Parece ser porreiro dizer-se que não queremos “o nuclear”. É giro, fica bem, e dá assim um tom que soa a madrugada com cânticos de melro.
O caso da Alemanha é exemplar. Há uns 20 anos decidiram que as centrais nucleares seriam, a prazo, para fechar, sem serem substituídas. Na eminência de fechar, a manutenção das centrais foi certamente aligeirada. Chegada a altura de fecho perceberam que não tinham com que as substituir e mantiveram-nas a funcionar. Sem planos para novas centrais porque tinha sido decidido não as construir, havia ainda que prolongar a vida útil das antigas. Não só tiveram que continuar a funcionar depois de um período de manutenção dúbia como ainda tiveram que trabalhar para além da data em que deveriam ter sido substituídas por novas.
Face ao cataclismo no Japão e à dificuldade em parar, em segurança, os 4 reactores de Fukushima Daiichi, a Alemanha volta a inquietar-se e a decidir fechar (de vez?) as centrais ainda em funcionamento sem hipótese de as substituir por outras mais modernas e, naturalmente, mais seguras.
Evidentemente que os alemães são livres de decidir fechar centrais, como a natureza é livre de os fazer bater os dentes ou deixar às escuras. O problema é que este padrão liga-desliga de irresponsabilidade democrática torna-se perigoso para alemães e vizinhos, sendo, enfim, um jogo sinistro.
Parece que, entretanto, outras e gloriosas fontes de “energia limpa e alternativa” vão mostrando os dentes.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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