It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Dos animais do Partido Socialista
Um pouco por toda a parte, a esquerda pretende arrasar tudo quanto é moral, ética, etc. Pelo aborto mesmo após nascimento, pelo suicídio assistido, pela eutanásia com consentimento muito dúbio do próprio, pela adopção por homossexuais ... É a transformação paulatina, lenta mas metódica do homem em ser apenas zoológico. Desta vez o Partido Socialista propõe um estatuto jurídico para os animais, uma forma de desvalorização do homem rumo à mera zoologia. A justificação para coisa de cretinos passa por pretender distinguir os animais "dos lápis ou das cadeiras".
Quanto a mim soltava uns quantos crocodilos australianos no respectivo grupo parlamentar para ver se anulava umas quantas outras hienas que por lá andam à solta.
Quanto a mim soltava uns quantos crocodilos australianos no respectivo grupo parlamentar para ver se anulava umas quantas outras hienas que por lá andam à solta.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Coisas da extraordinária "europa"
... entretanto ...
1 - Cria-se um fantasma e pretende-se ajudar as empresas a lutar contra o fantasma pese embora as empresas não queiram ser ajudadas porque a ajuda as fará falir.
2 - A "europa" tem agora um "presidente" ainda mais comparável aos das autocracias africanas. Alguém sabe que o mandato da criatura foi há 15 dias prolongado?
3 - A "europa" prepara-se para perder mais um comboio montando mais um fantasma: o da nanotecnologia.
Obama, o flexível
Há dias Obama foi apanhado a dizer a Medvedev, actual presidente da Rússia, que as exigências russas sobre a defesa antimíssil, seriam facilmente atendidas no seu segundo mandato.
Mas agora não, agora ele tinha de ganhar as eleições.
Ou seja, Barack Obama, que começou o seu mandato a trair os aliados Polónia e Rep Checa, nesta mesma questão, está a dizer que deixará milhões de pessoas, na Europa e nos EUA, vulneráveis a mísseis balístcos, apenas para apaziguar os inimigos declarados do seu país.
E disse também que igualmente está disposto a trair os eleitores americanos, fazendo exactamente o oposto daquilo que, em campanha, promete fazer.
O problema é que, provavelmente, não será só na defesa antimíssil (a defesa antimíssil é um sistema defensivo, visa apenas proteger as cidades de mísseis balísticos lançados pelos inimigos), mas em tudo o resto.
Obama viu-se impedido, durante o seu mandato, de levar mais adiante as suas verdadeiras convicções, numa séria de assuntos, desde a questão israelo-árabe, a Guantanamo, passando pela socialização e comunitarização de largos sectores da vida privada.
Fez bastantes estragos (economia, Fast and Furious, Obamacare, Israel, Polónia, Rep Checa, Egipto, Irão, etc) mas, ainda assim, algo limitados pelo sistema de checks and balances, e por algum temor mediático, essencialmente vindo da Fox News e de jornais não apologéticos.
Num segundo mandato, é ele que o diz, estará à vontade no topo do mundo. Fará o que lhe der na bolha, como explicou, bem explicadinho, ao títere de Putin.
Espero que os republicanos explorem até à exaustão esta demonstração, em directo e ao vivo, da perigosa duplicidade de Obama.
terça-feira, 27 de março de 2012
Chernobyl: chegaram os primeiros materiais para construção do novo abrigo
No interior do edifício existente edifício do reactor encontram-se elementos de combustível altamente danificados e radioactivos. |
The structure will be assembled on concrete rails and slid into place over the broken buildings of Chernobyl 4, which was destroyed by the steam and hydrogen explosions that followed a power excursion in April 1986. Once hermetically sealed, it will allow engineers to remotely dismantle the hastily constructed 'sarcophagus' that has shielded the remains of the reactor from the weather since the weeks after the accident. The stability of the sarcophagus has developed into one of the major risk factors at the site, and its potential collapse threatens to liberate more radioactive materials. A project to shore up the structure was completed in mid-2008 but the NSC would reduce the consequences of a collapse while also allowing the sarcophagus to be taken apart under controlled conditions.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Medina Carreira - Paulo Pinho - Electricidade (Eólicas) - OnO26
Mais uma via sacra que os portugueses terão que fazer. Com as energias "renováveis", José Sócrates meteu Portugal num autêntico Alcácer Quibir. A tralha eólica obriga o país a exportar quantidades colossais de dinheiro, lança sobre os portugueses uma insuportável despesa e, numa palavra, só dá prejuízo.
E, .... ninguém vai preso?
Link directo: http://www.youtube.com/playlist?list=PL8BD05535DB4F3D16
Para inserir os 4 vídeos de uma só vez usar o seguinte código (substituir « » por < > ):
«iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PL8BD05535DB4F3D16&hl=en_GB" width="560"»«iframe»
Para inserir os 4 vídeos de uma só vez usar o seguinte código (substituir « » por < > ):
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Micro-empresas
Este vídeo encaixa que nem uma luva também na forma como os governos, o Estado português e a "europa" de há muito tem tratado as micro e pequenas empresas.
Urge libertar as micro e pequenas empresas da pata regulamentadora e burocrática do estado e da "europa". O que os pequenos empresários sabem é aquilo para que estão vocacionados e são impedidos de se dedicarem ao real trabalho porque passam a maioria do tempo atafulhados em questões que em nada estão relacionadas com o trabalho propriamente dito.
Via Era uma vez na America.
Urge libertar as micro e pequenas empresas da pata regulamentadora e burocrática do estado e da "europa". O que os pequenos empresários sabem é aquilo para que estão vocacionados e são impedidos de se dedicarem ao real trabalho porque passam a maioria do tempo atafulhados em questões que em nada estão relacionadas com o trabalho propriamente dito.
Via Era uma vez na America.
Em Toulouse, tudo normal.
O terrorismo islâmico em Toulouse, pode ser visto, ou como um acto isolado de um louco, ou como um mero afloramento de algo imenso, em fermentação.
Como diz o artigo linkado, aquilo de Toulouse foi chato, mas tratou-se apenas de um tipo de extremismo que está a desaparecer, nada a temer, pessoal.
A generalidade dos políticos e dos media, prefere a primeira explicação. Pessoal, nada de novo, podem voltar à vossa vida normal.
Os media já têm até um curioso modus operandi: começam por sugerir que se trata de um crime racista, ou neonazi, ou de "extrema-direita".
Se for mesmo, seguem-se infindáveis e incontidas condenações, exaustivas análises ao perigo da extrema-direita, a execração de ideologias que contestem o multiculturalismo e o catalogar de "perigoso racista" a todo aquele que delas discordar. O assunto é analisado sobre todos os ângulos possíveis e imaginários.
Se o terrorista é, afinal, muçulmano, o que acontece em 99% dos casos, e utiliza abundantemente as interpretações dominantes do Corão, não há um único político ou jornalista que se digne abordar essas ideias.
Assim sendo, resta apresentar o terrorista islâmico como um individuo confuso, vítima de discriminação social, enraivecido pelo modo como a sociedade o trata, louco, radical, etc. Tudo menos como um militante assumido de uma causa assente em ideias perigosas.
Tudo normal, portanto.
Está tudo bem, não há necessidade de analisar a intolerância expressa no Corão e prevalecente na cultura da esmagadora maioria da comunidade muçulmana. Basta a cartilha marxista com muitas palavras sobre o "social" e a "injustiça social".
Como diz o artigo linkado, aquilo de Toulouse foi chato, mas tratou-se apenas de um tipo de extremismo que está a desaparecer, nada a temer, pessoal.
Ora acontece que o autor deste artigo sobre a "normalidade" do que aconteceu em Toulouse, já foi o conselheiro do Eliseu, para assuntos do Islão. Não é um borrabotas qualquer.
E as suas análises são típicase nada originais: o único problema com os muçulmanos em França é que eles são discriminados.
Uma vez tratados de outro modo, (leia-se, dando-lhes casas, empregos, subsídios e água de malvas para lavar o rabinho) não haverá terrorismo islâmico, acha ele.
Isto a mim parece-me jyzzia, o imposto que os infiéis pagam aos muçulmanos para que estes não sejam violentos com eles, mas isso sou eu, que não sou tão genial como o Sr. Conselheiro.
