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domingo, 4 de março de 2012

NÃO SE DÁ GROJA AO PATRÃO...



Há um princípio na restauração que é respeitado no mundo inteiro: não se dá gorjeta ao patrão.

A ideologia marxista sempre respeitou esta regra, e é por isso que os trabalhadores dos países socialistas como a Coreia do Norte, China, Cuba e ex-União Soviética, como são todos patrões (pelo menos é o que diz a ideologia!), nunca receberam um caraças de um bónus, apesar de serem muito mal pagos graças a Deus…

No país dos maus, dos patrões capitalistas, os trabalhadores da General Motors, que sempre ganharam pelos menos 5 vezes mais do que os seus colegas/patrões nas ditaduras do proletariado, vão receber um bónus de 380 milhões de euros pelo desempenho demonstrado no ano passado…

Quando uma pessoa vê destas coisas até corre o risco de dar em reaccionário de direita!


15 comentários:

Streetwarrior disse...

Deixe lá...por cá, as gorjas também passaram a ser esquecidas.
Isto porque aos olhos da Elite financeira, as pessoas pouco mais são que animais.
Repare nesta noticia no Guardian e a analogia que é feita.
Dá para perceber, a forma como nos vêem e como gostariam ( ou gostarão ) de nos tratar no futuro.
Interessante....no minimo!!

http://www.guardian.co.uk/media/video/2012/feb/29/open-journalism-three-little-pigs-advert?fb

Unknown disse...

A "elite financeira" é, para todo o convicto teórico da conspiração, um conjunto de judeus que dominam o mundo.
Na versão marxista, é o "grande capital financeiro".

Na versão religiosa é o Demónio.

Esta malta não pode dispensar um bom "mau" de serviço.
Só esse diabrete pode explicar aos falhados, que não são falhados por causa deles mesmos.

Wyrm disse...

Lidador, se não houvesse tantas provas de manipulação de mercado, concertação de preços, de influência do poder financeiro sobre o poder politico, de leis à medida para porporcionar lucro a corporações e do sacrificio geral da populaça para garantir as rendas de uns poucos até podia dar-lhe alguma razão.

Repare que não é preciso ser um teórico da conspiração para constatar isso. Todos nós cuidamos dos nossos interesses próprios e quem tem mais poder consegue mudar as regras do jogo em proveito próprio.

Agora não me parece muito sensato chamar "comunista", "esquerdista" ou "falhado" a quem se cansa de ser roubado. Talvez seja verdade em muitos casos mas é sempre mau generalizar como você o faz.

Streetwarrior disse...

Wyrm...no Stress man
Eu estou habituado á falta de argumentos do Lidador...volta não volta, atira assim para o ar, que tudo o que não é com ele, é contra ele...bah.

Carmo...a GE não dá nada aos seus trabalhadores que não lhes tenha saido do cabedal...se a GE facturou mais, é porque saiu ainda mais do cabedal, logo devem repartir os lucros.
Ou você também é daqueles que acha que os patrões dam trabalham a alguém?
Ou melhor...trabalho não se importam de dar, repartir o lucro que fazem ás costas desses a quem o trabalho é vendido, oisso já é outra conversa.
tenho uma pena da GE...coitadinhos!!

Unknown disse...

Caro wirm, claro que há interesses. Toda a gente tem interesses e é na sua prossecução que todos andamos.
Mas quem insiste em culpar abstracções como a "elite financeira, pelos seus problemas, é basicamente um falhado.
E há nessa contínua vitimização um latente marxismo.
Aliás já aqui falei nisso;

http://o-lidador.blogspot.com/2007/06/marxismo-e-teoria-da-conspirao.html

Unknown disse...

"Ou você também é daqueles que acha que os patrões dam trabalham a alguém?”

Há uns anos estive a trabalhar em Moçambique. No distrito de Tete.
Tinha cerca de 300 trabalhadores.
E milhares de candidatos a trabalhadores.
Eu estava lá para ganhar o meu, obviamente. Mas ao fazer isso dava efectivamente trabalho a 300 pessoas.
Sem mim, sem a minha "exploração do homem pelo homem", viveriam como os outros: na mais absoluta indigência, numa contínua luta pela mera sobrevivência.

