It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Reformas?
Afinal, os suecos da "social-democracia" mais resplandecente do universo, também não estão pelos ajustes em aturar os socialismos altamente sociais-democratas e social-porreiraços que de investimento virtuoso em investimento virtuoso acabaram estatelados em dívida. Atrevem-se ainda a exigir reformas? Traidores.
Claro que Merkel continua a ser culpada.
Fredrik Reinfeldt, primeiro ministro da Suécia:
Claro que Merkel continua a ser culpada.
Fredrik Reinfeldt, primeiro ministro da Suécia:
Everybody is happy with stimulus packages, but the question is who is paying. Much stimulus has been done in EU member states in the past, now we have huge debts. We have capacities for stimuli, we will look today into increasing the capacities of the EIB. Much stimulus has been done in EU MS in past, now we have huge debts. At the end of the day: without reforms volatile market reactions will continue.
Atentados em São Paulo
O editorial do jornal O Estado de São Paulo (A necessária reação política - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-necessaria-reacao-da-policia-,892774,0.htm) analisou o problema da matança covarde de policiais militares em São Paulo e também a queima de ônibus, atos atribuídos vagamente ao crime organizado. O editorialista, assim como o governador Geraldo Alckmin, hesita em falar em mandantes para esses crimes bárbaros, que têm se repetido em anos eleitorais. A quem aproveita? Que ganha com o clima de terror instalado? O Sr. Geraldo Alckmin deve explicações à população de São Paulo.
terça-feira, 26 de junho de 2012
COMO??!!
Diz-se aqui:
O Tribunal Criminal de Lisboa acabou de dar como provados todos os pontos da acusação contra o deputado socialista Ricardo Rodrigues e condenou-o por um crime de atentado à liberdade de imprensa. O deputado apanhou 110 dias de multa e tem de pagar 4950 euros ao tribunal.
O Expresso contactou Ricardo Rodrigues. O deputado disse-nos que pensa recorrer da sentença, pelo que só a comentará depois de transitada em julgado.
Em abril de 2010, durante uma entrevista que decorria numa sala da Assembleia da República, Ricardo Rodrigues 'perdeu a cabeça' com uma pergunta sobre o seu envolvimento num caso de pedofilia nos Açores. O deputado levantou-se e pôs no bolso os dois gravadores que estavam sobre a mesa.
Ricardo Rodrigues foi tão rápido que os jornalistas da revista "Sábado", Fernando Esteves e Maria Henrique Espada, nem deram pela falta dos gravadores. Quando repararam, ainda confrontaram o deputado socialista, que recusou devolver o material. Mas Ricardo Rodrigues esqueceu-se de que a entrevista estava a ser filmada e as imagens foram divulgadas no site da revista e pelas televisões.
O deputado socialista, que é o representante no Parlamento no Centro de Estudos Judiciários, foi acusado pelo Ministério Público de atentado à liberdade de imprensa. Em tribunal, Ricardo Rodrigues alegou que as perguntas que lhe estavam a ser feitas eram ofensivas e alegou o direito à ação direta para se defender.
Pergunto:
- como pode o PS manter como militante alguém com o nível ético deste indivíduo, sem implicitamente se identificar com ele?
- como pode a AR tolerar, sem se rebaixar ao mesmo nível, que alguém como o sr. Rodrigues diga representar qualquer cidadão português?
- como podem os portugueses ficar calados perante isto, sem se sentirem responsáveis pela sua própria extinção?
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Descubra as diferenças
(imagem obtida aqui)
A notícia foi dada assim:
"200.000 portugueses vivem a mais de uma hora de um hospital".
Mas, feitas as contas, poderia ter sido dada assim:
"98% da população portuguesa vive a menos de uma hora de um hospital, apenas 2% vive mais longe.".
Para ver as soluções não precisa de virar o computador ao contrário.
O Egipto e a Irmandade Muçulmana
A Irmandade Muçulmana é o grande vencedor da chamada Primavera Árabe, tendo-se instalado, ou estando prestes a instalar-se, no poder dos mais importantes países sunitas, ao mesmo tempo que desafia e ameaça seriamente a estratégia de poder dos xiitas iranianos, em países como a Síria e o Líbano.
No Egipto, o mais importante país árabe, a Irmandade tem jogado o jogo dos tronos com implacável e esclarecida mestria.
Começou por manter um notável low profile nas manifestações do início de 2011, usando os revolucionários laicos como testas de ferro, para se ver livre de Mubarak e enfraquecer o regime militar.
A ausência da IM da praça Tharir teve inclusivamente o mérito de manipular os chamados "idiotas úteis" da esquerda ocidental, que, como Sartre no Portugal de 1975, apenas viram o horizonte cor de rosa de uma nova era prenhe de chavões como "paz", "liberdade", "democracia", etc, etc. Muita gente se entusiasmou com a magnífica Revolução egípcia e era patente, nas análises dos media e até de alguns políticos, com a Administração Obama à cabeça, a crença cega de que o que aí vinha era uma democracia moderna, feita com gente do Facebook e do Google, arejada e moderna, um equivalente local das ocidentais Gerações X e Y.
A IM, a mais bem organizada força social egípcia, não teve qualquer dificuldade, nas eleições de Março de 2011, em ganhar naturalmente a maioria dos assentos na Assembleia Constituinte encarregada de redigir a nova Constituição.
Quatro meses depois, em Julho de 2011, na manifestação intitulada "Sexta-Feira da Sharia", quem estava em massa na Praça Tharir, já não eram os ingénuos revolucionários do Facebook, mas os barbudos e confiantes islamistas, a exigir, já não o fim de Mubarak, mas a imposição da sharia
A luta entre islamistas e secularistas é, foi desigual. Os primeiros têm um visão do que querem, os segundos só sabem o que não querem.
Os primeiros querem, no Egipto um estado islâmico, regido pela sharia, e, à la longue, islamizar o mundo (o proclamado objectivo último da Irmandade); os segundos eram apenas contra a repressão, Mubarak e o regime militar.
Mas "ser do contra", nunca foi programa político, apenas bandeira para acção. "Ser do contra" é contrapoder, não é poder. Serve para destruir, não para construir.
A IM, tendo uma visão clara do que pretendia, não hesitou em aliar-se aos secularistas quando lhe foi conveniente, em proferir declarações apaziguadoras, quando precisam do apoio ocidental, e em abraçar o formalismo democrático, quando lhes interessa. Como dizia Erdogan, o 1º Ministro turco, que preside à paulatina islamização do estado turco, "a democracia é como um autocarro, quando chegas ao teu destino, sais".
Ganha facilmente a guerra aos secularistas, o confronto final é com os militares. As Forças Armadas são a outra grande organização egípcia e as chefias têm, de um modo geral, uma visão do Egipto bastante mais moderna e liberal do que a IM. Muitas delas frequentaram cursos no Ocidente e olham para a perspectiva islamizante como um regresso ao passado. Para além disso, dominam um enorme e lucrativo conglomerado económico-militar.
Os militares são um adversário mais forte que os naives secularistas, e podem aguentar uma luta mais prolongada mas, a prazo, estão também condenados.
Na semana passada, sabendo já que a IM muçulmana ia eleger o Presidente, vibraram o 1º golpe, levando o Supremo a dissolver o parlamento e assegurando que a Junta Militar mantém o controlo do país.
No fundo trata-se de seguir o livro de instruções do velho Kemal Ataturk , assegurando que os militares se mantém no comando do processo.