E se pensarmos bem, mesmo que isso fosse verdade, então o problema não é isolado, mas sim revelador de uma tendência porque nos próximos tempos não haverá benesses dessas para ninguém e o governo francês não pode "criar empregos" para dar aos muçulmanos.
E se pensarmos bem, mesmo que isso fosse verdade, então o problema não é isolado, mas sim revelador de uma tendência porque nos próximos tempos não haverá benesses dessas para ninguém e o governo francês não pode "criar empregos" para dar aos muçulmanos.
Segue-se então que, utilizando a explicação do Sr Conselheiro, vai haver muita mais violência por parte dos muçulmanos. Isto também deve ser "normal" para o espantoso indivíduo.
Eu também acho que vai haver muito mais disto, mas não por essas razões. E tenho a convicção que os jornalistas que nelas se baseiam para envolver o acto terrorista no manto diáfano da "injustiça social", também seriam capazes de concluir o mesmo que eu se, em vez de andarem a ler a cartilha esquerdista, os discursos do Fidel Castro e os sermões dos Louçãs desta Europa, se dessem ao trabalho de passar os olhos pelos livros religiosos que os Mohamedes franceses andam a ler.
Buraco Obama diz que lhe dá mais jeito depois das eleições ...
Via Era uma vez na América
.
Num encontro com Dmitry Medvedev, Obama pediu-lhe mais tempo, pois a seguir às eleições teria maior flexibilidade para resolver a questão da defesa anti-míssil.
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Há bufos na extrema-esquerda portuguesa
Por Tiago Loureiro em O Insurgente:
Um desses exemplos aconteceu na passada sexta-feira. Como refere esta notícia, a Anonymous Portugal identificou três indivíduos que teriam iniciado os desacatos, sendo depois vistos a conversar animadamente com os agentes da PSP. Conclusão da Anonymous Portugal: os três indivíduos eram agentes da PSP infiltrados na manifestação com ordem para provocar os confrontos. As peças estavam a encaixar-se na perfeição e o puzzle da teoria da conspiração, tão conveniente à Anonymous Portugal, estava quase completo.
Faltou, no entanto, uma: a verdade. E a verdade é que esses três homens, prontamente denunciados pelas fotos da Anonymous Portugal no facebook, eram estivadores de Aveiro e estavam em Lisboa para cumprir o mesmo papel que os restantes: manifestar a sua indignação. Esta situação já foi denunciada no site dos estivadores de Aveiro e no facebook da Anonymous Portugal pela própria advogada dos estivadores.
[...]
P.S.: Entretanto, a Anonymous Portugal alterou o nome do álbum em que apareciam as fotos em causa, identificando os protagonistas como estivadores. No entanto, aqui podemos ver a “versão original”.
P.P.S.: Parece que mudar o nome do álbum não era suficiente. Por isso, os administradores da página de facebook da Anonymous Portugal decidiram apaga-lo. Nada de surpreendente para quem está habituado a não dar a cara.
As Doroteias versus as muçulmanas
Certas pessoas, ao querer à viva força ser
simpáticas com outras gentes e culturas, não se importam de atropelar a verdade
e os factos. A simpatia é uma coisa muito bonita mas eu acho que as mulheres deviam ser
mais exigentes com estes conceitos. Eu diria mesmo, sobretudo as mulheres, porque
são geralmente elas quem mais sofre. A diferença entre a religião católica e a
muçulmana, no que diz respeito à liberdade da mulher, é, e sempre foi, abismal…
Os argumentos utilizados por Luna no seu blog
contra os ‘simpáticos’ (as irmãs Doroteias não são obrigadas a usar véu), e por
Just José (a proibição das mulheres conduzirem no Vaticano do Islão), são
absolutamente válidos mas algo incipientes, e perdem-se nos muitos exemplos a
favor da religião católica…
Em abono da verdade tenho que reconhecer
que no artigo anterior Luna é bastante mais contundente, quando afirma: o facto
de boa parte desta população [mulheres muçulmanas – cdr] usar maquilhagem super
exagerada leva-me a crer que o uso do véu não se deve propriamente a uma opção
pelo minimalismo e discrição, mas a uma obrigação que é contornada com outras
formas de chamar a atenção, e de que maneira. Precisamente. Na Mouche.
Mas o mais importante exemplo de liberdade
individual que a Igreja Católica oferece e que é inexistente nos 1400 anos da história do Islão, continua a ser as várias viagens (‘aparições’
segundo a linguagem eclesiástica) que Nossa Senhora (completamente só) efectuou
a vários países estrangeiros. Sem irmãos, marido ou pai a acompanhá-la, Nossa
Senhora deslocou-se em 1858 a Lourdes, a Fátima em 1917 e por último, em 1981,
à aldeia de Medjugorje na Bósnia-Herzegovina.
No Islão, seja qual for a época, é impensável
que uma mulher jovem, ainda por cima casada, decida por livre vontade pegar nas
malas e, sem dizer água vai, se lembre de APARECER em lugares inóspitos.
Porque, vejamos as coisas como elas são, a Cova da Iria em 1917, não era o que
é hoje, era apenas, como a palavra indica, uma cova… E em Lourdes, Nossa
Senhora não foi vista no ‘lounge’ de algum hotel internacional, mas sim numa
gruta dos Altos Pirenéus. Creio que é escusado acrescentar que em 1981 a
Bósnia-Herzegovina tão pouco era o local ideal para uma mulher só…
Tenho a certeza que esta demonstração de
audácia e iniciativa dada por Nossa Senhora, não seria acolhida no Islão com a
veneração que lhe é dedicada no mundo cristão (A Fox News incluída). Seria
provavelmente lapidada de volta a sua casa por desobediência, ou, caso tivesse
mais sorte, obrigada a casar com algum tio 40 anos mais velho, passando a ser
uma das suas quatro mulheres…
domingo, 25 de março de 2012
Tariq Ramadan, o certificador
Os assassinatos e Toulouse podiam ter, ou não, um significado para além do infelizmente trivial. O real significado da coisa pode avaliar-se pelo que, entretanto, se vai passado. Tariq Ramadan, o artista que veio a Portugal há uns tampos, falar da religião da paz, certifica o que anteriormente não passava de uma mera possibilidade.
Escorraçados
Graças à política anti CO2, os trabalhistas estão a ser escorraçados dos diversos parlamentos australianos. [Também aqui].
Entretanto e perante as múltiplas e ilegais trafulhices em que os alrmo-aquecimentistas têm sido apanhados, a respectiva e melanciosa (eco-socialista) rapaziada pretende agora obter imunidade diplomática na ONU [Também aqui].
Entretanto e perante as múltiplas e ilegais trafulhices em que os alrmo-aquecimentistas têm sido apanhados, a respectiva e melanciosa (eco-socialista) rapaziada pretende agora obter imunidade diplomática na ONU [Também aqui].
A "electricidade" que estamos a pagar
Via Estado Sentido:
Há ainda que notar que os sobrecustos pagos às térmicas, hídricas e co-geração resulta do facto das eólicas só produzirem electricidade quando há vento suficiente.
Há ainda que notar que os sobrecustos pagos às térmicas, hídricas e co-geração resulta do facto das eólicas só produzirem electricidade quando há vento suficiente.
Usar os próprios olhos...
Lidador,
Gostaria de dizer o seguinte no seguimento
desta interessante troca de opiniões sobre aparições que ….eh, aparecem à nossa
volta, mas que, por razões que passo a explicar a seguir, certas pessoas
conseguem ver e outras não…
De hoje em diante vou seguir o seu conselho e
vou usar os meus próprios olhos em vez dos olhos de terceiros, como até agora
parece ter sido meu costume. Fiz a experiência hoje, e dei-me conta que ver
com os nossos próprios olhos é realmente outra loiça. Sempre são os NOSSOS
olhos. O que faz com que os estímulos exteriores entrem na nossa caixa dos pirolitos
directamente, sem qualquer tipo de filtragem. (E hoje, com a temperatura
exterior a 19º C., garanto-lhe, havia estímulos com pernas até ao pescoço espalhados pela
cidade inteira…)
Voltando a coisas menos sérias, começo a pouco e pouco a compreender porque
razão o candidato à presidência dos EUA, Rick Santorum, vê muito melhor. Até
consegue ver da Pensilvânia (USA) velhinhos na Holanda a serem eutanasiados
contra a vontade – o que o fez afirmar, já em 2009, que 10% das pessoas de
idade na Holanda morrem desta forma!
