Em resposta a esta comédia de Paulo Porto, o comentador António
Pedro Pereira tenta, através de um link, mostrar “o outro lado das coisas”… O
link envia-nos para um blog onde são publicadas duas cartas. Uma carta aberta
de um alemão aos gregos e a resposta de um funcionário grego.
Mas o mais engraçado é que as cartas provam
precisamente o mesmo lado das coisas, o lado que Paulo Porto quis demonstrar
com a sua comédia. Ou seja, são absolutamente sintomáticas do estado em que
se encontram neste momento os dois países, e por tabela o nosso. Logicamente a carta do grego é, salvo raras excepções, mais do gosto lusitano, o que
levou o dono do blog a intitular o artigo com como um grego ensina a um alemão
a História das dívidas…
A verdade é que o alemão precisou apenas de
250 palavras para descrever com clareza, simplicidade e pertinência a situação
entre os dois países. O grego, com o triplo de palavras (775), perde-se em
queixumes infantis, insultos descabidos e disparates absurdos… E tudo isto muito
mal escritinho, ou mal traduzido, porque, sejamos honestos, nós portugueses,
salvo raras excepções, sofremos da mesma doença grega: quanto mais críptico e
complicado o texto for, melhor.
Sempre pensei que fosse o único que se irrita
com esta situação na comunicação (peço desculpa pela aliteração), mas não, I’m
not the only one, uma simpatiquíssima portuguesa demonstra cientificamente que
“quando uma pessoa não percebe (um texto) isto tem consequências graves, para a
pessoa, mas também para o país…”. Uma beijoca para a Sandra e um abraço para o
meu amigo Carocinho pelo envio deste filme:
Version:1.0
StartHTML:0000000105
EndHTML:0000002704
StartFragment:0000002364
EndFragment:0000002668
11 comentários:
Agreement on German External Debts
http://en.wikipedia.org/wiki/
Agreement_on_German_External_Debts
London Agreement on German External Debts, also known as the London Debt Agreement, was a debt relief treaty between the Federal Republic of Germany on one part and on Belgium, Canada, Ceylon, Denmark, the French Republic, Greece, Iran, Ireland, Italy, Liechtenstein, Luxembourg, Norway, Pakistan, Spain, Sweden, Switzerland, the Union of South Africa, the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland, the United States of America, and Yugoslavia and others. The negotiations lasted from February 27 - August 8, 1953 [1] The London Debt Agreement covers a number of different types of debt from before and after the second World War. Some of them arose directly out of the efforts to finance the reparations system, while others reflect extensive lending, mostly by U.S. investors, to German firms and governments.
In the London Agreement, the German government under Chancellor Konrad Adenauer undertook to repay the external debts incurred by German government between 1919-1945.[1]
The total under negotiation was 16 billion marks of debts from the 1920s which had defaulted in the 1930s, but which Germany decided to repay to restore its reputation. This money was owed to government and private banks in the U.S., France and Britain. Another 16 billion marks represented postwar loans by the U.S. Under the London Debts Agreement of 1953, the repayable amount was reduced by 50% to about 15 billion marks and stretched out over 30 years, and compared to the fast-growing German economy were of minor impact.[2]
The agreement significantly contributed to the growth of the post-war German economy and reemergence of Germany as a world economical power. It allowed Germany to enter international economic institutions such as the World Bank, International Monetary Fund and World Trade Organization.
Et voilá
Carmo da Rosa.
Não me vou alongar em considerações sobre o seu Post, cada um é livre de escrever, pensar e acreditar nas «estórias» que quiser, pode até construir uma narrativa original sobre o estado do Mundo, mesmo que não tenha o mínimo contacto com a realidade.
O seu Post, num primeiro momento, fez-me lembrar uma história que se contava quando eu estava na tropa (as histórias, como construções do saber popular, muitas vezes são assertivas e eficazes), dizia eu, essa história ilustra muito bem o que penso do seu Post:
Um oficial pediu ao sargento responsável pela manutenção a lista dos víveres a comprar para o quartel para o mês que se iniciava. Ao recebê-la, o oficial leu-a e, com espanto, inquiriu com acrimónia o sargento: ─ Sargento Lopes, o senhor escreveu cebolas com dois s?
─ Senhor capitão, e o que é que o senhor leu?
O oficial tinha-se esquecido de que há conteúdo e forma. Os erros de forma podem causar «ruído», mas permitem que as mensagens cheguem. Os erros de conteúdo são bem mais fatais.
Dou por encerrada a polémica, o que me interessava era apenas mostrar que há duas versões na história (não que esteja do lado dos gregos contra os alemães), não apenas a narrativa da culpa recente que mais não faz do que obscurecer culpas passadas, essas bem mais dolorosas, e ao cumprimento das quais os culpados fugiram, ao contrário do que exigem agora aos culpados presentes: que as suportem.