O problema é que a tese de Ataturk falhou. Na Turquia, assim que os islamistas alcançaram o poder, o controlo militar ( e judicial) foi paulatinamente erodido e, no final, completamente destruído. Os islamistas prenderam metade das chefias militares, dos juizes e centenas de jornalistas e, dominando estes poderes, instalaram neles os seus partidários.
A Turquia é hoje um estado crescentemente islamizado, onde o islamismo domina inapelavelmente.
No Egipto, a força actual da Instituição Militar é bem menor do que a sua equivalente turca de há 10 anos e parece ter ainda menos vontade de usar a força bruta, o único argumento que poderia colocar em cheque os planos da IM.
Para além disso, o Ocidente tende a encarar a tutela militar como um mal em si, reagindo como numa espécie de reflexo pavloviano que inibe uma pragmática ponderação de vantagens e inconvenientes. É esta atitude cega que explica a quase imediata retirada de apoio a MUbarak, um ditador militar, mas um aliado, em confronto com o poder bem mais retrógrado, repressivo e hostil da IM.
Assim sendo, as recentes acções do poder militar, longe de serem uma afirmação de poder, são, efectivamente, um esbracejar de fraqueza.
Os militares sentem que o tempo corre contra eles.
A IM não irá entrar em confrontação aberta, tal como os islamistas turcos o não fizeram. Irá apenas erodir progressivamente o poder militar, alfinetá-lo, deslegitimizá-lo, constituindo gradualmente uma base de poder que lhe permitirá, a prazo, fazer o que Erdogan fez na Turquia.
No que respeita às relações externas, a IM tem igualmente uma visão (islamizar o mundo, seguindo a injunção corânica) e irá obviamente prossegui-la. O Ocidente é um inimigo a prazo e Israel, logo ali ao lado, um inimigo a tempo inteiro.
A confrontação com Israel é inevitável, mesmo que não seja imediata. O que será imediata é a escalada dos ataques a Israel a partir do Sinai, a total cooperação com o Hamas, ele mesmo um ramo da IM, etc.
O Tratado de Paz será, paulatinamente, um mero pedaço de papel que, aliás, a IM já declarou pretender submeter a referendo e/ou renegociar.
Os militares não irão opôr-se a isto. Na tentativa de manter o seu poder, seria um erro trágico ir contra o forte sentimento popular anti-israelita, tanto mais que isso não lhes iria granjear qualquer apoio ocidental, uma vez que a estranha aposta dos líderes ocidentais, particularmente da Administração Obama, é na (táctica) moderação da IM.
A mesma IM que está já implantada nos EUA e em cujos documentos internos, apreendidos há algum tempo nos EUA, consta como objectivo, "destruir a civilização ocidental a partir de dentro".
E já se sabe que quem com o diabo se deita, com o diabo amanhece.
No Egipto, o mais importante país árabe, a Irmandade tem jogado o jogo dos tronos com implacável e esclarecida mestria.
Começou por manter um notável low profile nas manifestações do início de 2011, usando os revolucionários laicos como testas de ferro, para se ver livre de Mubarak e enfraquecer o regime militar.
A ausência da IM da praça Tharir teve inclusivamente o mérito de manipular os chamados "idiotas úteis" da esquerda ocidental, que, como Sartre no Portugal de 1975, apenas viram o horizonte cor de rosa de uma nova era prenhe de chavões como "paz", "liberdade", "democracia", etc, etc. Muita gente se entusiasmou com a magnífica Revolução egípcia e era patente, nas análises dos media e até de alguns políticos, com a Administração Obama à cabeça, a crença cega de que o que aí vinha era uma democracia moderna, feita com gente do Facebook e do Google, arejada e moderna, um equivalente local das ocidentais Gerações X e Y.
A IM, a mais bem organizada força social egípcia, não teve qualquer dificuldade, nas eleições de Março de 2011, em ganhar naturalmente a maioria dos assentos na Assembleia Constituinte encarregada de redigir a nova Constituição.
Quatro meses depois, em Julho de 2011, na manifestação intitulada "Sexta-Feira da Sharia", quem estava em massa na Praça Tharir, já não eram os ingénuos revolucionários do Facebook, mas os barbudos e confiantes islamistas, a exigir, já não o fim de Mubarak, mas a imposição da sharia
A luta entre islamistas e secularistas é, foi desigual. Os primeiros têm um visão do que querem, os segundos só sabem o que não querem.
Os primeiros querem, no Egipto um estado islâmico, regido pela sharia, e, à la longue, islamizar o mundo (o proclamado objectivo último da Irmandade); os segundos eram apenas contra a repressão, Mubarak e o regime militar.
Mas "ser do contra", nunca foi programa político, apenas bandeira para acção. "Ser do contra" é contrapoder, não é poder. Serve para destruir, não para construir.
A IM, tendo uma visão clara do que pretendia, não hesitou em aliar-se aos secularistas quando lhe foi conveniente, em proferir declarações apaziguadoras, quando precisam do apoio ocidental, e em abraçar o formalismo democrático, quando lhes interessa. Como dizia Erdogan, o 1º Ministro turco, que preside à paulatina islamização do estado turco, "a democracia é como um autocarro, quando chegas ao teu destino, sais".
Ganha facilmente a guerra aos secularistas, o confronto final é com os militares. As Forças Armadas são a outra grande organização egípcia e as chefias têm, de um modo geral, uma visão do Egipto bastante mais moderna e liberal do que a IM. Muitas delas frequentaram cursos no Ocidente e olham para a perspectiva islamizante como um regresso ao passado. Para além disso, dominam um enorme e lucrativo conglomerado económico-militar.
Os militares são um adversário mais forte que os naives secularistas, e podem aguentar uma luta mais prolongada mas, a prazo, estão também condenados.
Na semana passada, sabendo já que a IM muçulmana ia eleger o Presidente, vibraram o 1º golpe, levando o Supremo a dissolver o parlamento e assegurando que a Junta Militar mantém o controlo do país.
No fundo trata-se de seguir o livro de instruções do velho Kemal Ataturk , assegurando que os militares se mantém no comando do processo.
O problema é que a tese de Ataturk falhou. Na Turquia, assim que os islamistas alcançaram o poder, o controlo militar ( e judicial) foi paulatinamente erodido e, no final, completamente destruído. Os islamistas prenderam metade das chefias militares, dos juizes e centenas de jornalistas e, dominando estes poderes, instalaram neles os seus partidários.
A Turquia é hoje um estado crescentemente islamizado, onde o islamismo domina inapelavelmente.
No Egipto, a força actual da Instituição Militar é bem menor do que a sua equivalente turca de há 10 anos e parece ter ainda menos vontade de usar a força bruta, o único argumento que poderia colocar em cheque os planos da IM.
Para além disso, o Ocidente tende a encarar a tutela militar como um mal em si, reagindo como numa espécie de reflexo pavloviano que inibe uma pragmática ponderação de vantagens e inconvenientes. É esta atitude cega que explica a quase imediata retirada de apoio a MUbarak, um ditador militar, mas um aliado, em confronto com o poder bem mais retrógrado, repressivo e hostil da IM.
Assim sendo, as recentes acções do poder militar, longe de serem uma afirmação de poder, são, efectivamente, um esbracejar de fraqueza.
Os militares sentem que o tempo corre contra eles.