Mas há mais mirones! Bill O’Reilly, o
‘anchorman’ da Fox News, já não confia nos seus próprios olhos e arranjou duas
tias entradotas (mas ainda muito comestíveis), que num dos seus programas dizem
aquilo que ele, de tão longe, já não pode ver: que em Amesterdão é hábito as
famílias fornecerem drogas aos filhos em tenra idade e incutirem-lhes ideias
degeneradas sobre sexo livre... Se o dizem é porque viram!
Tá a ver? E eu aqui a dois passos e nada! Não
vejo um caralho! Continuo nas calmas a ver a bola, através dos olhos sabe-se lá
de quem, sem me aperceber da tragédia que paira à minha volta!
Isto é muito chato (para mim) mas tem que ser
dito: este ter-olhos-sem-ver-um-caralho lembra-me imediatamente a frase
histórica que os alemães usaram (e abusaram) como desculpa depois da Guerra por
nada terem feito para parar o holocausto: Wir haben es nicht gewusst (nós não
sabíamos). Ou seja, “nós não VIMOS nada…”
Cá está, não viram, porque, como eu
actualmente, estavam sabe-se lá, a utilizar os olhos provavelmente de polacos
ou de outra raça ainda mais mirolha! Mas eles ainda tinham uma desculpa: na
altura ainda não havia Fox News para lhes abrir os próprios olhos. Agora eu,
que desculpa é que vou arranjar assim de repente?
Mas prometo que a partir de agora
vou estar mais atento à jogada. Para já, não confio mais nesta gente. Se
precisar de ser internado num hospital, a primeira coisa que faço é imediatamente
apanhar um avião para o Porto - Hospital São João. E muito cuidado com o que nos
servem em bares e restaurantes. Não, o melhor é comer em casa. Casa! E a água
canalizada?
sábado, 24 de março de 2012
Coisas que fascinam
No Blasfémias:
Uma aparentemente corriqueira reunião de ministros dos negócios estrangeiros da UE aprova, sem que para tal exista base legal, mandato parlamentar e constitucional de nenhum dos seus membros, nem tal tipo de acção e objectivos esteja previsto nas «competências» da UE, a extensão de acções militares em território estrangeiro.
Portugal e outros países são envolvidos numa guerra sem ninguém ser consultado ou dar autorização.
O disco rachado de Buraco Obama
O único país (para além da "europa") que tem sistematicamente distribuído "punches" abaixo da sua estatura é os Estados Unidos de Obama.
sexta-feira, 23 de março de 2012
A CGTP e a Fé
É assim a saga totalitária.
De gloriosa vitória em gloriosa vitória, até à próxima gloriosa vitória que há-de vir, num dia de nevoeiro, conforme profetizado.
O Determinismo Histórico é Deus, é uno, é grande, é inevitável, e Marx o seu Profeta.
Respeitemos as crenças e as liturgias.
O celebrante é recente, está entusiasmado pelos atavios da função, inebriado pelos fogos fátuos do ritual, encornou os salmos e versículos do missal e não há realidade que lhe arrefeça os calores da fé.
Apreciemos o espectáculo.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Rita Rato e a transparência opaca
A deputada Rita Rato, do PCP, licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais desconhece (tem falta de informação), entre outras espantosas coisas e como anteriormente se ficou a saber, o que se passou nos gulags. Pois a mesma deputada acha-se em condições para determinar que informação deve ser facultada a alunos ... !!!
Amen.pt - aviso à navegação
A organização Amen.pt, onde variadas empresas mantêm o alojamento dos seus sites, começou a enviar mails aos clientes reclamando o pagamento do registo dos domínios da hierarquia .pt
Acontece que esse pagamento nada não deve ser efectuado à Amen mas à FCCN (nem o serviço está, na quase totalidade dos casos, sequer, a pagamento). Bastaria, portanto, em princípio, que os clientes da Amen.pt ignorassem esses mails para que tudo continuasse como até aí.
Não satisfeita com a manobra de contornos muitíssimo suspeitos, a Amen.pt começou a bloquear o acesso dos seus clientes (alojamento) como aparente forma de pressão para que o estranho pagamento do registo de domínio lhes fosse efectuado, deixando pendurados os seus próprios clientes.
Salvo melhor opinião sugiro que os clientes da Amen.pt copiem quanto antes os ficheiros que lá têm alojados e tratem de encontrar uma outra empresa de alojamento por forma a evitar ficarem na situação em que já se encontram umas centenas de organizações.
Acontece que esse pagamento nada não deve ser efectuado à Amen mas à FCCN (nem o serviço está, na quase totalidade dos casos, sequer, a pagamento). Bastaria, portanto, em princípio, que os clientes da Amen.pt ignorassem esses mails para que tudo continuasse como até aí.
Não satisfeita com a manobra de contornos muitíssimo suspeitos, a Amen.pt começou a bloquear o acesso dos seus clientes (alojamento) como aparente forma de pressão para que o estranho pagamento do registo de domínio lhes fosse efectuado, deixando pendurados os seus próprios clientes.
Salvo melhor opinião sugiro que os clientes da Amen.pt copiem quanto antes os ficheiros que lá têm alojados e tratem de encontrar uma outra empresa de alojamento por forma a evitar ficarem na situação em que já se encontram umas centenas de organizações.
Recebido por email...
... mas já a circular no facebook e publicado noutros blogues, alguns de amigos do casal.
Carta de Sara Fidalgo, filha do jornalista Joaquim Fidalgo e de Estefânia Fidalgo, professora de Inglês, que se suicidou recentemente
Carta da Sara
Carta a professores, alunos, pais, governantes, cidadãos e quaisquer outros que possam sentir-se tocados e identificados.
As reformas na educação estão na boca do mundo há mais anos do que os que conseguimos recordar, chegando ao ponto de nem sabermos como começaram nem de onde vieram. Confessando, sou apenas uma das que passou das aulas de uma hora para as aulas de noventa minutos e achei aquilo um disparate total. Tirava-nos intervalos, tirava-nos momentos de caçadinhas e de saltar à corda e obrigava-nos a estar mais tempo sentados a ouvir sobre reis, rios, palavras estrangeiras e números primos.
Depois veio o secundário e deixámos de ter “folgas” porque passou a haver professores que tinham que substituir os que faltavam e nós ficávamos tristes. Não era porque não queríamos aprender, era porque as “aulas de substituição” nos cansavam mais do que as outras. Os professores não nos conheciam, abusávamos deles e era como voltar ao zero. Eu era pequenina. E nunca me passou pela cabeça pensar no lado dos professores. Até ao dia 1 de Março.
Foi o culminar de tudo. Durante semanas e semanas ouvi a minha mãe, uma das melhores professoras de Inglês que conheci, o meu pilar, a minha luz, a minha companhia, a encher a boca séria com a palavra depressão. A seguir vinham os tremores, as preocupações, as queixas de pais, as crianças a quem não conseguimos chamar crianças porque são tão indisciplinadas que parece que lhes falta a meninice. Acreditem ou não, há pais que não sabem o que estão a criar. Como dizia um amigo meu: “Antigamente, fazíamos asneiras na escola e quando chegávamos a casa levávamos uma chapada do pai ou da mãe. Hoje, os miúdos fazem asneiras e os pais vão à escola para dar a dita chapada nos professores”. Sim, nos professores. Aqueles que tomam conta de tantos filhos cujos pais não têm tempo nem paciência para os educarem. Sim, os professores que fazem de nós adultos competentes, formados, civilizados. Ou faziam, porque agora não conseguem.
A minha mãe levou a maior chapada de todas e não resistiu. Desculpem o dramatismo mas a escola, o sistema educativo, a educação especial, a educação sexual, as provas de aferição e toda aquela enormidade de coisas que não consigo sequer enumerar, levaram deste mundo uma das melhores pessoas que por cá andou. E revolta-me não conseguir fazer-lhe justiça.