London debt agreement deferred settlement of the reparations question – including the repayment of war debts and contributions imposed by Germany during the war – to a conference to be held after unification. This conference never took place: since 1990, the Germans have steadfastly refused to reopen this can of worms. Such compensation as has been paid, mostly to forced workers, was channelled through NGOs to avoid creating precedents. Only one country has challenged this openly and tried to obtain compensation in court: Greece.
Et voilà,
Comme je n’y comprends que dalle dans la langue de Bush, je veux que le mec qui a publié ce texte, en guise de réponse, aille se faire entuber…
António Pedro Pereira disse : Não me vou alongar em considerações sobre o seu Post, cada um é livre de escrever..
Caro Pedro Pereira, é uma pena não se ter alongado em considerações sobre o meu post, porque é precisamente essa a intenção do post. Mas porque razão alongar-se sobre as histórias da sua tropa? Não tenho nada contra um toque pessoal, pelo contrário, mas a relação entre as duas coisas – o meu post e a sua anedota – escapa-me completamente…
O problema é que o grego quer comer sardinha assada, mas na lista de compras que deu à mulher só mencionou sebolas e toussinho! Quer dizer, trata-se da tal iliteracia de que fala a Sandra-Fischer: ”quando uma pessoa não percebe (um texto) isto tem consequências graves, para a pessoa, mas também para o país…”
Dito por outras palavras, a carta do grego não peca apenas pela forma e estilo, isso é o menos (mas convém não exagerar no tamanho, há limites para tudo), mas sobretudo pelo conteúdo piegas de gente que nunca assume os seus erros e que prefere culpar sempre terceiros para os seus fracassos – de preferência o capitalismo, o ocidente, os EUA e Israel… Creio que não me esqueci de nada.
“O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!… não vás pensar que é por dia,” chora o nosso funcionário grego na sua resposta ao alemão. Pois bem, eu acho que mil euros é um excelente salário para quem não pensa de forma lógica e passa o dia a coçar os tomates e a discutir a bola e….. faz greve por dá cá aquela palha.
O ano passado o meu filho ganhava um pouco menos que mil euros (por mês), mas tinha que acartar móveis todo o dia. Mas ao contrário do grego, estava contentíssimo com o ordenado e com o trabalho que tinha.
È melhor que não perceba mesmo senão é uma desilusão aquilo que voce e seus comparsas escreveram comparado com esta terceira carta.
http://138.25.65.50/au/other/dfat/treaties
/1954/17.html
Assim na ignorancia e a vontade vai se fazendo a cama aos incultos que verborreiam o "milagre" alemão de Konrad Adenauer.
Era bom que estivessem caladinhos muita gente nem disto sabe, assim passava por mérito próprio.
Cultive-se, e ja agora, aprenda um bocadito de ingles, não perde nada, nunca ouviu dizer que o saber não ocupa espaço.
Mister Agreement debts said: Cultive-se, e ja agora, aprenda um bocadito de ingles,
Typical Portuguese, when someone honestly says he don’t understand or knows something, they immediately take advantage and put their foot on another’s neck!
Unfortunately there are too many like you over there, and that’s why the country is broke. I don’t know if you notice, but the best Portuguese’s workers are abroad, tired to be underpaid and treated without respect by people like you - you silly ‘doutor da mula ruça’.
Listen, you pretentious prick, I have no formal education, that’s why I can reed and write properly, but above all, I’m very glad I can fix things with my hands.
Yours truly,
Typical of the ignorants when they are reached.
Caro CdR,
Brilhante, como costume, mm qd não concordo consigo, o q n eh o caso.
De resto, o seu interlocutor tem os tiqes qe herdámos dos absolutistas e dos liberais das nossas guerras cívis e q, desgraçadamente, continuam a predominar entre nós, 150 anos depois.
Agreement debts said: ”Typical of the ignorants when they are reached.”
Hey genius, I think you forgot the subject of what you want to say!!! What is typical of the ignorants?
Paulo Porto disse: ”mm qd não concordo consigo, o q n eh o caso.”
Não concorda em quê precisamente? Pode ser que ainda possa dar a volta a coisa e acabamos por concordar todos uns com os outros que estamos quase a chegar ao Natal…
“Hey genius, I think you forgot the subject of what you want to say!!! What is typical of the ignorants?”
Oh oh oh, it´s my pleasure. Your last commentary. Concretely :
“I have no formal education, that’s why I can reed and write properly, but above all, I’m very glad I can fix things with my hands.”
Very tipical in one tasca next to itself.
It´s wonderful, thanks a lot.
Bye
Dear Agreement,
Conclusion: People who work with their hands or people who hasn’t got a formal education are without doubt ignorant! What I thought, you are a genius…
Enviar um comentário