Teste

teste

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ganzas

Reparem no ganzas que segura o cartão.

Estes fulanos estão há menos de uma semana no Rossio. São cerca de 50 ou 100 e já têm 3 níveis hierárquicos (líderes, grupos de trabalho e populaça). Já desenvolveram uma estrutura burocrática (os “grupos de trabalho”). Já têm normas burocráticas de enorme complexidade que garantem que nada será feito. Apesar de já terem uma burocracia avançada, não têm casas de banho. Dependem do mundo capitalista para coisas básicas como papel higiénico, que eles não fazem a mínima ideia como produzir. Como os verdadeiros estados socialistas, este também não consegue viver sem um mundo capitalista que os informe do valor das coisas. A qualidade dos meios de comunicação impressa deixa muito a desejar e faz lembrar o papel higiénico da Roménia de Ceausescu. Fica a sensação que tudo entrará em colapso quando acabar a última lata de tinta que os capitalistas deixaram. Os habitos burgueses (“há pessoas que têm emprego”) continuam a condicionar a revolução pelo que em breve haverá purgas.
Via Blasfémias.

Os cartazes são orgânicos, mas o gerador precisa de gasosa 95. Cedência às multinacionais do petróleo.

As casas de banho .. não são biológicas, são químicas e, aposto, serão pagas pelo contribuinte. Ainda se arriscam a ser atacados pelos Eufémios que, aliás, já lá têm o cabecilha ... o gajo que trata as votações como tratou o milho.

O acampamento, que não tem mais de 10m de diâmetro, tem direito a mapa.

Outro, diz que o espaço de dormida não é respeitado. Não tarda nada instalam um fosso com jacarés.

Uma marmela diz que "precisam" de mais gente. Não precisam apenas de papel higiénico.

Um barbaças diz que "precisam" de arranjar uma decisão. O mesmo artolas diz que já há uma plataforma para um passo para criar alguma coisa. Chiça.

Outra diz que o caraças e o porra, e que não aguenta, e que está com inquietações.

Um barbaças, frenético, tem um braço ao peito com um dedo de fora. Coloquem-lhe lá um canudo de papel higiénico que lhe dará utilidade (reparem que ele tem um rolo de papel entalado na ligadura que suporta o braço - se calhar é individualista). É "contratado precário". Teve sorte. Uma gaja, entretanto, aproxega-se e abarbata-lhe o micro da mão não vá ele entrar em meltdown.


Comentários deliciosos (a Zazie anda por lá, pelos comentários, frenética, como sempre):

Rui Costa:

Muito, muito bom! Podemos também ouvir pérolas como “houve um recurso excessivo à votação” e “a votação, não é uma votação no sentido da contagem de votos, mas sim uma espécie de sondagem”.
 ...
Outra: “Sou professor contratado precário!” :D

Tina:

Bom título João. Explica por que razão este movimento e o de Espanha querem acabar com a classe política: já que o socialismo não resulta, acabe-se com tudo. Observo que o movimento do fim à classe política em Portugal, que se uniu ao da geração à rasca, foi muito mais inteligente porque se desenvolveu ao longo das linhas de fim à chulisse e à corrupção e por isso teve tanto sucesso.

3 comentários:

LGF Lizard disse...

O comentário do idiota de braço ao peito (8 m 50 s) a comparar a luta destes campistas ilegais com a luta dos negros nos EUA é de mijar a rir.

Neste caso, a última coisa que a polícia deve fazer é intervir. Basta deixar correr o tempo.

Como em qualquer estado socialista, um dia aquela merda vai implodir. É tão natural como a sua sede...

Streetwarrior disse...

ahahahahah....lizard, tu és o maior ahahah.
Gostei dessa!

Anónimo disse...

ahahahahaha

por aqui: http://5dias.net também se encontram sempre motivos para rir à farta, ou para nos enervarmos com a estupidez no seu estado mais puro e desavergonhado. Como, por exemplo, neste vídeo/post http://5dias.net/2011/05/30/o-encerramento-nao-vamos-voltar-atras/. Coisa absolutamente hilariante este vídeo e outros dos tais debates de aprofundamento da democracia. Cada um melhor que o outro ou todos maus por igual. Entre a acampada no Rossio, o M12M, etc., etc. venha o diabo e escolha. Os videos da acampada são realmente material do melhor para o humor…fiquei vidrada num tal “professor precário” que compara a situação da rapaziada aos”negros nos EUA nos anos 50 que eram obrigados a sentar-se nos bancos do fundo dos autocarros”. Isto tudo dito de forma entusiasmada e com um bracinho ao peito. É que parece mesmo que alguém os contratou porque é mau demais para ser verdade.