It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
-
Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
17 comentários:
nãããã ...
Compostinhas: ela, a interpretação dela e a versão musical.
Tão bonita meu Deus! Mas quem é ela?
Eh a Susana Felix.
Para os especialistas acima, como poode ver tolera-se. Deve ser tb o seu caso pq não disse q ela canta bem. Uma vez mais, o dueto passa a trio.
Na minha opinião a bateria assassina qualquer hipótese de ali fluir música. É como tentar compor-se uma jarra com flores debaixo de um balancé industrial.
A cachopa não foge ao estilo muito em voga pelo qual cantar é despachar palavras já escritas como quem as atira para dentro das janelas, abertas, dos carros que passam.
[O vídeo em si é mais um exercício de realização de quem, mais em desespero que em caso de dúvida, manda sacudir muito a câmara para ver se "imprime ritmo" à coisa].
Felizmente é playback.
Gravei muita maqueta de canções concorrentes ao festival da canção que deixariam essa na posição de pré-maqueta. Gravei uma, por exemplo, que tentou tantas vezes e ao longo dos anos, que acabou por ganhar. Ganhar, em Portugal, porque lá fora foi classificada como maqueta.
Ainda à volta de maquetas, e há uns bons 30 anos, José Nuno Martins teve um mesmo dissabor com o célebre vídeo da ponta do arco do violino. Apresentou-se a um festival do ramo com o a "obra" e foi parar ao caixote das maquetas.
Paulo Porto disse: "....pq não disse q ela canta bem."
Esqueci-me, mas acho que ela canta bem, mas sou da opinião do Rio quando diz que "a bateria assassina qualquer hipótese de ali fluir música." Demasiadamente monótona.
Pois, tá bem.
Para a proxima arranjo-vos qq coisa sem maquete (seja lá o que isso for) e sem uma daquelas baterias qe ofende a sensibilidade de V.Exas.
Vou ver se não me esqueço.
Esta história da maquete é uma boca que se atira nos meandros deste tipo de produção.
A maquete tem várias formas, a última das quais é a da câmara com pulga.
Estar frente a uma câmara não é para qualquer um e a necessidade de se esconder esse falta de naturalidade leva os realizadores/operadores de câmara a aplicarem todo o género de tropelias no sentido de não deixar que se perceba que anda por ali tótó.
Outra razão é a seguinte. Os promitentes artistas não conseguem manter uma actuação com consistência e há que gravar múltiplas vezes para se aproveitar o possível de cada recolha. O segundo problema é que os tótós não têm estaleca para manter a homogeneidade nas repetições e criam os chamados problemas de raccord (concordância entre cortes). A forma de tentar(!) que não se note é gerar problemas de raccord até enjoar chamando-se-lhe modernidade e/ou nova linguagem.
Em tudo isto a vertente musical já de si fraquita, fica afogada na tralha que lhe não diz respeito.
Outra das "modernidades" e a rotação na perpendicular ao ecrã, (caindo agora em desuso) chamado plano de vómito.
Outra ainda são as lambidelas, movimentos de panorama que começam em lado nenhum e em lado nenhum acabam. Aqui a razão era "científica". Afirmava-se (ainda se afirma) que "é exactamente isso que os nossos olhos fazem quando viram de um lado para o outro". Apenas revela que não sabem como funciona a visão, que é muitíssimo mais cerebral que mecânica ou óptica.
Posso explicar melhor se necessário.
Há ainda outros truques que se usam em debates políticos. Na família da "jornalista" temos a Fátima Campos Ferreira que é campeã: ajavardar o raciocínio no ponto que que ele é corolário de uma coisa que ela não quer que se diga. No aspecto técnico, cortar o plano de convidado no momento em que diz algo crítico para o subalternizar enquadrando uma imagem dele num ecrã de um televisor ou, ainda, fazer um treveling de grua por projectores entre os quais a um TV com a imagem de quem está a falar (plano 'ponto de vista das moscas').
Paulo Porto,
Mas sensibilidade a mais também dá para gostar disto ”impossible drum solo by mike portnoy”:
http://www.youtube.com/watch?v=fmbayHHUPcA&feature=related
e também disto:
http://www.youtube.com/watch?v=YNmXNc95ncU&feature=related
mas também disto:
http://www.youtube.com/watch?v=2l1o6qEQxBs&feature=related
e disto:
http://www.youtube.com/watch?v=MKZFnAmqET0
e inté disto, o São Gonçalo. E este é o da Rasa, cuja sede era atrás da casa onde eu vivia em Gaia.
http://www.youtube.com/watch?v=5usL7tWbeP8&feature=related
Paulo Porto:
Ouvi a seguinte história, contada pelo João de Freitas Branco:
O irmão dele, o maestro Pedro de Freitas Branco, era amigo do Ravel. Um dia, estava em Paris, soube que o Toscanini iria dirigir o Bolero, já não me lembro em que sala de concertos. Comprou duas entradas - antes que se esgotassem, dado o prestígio do Toscanini - e foi a casa do Ravel, para lhe dar a notícia e convidá-lo a que o acompanhasse.
- Não vou, respondeu o Ravel.
- Mas, Maurice, é o Toscanini, ele até ficará melindrado se não for…
- Não vou, já disse.
E por aí fora. Por fim, o Ravel lá acedeu, mas com uma condição: não fazer qualquer apreciação quando fossem cumprimentar o Toscanini ao camarim, após o concerto.
Toscanini, era um maestro temperamental, “à italiana”, a ele bastavam-lhe as notas que atacava sempre vibrante, quase furiosamente. A sua atitude quanto ao restante da vida seria, ao que parece, a mesma. E, por isso, quando o Ravel já se ia a retirar não resistiu:
- Então, e gostou?
- Não, respondeu o Ravel secamente.
- Mas porquê…? O que é que…?
- O senhor estragou tudo, o início estava demasiado rápido.
Toscanini respondeu, de imediato exaltado:
- Mas o senhor não percebe que, se o início for muito lento, aquilo se torna insuportável?!
- Boa noite, disse o Ravel. E saiu.
Durante o regresso a casa (a pé, para desanuviar) o Ravel, pára de repente e diz, ainda furioso, para o Pedro Freitas Branco:
- Mas aquele italiano d’um raio não percebe que o objectivo é mesmo esse, que aquilo se torne in-su-por-tá-vel??!!
José Gonsalo, que história fantástica!
Muito se aprende por aqui.
Parabéns ao RD e ao JG.
Este é o tipo de histórias que vão bem com uma jantarada bem regada, no remanso de quem não tem nada de mais importante para fazer a seguir.
CdR e Lidador:
Só depois de reler o que escrevi, mesmo agora, é que reparei que tinha dito um disparate: o Pedro de Freitas Branco era tio do João de Freitas Branco, irmão do seu pai, o compositor Luís de Freitas Branco, de quem os meus pais foram vizinhos por uns três ou quatro anos.
É a senilidade, é a senilidade...
Enviar um comentário