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segunda-feira, 12 de março de 2012

A gripe quase passada...


... deixo-vos, entretanto, este texto que Nicolau Saião me enviou hoje, poucos minutos antes de o ter feito também para comunicação social:


    DAR TESTEMUNHO (2)
   
Os confrades e leitores de excelente memória ou alguma atenção aos meus escritos, nomeadamente de recorte político-social, terão decerto notado que algumas vezes – ainda que de forma serena e educada embora algo irónica – dirigi críticas a certas performances do Presidente da República constitucionalmente em exercício.
  
Isso tem sido efectuado e decorre de três circunstâncias: haver ainda liberdade de palavra neste país, ser o TriploV um dos locais onde ela efectivamente se exerce e, por último, eu ter o direito enquanto cidadão de exprimir as minhas opiniões. Sem estar ligado a obrigatoriedades de partidão ou sector – mesmo correndo o risco de em determinados mentideros ser apelidado de coisas pouco amáveis, postas a correr com bonomia (presumo) e até de forma, em geral, carinhosamente discretas. E digo isto por não me parecer que o fazem por pura cobardia. Diria memo que o farão por, até, doçura de maneiras e por repúdio de violências expressas…Mas isto sou eu a falar, com a cortesia que tradicionalmente me exorna. Adiante!
  
Nesta conformidade, creio que tenho autoridade moral e ética – e aos que não a reconheçam agradeço sinceramente a ideia ainda que a não subscreva – para dizer que o que se tem passado, a nível de "críticas e comentários" dirigidos a Cavaco, toca as raias da difamação e do atentado ao Estado de Direito. Com efeito, desde o insolente e sobranceiro Lello até ao enxovalhante Silva Pereira, a campanha - pois duma clara campanha se trata - orquestrada pelo líder do PS, José Sócrates (pois Seguro é apenas um manequim provisório) contra o Presidente constitucionalmente em exercício, tem sido não só uma vergonha infame mas uma manobra evidente de sedição! O ex MNE Amado chega a dizer que o PR foi inoportuno - como se este tivesse que controlar a sua CONSTITUCIONAL liberdade de expressão, andando a reboque dos alegados interesses ilegais de Sócrates e dos seus áulicos.
  
Independentemente de Cavaco ter sido ou não prestes em demitir Sócrates na horinha (coisa que aliás sugeri neste mesmo TriploV com pseudo-escândalo de alguns anónimos que fazem o favor de comentar os meus textos tão logo eles saem…) isso não obsta a que seja um serviço republicano o ter vindo, agora, a referir as manobras inconstitucionais do indivíduo que, a meu ver por demasiado tempo, chegou a ser ministro desta Nação!
  
Tudo o que Cavaco tenha feito pode colocar-se sob a égide da inabilidade ou mesmo da “habilidade incapaz” de um magistrado que merece críticas, nomeadamente contundentes. Mas isso não chega nem de longe ao proceder irregular e inconstitucional do outro prócere. Que, esse sim, tem acrescidas e muito violentas culpas pelo estada de desmazelo, de miséria ética e de depauperamento sócio-económico e político a que a Nação chegou.

Finalmente, é necessário tirar tudo isto a limpo. E se houve culpas graves, sejam elas de quem forem, é preciso que elas se apurem nos lugares próprios que, em sociedades de Direito, protegem a legalidade, a honra e a vida de relação dos cidadãos e dos Países.

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