Professores e responsáveis pela educação, espero que leiam isto e acordem, revoltem-se, manifestem-se (ainda mais) mas, sobretudo e acima de qualquer outra coisa, conversem e ajudem-se uns aos outros. Levem a história da minha mãe para as bocas do mundo, para as conversas na sala dos professores e nos intervalos, a história de uma mulher maravilhosa que se suicidou não por causa de uma vida instável, não por causa de uma família desestruturada, não por dificuldades económicas, não por desgostos amorosos mas por causa de um trabalho que amava, ao qual se dedicou de alma e coração durante 36 anos.
De todos os problemas que a minha mãe teve no trabalho desde que me conheço (todos os temos, todos os conhecemos), nunca ouvi a palavra “incapaz” sair da boca dela. Nunca a vi tão indefesa, nunca a conheci como desistente, nunca pensei ouvir “ando a enganar-me a mim mesma e não sei ser professora”.
Mas era verdade. Ela soube. Ela foi. Ela ensinou centenas de crianças, ela riu, ela fez o pino no meio da sala de aulas, ela escreveu em quadros a giz e depois em quadros electrónicos. Ela aprendeu as novas tecnologias. O que ela não aprendeu foi a suportar a carga imensa e descabida que lhe puseram sobre os ombros sem sentido rigorosamente nenhum. Eu, pelo menos, não o consigo ver. E, assim, me manifesto contra toda esta gentinha que desvaloriza os professores mais velhos, que os destrói e os obriga a adaptarem-se a uma realidade que nunca conheceram. E tudo isto de um momento para o outro, sem qualquer tipo de preparação ou ajuda.
Esta, sim, é a minha maneira de me revoltar contra aquilo que a minha mãe não teve forças para combater. Quem me dera ter conseguido aliviá-la, tirar-lhe aquela carga estupidamente pesada e que ninguém, a não ser quem a vive, compreende. Eu vivi através dela e nunca cheguei a compreender. Professores, ajudem-se. Conversem. E, acima de tudo, não deixem que a educação seja um fardo em vez de ser a profissão que vocês escolheram com tanto amor. Pensem no amor. E, com ele, honrem a vida maravilhosa que a minha mãe teve, até não poder mais.Sara FidalgoP.S. - Não posso deixar de agradecer a todos os que nos ajudaram neste momento de dor *
quarta-feira, 21 de março de 2012
Misérias do Fanatismo Federalista Europeu
Extrato de artigo de Viriato Soromenho Marques publicado hoje no DN:
"Com a mesma população que tinha ao tempo da República de Weimar, mas sem o impulso da sua vibrante comunidade judaica, exterminada ou exilada pelo Holocausto, a cultura alemã de hoje é, na comparação, pobre e sem brilho. Onde estão os filósofos, os escritores, os cientistas, os músicos, os cineastas, de ascendência judaica, que fizeram a grandeza universal da Alemanha até1933?"
A opinião que segue requer a leitura integral do artigo, aqui.
Imaginem alguém que descreve com todo o rigor uma bicicleta mas omite a descrição das rodas e o modo como elas permitem que a bicicleta se mova.
A descrição de VSM sobre a relevância dos judeus e as consequências que o anti-semitismo tiveram na Europa é muito exata. Mas o autor do artigo omite que o anti-semitismo na Europa de hoje é propulsionado pela islamização do continente e pelo marxismo cultural que promove o auto-ódio pela raiz judaico-cristã.
Mas isto é apenas "uma roda da bicicleta", falta a "outra roda".
A matriz do federalismo na UE é o tal marxismo cultural. Com o suicídio do comunismo, o islamismo passou a ser o melhor aliado do marxismo cultural para destruir as raízes nacionais e judaico-cristãs da Europa. Portanto, o avanço político do federalismo europeu tem sido acompanhado pela concessão de um enquadramento político e legal relativizado para a cultura islâmica que vai invadindo a Europa.
Para quem tenha dúvidas de que as coisas são assim mesmo, a relativização do crime anti-semita de Toulouse feita pela baronesa Ashton (reponsável da UE para os assuntos externos) é esclarecedora: “When we think about what happened today in Toulouse, we remember what happened in Norway last year, we know what is happening in Syria, and we see what is happening in Gaza and other places — we remember young people and children who lose their lives.”. Miserável.
É claro, a omissão da religião do criminoso no texto de VSM também é esclarecedora; para quem não saiba, ou apenas desconfie, VSM é um federalista fanático.
"Com a mesma população que tinha ao tempo da República de Weimar, mas sem o impulso da sua vibrante comunidade judaica, exterminada ou exilada pelo Holocausto, a cultura alemã de hoje é, na comparação, pobre e sem brilho. Onde estão os filósofos, os escritores, os cientistas, os músicos, os cineastas, de ascendência judaica, que fizeram a grandeza universal da Alemanha até1933?"
A opinião que segue requer a leitura integral do artigo, aqui.
Imaginem alguém que descreve com todo o rigor uma bicicleta mas omite a descrição das rodas e o modo como elas permitem que a bicicleta se mova.
A descrição de VSM sobre a relevância dos judeus e as consequências que o anti-semitismo tiveram na Europa é muito exata. Mas o autor do artigo omite que o anti-semitismo na Europa de hoje é propulsionado pela islamização do continente e pelo marxismo cultural que promove o auto-ódio pela raiz judaico-cristã.
Mas isto é apenas "uma roda da bicicleta", falta a "outra roda".
A matriz do federalismo na UE é o tal marxismo cultural. Com o suicídio do comunismo, o islamismo passou a ser o melhor aliado do marxismo cultural para destruir as raízes nacionais e judaico-cristãs da Europa. Portanto, o avanço político do federalismo europeu tem sido acompanhado pela concessão de um enquadramento político e legal relativizado para a cultura islâmica que vai invadindo a Europa.
Para quem tenha dúvidas de que as coisas são assim mesmo, a relativização do crime anti-semita de Toulouse feita pela baronesa Ashton (reponsável da UE para os assuntos externos) é esclarecedora: “When we think about what happened today in Toulouse, we remember what happened in Norway last year, we know what is happening in Syria, and we see what is happening in Gaza and other places — we remember young people and children who lose their lives.”. Miserável.
É claro, a omissão da religião do criminoso no texto de VSM também é esclarecedora; para quem não saiba, ou apenas desconfie, VSM é um federalista fanático.
Atirador de Toulouse, um falso muçulmano.
Parece que afinal o atirador de Toulouse, é um falso muçulmano, uma vez que todos sabemos que o Islão é a religião da paz e desencoraja fortemente os ataques a crianças e inocentes, da mesma maneira que condena a opressão das mulheres e a perseguição dos judeus.
Mohamed, assim se chama o falso muçulmano, é palestiniano e, pelo que se sabe já, estava numa jihad para "se vingar pelas crianças palestinianas e pelas intervenções do exército" do seu país no dar-al islam, e só os islamófobos ignoram que a jihad é basicamente apenas uma luta interior espiritual, que nada tem a ver com terrorismo, bombas e tiroteios sobre civis.
Pois acontece que, de algum modo, Mohamed, esqueceu isto tudo. Inacreditavelmente, parece que há muitos outros muçulmanos como ele, na verdade a esmagadora maioria, que não conhecem o "verdadeiro Islão", aquele que existe apenas nas cabeças do bem- aventurados que, como Obama, e Ken Livingstone, não se cansam de exaltar o pacifismo e a tolerância do Islão.
Na verdade, a própria assessora de Obama para os assuntos islâmicos, Dalia Mogahed, parece ser uma falsa muçulmana, porque não se cansa de exaltar a"resistência" (eufemismo para terrorismo islâmico contra Israel) e defender as maravilhas da sharia, coisas que, obviamente, nada têm a ver com o verdadeiro Islão.
A FOX NEWS É DO BARIL...
Go_dot diz-me que "a Fox News não é proibida na
Holanda mas fortemente desaconselhada". Confesso que não sabia, mas de qualquer
forma:
bendita a alma que tem poderes para a
desaconselhar. E porquê?
