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sábado, 24 de abril de 2010

O véu outra vez


A discussão sobre o véu islâmico está outra vez ao vivo por essa Europa fora. Espanha, Bélgica (enquanto existe), França, Alemanha, etc., debatem o problema e o problema é o de sempre: estamos atolados nas nossas próprias contradições e há uma lawfare islâmica, regiamente paga por pios nababos petromilionários, que se dedica a suscitá-las e a expô-las., nos tribunais, nos artigos encomendados, nos fóruns dos idiotas úteis que não entendem estar a ser tocados à vara por titereiros encartados.

O destino da Europa parece traçado, até Kadafi já percebeu que não são precisos suicidas e terroristas, bastam os ventres dos 25 milhões de muçulmanas e em algumas décadas os nossos netos herdarão a Eurábia e as Trevas.

O problema não é portanto a falta de clareza das intenções de importantes líderes muçulmanos, dos seus clérigos, e das suas elites. Esses dizem ao que vêm.

O problema está na armadilha relativista em que o Ocidente está atolado.

Que começa por recusar entender que todas as civilizações têm um cimento religioso (sagrado ou profano) e que quando se mata o Deus fundador, a civilização acaba por se extinguir. Os homens unem-se por laços que resultam da partilha de uma particular visão do mundo, e essa resulta sempre de uma crença comum, de um absoluto.

Quando ela é forte e inspiradora, como é o caso do Islão, nada parece impossível aos seus membros. Quando ela se desagrega, se recusa e se ataca, no seu lugar fica o nada como vai acontecendo no Ocidente. E quando o nada domina, nenhum projecto é mobilizador, nem sequer a sobrevivência.

As grandes civilizações só são conquistadas por outrem, depois de se destruírem a elas mesmas.

Voltemos ao caso do véu. E dos crucifixos.

A esquerda europeia tem uma agenda jacobina e anticlerical que não hesita na condenação forte e imediata de qualquer sinal relacionado com a preponderância cristã nas sociedades, mesmo não podendo ignorar que o Ocidente, tal como é, tem como antepassado e alma mater a velha “Cristandade”.

Existe uma cristofobia assumida, vigilante e intolerante.

Mas o típico cristófobo, que saliva abundantemente face a um crucifixo numa escola, quando se depara com a questão do véu islâmico, é acometido de imediato por massivas doses de tolerância multicultural e não tarda a referir que o véu não é bem um símbolo religioso, mas sim um costume, uma tradição cultural. E reivindica para o véu a liberdade de uso que recusa aos símbolos cristãos.

O facto de no Islão tanto o cultural como o politico fazerem parte da grande ordem religiosa e não terem existência fora dela, parece não ter ainda entrado na cabeça simplista e maniqueísta do cristófobo de serviço.

Face à irracionalidade dos idiotas úteis, os activistas islâmicos esfregam as mãos e contam pelos dedos de uma delas as décadas que faltam até que o véu seja obrigatório na Europa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Os maosmetanso são muito oportunistas e andam a comprar idiotas úteis e traidores para que os sirvam.

Têm a mania de dizer que o corão é muito claro, e quem se desviar por mínimo que seja é logo condenado.
Mas o que está certo pela doutrina maometana para elas?
O lenço?
O véu?
O chador?
O niqab?
A burca?
O saco do lixo?
O balde do lixo?
O contentor do lixo?
A lixeira toda? (possivelmente a maneira mais eficaz de afastar os instintos dos machos)

Se só uma das opções pode estar certa, todas as outras são anti-islão.
Se não sabem qual é, o melhor é andarem com as belezas à mostra, mas todas. As que tiverem belezas, claro.

EJSantos disse...

Hmm, pelo andar da carruagem daqui a umas décadas tenho os meus filhos a viver na América.