ligados à exploração espacial para estadias de alguns anos nos Gulags, para que de lá saíssem embuídos nos mais ricos valores "humanistas".

A FENPROF defende que se saia da escola como se entrou pois, de outra forma, as pessoas ganhariam autonomia e dispensariam os timoneiros da classe operária.

Os professores da FENPROF, consciente ou inconscientemente (venha o diabo e escolha) alinham nesse desígnio e têm ajudado a criar hordas de deserdados da capacidade de poderem viver honradamente. A FENPROF é um instrumento de neo-esclavagismo. A FENPROF só vive havendo deserdados e amestra-os para se sentirem acolhidos na mostrenga e supervisionadora organização (PCP) para posteriormente adestramento na "arte" de suster no poder os respectivos dirigentes.

A FENPROF é uma das tropas de choque na batalha para a conquista do poder pelos porcos.

"Two legs bad, four legs good."

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os cangalheiros desta república

Sá sabíamos que a soberania de Portugal tinha sido ajavardada em favor da "europa" e, mais recentemente, e pelos mesmos mostrengos e cangalheiros, colocada na casa de penhores chamada troika.

Chega agora a confirmação oficial de que a república capitulou.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Veneno rasca Expresso





Estive a ouver o jornalista de Economia da SIC José Gomes Ferreira fazer alguns comentários às medidas hoje anunciadas pelo ministro Vítor Gaspar, no telejornal das 20h daquela estação. Há minutos, ao abrir o portal SAPO, deparo-me com o destaque da responsabilidade do (por assim dizer) jornalExpresso, com chamada de atenção para um video no qual, em 30s, José Gomes Ferreira resumiria o que pensa sobre essas medidas.

Devo dizer que, em muitos anos de vida, raramente me deparei com uma manipulação tão grosseira e nojenta. Quem assistiu, como eu, ao telejornal dar-se-á conta de que o excerto seleccionado inverte por completo o sentido desses comentários.

Expresso continua a ser, desde há dezenas de anos, um local escuso e mal-frequentado, que nem à qualidade de pasquim chega. Um exemplo da social-comunicação em que o parolismo viperino ganha, pela condição cultural do país, foros de jornalismo de qualidade. A qualidade dos dirigentes e "pensadores" do Portugal contemporâneo que nos levaram a onde nos encontramos.

Que parvo que eu sou...!



Nunca me teria lembrado disto, que encontrei aqui:

O director do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB, FSB) da Rússia declarou que os incêndios florestais na União Europeia são obra da organização terrorista Al-Qaeda.

"Este método permite causar sérios prejuízos económicos e morais sem necessidade de preparação prévia de meios técnicos e sem despesas financeiras significativas", declarou Alexandre Bortnikov numa reunião internacional de chefes de serviços de espionagem, realizada na capital russa. 

A estratégia das "mil picaduras" consiste assim em realizar várias pequenas acções em vez de atentados de grande envergadura. 

“A probabilidade de os incendiários serem descobertos pelos serviços secretos é mínima", acrescentou. 

Bortnikov disse também entre as forças sírias, que combatem o regime de Bashar al-Assad, e no Afeganistão se encontram elementos originários de repúblicas do Cáucaso do Norte russo. "Eles são para aí enviados pela organização terrorista Emirato do Cáucaso para "estágio", frisou. 

O Emirato do Cáucaso é uma organização muçulmana radical que luta pela separação das repúblicas muçulmanas do Cáucaso do Norte da Federação da Rússia: Chechénia, Daguestão, Inguchétia, Daguestão, Cabardino-Balcária, Karachaevo-Cherkéssia.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

400.000

Pela estatística da Google, implementada em Maio de 2009, o Fiel-Inimigo totalizou até hoje 400.000 leitores.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sem rodeios!

Alô, D. Rosa, alô, D. Rosa.

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Desconto de 15 por cento nas SCUT "é algum contributo"

Estou em crer que este tipo de medidas não vai trazer ao governo "problemas de comunicação". Todos vão perceber à primeira.