A IM não irá entrar em confrontação aberta, tal como os islamistas turcos o não fizeram. Irá apenas erodir progressivamente o poder militar, alfinetá-lo, deslegitimizá-lo, constituindo gradualmente uma base de poder que lhe permitirá, a prazo, fazer o que Erdogan fez na Turquia.
No que respeita às relações externas, a IM tem igualmente uma visão (islamizar o mundo, seguindo a injunção corânica) e irá obviamente prossegui-la. O Ocidente é um inimigo a prazo e Israel, logo ali ao lado, um inimigo a tempo inteiro.
A confrontação com Israel é inevitável, mesmo que não seja imediata. O que será imediata é a escalada dos ataques a Israel a partir do Sinai, a total cooperação com o Hamas, ele mesmo um ramo da IM, etc.
O Tratado de Paz será, paulatinamente, um mero pedaço de papel que, aliás, a IM já declarou pretender submeter a referendo e/ou renegociar.
Os militares não irão opôr-se a isto. Na tentativa de manter o seu poder, seria um erro trágico ir contra o forte sentimento popular anti-israelita, tanto mais que isso não lhes iria granjear qualquer apoio ocidental, uma vez que a estranha aposta dos líderes ocidentais, particularmente da Administração Obama, é na (táctica) moderação da IM.
A mesma IM que está já implantada nos EUA e em cujos documentos internos, apreendidos há algum tempo nos EUA, consta como objectivo, "destruir a civilização ocidental a partir de dentro".
E já se sabe que quem com o diabo se deita, com o diabo amanhece.
domingo, 24 de junho de 2012
Rio para não chorar
(imagem obtida aqui)
Título deste texto de Alberto Gonçalves, publicado no DN de 21 de Junho (via Estado Sentido):
Recentemente, Ricardo Araújo Pereira seguiu o remoto exemplo de
Raúl Solnado e foi mostrar a comédia nacional aos brasileiros. Como o Ricardo é
brilhante, é de presumir que a coisa tenha corrido bem. O pior é que, como
tantas vezes sucede, o sucesso do bom abre as portas ao mau, ao péssimo, ao
atroz e a Boaventura Sousa Santos, que enquanto comediante integra uma
categoria à parte. Quer dizer, eu e a maioria das pessoas que conheço rimo-nos
feito perdidos de cada intervenção do homem. Aliás, basta o homem aparecer para
desatarmos às gargalhadas: ele é o sotaque de BSS, ele é o penteado de BSS, ele
são os fatos de BSS para consumo ocidental, ele são as camisas exóticas de BSS
para passeios no Hemisfério Sul. Para cúmulo, BSS fala.
No Brasil, durante os encontros
de vozes "alternativas" que antecederam a Cimeira Rio+20, de resto
duas notáveis oportunidades para o humor inadvertido, BSS falou. E explicou que
a Europa precisa de aprender com os maravilhosos exemplos do Terceiro Mundo, experiência
de que foi privada devido a séculos de colonialismo. Tradução: a menos que a
Alemanha e a Inglaterra imitem os fraternais regimes da Bolívia ou da
Venezuela, a Alemanha e a Inglaterra estão perdidas. A título de punch line,
acrescentou ser necessário lutar contra a concentração de riqueza e o abismo
entre ricos e pobres, eventualmente adoptando o modelo "bolivariano"
e arruinando toda a gente.
É ou não é brilhante? O pior é
que este estilo de comédia também é arriscado: muitos brasileiros não percebem
o humor de BSS e tomam-no por um pensador de facto e não pela caricatura de uma
sátira a uma paródia de um pensador. Ricardo Araújo Pereira apresenta-se como
humorista e tem graça. A vastíssima maioria dos restantes humoristas indígenas
apresenta-se como tal e não tem gracinha nenhuma. BSS apresenta-se como
"cientista social" e suscita a estupefacção dos não iniciados, que
hesitam entre levar aquilo à letra ou usufruir do seu potencial hilariante.
E o melhor de tudo passa pelo
facto de não sabermos se o próprio BSS se leva igualmente a sério. A sério, só
isto: sempre que se lamenta a fuga de cérebros do país, convém contrabalançá-la
com a fuga de malucos. Infelizmente, estes regressam logo a seguir.
sábado, 23 de junho de 2012
A doença são os humanos, os humanos são veneno
Querem continuar a enganar toda a gente usando o ambiente como arma de arremesso mas não querem mais falar em ambiente, verde, alterações climáticas. Querem agora (até que voltem a mudar de "ideias") falar de pobreza, a exacta pobreza em cuja expansão têm sido campeões.
Querem agora usar as autoridades locais, devidamente infiltradas pelos seus marxistas militantes, para as subverter e conseguir alguma forma de governo mundial pretendido pela ONU.
Onde estão os fascistas? Aqui: ICLEI.
Entretanto injectam propaganda nas crianças dizendo-lhes que os humanos são uma doença, são veneno.
Querem agora usar as autoridades locais, devidamente infiltradas pelos seus marxistas militantes, para as subverter e conseguir alguma forma de governo mundial pretendido pela ONU.
Onde estão os fascistas? Aqui: ICLEI.
Entretanto injectam propaganda nas crianças dizendo-lhes que os humanos são uma doença, são veneno.
Luiz Carlos Molion: Canal Livre discute mudanças climáticas na Rio+20
Já agora, de cada vez que virem uma chaminé de onde sai fumo, branco, preto, conzento, azul, amarelo, não de trata de CO2 este é invisível.
"O Canal Livre deste domingo (27) recebeu o professor de climatologia da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion. Os jornalistas Fábio Pannunzzio, Fernando Mitre e Eduardo Oinegue comandam o debate."
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Nigel Farage: "Listen! The Whole Thing's a Giant Ponzi Scheme!"
Via Facebook de Ramiro Marques,
Imaginem de quem ele está a falar!
*You know an interview is gonna be good when it starts with Farage calling Barroso a deluded idiot and communist supporter of Mao.*
Imaginem de quem ele está a falar!
*You know an interview is gonna be good when it starts with Farage calling Barroso a deluded idiot and communist supporter of Mao.*
terça-feira, 19 de junho de 2012
Assange mostra as cartas
Julian Assange, o radical de esquerda que estava em vias de ser extraditado do Reino Unido para a Suécia, a fim de ser julgado por violação, mandou às malvas o direito e foi enfiar-se na Embaixada do Equador, país neste momento governado por um camarada bolivariano da escola de Hugo Chavez: Rafael Correa.
Pediu asilo político, ora pois, como se houvesse perseguições políticas no Reino Unido e na Suécia.
Como se o processo contra ele não fosse criminal.
Pediu ao Equador, para disfarçar um pouco...seria demasiado ostensivo ir directamente às embaixadas da Venezuela, de Cuba, ou do Irão, os amigos de peito.
Mais tarde ou mais cedo, eles mostram ao que andam...
Pediu asilo político, ora pois, como se houvesse perseguições políticas no Reino Unido e na Suécia.
Como se o processo contra ele não fosse criminal.
Pediu ao Equador, para disfarçar um pouco...seria demasiado ostensivo ir directamente às embaixadas da Venezuela, de Cuba, ou do Irão, os amigos de peito.
Mais tarde ou mais cedo, eles mostram ao que andam...
