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terça-feira, 16 de agosto de 2011

A SIC e a silly season


Já não bastava o frete dos bodes, fomos ainda presenteados com o frete das "fugas de capital". A SIC está nos tops da silly season e da propaganda.

A massa foge e muito bem. Desta forma mantem-se a esperança dela um dia poder voltar.

"Fortunas que escapam à malha do fisco" - Ainda bem. Se em Portugal elas apenas podem ser aplicadas em tiro ao alvo para máquina fiscal, é de as pôr ao fresco.

"Transferências para offshores" - e queriam que essa massa fosse transferida para onde? Para a Venezuela? Para o Zimbabwe?

"Foram desviados" - em boa verdade quem deixa de poder desviar é o fisco. Aquele que transfere para onde muito bem entende o que lhe pertence não desvia coisa alguma. Até Saramago escolhia onde pagava impostos.

Depois aparece um "observador" dizendo que as saídas se dão para locais onde não há "qualquer tipo de controlo". Mas, os donos dessas massas não sabem por onde ela anda? Andará esse capital a monte? Será necessária a intervenção do estado português e, em particular, do fisco, para que o paradeiro dessa massa esteja debaixo de "controlo"?

"O dinheiro que saiu é mais que aquele a arrecadar no imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal" - E estava o fisco a preparar-se para nacionalizar esse graveto?

O "observador" confirma que esse dinheiro daria para tapar os sociais buracos em que a "europa" é especialista. Pois. O problema com o socialismo dá-se quando lhe falta o dinheiro dos outros.

E o "observador" mostra-se ainda "indignado" por essas verbas serem usadas para financiar o endividamento do Estado. Mas ... os estrangeiros podem investir nesse financiamento, ganhar o juro e ficar com ele, e os portugueses não o podem fazer em igualdade de circunstâncias? Há filhos da mãe e filhos da puta?

Há. Há filhos da puta. São aqueles que configuram esta propaganda que na SIC se chama "informação".

Actualização.
O Espectador Interessado deixou, em boa hora, um link para um seu artigo.

2 comentários:

Eduardo Freitas disse...

A impressão, crescentemente crescente, é que o Tio deu ordem para se intensificarem os exercícios preventivos de fustigação. A meu ver, estes antecederão próximas sessões de barragem de artilharia pesada com munições de grande calibre. Passos Coelho que se cuide. Será melhor começar a andar de capacete.

Eduardo Freitas disse...

Quanto às fugas de capital, talvez valha a pena ler isto.