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Recusou as mãos, mas não recusou o cheque.

No 4ª República:

“Sempre fui uma mulher coerente; as minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência. Sou uma mulher de esquerda, sempre fui, sempre lutei pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores”.
Maria Teresa Horta
 
Palavras de Maria Teresa Horta ao recusar receber das mãos do 1º Ministro o prémio que lhe foi atribuído pela obra “As luzes de Leonor”.
 
Recusou as mãos, mas não recusou o cheque. Um cheque que essas mesmas mãos assinaram, ao subsidiar a Fundação Casa Mateus precisamente no valor do prémio e com tal finalidade.
Mas Teresa Horta é de esquerda e corente: fez a tradicional rábula, recusou a mão, mas aceitou o que lá vinha dentro.

"Jornalismo" estatal e propaganda

A militância de jornalistas em propaganda esquerdalha indignácara anda a perder toda a vergonha e a revelar-se sem limite.

Há uns tempos um jornalista da Lusa levou porrada por estar a tentar fotografar a cara de um polícia. Há poucos dias, um operador de câmara da TVI foi avisado, por um polícia, que não podia gravar a respectiva cara. A estação de TV, dando razão ao polícia mas sem deixar de exercitar o acto de propaganda, emitiu a manobra desfocando a cara do polícia.

Entre ontem e hoje, a correspondente da RTP em Madrid, Rosa Veloso, mostrou-se agastada por:
1 - Não a terem deixado, e ao operador de câmara, misturar-se entre os polícias
2 - Porque os polícias não traziam visível o respectivo número
3 - Porque "a polícia preferia usar os bastões ou disparos a usar megafones"



Em qualquer órgão de informação idóneo a jornalista seria despedida mas, em Portugal, tudo é possível por tempo indefinido.

domingo, 30 de setembro de 2012

Descubra as diferenças

Via Lisboa - Tel Aviv

Parece que a esquerdalha nazi-socialista (nesta fase) volta a recorrer às velhas técnicas estalinistas, desta vez pintando o cenário com apoiantes:


Repare-se nesta imagem e na sombra projectada pelo arco da Rua Augusta nos edifícios à direita. Repare-se na sombra do torreão do lado esquerdo, na Rua do Ouro e Rua da Prata.



A CGTP pintou o Terreiro do Paço de gente. A sombra do arco da Rua Augusta mantêm-se nos edifício à direita, a sombra do torreão desaparece e aparece gente na Rua Augusta, Rua da Prata e Rua do Ouro que se encontram igualmente sem sombras.

Estalinismo no seu melhor. Esta gente não tem vergonha na cara e não olha a meios. De facto, a imagem inventada teria 100.000 pessoas. A outra, na melhor das hipóteses 20.000

As dificuldades de comunicação de António Borges

No Blasfémias:

O Borges fala para um país em quase ninguém percebe o que se está a passar. Digamos que há uma dificuldade de comunicação entre quem percebe e quem não percebe os factos seguintes:
  • A dívida portuguesa atingirá 120% PIB no fim do ano e cada ano que passa soma mais de 5% do PIB à dívida. O default é provável dentro de 2 ou 3 anos se não forem cumpridas as metas do programa de ajustamento.
  • Os bancos portugueses estão a  desalavancar. Têm que reduzir empréstimos para reforçar o peso dos capitais próprios. Não haverá crédito à economia tão cedo. Os bancos portugueses não têm crédito externo porque o país também não tem e porque os bancos estão no limiar da falência.
  • os salários nominais do sector privado estavam ajustados ao nível de procura pré-crise. Essa procura era sustentada por dívida. Agora não há crédito, há menos procura mas os salários nominais são os mesmos, excepto nos casos em que foi possível negociar (pelo que percebi só com truques é que é possível reduzir salários, mesmo negociando). Por isso o desemprego disparou.
  • Se não houver uma desvalorização salarial por algum truque tipo TSU, a inflação demorará vários anos a baixar o valor real dos salários para valores consistentes com a procura actual.
  • Os níveis da procura não voltarão tão cedo aos valores pré-crise. Quanto mais tempo de tentar atrasar o ajuste mais tempo demorará a procura a voltar aos níveis anteriores.
  • Estimular artificialmente a procura, como pedem muitos empresários, apenas agrava o problema. Reduz a poupança, aumenta o défice  e retarda a redução do endividamento externo. Sem redução do endividamento externo o crédito não volta.
  • Austeridade é necessária para que em simultâneo se reduza o défice do Estado, se reduza o défice externo e se aumente a poupança. Redução dos  salários é necessária para capitalizar as empresas e libertar fundos para investimento. Redução dos salários pode ser lento, via inflação, ou rápido, via desvalorização interna. Quanto mais tempo demorar pior. Só quando este processo estiver completo é que voltará a haver mais procura, crédito, investimento e crescimento.
  • Tudo isto já seria complicado se não existisse uma possibilidade real de default. O risco de default implica que a janela temporal em que é possível resolver os problemas é muito estreita. Se não se aproveitar essa janela temporal, Portugal será um país zombie por muitos anos.
Aquilo que distingue o Borges da restante cambada de personalidades públicas que se pronunciam sobre os problemas do país é que, por um lado, o Borges percebe isto, por outro não deve nada a ninguém.  De um lado está o Borges, que percebe isto, e cuja mensagem é basicamente “o socialismo acabou”, e do outro empresários focados em manter o status quo de um mercado interno que depende de um consumo insustentável.

sábado, 29 de setembro de 2012

Rã, salta


Congeminações e leitura recomendada

Para o fim semana aconselho a leitura inicial deste artigo aqui ao lado seguida deste outro de Nicolau Saião.

As congeminações:

... houve uma tentativa de golpe nas secretas cujas pataniscas continuam voando ...
... há várias guerras dentro da justiça ....
... há guerras na tropa ...
... mas parece que os zénites da justiça têm vindo a sentenciar as suas próprias vitórias!

Começa a emergir um padrão?

Uma decisão gravíssima

No Blasfémias (bold meu):

«O Tribunal Constitucional chumbou a norma do Regulamento de Disciplina Militar que impedia as tropas de recorrerem para os tribunais civis de sanções disciplinares que lhes fossem aplicadas. O regime, aprovado por PSD, CDS e PS, obrigava os militares a cumprirem as penas disciplinares de imediato e sempre que a hierarquia superior o decidisse. Mas em resposta a um pedido de fiscalização feito pelo PCP, o TC considerou que este limite aos direitos dos militares é inconstitucional. Assim, desde Maio de 2012, qualquer militar pode recorrer de uma sanção disciplinar aplicada por um superior para um tribunal civil e só a cumprirá após decisão desse órgão

Que o PCP via Associação Nacional de Sargentos faça o seu trabalho de degradação das instituições é uma coisa sabida embora frequentemente esquecida. Mas que o Constitucional tome uma decisão que coloca em causa a própria existência da instituição militar é outra. Desconheço o que levou recentemente  o PR a chamar a Belém as chefias militares mas sendo Cavaco Silva Comandante Supremo das Forças Armadas espera-se que se pronuncie sobre o assunto quanto mais não seja como sucedeu no Estatuto dos Açores para dar conta da sua indignação. Caso esta decisão seja escamoteada ele mesmo e certamente o próximo PR acabarão comandantes supremos duma milícia que nos dias pares recorre aos tribunais civis para boicotar a instituição e nos dias ímpares para a manutenção das suas regalias exige  respeito institucional pela mesma instituição.

Obs. Espero apenas que uma qualquer associação do futebol recorra ao Constitucional e que este naturalmente decida em igual sentido. Teremos um tempo santo: não há jogos, não há declarações dos dirigentes…