Nivaldo Cordeiro sobre o ministro francês da economia - Emissão ou não emissão: o duelo
O vice ministro francês das Finanças, Benoite Hamnon, disse ao Estadão, em entrevista, que a Alemanha "não quer cooperar". Ou seja, não quer flexibilizar as regras do euro para emissão de moeda. O socialismo francês que pagar tudo com moeda falsa, na ânsia de superar a lei da escassez. A Alemanha, que viveu a hiperinflação e sabe que moeda fiduciária é mefistofélica, pois é a pátria de Goethe, não quer nem ouvir falar nisso, ela que também é socialista. O confronto de idéias está posto. A Alemanha tem razão.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Foi pena!
Foi pena o Syriza, o Bloco de Esquerda grego, não ter ganho as eleições.
Com os neocomunistas no governo, ficaria clara a natureza da banha da cobra. Seria muito mau para os gregos, claro, mas excelente para nós e para outros países onde os vendedores de amanhãs cantantes ganham o pódio.
Seria uma excelente vacina.
Infelizmente o Syriza perdeu.
E foi o melhor que podia ter acontecido tanto ao Syriza, como ao nosso BE.
Assim podem ficar no terreno que conhecem, a berrar os slogans do contra.
E a capitalizar o descontentamento que um dia, nos seus sonhos húmidos, os possa levar à divinizada Revolução.
Na Grécia, a esquerda responsável está reduzida a cacos. Por cá o PS ainda abafa o BE, o que permite manter alguma governabilidade, mas o exemplo grego obriga os socialistas a radicalizar o discurso, para não alienarem os tontos que constituem esta crescente legião de brutos alfabetizados, que o sistema educativo excreta cá para fora, com a cabeça devidamente imbecilizada por uma doentia ideologia de esquerda.
Com os neocomunistas no governo, ficaria clara a natureza da banha da cobra. Seria muito mau para os gregos, claro, mas excelente para nós e para outros países onde os vendedores de amanhãs cantantes ganham o pódio.
Seria uma excelente vacina.
Infelizmente o Syriza perdeu.
E foi o melhor que podia ter acontecido tanto ao Syriza, como ao nosso BE.
Assim podem ficar no terreno que conhecem, a berrar os slogans do contra.
E a capitalizar o descontentamento que um dia, nos seus sonhos húmidos, os possa levar à divinizada Revolução.
Na Grécia, a esquerda responsável está reduzida a cacos. Por cá o PS ainda abafa o BE, o que permite manter alguma governabilidade, mas o exemplo grego obriga os socialistas a radicalizar o discurso, para não alienarem os tontos que constituem esta crescente legião de brutos alfabetizados, que o sistema educativo excreta cá para fora, com a cabeça devidamente imbecilizada por uma doentia ideologia de esquerda.
domingo, 17 de junho de 2012
A ler
No Ablogando há que ler tudo mas, alguns textos tocam-me, naturalmente, mais que outros.
Progressismo reaccionário
Aconteceu-me ou Hoje, eu sei que sou feliz!
Buraco Obama em 25 prestações
A islamização de Espanha
Daquilo que agora já toda a gente sabe, mas de que muito poucos quiseram saber
Do eufemismo e da isenção política na comunicação social
Os idiotas úteis
Progressismo reaccionário
Aconteceu-me ou Hoje, eu sei que sou feliz!
Buraco Obama em 25 prestações
A islamização de Espanha
Daquilo que agora já toda a gente sabe, mas de que muito poucos quiseram saber
Do eufemismo e da isenção política na comunicação social
Os idiotas úteis
Ponto Final
De há uns tempos a esta parte o nosso colaborador Carmo da Rosa estava numa deriva inaceitável.
Dedicava-se insistentemente a atacar os seus próprios camaradas de blogue, com linguagem baixa, chocarreira e pesporrente, como se as suas opiniões estivessem no cume da modernidade e do progresso.
É verdade que as opiniões do Carmo da Rosa sempre foram superficiais, sustentadas em ideias feitas, slogans da moda e bacocos politicamente correctos mas, uma vez que ele as enfeitava com um certo humor de taberna, alguns dos seus textos eram engraçados, daquela graça que se associa ao humor brejeiro, estilo "o bacalhau quer alho". À primeira a gente ri, à segunda sorri, à terceira esboça um sorriso amarelo, à quarta um esgar, à quinta encolhe os ombros e depois farta-se.
Tornou-se impossível argumentar com ele e os remoques chocarreiros atingiram um nivel insustentável.
A limpeza era absolutamente indispensável, não podemos, se queremos manter isto com um patamar mínimo de decência, permitir o arrastamento da situação.
Adeus Carmo da Rosa.
Obrigado por alguns dos seus postes iniciais, envergonhe-se da sua recta final.
Aos nossos leitores, pedimos desculpa por isto se ter arrastado tanto tempo.
Prometemos, a partir de agora, manter padrões mínimos de decência e ser implacáveis com trolls, insultos e chocarreirices.
As pessoas superiores discutem ideias, as médias discutem factos, os medíocres discutem pessoas.
Dedicava-se insistentemente a atacar os seus próprios camaradas de blogue, com linguagem baixa, chocarreira e pesporrente, como se as suas opiniões estivessem no cume da modernidade e do progresso.
É verdade que as opiniões do Carmo da Rosa sempre foram superficiais, sustentadas em ideias feitas, slogans da moda e bacocos politicamente correctos mas, uma vez que ele as enfeitava com um certo humor de taberna, alguns dos seus textos eram engraçados, daquela graça que se associa ao humor brejeiro, estilo "o bacalhau quer alho". À primeira a gente ri, à segunda sorri, à terceira esboça um sorriso amarelo, à quarta um esgar, à quinta encolhe os ombros e depois farta-se.
Tornou-se impossível argumentar com ele e os remoques chocarreiros atingiram um nivel insustentável.
A limpeza era absolutamente indispensável, não podemos, se queremos manter isto com um patamar mínimo de decência, permitir o arrastamento da situação.
Adeus Carmo da Rosa.
Obrigado por alguns dos seus postes iniciais, envergonhe-se da sua recta final.
Aos nossos leitores, pedimos desculpa por isto se ter arrastado tanto tempo.
Prometemos, a partir de agora, manter padrões mínimos de decência e ser implacáveis com trolls, insultos e chocarreirices.
As pessoas superiores discutem ideias, as médias discutem factos, os medíocres discutem pessoas.
The Elite's Eugenics Agenda with Lord Monckton
Em Rio de Janeiro estão reunidos os esquerdalhos-totalitários-fascistas-marxistas-eco-terroristas.
- Os maníacos abandonaram de vez as "alterações climáticas" (já tinham convertido o aquecimento global em alterações climáticas) como o maior problema a "resolver". Alternativamente a pobreza (que eles, para além de genocídio, são campeões em provocar) é o maior problema.
- A National Geographic aceita que o clima é governado pelo Sol.
- Uma maluca defende que se crie, na ONU, um crime contra a terra ("uma criatura viva que respira") mais grave que o genocídio. Segundo ela "está-se a matar a Terra".
- No Canadá (Alberta), como na Austrália, estão a confiscar metade das terras dos agricultores para efeitos de "drenagem de carbono".
- Drones e satélites estão a vigiar agricultores.
- Os maníacos abandonaram de vez as "alterações climáticas" (já tinham convertido o aquecimento global em alterações climáticas) como o maior problema a "resolver". Alternativamente a pobreza (que eles, para além de genocídio, são campeões em provocar) é o maior problema.
- A National Geographic aceita que o clima é governado pelo Sol.
- Uma maluca defende que se crie, na ONU, um crime contra a terra ("uma criatura viva que respira") mais grave que o genocídio. Segundo ela "está-se a matar a Terra".