Porque, como muito justamente diz Pat Condell
no vídeo Pimping for Jesus, que acompanha este post:
A Society ruled by Christian values is what they want. Not values of Christ, no, the values of Christians.
E eu, seguindo o mesmo pensamento, diria que
as tais ‘values’ da Fox News só serviriam para atrapalhar, dando mais trunfos à
esquerda holandesa do que o crime de Anders Breivik. Mas por outro lado, e esta
parte tenho muita pena, serviria para o programa Powned (e talvez também para o
Hans Teeuwen) fazer uns sketches que nos fariam rir a noite inteira à pala do
Bill O'Reilly.
Pessoalmente, tirando a parte cómica, que é
sempre de louvar, não vejo muito interesse em ouvir uma versão made in usa da
Al Arabiya constantemente a vociferar pragas contra homossexuais, contra ateus,
contra o aborto, contra a eutanásia, contra o Darwin, contra o sexo e contra o
adultério. E tudo isto dito pelo nariz e em americano! A Al Arabiya (financiada
pela Arábia Saudita) diz precisamente a mesma coisa e vai até um pouco mais
longe: é também contra o Ocidente, contra Israel e contra os EUA. Há mais uma
pequena diferença, dizem tudo pela boca e numa língua exótica…
Quando se trata grosso modo do mesmo tipo de
gente, não se pode, ou melhor, não se devia criticar uns e aplaudir outros. Ou
comem todos ou há moralidade…
Por falar em moralidade, o Pat Condell diz no
mesmo vídeo mais umas coisas giras que os tipos da Fox, se o apanhassem a jeito,
e se pudessem, talvez o crucificassem…
Is this the kind of religious freedom that America is so proud of? Praise the Lord, or else? (…)
as if Christianity equals patriotism. This is
a peculiarly American idea. This notion that Christianity and patriotism are
somehow connected, when the truth is that American Christians are the last
people you would call patriotic, because they worship a foreign god. If you’re
going to worship a god, at least make it a NORTH AMERICAN ONE.
Bases para a reorganização do ensino profissional de jovens
[Artigo congeminado pelo Professor Ramiro Marques e por mim para o ProfBlog. Haverá gralhas, mas o tempo não estica.]
Nota prévia
A reforma do ensino profissional de jovens tem de ser gradualista, apostar no aumento da qualidade e do rigor e aprofundar a ligação às empresas. Há-de ter o contributo das escolas secundárias, públicas e privadas, e das empresas e associações empresariais.
Essa articulação deve fazer-se pela partilha de conhecimentos, recursos e equipamentos. As escolas fornecem os recursos humanos para assegurarem o ensino da literacia, numeracia, inglês e informática. As empresas oferecem o ambiente de trabalho, o contexto onde se faz o estágio e se ensina a dimensão tecnológica do currículo. É também a empresa, através de um centro de aprendizagem de preferência, que oferece o currículo informal centrado na aquisição das virtudes que potenciam a realização profissional e a integração no mercado de trabalho: empreendedorismo, resiliência, pontualidade, assiduidade, respeito pelas chefias e gosto pelo trabalho bem feito.
A reorganização deve fazer-se criando incentivos para as escolas e cursos com elevada empregabilidade, rigor e exigência. O apoio financeiro deve seguir os alunos. As escolas e as empresas devem ser estimuladas a concorrer entre si para atrair os alunos. As escolas e cursos com baixa empregabilidade e pouco rigor e exigência devem perder os financiamentos.
As nossas empresas são coisas muito frágeis, geralmente ligadas a clientes frágeis ou, se sólidos, ligadas por corrupção, em particular no caso do estado.
Há experiências interessantes, por exemplo, com alunos noturnos (excelentes) da Auto Europa mas, regra geral, as empresas pautam-se pela regra do mínimo indispensável. O sistema de formação profissional em uso na Auto Europa merece estudo para futura generalização.
Neste momento, as empresas estão todas com a corda na garganta. Só aceitam estagiários se cada formando levar atrás de si algum apoio financeiro. A criação de uma rede de centros de aprendizagem localizados em empresas depende muito do envelope financeiro agarrado ao formando. Mas o montante do envelope financeiro deve depender da empregabilidade dos formandos. Maior para as escolas e centros de aprendizagem com formandos que, no final do processo de aprendizagem, conseguirem ocupar um posto de trabalho; menor para os que não conseguirem.
A importância do Inglês
Começamos por chamar a atenção que muitos professores ligados a áreas tecnológicas não são capazes de ler um manual técnico em inglês. O problema básico é o vocabulário não técnico (o inglês corrente).
Os formadores com mais de 50 anos de idade andaram na escola no tempo em que o francês era dominante e o inglês coisa secundária. Não poucas vezes os vemos com livros franceses debaixo do braço. Os mais novos nem francês nem inglês.
Todos sabemos que o mundo da tecnologia é dominado pelo inglês e quando precisamos desembrulhar um problema numa aplicação qualquer a única hipótese viável é participar nos forae em inglês deixando perguntas, trocando notas e impressões e usando a gramática do software tal como ela se nos depara: em inglês.
O inglês (a falta dele) é uma barreira gigantesca para o técnico português.
Nos Estados Unidos tem-se a 'mania' de pespegar com tudo na Internet. Não há assunto que não seja lá discutido e bem discutido. As universidades publicam programas inteiros (vídeo) sobre todas as matérias. Todos os assuntos são publicados e escalpelizados na internet com conhecimento de causa.
O português resume-se a Portugal, aos PALOPS e o Brasil. Portugal está, a esse respeito, no tempo da pedra lascada, nos PALOPS não há nem pedra quanto mais lascada e no Brasil ... é o caos. O Brasil tem muita coisa de tecnologia na Internet, mas a asneira campeia. Nada é fiável.
Se o técnico português não romper proficientemente a barreira do inglês não conseguirá sair da cepa torta. Será sempre o último a saber e só saberá quando essa informação estiver caduca. Já agora, e os professores também.
Se os formandos não aprenderem Inglês de pouco lhes serve a ferramenta da Internet. É por isso que qualquer programa de formação, quer para jovens quer para adultos, deve incluir uma forte presença de Inglês.
Algumas empresas cientes da dificuldade em encontrar trabalhadores que prestem pagam cursos de largas centenas de horas para que os formandos aprendam alguma coisa. Mas costuma ser um desastre. Aprender dá trabalho, é uma chatice, estão de corpo presente e alma distante. O resultado médio é duvidoso (havendo casos bons e mesmo muito bons). Habitualmente fazem com os alunos um contrato de permanência ao serviço (quem investe pretende retorno) ... mas os jovens, caso se vejam com o canudo, abandalham militantemente o trabalho.
Nas empresas médias a coisa é mais interessante. Os trabalhadores têm mais interesse e flexibilidade. Tal não significa que aprendam como deviam mas é melhor que nas grandes.
Nas pequenas predomina a empresa familiar que, por vezes tem também funcionários. É talvez o caso em que há mais variação entre gente muito boa e muito má. Por exemplo, neste grupo, encontram-se engenheiros que sabem, trabalham com máquinas e orientam o resto da família e funcionários. São casos muito interessantes.
Nas empresas pequenas, há ainda gente que começou a trabalhar com a maquinaria mas que a abandonou para se remeter à "gestão". É a empresa que tem uns quantos trabalhadores a trabalhar sem vínculo significativo que convém, por vezes, às duas partes.
É nesta confusão de contextos que se tenta encontrar empresas para os jovens estagiarem. Em geral aquelas onde há gente mais competente não aceitam estes jovens (não estão para os aturar ou asseguram-se previamente que o estagiário se parece como tal).
Entretanto, em estágio, há de tudo: bom e mau. Alguns faltam porque não estão habituados ao esforço.
Outros ficam com problemas "psicológicos" quando em obra lhes mandam um berro. Outros perdem todos os dias o autocarro porque não "conseguem" acordar (por atalhos ficamos a saber que vão diariamente para a farra). Outros perdem o passe que, às vezes, custa uma fortuna. Outros perdem o capacete e as botas e queixam-se que os não deixam entrar na obra. O estágio vai correndo, mas todos os dias os telefones tocam e as cenas são múltiplas.
Depois de tudo isto o que se aprende? Para os alunos adultos, os que aturam os jovens, pouco. Os jovens, praticamente nada.
