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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A "europa" e os gloriosos malucos das máquinas voadoras

Foi há já uma mão cheia de anos que umas quantas luminárias somaram o nº de habitantes da Europa e concluíram que se os metessem todos no mesmo saco poderiam aparecer ao mundo como qualquer coisa de substancial e botar sentença.

De “avanço” em “avanço”, implementaram sistematicamente e à revelia da população, as mais vitoriosas medidas que cedo se percebeu iriam levar aos Estados Unidos da Europa.

A conversa pouco variava. Em Portugal, Cavaco, na altura Primeiro-ministro, declarava (de memória) que “o povo não se deve meter em assuntos complicados”.

Noutros países, como em Portugal, sempre que um novo “avanço” era anunciado e embrulhado num interminável tratado, tratava-se de afastar a população ou, nos raros casos em que isso se revelava impossível e apesar de vários chumbos, repetiam-se referendos sempre na senda do “avanço” até que a aprovação fosse conseguida. Sempre e sistematicamente, a direcção apontada pelas elites era a da “integração”, ida sem retorno.

Nunca as luminárias pensaram mais que uma vez. Estavam convencidas que para conseguir algo de palpável bastava que se convencessem disso.

A democracia foi sendo, a pouco e pouco, sistematicamente trucidada. As luminárias das cúpulas iam-se “elegendo” umas às outras, sempre pretendendo projectar a vontade do eleitorado na sua própria vontade. A escandaleira culminou na “eleição” (lista única) de um caramelo que se anuncia presidente da “Europa” e de uma flausina que se diz ”ministra dos negócios estrangeiros”. As más línguas atribuíram ao primeiro o cognome de esfregona e à segunda espanador.

Hordas de gente desconhecida e democraticamente incontrolável forem, entretanto, parindo camiões de regulamentação uniformizadora que deixou a “europa” à beira da paralisia. Outras pardas figuras instituíam-se em órgãos controladores que nunca controlaram, de substancial, a ponta de um corno.

As regras foram-se parecendo cada vez mais com enguias. Leituras, re-leituras, interpretações e re-interpretações foram sendo paridas à medida que os tropeções se iam sucedendo. As enguias foram passando a lampreias.

O tempo foi passando e acabámos no disparate em que agora “nos” encontramos. A Grécia, apesar do garantismo de hordas de reguladores internos e externos, martelou zenitalmente as contas e há anos vivia à custa dos “especuladores”. Portugal, idem, a Espanha, idem, e vários outros países, menos endividados mas nem por isso em baixos valores absolutos, foram molhando o pão na teta dos “especuladores”.

Estoirada toda esta palhaçada percebe-se que estão completamente à deriva e que as soluções ao dispor ou são péssimas ou péssimas … mas continuam a falar em mais “europa”.

Os poderes políticos alemães, gente parva, vai acicatando o orgulho nacional da Grécia (pelo menos), como se isso não fosse percepcionado pelos povos restantes países como colonialismo de gente tonta.

É certo que a Grécia tem a dívida em cima da cabeça e que os restantes países não são obrigados a suporta-la ou aos seus encargos. Mas fará algum sentido enxovalhar os gregos? Só gente estúpida o faz. Mas da proposta de ocupação do Ministérios das Finanças grego à outra, mais infame ainda, de se suspender a soberania dos “faltosos” foi um ápice.

Esta gente devia ser corrida à vassourada.

A sustentação política para o presente estado de coisa é inexistente. Nenhuma população se sente politicamente comprometida com o projecto porque … não foi ouvida. Podem continuar a afirmar que não foi ouvida porque … não estaria de acordo. Mas esta afirmação apenas demonstra o grau de parvoeira que habita aqueles melões. Pois claro que não aprovaria e seria o mais acertado pois não nos encontraríamos no ninho de ratos em que nos encontramos.

Dizer que não houve referendos porque a “integração” não seguiria em frente é coisa de gente estúpida. É uma espécie de auto-confirmação da insustentabilidade política do processo.

Mas lá vão continuando, hoje por Durão Barroso, na parvoeira da “integração". Barroso parece rejuvenescido na Aula Magna da Universidade de Lisboa gafanhotando palermices de índole maoista. E a “integração”, e a “união”, e patati-patátá.

Esta gente, medíocre e absolutamente irresponsável, parece-se com os gloriosos malucos das máquinas voadoras tentando pôr todos à porrada convencidos que o prémio será deles.

Que quererão eles? Uma guerra? Várias? Que surjam milícias por aqui e por ali? Movimentos de libertação? Esta gente é estúpida ou faz-se? Quem os mandou parir a “união europeia”? Por alma de quem? Onde está o comprometimento da população? Onde está o real suporte político?

2 comentários:

Anónimo disse...

Os poderes políticos alemães não são gente parva, antes pelo contrário, pois a Alemanha ganha com o Euro e ganha com o facto da Grécia, Portugal, etc., terem o Euro pois, se não o tivessem, o Euro valorizava-se prejudicando as exportações alemãs.

RioD'oiro disse...

Na 2a guerra mundial também tinha tudo a ganhar.