- No Canadá (Alberta), como na Austrália, estão a confiscar metade das terras dos agricultores para efeitos de "drenagem de carbono".
- Drones e satélites estão a vigiar agricultores.
sábado, 16 de junho de 2012
Também tu, Holanda?
Moody's downgrades five Dutch banks
Até a Holanda, produtora de hidrocarbonetos, meteu o pé?
Meteu o pé comprando dívida aos que já andam às aranhas, aos que ainda não andam às aranhas mas andarão, meteu o pé porque gastou ela própria o que não tinha, uma mistura de todos?
Até a Holanda, produtora de hidrocarbonetos, meteu o pé?
Meteu o pé comprando dívida aos que já andam às aranhas, aos que ainda não andam às aranhas mas andarão, meteu o pé porque gastou ela própria o que não tinha, uma mistura de todos?
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Pois é, José Gonsalo...
Pois é, José Gonsalo,
diz que quer arrumar o assunto de vez! Mas
trata-se de uma informação ou de um ultimato? Mas se quiser arrumar o assunto
só para o próximo Verão, também pode ser – não me incomoda absolutamente nada,
pelo contrário, estou a achar esta troca de comentários muito divertida e é uma
excelente distracção para o omnipresente futebol...
Mas porque carga de água sublinhou quatro
parágrafos a azul? Você não vê que torna a coisa mais feia do que já é? Até
fere a vista! E depois espeta uma linha inteira com pontos de interrogação!
Nisto tem a quem sair caneco! o nosso camarada-presidente e o Rio fazem a mesma
coisa: não dão qualquer importância à apresentação, é meia-bola e força, pelos
vistos o que conta é debitar propaganda ideológica. Modernices...
Eu já na altura tinha lido perfeitamente o seu
texto, não era preciso repetir a coisa com o raio do azul em cima, e continuo a
ter precisamente a mesma opinião sobre este assunto. A resposta é precisamente
a mesma:
O que aqui vai de raiva e ódio perante o
simples facto de ser uma mulher a QUERER algo! E o ódio e a raiva, caro José
Gonsalo, também se estendeu ao homem – li na altura mas depois passou-me – de
quem você fez esta admirável descrição:
Pois é, mas o “troncho”, a “repelência
vertebrada” sou também eu, é o meu vizinho, são os meus amigos da minha
geração. Resumindo, todos aqueles que gostaram à brava do filme porque se
identificam imediatamente com os personagens e com a humanidade nua e crua que
a situação emana. Dito por outras palavras, somos realistas, já não sentimos
uma grande necessidade de corresponder à imagem do machão latino, do Toni, do
Zézé Camarinha. Mas sobretudo, já não nos identificamos com figuras do cinema
do tempo e do género do Clark Gable, com aquele bigodinho - que faria o
Carlinhos da Sé em plena Rua Escura exclamar aos gritos: ‘Ó BIGODE DE PISSA!’ -
a quem bastava um olhar de soslaio para as mulheres em suspiros lhe caírem nos
braços.
Caro José Gonsalo, não veja tantos filmes dos anos 50, ou melhor, faça
como quiser mas esteja consciente que se trata de romantismo muito
romantizado… As miradas mortais do Clark Gable já só fazem sonhar as nossas
mães, coitadas, que, há falta de melhor, viveram a vida inteira de romantismo.
As filhas, felizmente já mais realistas, acham essa atitude patética, e as
netas, essas, estão representadas pela excelente actriz do filme brasileiro.
A sua falta de realismo ou pendão para
romantizar, vê-se na descrição que faz da aldeia dos seus avós, onde, segundo o
José Gonsalo, as relações homem-mulher são (em 80%) um oásis de harmonia e
emancipação! Mas situa a aldeia modelo num deserto de opressão e tirania
chamado Portugal do tempo da outra senhora!!! “Com as naturais — ao tempo — liberdades e restrições
próprias de cada sexo.”, acrescenta você cauteloso. Mas o problema é que as restrições eram muitas e não tinham
só a ver com sexo, mas sim com quase tudo...
Vou-lhe dar apenas dois exemplos sem romantismos
do bairro onde vivi em Vila Nova de Gaia nos anos 60, e que, acerca do
comportamento ou do raio de acção das mulheres, são certamente sintomáticos
para o país inteiro. Note que já não se trata do tempo dos seus avós, nem de trabalhadores rurais e geograficamente isto passa-se em zona citadina muito
perto da segunda cidade do país: Porto.
Exemplo 1
No bairro (do Cedro) havia dois cafés, mas as
mulheres não iam ao café de livre vontade nem sozinhas. A minha mãe, por
exemplo, assim como muitas das mães dos meus amigos, nunca pôs os cotos no
café! (A minha mãe apenas sabia pelo meu pai que havia dois cafés e que um
deles era o sítio onde o filho, em vez de estudar, passava o tempo a jogar
bilhar e matrecos). Ao Domingo à tarde havia uns homens que lá se deslocavam ao
café (o Sr. Santos da drogaria e o Sr. Maia da mercearia por exemplo)
acompanhados das suas respectivas esposas. Eles bebiam um fino (imperial para
os mouros) e falavam de futebol; elas falavam ‘chiffon’ (como dizem os
franceses) mas nunca bebiam álcool, isso parecia mal. Nos restantes dias da
semana o café era só frequentado por homens, os únicos que tinham poder para
tomar uma decisão tão drástica como ir ao café jogar dominó ou bilhar com os
amigos - às mulheres nem lhes passava isso pela cabeça.
Caro José Gonsalo, tenho muita pena mas não
consigo imaginar a sua avó paterna na sua aldeia modelo - que segundo você
‘nunca foi maltratada pelo seu avô e teve um papel bastante marcado e
importante nas respectivas famílias’ – a fazer voluntariamente uma pequena
pausa nas suas actividades rurais para ir sozinha à tasca beber um copo de
três! Está enganado. Era o seu avô, você ainda era muito criança e não fazia a
diferença...
Exemplo 2
Além dos dois cafés, havia ainda perto de
minha casa o clube de futebol mais importante de Vila Nova de Gaia: o
Vilanovense, nós dizíamos apenas “o Bila”. (Na minha infância um dos grandes
guarda-redes do Vilanovense era o pai do famoso ex-jogador do Sporting, o Ricardo
Sá Pinto. Curioso detalhe, o pai do Sá Pinto era ao mesmo tempo guarda-redes de
futebol no ‘Bila’ e guarda-redes de andebol no F.C. do Porto).
Aos domingos à tarde, quando havia um jogo
importante no Vilanovense, notava-se imediatamente um aumento de carros
estacionados à volta do modesto estádio. Gente que vinha de Oliveira do Douro,
Avintes, Candal, Coimbrões, etc. Dentro dos carros estacionados era muito
frequente ver mulheres sozinhas a fazer croché enquanto os maridos viam o
futebol no estádio! Talvez elas não gostassem muito de bola, mas de qualquer
forma eles é que decidiam por elas: - ó filha, é melhor ficares aqui
sossegadinha em vez de ires lá para dentro ouvir palavrões...
Esta era a situação em Vila Nova de Gaia nos
anos 60 – todos os meus amigos da minha geração confirmam, e alguns com um
certo saudosismo… Caro José Gonsalo, por muito que enfeite o seu discurso com
fraseado filosófico, sinceramente, não creio que em terra de mouros (a sul de
Coimbra) a situação fosse muito diferente da de Vila Nova de Gaia. Hoje, o
progresso, a emancipação, faz com que as novas mulheres tenham mais poder de
decisão e ainda bem, nem sempre para si mas para os empregados de copa:
José Gonsalo: Isabel, queres ir à bola comigo?