Articular escola com as empresas
Onde fazer o ensino profissional de jovens? Na escola? Em algumas, não em todas. Apenas nas que têm recursos humanos e equipamentos adequados. Uma forte ligação ao tecido empresarial local ajuda. Na empresa e associações empresariais? Sim, sobretudo nas empresas que estejam dispostas a criar centros de aprendizagem para jovens. E o currículo? Faz sentido oferecer um currículo com duas componentes formais: geral e vocacional. Na primeira, a oferta deve centrar-se no inglês, literacia e numeracia. Na segunda, a oferta deve centrar-se na aprendizagem das tecnologias. O centro de aprendizagem de empresa deve oferecer um currículo informal que enfatize valores como a pontualidade, assiduidade, resiliência, respeito pela hierarquia e gosto pelo trabalho bem feito. E, claro, o estágio.
A dimensão informal da aprendizagem em empresa
Há uma dimensão do currículo que não se deve negligenciar. Essa dimensão é informal, depende da cultura do centro de aprendizagem, e inclui os valores básicos necessários a uma vida profissional bem conseguida: pontualidade, assiduidade, respeito pela hierarquia, gosto pelo trabalho bem feito e resiliência.
Em algumas escolas públicas, dificilmente é possível assegurar a presença dessa dimensão. Os cursos de educação e formação e os cursos profissionais estão, muitas vezes, contaminados por uma cultura de desresponsabilização que é hostil à aquisição de valores básicos. É por isso também que defendemos a criação de centros de aprendizagem em empresas, em associações empresariais e nas escolas que tenham um ethos e uma cultura favoráveis à articulação com as empresas locais e, claro, recursos humanos e materiais adequados.
Obviamente, esses centros de aprendizagem podem e devem estabelecer parcerias com escolas secundárias que assegurem a oferta da dimensão curricular geral: matemática, português e inglês.
Há cursos profissionais que funcionam bem. Esses devem ser acarinhados. Não defendemos a eliminação pura e simples de todos os cursos profissionais. Os bons devem manter-se. Sobretudo os que funcionam em escolas profissionais com uma boa articulação às empresas e com ofertas formativas para nichos de mercado com saída: indústria, hotelaria, turismo, agricultura e pescas. Os cursos que não têm qualidade devem ser eliminados e os recursos financeiros aplicados neles transferidos para centros de aprendizagem com uma estreita articulação com as empresas e associações empresariais.
É fácil identificar os cursos com qualidade: basta ver as taxas de empregabilidade.
Em ambientes sem ordem nem tranquilidade, os alunos não adquirem as virtudes consideradas imprescindíveis para a entrada no mercado de trabalho: pontualidade, assiduidade, respeito pela autoridade e resiliência. Ao invés, aprendem a ser erráticos, caprichosos, desobedientes, malcriados, arrogantes e indolentes.
Há escolas que não são o local certo para fazer ensino profissional de jovens que acumulam insucesso atrás de insucesso e que não têm hábitos de trabalho nem respeitam os padrões mínimos de civilidade. Os alunos viciam-se numa cultura de direitos, centrada na gratificação imediata, e não dão valor nem à escola nem aos professores. Não são capazes de traçar a fronteira entre o lúdico e o trabalho, entre a brincadeira e o esforço. Tudo lhes é dado - pequeno-almoço, almoço, livros e transportes - sem lhes ser exigido nada em troca.
Os diretores habituaram-se à ideia de que a criação de cursos profissionais, Cef e Efa, ainda que não haja na escola equipamentos e recursos humanos adequados, é uma exigência que resulta das políticas educativas inclusivas. O objetivo é tirar os jovens da rua. A avaliação externa, tal como hoje é feita, reforça essa exigência.
As escolas secundárias públicas foram empurradas, entre 2006 e 2010, para criarem cursos profissionais com o objetivo de permitir ao Governo o cumprimento de metas estatísticas. Criaram-se cursos a eito sem atender à cultura e características das escolas nem às necessidades do mercado de trabalho. Deu-se demasiada ênfase à oferta de cursos para o setor terciário em desfavor da agricultura, indústria e pescas.
As empresas querem profissionais que gostem de aprender, que saibam cumprir regras, respeitem a hierarquia, sejam pontuais, sejam assíduos e resilientes. As escolas onde os cursos profissionais são ministrados ensinam, em alguns casos, o contrário de tudo isto.
Obviamente, as empresas só estarão dispostas a alinhar na reconstrução de um ensino profissional deste tipo se ganharem alguma coisa com isso. O valor do envelope financeiro deve ser proporcional à taxa de empregabilidade conseguida.
Pouco rigor e tecido empresarial fraco
O panorama do ensino (chamemos-lhe genericamente) de oportunidade é de filme de horror com cenas dantescas provocadas pela aguda perda de soberania económica que Portugal enfrenta e de que é principal responsável (independentemente de pormenores de índole política).
O horror é composto pela insistência em políticas de sucessivo abaixamento de fasquia baseadas em disparatadas e aberrantes visões do mundo. De tudo isto o ensino regular também padece embora em menor grau, apesar de preocupante (é aliás do ensino regular que os alunos que procuram a via profissional brotam sem a real preparação que a documentação atesta).
Favorece-se a progressão dos alunos sempre alimentada numa infundada esperança de que as criaturas posteriormente recuperarão o tempo e as matérias perdidas. Esta política não passa, porém, de um premiar da incompetência. Alavancada no “sucesso anterior”, será insistentemente mais e mais exercitada levando os alunos a um beco constituído pela impossibilidade de perceber matérias para as quais não estão nem preparados nem a milhas de estarem. Esta política pretende ainda estar na vanguarda, pasme-se, de um Portugal de mão-de-obra qualificada, resguardado do trabalho mal pago, repetitivo e monótono, jamais se encarando o treino de alunos em habilidades básicas não carentes de preparação teórica. Não fica por aqui como mais tarde se verá.
No que respeita aos agentes directamente envolvidos no processo, temos as empresas, os estabelecimentos do ensino regular e os centros de formação profissional (estatais e privados).
As empresas que temos são as que nos restam num sistema que só vê nelas uma fonte de impostos. Os melhores empresários foram-se afastando (saindo do país ou remetendo-se a uma qualquer atividade que lhes permita sobreviver sem dores de cabeça) e ficando apenas os que se adaptam ao sistema.
Tendo em atenção que historicamente o tecido empresarial português é composto por minúsculas empresas, o empresário que conhece bem aquilo que faz vê a vida dificultada por uma imensidão de imposições burocráticas que o levam ou a afastar-se da exata coisa pela qual se interessa ou a sobrecarregar a minúscula empresa contratando quem o liberte do fardo pelo qual terá sempre e invariavelmente que responder e ser derradeiro responsável. Neste padrão surge, por um lado, a economia paralela, por outro o crony capitalism. Uma e outro espalham suficiente mau ambiente para tornar estes os dois tipos de entidades crescentemente dominantes, afugentando empresários pouco dados a truques.
A generalidade das subsistentes empresas opera hoje em modo de sobrevivência. Faz o que pode, aceita fazer o que sobra, aceita sobreviver. Os trabalhadores, perante o espetro do desemprego, aceitam fazer o que resta para fazer.
Os estabelecimentos de ensino regular são dominados por docentes que desconfiam das empresas vendo nelas uma coisa tenebrosa que “apenas” procura o lucro. Tendem a militar num mundo alternativo que evite que os alunos possam pretender ter uma profissão concreta numa qualquer empresa, sempre insistindo em caminhos tangenciais a um mal definido enriquecimento do aluno “enquanto cidadão”, pasme-se, para ficarem “fora do jugo da exploração”.
Os centros de formação encontram-se a meio caminho entre um ensino avesso a empresas e as empresas maioritariamente geridas por empresários cada vez mais especialistas em adaptação a todo o tipo de interceção subversiva ao aparelho do estado ou, alternativamente, vivendo à revelia de … tudo.
A formação profissional por via direta do estado tem a maioria dos tiques do ensino regular porque a maioria dos docentes são dali oriundos (mesmo que pouco claramente). A formação profissional privada é um pouco mais ligada aos problemas e ao interior das empresas muito embora com as limitações decorrentes, embora atenuadas, do ensino profissional estatal e do presente estado de coisas nas próprias empresas.
