Nesta história dos blindados estamos limitados ao óbvio e ao que a empresa declara. A versão do governo, habituado a mentir com todos os dentes, pouco garante.
Começámos por ouvir o governo dizer que chegariam para a cimeira da Nato. Ouvimos que seriam devolvidos se não chegassem a tempo. Sabemos que não chegaram a tempo e todos sabemos também que a cimeira já acabou há séculos.
Fomos recentemente informados que o prazo que implicava que as viaturas fossem entregues antes da cimeira estava (finalmente?) prestes a expirar. O prazo expirou sem que as viaturas fossem entregues.
O fabricante reclama que não foram entregues porque as condições meteorológicas não permitiram que as companhias de transporte aéreo pudessem operar.
O governo diz que já não quer os blindados e a empresa fabricante diz que irá para tribunal reclamando que se tratou de motivos de força maior (actos de Deus) previstos na legislação geral.
Se a empresa for para tribunal e a coisa tiver mesmo que ser resolvida nas barras portuguesas demorará fatalmente 20 anos a chegar ao fim e o estado terá que indemnizar a empresa no equivalente a uma frota de submarinos.
Entretanto, parece que o estado já arrecadou o IVA relativo à importação dos blindados que declara não tencionar aceitar nem pagar.
É por estas e por outras que Portugal se tornou um país em que não se pode confiar. Não confia nem quem cá mora nem quem o vê de fora.
... mas o mais provável é que o nosso magalhónico governo, que já não passa de um jarrão de flores murchas, venha a ser 'convidado' a aceitar os blindados e baixar a garimpa .... ou os juros se encarregarão de o obrigar a 'reconsiderar'. Não voa alto quem quer, voa quem sabe e pode.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
-
Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
Sem comentários:
Enviar um comentário