Isabel: Não pá, vais ter que ir sozinho que te
lixas, porque a mim está-me a apetecer ir beber um caneco naquele bar que tem
um empregado bem giro com quem tu estavas a falar o outro dia. Parece que é
muito romântico e que não fode as mulheres na casa de banho – mas no nosso
carro com os bancos para trás talvez funcione…
P.S. Sobre os militares noto a mesma atitude
romântica, mas tem que ficar para outra vez porque a Santa Bolinha não perdoa…
quinta-feira, 14 de junho de 2012
António Lobo Antunes: O Meu Nome É Legião
[aos 8:30 da 2ª parte] - Actualizado
"... ao mesmo tempo houve uma coisa muito boa. Foi no exército que eu aprendi ... nascer tem uma concepção ptolomaica do mundo na qual eu era o centro. Percebi que era apenas um entre os outros e que só sendo um homem, neste caso éramos miúdos, todos, só sendo um homem no meio dos homens é que eu poderia fazer alguma coisa que valesse a pena [confusão] sobretudo enquanto homem foi muito importante. E a camaradagem é um sentimento difícil de explicar a quem não passou por isso. Normalmente as pessoas dizem mal dos militares, género ... do General De Gaulle, por exemplo, diziam, a única coisa pior que um general estúpido é um general inteligente ... Os meus dois avós eram militares. Eu nunca tive um espírito especialmente militarista mas da parte dos oficiais do quadro permanente portaram-se comigo e com os soldados e com os meus camaradas com uma lisura extrema. Não tenho razão de queixa de ninguém. Ninguém."
3 partes que se sucederão automaticamente.
"... ao mesmo tempo houve uma coisa muito boa. Foi no exército que eu aprendi ... nascer tem uma concepção ptolomaica do mundo na qual eu era o centro. Percebi que era apenas um entre os outros e que só sendo um homem, neste caso éramos miúdos, todos, só sendo um homem no meio dos homens é que eu poderia fazer alguma coisa que valesse a pena [confusão] sobretudo enquanto homem foi muito importante. E a camaradagem é um sentimento difícil de explicar a quem não passou por isso. Normalmente as pessoas dizem mal dos militares, género ... do General De Gaulle, por exemplo, diziam, a única coisa pior que um general estúpido é um general inteligente ... Os meus dois avós eram militares. Eu nunca tive um espírito especialmente militarista mas da parte dos oficiais do quadro permanente portaram-se comigo e com os soldados e com os meus camaradas com uma lisura extrema. Não tenho razão de queixa de ninguém. Ninguém."
3 partes que se sucederão automaticamente.
Pois é, Carmo da Rosa…
Só hoje, e ainda à pressa, pude voltar para, pela minha parte, arrumar de vez o
assunto.
Dizia eu que o meu caro amigo não lê aquilo que eu escrevo,
que se limita a percorrer palavras e que… Mas escuso de adiantar mais, para já.
Ora repare naquilo que eu escrevi aqui e que é, afinal, o próprio objectivo do
que escrevera antes e do que procurei esclarecer ainda um pouco mais a seguir:
“De facto, aquilo não é uma pouca-vergonha,
é uma vergonha insuportável para qualquer animal. Porque aquela triste está reduzida a algo abaixo de
macaco, abaixo de cabra, abaixo de aranha, abaixo mesmo da feromona: ela já só
quer dentro dela a moca positivista, tal a degradação a que está sujeita; é tanto o seu desespero, que ela come raivosamente o
veneno que a mata. O orgasmo que ela exige não é terapêutico,
é o punhal da tristeza com que ela mata ambos, o “já que queres que assim
seja, assim será!”. Porque à pobre, nem
um ritual que qualquer outra fêmea curte, nem sequer a vigarice de uma
atençãozinha feita de porrada, lhe é dado! Não é de fazer chorar as pedras da
calçada, é de fazer explodir em lágrimas a Vida no planeta inteiro. Ela
suicida-se de solidão e de inumanidade e você diz: “Assim mesmo é que é, o
progresso que há no suicídio por tortura! O extraordinário humor que há neste
filme!”.
O que é de facto espantoso para mim,
aquilo que eu não compreendo de todo, é que se o filme fosse sobre a situação
inversa, se fosse dele a brutalidade verbal e física com que ela o trata, você,
como qualquer de nós, repugnar-se-ia com ela e falaria do asco que aquilo lhe
havia provocado (…)”
O que eu disse neste pedaço, se mais não houvesse (e há muito, mas mesmo muito mais, antes e depois dele), é que:
- o nojento exemplo de degradação humana que constitui o
apêndice conjugal que aquela mulher tem ao lado, a sujeita, pela frieza e pela
indiferença, a uma chantagem afectiva opressiva, inaceitável e condenável;
- a pobre, porque ainda goste dele ou já por mera vingança, assume
a situação pela negativa e, por isso, em vez de sair para a rua, trazer para o
quarto toda a gente que lhe apeteça e expulsá-lo de casa a pontapé depois de
ter gozado à grande e à brasileira à frente dele, insiste em exigir que ele lhe
dê “a queca”, numa atitude de verdadeiro suicídio a dois sob a forma de tortura
moral;
- o que está naquele filme é o resultado de uma situação de
decadência em que dois seres humanos caíram.
De outra maneira, que o problema não é, em nenhum momento,
que a mulher queira e tome a iniciativa no que respeita ao sexo, mas que haja sido levada a um tal ponto de humilhação que deseje, mesmo que por vingança,
sentir dentro dela um ser de tal modo abjecto. O problema não é, em momento
nenhum, ela querer sexo, mas o nível de indignidade e de tortura a que ele a
sujeita e que a faz querer, não sexo, mas o contrário daquilo que é o sexo ao
nível humano. E, se LER o que eu escrevi antes, a única coisa que encontrará é o
elogio do erotismo, EM QUE AMBOS PODEM QUERER O QUE MUITO BEM LHES APETECER E
QUANDO LHES APETECER. Mesmo de uma interpretação redutora e superficial do texto somente se concluiria a CONDENAÇÃO DO QUERER DO HOMEM ENQUANTO PROCURA SUBJUGAR O DA MULHER.
Diz o Carmo da Rosa que escrevo bem. Eu digo apenas que escrevo como quero e me apetece e que isso me basta. Sei, no entanto, que NINGUÉM que eu conheça ou que me deu conta de que acompanhou o que eu escrevi, repito NINGUÉM!, teve qualquer dúvida quanto ao sentido do que lá está, incluindo o sentido mais redutor e superficial. Nem me parece que alguém possa tê-la. Menos, pelos vistos, o Carmo da Rosa. Ora repare nesta pérola de comentário que fez aqui, no dia 20 de Maio, à 1:09:
José Gonsalo: ”De facto,
aquilo não é uma pouca-vergonha, é uma vergonha insuportável para qualquer
animal. Porque aquela triste está reduzida a algo abaixo de macaco, abaixo de
cabra, abaixo de aranha, abaixo mesmo da feromona: ela já só quer dentro dela a
moca positivista, tal a degradação a que está sujeita;.”