Aqueles milhares que lá apareciam, queriam ser "explorados". Queriam trabalhar.

Vá lá o SW explicar-lhes que eles estão bem é sem empresas, sem trabalho, e sem a "elite financeira" a investir na pura procura do lucro.

Quanto ao que diz o CdR, é a pura das verdades. E ao SW eu recomendaria a leitura de uma pequena fábula que devia ser de leitura obrigatória nas escolas, em vez das patacoadas do Saramago: O Triunfo dos Porcos, de Eric Blair, ou G Orwell.
Está lá tudo, até os porcos, os animais mais iguais que os outros...

Streetwarrior disse...

"" Eu acho que sim, os patrões são quem cria trabalho! Quem havia de ser? Nossa Senhora de Fátima!""

Os patrões criam condições de produção.
Os patrões não dão trabalho...compram a força de trabalho aos trabalhadores em troca de 1 salário, acho que isto é mais que lógico.
Se ele é justo ou não, acho que isso não tem a ver nem com socialismo nem com capitalismo, tem a ver com má gestão ou no máximo com escravatura " camuflada ou consentida"
Não se pode chamar de exploração porque em qualquer tipo de negocio, existe exploração, senão era impossivel haver lucro.
Eu não sou nem a favor de um nem de outro, ambos não podem coexistir sem o outro.
A não ser que a empresa tenha só 1 funcionário/patrão.
Já li o livro sim Lidador, tenho-o.

Unknown disse...

"Já li o livro sim Lidador, tenho-o."

Também tenho ali um livro sobre óptica quântica, tb o li e tb não percebi bem o que lá estava.

Unknown disse...

"Os patrões não dão trabalho...compram a força de trabalho aos trabalhadores em troca de 1 salário"


Tá bem abelha. Experimente ir a uma empresa, não a procurar trabalho mas a "vender a força de trabalho em troca de um salário", que há-de ter um bom enterro.
Desde já lhe garanto...um cromo que me apareça à frente com essa lengalenga, nem sequer aquece a cadeira da entrevista.

Streetwarrior disse...

Então se o Patrões " dão " o trabalho....porque razão pagam aos seus trabalhadores?
Deve ser filantropia ou uma questão de Solidariadade Social!

Lidador...se eles se proposerem a trabalhar por uma carcaça e um copo de Agua...para si, seria o ideal que essa trupe ( os trabalhadores ) não merecem sequer a "honra " de trabalhar na "suqa " empresa.
Isto é surreal!

Streetwarrior disse...

Para si...o cromo que aparece para "trabalhar " na sua empresa, primeiro prova que pode ter a honra de lá trabalhar, depois, caso ganhe essa honra, logo se vê a questão salarial...se ele a merecer.
Mas é muito engraçado!
Normalmente "alguns" patrões (brincadeiras á parte que não sei se é o seu caso ) acham que o trabalhador deve (se é bom trabalhador) aceitar e provar que é profissional no que faz (o que acho muito justo ) mas depois quanto á questão de lhe pagar aquilo que será justo ( aí, o labrego só se preocupa é em pedir mais )...com a desculpa que não pode pagar!
Para trabalhar quer um Empregado qualificado de primeirisssssima, para pagar, quer um analfabruto que não saiba pedir o que deverá ser justo pela contribuição da sua parte (em trabalho ).

Esta cantiga...é bem Portuguesa, de facto!

Unknown disse...

"quanto á questão de lhe pagar aquilo que será justo"

O que é um preço "justo"?

Streetwarrior disse...

Na minha opinião é a correcta divisão pelas 3 partes.
Patrão, Empregado e Empresa!
nenhum dos 3 pode por em causa o futuro da empresa.
Nem o Patrão com o soberba dos lucros, o empregado com egoismo do seu Salário pondo em causa o futuro da empresa.
É claro que existem muitos factores que podem influenciar os dividendos.
Mas na minha opinião, esta era a solução justa.

Streetwarrior disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

"é a correcta divisão pelas 3 partes."

E o que é a "correcta" divisão?
Quem é que decide se está em causa o "futuro da empresa"?