Rigor e exigência
É voz corrente que quem chega ao ensino profissional chega já com determinado grau académico que não corresponde, nem de longe, à realidade. Este aspecto tem que ser resolvido ou, pelo menos, começar a ser resolvido porque nenhuma decisão poderá ser aplicada racionalmente sem que os factos de que o aluno é portador correspondam ao certificado que lhe foi passado.
Supondo que numa fase inicial há que dar destino a alunos que irremediavelmente se apresentam com um grau académico deturpado não parece haver outra solução que aplicar a estes alunos exames apropriados que confiram um razoável grau de confiança de ponto de partida. Chame-se a esse exame o que se quiser, mas não vale a pena tentar ensinar trigonometria a quem não sabe o que é uma régua ou porque começa a respectiva escala em 0 e não em 1 (para não falar num ângulo). Esses alunos devem ser colocados em pontos de partida de percurso de ensino profissional por forma potenciar-se a possibilidade de se ensinar a partir daí.
Naturalmente que, paralelamente, há que perguntar como se consegue ter o 9º ano (ou qualquer outro) sem saber ler ou escrever, ou nunca mais sairemos deste torpor em que se tenta ensinar quem não tem bases para o que se pretende ensinar.
Aparentemente há um fenómeno do campo da falácia que explica a razão porque são encaminhados alunos que quase nada sabem para os mais avançados percursos. Há umas múltiplas entrevistas em variadas instituições de “seleção” que apuram os alunos que mais vêm ao encontro do que se espera ouvir: “esforço”, “disciplina”, “método”, “assiduidade”, “educação” ... palavras soltas que os alunos bem conhecem e sabem usar como forma de afagar o coração da outra parte que, entretanto, acha razoável remeter quem “demonstra tanta vontade” a caminho sofisticado que “ele, coitado, merece”. Para o aluno é fundamental entrar para o mais impossível caminho porque sabe que aquele erro inicial vai, direta ou indiretamente, dificultar em extremo a sua reprovação. Para quem o seleciona, uma espécie de paz celestial parece instalar-se no coração de quem se autoconvence que, finalmente, vai permitir “justiça” à vida de um aluno cuja vida fora da escola se assemelha às cenas do filme Gangues de Nova Iorque.
Nada do anteriormente dito tem qualquer relação prática positiva para quem quer que seja. Os professores ficam com turmas afogadas em ignorantes, os ignorantes ficam afogados em matéria que nunca perceberão sem repetirem o ensino 3 ou 4 anos atrás (e daí para a frente), o estado eterniza encargos múltiplos e acaba caindo na necessidade de sustentar uma qualquer “estatística” supondo que “sendo assim este ano, para o próximo já se resolve”.
Irresponsabilidade e desperdício
As turmas de ensino profissional são turmas bizarras no que respeita à relação aluno professor porque alunos cuja idade anda pelos 18 anos não só se comportam como catraios como tratam o professor por “stor”. O habitual, no ensino profissional de adultos, é que os alunos (rebatizados de “formandos”) tratem o professor por aquilo que ele é: professor. Por vezes, tratam por engenheiro, etc, mas dificilmente por doutor. A verdade é que de adultos, este tipo de alunos têm apenas o corpo. O restante desenvolvimento ficou entalado no passado por entre políticas de eterna criancice.
Na sala de aula sentam-se ou em postura passiva ou em postura ativa mas, neste caso, com a missão de estabelecerem a hierarquia do gang local. Estabelecida essa hierarquia, nunca mais qualquer dos restantes alunos tentará sobressair sem a douta autorização e supervisão do chefe de claque. É notória a instabilidade que se instala quando o “chefe” e os mais próximos vassalos faltam a uma aula. Todos começam a olhar em todas as direções, como que perdidos, enquanto vão assumindo um protagonismo potencialmente positivo embora quase sempre e infelizmente inútil. Se o “chefe” desaparecer de vez (for preso, por exemplo), recomeça a luta pelo estabelecimento de uma nova hierarquia ...
A tudo isto o sistema de ensino assiste impávida e serenamente como se espetador fosse do filme Gangs de Nova Iorque. Não poucas vezes se ouviu de quem de direito (!) que são “formas informais de inter-relacionamento” e que a escola “deve negociar” (implicitamente pactuando) com semelhantes e sinistras instituições e figurões para que seja possível que algo se ensine.
Chama-se a isto pactuar com aquilo que na vida real e numa empresa será liminarmente escorraçado pelos próprios operários que já lá trabalham. Os “chefes” do gangue ver-se-ão cuspidos sem sequer perceberem porquê. Os restantes, por incompetência-militante irão parar, quanto muito, ao pátio onde se lavam os carros da empresa. “Ninguém está para aturar semelhante fauna” – ouve-se com frequência. Com o passar do tempo talvez venham a fazer algo de mais-valia, mas o pouco que em formação aprenderam já terá sido quase completamente esquecido.
Na sala de aula há dois tipos de pessoas: os que ensinam e os que têm que aprender, e há que afirmar, alto e bom som, que a parte mais complicada está do lado de quem aprende. Por muito trabalho a que o professor se dê, não são questões de dificuldade relativamente à matéria que o atormentam mas trabalho de repetição, de correcção, de procura de explicação alternativa, etc, que o carregam. A dificuldade relativamente à matéria está do lado do aluno.
Quando às dificuldades com que o professor se depara nada têm a ver com o ensino mas com a falta de pontualidade, falta de cadernos, livros, canetas, réguas, etc, falta de educação, uso e abuso do telemóvel, conversa da treta entre colegas e a todo o momento, apartes firmadoras de capacidade de achincalhar e de escavacar um qualquer raciocínio, etc. tudo o que parece relacionar-se com uma tal “nova forma de estar na sala de aula”.
Todos estes desvios têm sido mais ou menos viabilizados porque se deixam entrar os problemas pessoais na sala de aula. Percebe-se que muitos dos alunos têm uma vida complicada mas não se pode também deixar de perceber que a aceitação dessas dificuldades na sala de aula não só não resolve qualquer problema como potencia mirabolantes histórias que cada vez mais vão tolhendo o normal decorrer das aulas. Não sendo possível evitar, por variadas razões, que problemas pessoais entrem no centro de formação, deve ser cultivada uma barreira para que na sala de aula não entrem e em especial em reuniões de avaliação. Uma coisa é providenciarem-se aos alunos os meios para que eles cumpram a sua missão, outra coisa é propiciar-lhes ferramentas (truques) para que passem ao lado dela.
O aluno tem uma missão a cumprir e essa missão deve ser cumprida sob pena de reprovação. Nenhuma das floribélias razões que possam atenuar o cumprimento da missão serão jamais aceites na vida ativa e se tentadas usar serão encaradas como “uma desculpa qualquer”.
O ensino de coisa profissional recebe alunos (formandos) que por um lado trazem um currículo cheio de escolhos e por outro vão encontrar aulas (novidade) de eminente prática.
Salvo casos (poucos) em que não haja praticamente formação teórica para determinada matéria, o aluno só deve entrar em oficina depois de estar bem ciente que terá que cumprir a regulamentação de segurança (incluindo saber da impossibilidade de deambular ou ‘bater papos’) e ter bastante bem assimilada a teoria aplicável. Não é fundamental que a tenha na posta da língua mas deve ter presente, digamos, 50%. Isto trás, por arrasto, a necessidade de encontrar, a qualquer momento de determinado percurso de formação, caminhos alternativos a que o aluno se consiga adaptar, digamos, upgrades ou downgrades de percurso em função do desempenho de cada aluno. É fundamental que ele saiba que essa hipótese está permanentemente em cima da mesa porque sem coação não há persuasão. É sabido que esta máxima vai ao arrepio de quase toda a “pedagogia” reinante, mas sendo a formação profissional a derradeira antecâmara da profissão convém que o aluno esteja ciente que a coação é também a derradeira chamada de atenção porque, no mundo empresarial, a coação é mínima e o despedimento surpreende ao virar a esquina. Contrariamente ao afirmado pela “pedagogia” em social-porreirismo, a maior ameaça a um estagiário (aspirante a um posto de trabalho mais estável) vem dos colegas e surge no momento em que eles se apercebem que o estagiário poderá pôr em causa toda a equipe e, consequentemente, o trabalho de cada um. Raramente é a entidade patronal quem directamente resolve por em causa o trabalho de um estagiário. Estabelecido um estado de coisas mais ou menos inquinadas, e para evitar que cada qual veja o seu posto de trabalho em risco e com ele a alimentação dos filhos, o habitual é que o estagiário se veja fora da carroça a pedido implícito ou explícito dos colegas e perante quem de direito.