O que aqui vai de raiva e ódio perante o simples
facto de ser uma mulher a QUERER algo!!! José Gonsalo, não me leve a mal, mas
olhe que já vi destes textos escritos pelo Dr. Yusuf al-Qaradawi. Minto. Os
seus estão mais bem escritos.
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Carmo da Rosa, pretende convencer-me de que LEU o que eu disse?
Olhe, parafraseando-o, não me leve a mal, mas mesmo não sendo tão… desagradável
ao ponto de o comparar com alguém como o dr. Qaradawi, se o pretender, terei
que dizer-lhe que mente com os dentes todos. Nem neste nem o anterior conjunto
de textos que escrevi para lhe responder com seriedade, como, aliás, lhe fui apontando sempre. Porque, tal como o dr.
Qaradawi, nunca lhe tem interessado discutir, mas afirmar - afirmar a sua posição de iluminado face ao
indispensável contraponto de uma posição “blasfema”, mesmo que haja que inventá-la. E, para isso, não olhou a
meios, incluindo aqueles que, para quem está atento, fazem desconfiar da maturidade
do seu carácter pelo ridículo em que incorreu.
Caro Carmo da Rosa, mais do que descortês, porém, a sua
atitude é insultuosa, porque não apenas teve a indelicadeza de não querer ouvir
quem se lhe dirigiu de boa-fé como quis tornar-me em adereço do seu brilho de
pechisbeque. Peneiras, talvez, para me limitar a devolver aquilo que já vi numa sua resposta recente (4 de Junho, 12:15). Ou pior do que peneiras?
Foi por idêntica atitude, aliás, que, no decorrer da
“discussão” acerca do que seja um insulto, o Carmo da Rosa saltitou
permanentemente de tema para tema, procurando confundi-los para nos confundir,
a mim e ao José do Carmo. No último episódio desse saltaricanço desajeitado e tosco sacou d’A Vida de Brian e, apesar de se ter dito, redito, re-redito, e por aí fora, alternadamente (à
medida que o meu caro situava as coisas nesse tema ou passava para o da
subjectividade e imaturidade do insulto), que o que estava em questão não era
dessa natureza, tornou uma vez mais a algo que nunca nunca foi posto em causa, muito pelo
contrário: a liberdade de crítica - paródica
ou outra - às diferentes crenças. Pela
minha parte, não me c… por tomar viagra (ainda nunca tomei e, se o fizer,
espero que não me aconteça), mas c… a rir com o filme bem como com tudo o que até à
data vi dos bons e velhos Monthy.
Mas porque anda o Carmo da Rosa a fazer estas tristes
figuras, falando bravamente do que nunca existiu? Que motivos o levam a isso?
Não faço ideia, limito-me a registar que desde há muito que pouco encontro de
si que valha a pena ser lido. E que a maioria do que tem posto por aqui, desde
textos a comentários, é, em geral, desconchavado e agressivo para mim, para o
Rio d’Oiro, para o José do Carmo. Agressivo, é consigo, quem vai à guerra dá e
leva; mas desconchavado, apatetado, ridículo mesmo, não me parece que o próprio
Carmo da Rosa mereça dar-se isso. Merecido ou não, de qualquer maneira
tornou-se-me impossível e desgostante qualquer troca de palavras consigo.
E, para terminar, queria contar-lhe uma pequena história que
respeita à superfície da discussão entre si e o José do Carmo.
Lembro-me de, já há algum tempo, creio que pouco depois de
ter aceitado o convite para integrar o FI, me ter referido a um meu tio-avô,
oficial do exército, que integrou o corpo militar português na I Guerra. Teria
agora, caso ainda fosse vivo, mais de 120 anos. Perto da casa onde morava,
vivia um sargento que se reformou por limite de idade uns 20 anos antes dele e
que a minha infância encontrou já bastante velho, arrastando-se
pachorrentamente pelo jardim. Dele, contava o meu tio um episódio caricato, que
nos fazia rir, tal como a ele e a todo o quartel onde o meu tio prestou
serviço durante as últimas três décadas no activo. Abordado por um soldado que
dizia estar com um problema de pele no lábio, o homem terá retorquido: “Lábios? Você
tem é beiços! Lábios têm as senhoras dos senhores oficiais!”.
O sargento, que era a chacota disfarçada do quartel, entrara
na tropa nos anos finais do século XIX, já era sargento na I Guerra e de
sargento nunca passou. O meu tio, rindo, dizia dele que era uma besta como
nunca encontrou nos seus quase 50 anos de tropa (também ele se reformou por
limite de idade) e que nunca, a não ser a ele, ouvira uma expressão tão
condizente.
Nenhum dos meus amigos que cumpriram o serviço militar em
tempo de guerra, incluindo aqueles, comunistas, que não fugiram para o
estrangeiro, por dever ideológico (pela obrigação moral e revolucionária de
espalhar as ideias do internacionalismo proletário dentro das FA), nenhum
alguma vez me relatou algo desse tipo; antes, o seu testemunho sempre coincidiu
com o que lhe disse o José do Carmo - e eles,
tal como, na altura, eu próprio, éramos anti-militares, como não poderia deixar
de ser. Nem nunca encontrei quem -
familiares e amigos de familiares inclusive -
nas suas “histórias da tropa” incluísse alguma igual ou semelhante.
Todos, sem excepção, dizem o mesmo que o José do Carmo.
O Carmo da Rosa citou, portanto, uma piada que, por mais representativa da realidade que um dia se haja vivido nas FA (e eu tenho bastantes dúvidas), era já, há cem anos, isso mesmo: uma piada dentro das próprias FA, um exemplo do que, mesmo provindo de um único dos seus elementos, caracteriza a estupidez e a ignorância.Terá essa história do sargento que eu ainda conheci e em
cujas costas toda a gente se ria servido para caricaturar e distorcer o que
realmente se passa? Do mesmo modo que não conheço os motivos da sua atitude
também não pretendo pôr-me a especular sobre como a lenda anedótica do sargento,
de quem não me lembro já o nome, serviu para caracterizar a instituição militar
e quem a integra, com fins comerciais ou outros. Mas, para já, dou-lhe o mesmo
conselho que lhe deu o José do Carmo: não veja tantos filmes.
E cuide-se, Carmo da Rosa, cuide-se. Sinceramente.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
DIÁLOGOS
Foto: CdR, Amsterdam-oost 2003
Dialogar?
Dialogar não é inventar frases e afirmações
que eu não fiz para depois malhar em cima! Dialogar não é enfiar 3 insultos em
cada 5 palavras! Dialogar não é censurar despoticamente os comentários e artigos
dos outros! Dialogar não é ameaçar!
Depois ainda se queixa que “na taberna onde
vai para comer caracóis, a conversa é, por vezes, mais profunda.” E a culpa é
certamente toda minha claro! José Carmo, você tem cá uma lata?
Como eu já disse e previa, a culpa é sempre do
soldado raso! A partir da mesma lógica não é preciso usar argumentos, porque a
culpa já está prevista nalgum artigo do RDM: o espírito de hierarquia prevalece
sempre, o oficial tem sempre razão… E, tal como o recruta no momento de receber
o seu salário, tenho que agradecer e demonstrar que a coisa tem MUITO INTERESSE PARA MIM,
e…. bater a pala em sentido...
José Carmo: ”Mas o desafio mantém-se. Uma vez que se
considera supinamente corajoso e tabela os outros de cobardes para baixo, sabe
onde me encontrar e sabe tb que eu não faltarei."
Nunca disse que era corajoso (outra das suas
invenções para ter que dizer!), disse sim que censurar é cobardia: Coloquei a 8
de Junho o poste CORTESIA, CENSURA, INTERNET, TENIS E FUTEBOL que você,
porque não lhe era favorável, retirou para um dia depois colocar o poste
Chico-Esperto, onde passou o tempo a dizer que eu, muito justamente, não passo
de um chico-esperto!!! Não acho esta atitude muito corajosa!
Corresponde a um boxeur querer combater, mas só se o adversário entrar no
ringue com as mãos atadas atrás das costas...
Mas além destas peripécias caricatas, o FIEL
INIMIGO foi uma construção democrática e, que me lembre, nunca houve eleições
de um camarada-presidente! Até mesmo a frase emblemática do FIEL, da Hannah Arendt, foi
democraticamente decidida e votada à aprovação geral. Hoje poderia facilmente
ser substituída por esta:
It is quite gratifying, to do everything wrong
and still not feel guilty at all; how noble!
José Carmo: ”Não era você que se gabava de ir ao encontro
dos maus agitando o livrinho vermelho, para ser reconhecido?"
Nem me gabei nem se tratava de um mau! Apenas um rapaz português que vive em Amesterdão há pouco tempo e com quem tive
uma troca de comentários no ARRASTÃO. O livro Vermelho, assim como a descrição
prévia de como vinha vestido, só serviu para nos reconhecermos durante o
primeiro encontro num café. Foi o Livro Vermelho como poderia ter sido um
garrafão de vinho… Depois deste primeiro encontro ele acabou por confessar que
afinal eu não era tão mau como parecia, até disse que eu era uma excelente
pessoa, inteligente, convivial, sensata e madura (mas por outras palavras).
José Carmo: ”(…) sabe onde me encontrar e sabe tb que eu
não faltarei."
Quanto ao nosso encontro não percebo porque
razão – ou melhor, até percebo: a hierarquia militar a vir à tona! –
tenho que ser sempre eu a deslocar-me? O meu endereço está na lista
telefónica de Amesterdão, além disso não tenho qualquer garantia que você
chegue a tempo e horas: no nosso último encontro chegou com mais de uma hora de
atraso! Os únicos que chegaram a tempo e horas foi o José Gonsalo e a minha
pessoa (mas eu já é costume, sempre fui assim…)
P.S. Mas por razões óbvias não me apareça cá
hoje. É dia do Senhor: tenho a casa cheia de esquerdistas para ver quatro horas
de Santa Bolinha…
segunda-feira, 11 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
Galen Winsor
Neste vídeo (1985), entre outras coisas interessantes, Galen Winsor come (literalmente) óxido de urânio e brinca com plutónio.
Blog de Galen Winsor.
Blog de Galen Winsor.
sábado, 9 de junho de 2012
Maoismo na GNR
No Ablogando:
Este tipo de disparates que a GNR recorrentemente exercita, por vezes encabeçados pelas próprias chefias, são exactamente uma variante do maoismo levado a cabo no período da revolução cultural em que os pais eram desautorizados ao extremo pelos filhos, portadores da verdade total, pura e final, e colocados, explicitamente, em menoridade face a eles.
Reinaldo Azevedo: A recaída bolivariana da diplomacia brasileira
Por Reinaldo Azevedo.
"A proposta de enquadramento da comissão - que por extensão acaba atingindo a Corte Interamericana de Direitos Humanos - teve como defensor principal o presidente equatoriano Rafael Correa, o único chefe de Estado presente ao encontro, além do anfitrião Evo Morales, que acusou aquele órgão da OEA de favorecer “a liberdade de extorsão do jornalismo”. Ele combate a “imprensa burguesa” ferozmente em seu país, com a imposição de medidas econômico-financeiras, legislativas e judiciais que têm sufocado os veículos de comunicação que lhe fazem oposição. Evo Morales e os representantes da Venezuela e da Nicarágua, integrantes da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), fizeram eco às diatribes de Correa. O embaixador da Venezuela na OEA, Roy Chaderton, declarou à agência de notícias Reuters que a CIDH “é um instrumento do império composto por cúmplices e covardes” e reiterou as críticas de seu governo ao trabalho do argentino Santiago Cantón na Secretaria Executiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A função dessa comissão é promover, fiscalizar e proteger os direitos humanos nas Américas, o que tem feito com o mesmo rigor com que, no passado, condenava as práticas antidemocráticas das ditaduras direitistas no continente.
O Brasil, ao lado de México e Argentina, não chegou a endossar os ataques diretos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, mas defendeu a necessidade de “modernizar” os mecanismos de atuação dos órgãos da OEA que atuam na área de direitos humanos, o que significa, na prática, diminuir sua autonomia, transferindo as principais decisões para o plenário da OEA e, como consequência, esvaziando o poder da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Exatamente por esse motivo, essa “modernização” é combatida por entidades como a Human Rights Watch e a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP)."
Chico-Esperto
O chico-esperto não é inteligente, mas é esperto. É um fura-bolos, é aquele maganão que usa a faixa da direita para ultrapassar e vem pela esquerda a fingir que vai em frente, para depois se meter na direita, já quase em cima do desvio.
É o gajo que está convencido que é muito mais esperto que os outros e que se os outros não fazem as chico-espertices que ele faz, é só porque são burros e incapazes de ver aquilo que ele vê.
Em nenhum momento ocorre ao chico-esperto que há quem não faça chico-espertices, não porque as não "veja" mas porque entende serem erradas e na verdade pouco inteligentes já que, se todos as praticassem, seria o caos dos chicos -espertos.
O nosso estimado colaborador Carmo da Rosa, tem sido uma revelação, nos últimos tempos e a última façanha com que nos brindou, foi basicamente uma chico espertice, como que a dizer: estes gajos são uns saloios, uns tapados, uns retrógrados, eu cá sou um gajo moderno, avançado, esperto que nem um alho, e já vos mostro como se ultrapassa pela direita.
Expliquemos.
O Carmo da Rosa assumiu as dores de corno de um troll que vem por vezes a este blogue, apenas com o objectivo de insultar e diminuir este vosso escriba. É uma obsessão. Como medida profilática, resolvi apagar todos os comentários do troll que contivessem referências ofensivas ou chocarreiras à minha pessoa.
É uma medida muito útil, já que priva o troll do seu prazer orgásmico de chamar nomes ao árbitro.
O Carmo da Rosa, como disse, assumiu as dores de corno e, vendo uma oportunidade de aparecer como cavaleiro andante da "liberdade de expressão", saltou, qual D Quijote, em defesa da sua Dulcineia.
O problema é que também se transformou num cavaleiro de triste figura, ao atacar moinhos confundindo-os com gigantes. Na sua cegueira apaixonada, não foi sequer capaz de distinguir "liberdade de expressão" de "insulto", enredando-se em contradições e estatelando-se no ridículo.
Foi então que D Quijote se transformou em Chico-Esperto. Já que aqui o Sancho Pança lhe apaga os escarros da Dulcineia, o D. Quijote, agora Chico-Esperto, trata de os colocar de novo online, nos seus próprios comentários e postes.
Acontece que eu não tenho nenhuma paciência para com chicos-espertos. Não os deixo entrar na fila, meto-lhes o carro à frente e aqui faço o mesmo.
Lixo com os escarros, novos ou em 2ª mão.
Por isso, CdR, não vale a pena. Cada vez que aqui plantar escarros em 2ª mão, serão varridos para o seu local próprio: o lixo!
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...