A formação profissional não pode ser o continuar do status quo do ensino regular que, aliás, também por si, e à exceção dos primeiros anos, não se devia pautar por esta pedagogia de que tende a resultar gente com extrema dificuldade em adaptar-se ao mundo real.
Em Portugal, infelizmente, a esmagadora maioria das empresas não tem dimensão nem conhecimentos para abraçar a formação profissional restando, quando existam, associações profissionais ou patronais que tomem conta da tarefa.
Num ou noutro caso deve haver fiscalização mas essa tarefa tem que ser redesenhada para evitar que (presente estado de coisas) se ofereçam canudos em vez de se distribuírem certificados em função de provas significativamente prestadas.
Já foi longamente abordado o binómio conhecimentos reais versus conhecimentos fictícios, os conhecimentos de que um aluno não pode prescindir para avançar na aprendizagem versus conhecimentos que um documento garante que ele tem. Nada, mas nada de significativamente positivo poderá ter lugar se uma coisa não bater certa com a outra e hoje nada bate certo.
O envio de alunos que praticamente nada sabem a uma instituição (seja de que tipo for), para que de lá saiam com um certificado numa matéria algo complexa é, por um lado, de uma total inutilidade, por outro, deixa a instituição de formação perante a honesta necessidade de reprovar sistematicamente muito próximo da totalidade da turma. Mais vale apontar abaixo e corrigir o tiro se o aluno demonstrar que vale do que encravar todo o processo instalando numa sala de aula quem se espera venha a subir mas que, honestamente, necessite, mais que ninguém, de descer para adquirir o que lhe falta em demasia.
A formação profissional não pode ser um local para onde se vai aprender a brincar com maquinaria “gira”. Maquinaria custa dinheiro e espera-se dela o retorno que permita adquirir a seguinte, mais avançada. Maquinaria mal aproveitada é dinheiro deitado à rua e que não será redistribuído na massa salarial da empresa podendo chegar-se ao ponto de se instalarem salários em atraso e o fecho da empresa com respetivos despedimentos.
A formação profissional não pode ser o caixote de lixo para onde se atiram alunos sem qualquer tipo de critério. A formação profissional é a seiva de uma empresa naturalmente dirigida (espera-se) por quem tenha uma sólida formação teórica e prática avançadas, normalmente oriunda de universidades ou estabelecimentos equivalentes. Também aqui há fortes lacunas, mas é assunto que não cabe aqui exactamente.
A exigência tem que estar permanentemente em cima da mesa e o vencer das respetivas dificuldades deve ser a coluna vertebral de quem frequenta qualquer tipo de ensino. Presentemente o desafio parece ser o de encontrar uma brecha para furar sem se aprender, ou encontrar um centro de formação onde, pelas circunstâncias que lhe norteiam ditatorialmente as linhas com que se coze, se vai passando porque ... tem que ser.
O caminho tem ainda que ser aberto e depois trilhado. Hoje habitamos, professores e alunos, um lamaçal.
Imaginemos uma sala de aula em que metade da turma veste as calças abaixo do traseiro, 30% insiste em mater o capuz na cabeça (escondendo o auricular onde a música está a “bombar”), 20% mantém o chapéu, 20% (alunas) traz calças rotas especialmente nas virilhas e um decote que se avizinha do umbigo, 30% faz-se acompanhar um jornal desportivo que tenta ler na aula ou, no mínimo, usar como referência para milhentas vezes tentar entabular “troca de opinião” com um ou mais colegas. Que fazer?
Avisar, avisar, e, finalmente, expulsar da sala de aula. Os que lá ficam podem aprender algo, mas os que saíram, em não pequeno número (a escolha entre não poder conversar na sala e poder conversar lá fora não lhes deixa dúvida quanto à mais vantajosa) apresentar-se-ão, na próxima aula, como “vítimas” de não terem podido aprender a matéria da última aula.
Com o passar do tempo vêm as péssimas notas e a necessidade de planos de “recuperação” que o professor tem que aturar enquanto o aluno lhe apetecer. Que se pretende com isto? Por que tem o prevaricador de ser bafejado com milhentas oportunidades que, sistematicamente, substituem a anterior que ele desprezou? Porque se premeia a incompetência? Que sinal se transmite, explicita ou implicitamente, ao resto da turma? Porque limita o Estado a formação de turmas muito grandes que permitam a filtragem expedita, e em poucos meses, do trigo do joio e a continuação, em turma, de um mínimo de reais alunos que permitam a sustentabilidade económica da turma? Dir-se-á que 40 alunos é impossível tanto mais que “até” podem ser todos bons! Muito bem. Se forem todos bons haverá lugar à posterior formação de duas turmas. Mas, entretanto, alguém se convence que o cenário em que um grupo de 40 promitentes alunos resulta em, de facto, alunos? No presente estado de coisas duvido que num grupo de 50 se aproveitem mais de 15. A não ser, evidentemente, que já esteja sedimentada a noção de que a formação é para valer e saltará fora, sem apelo nem agravo, quem resolver usar a aula para assuntos de bola, moda, cueca, virilha, disk-jockey, gansteria, etc, etc.
Há que afixar em todas as salas de formação profissional normas equivalentes àquelas que eles têm que cumprir quando, por exemplo, entram numa empresa e em estágio. Se na obra ou na fábrica não entra ninguém de capuz, de virilha ventilada, de chinelos de enfiar no dedo, de auriculares, em cuecas, etc, etc, porque há de a antecâmara da empresa aturar todo o tipo de variantes daquilo a que se tem chamado “afirmações de cultura própria”? Mas, qual cultura?
Texto escrito por Rio D`Oiro e Ramiro Marques
Nota prévia
A reforma do ensino profissional de jovens tem de ser gradualista, apostar no aumento da qualidade e do rigor e aprofundar a ligação às empresas. Há-de ter o contributo das escolas secundárias, públicas e privadas, e das empresas e associações empresariais.
Essa articulação deve fazer-se pela partilha de conhecimentos, recursos e equipamentos. As escolas fornecem os recursos humanos para assegurarem o ensino da literacia, numeracia, inglês e informática. As empresas oferecem o ambiente de trabalho, o contexto onde se faz o estágio e se ensina a dimensão tecnológica do currículo. É também a empresa, através de um centro de aprendizagem de preferência, que oferece o currículo informal centrado na aquisição das virtudes que potenciam a realização profissional e a integração no mercado de trabalho: empreendedorismo, resiliência, pontualidade, assiduidade, respeito pelas chefias e gosto pelo trabalho bem feito.
A reorganização deve fazer-se criando incentivos para as escolas e cursos com elevada empregabilidade, rigor e exigência. O apoio financeiro deve seguir os alunos. As escolas e as empresas devem ser estimuladas a concorrer entre si para atrair os alunos. As escolas e cursos com baixa empregabilidade e pouco rigor e exigência devem perder os financiamentos.
As nossas empresas são coisas muito frágeis, geralmente ligadas a clientes frágeis ou, se sólidos, ligadas por corrupção, em particular no caso do estado.
Há experiências interessantes, por exemplo, com alunos noturnos (excelentes) da Auto Europa mas, regra geral, as empresas pautam-se pela regra do mínimo indispensável. O sistema de formação profissional em uso na Auto Europa merece estudo para futura generalização.
Neste momento, as empresas estão todas com a corda na garganta. Só aceitam estagiários se cada formando levar atrás de si algum apoio financeiro. A criação de uma rede de centros de aprendizagem localizados em empresas depende muito do envelope financeiro agarrado ao formando. Mas o montante do envelope financeiro deve depender da empregabilidade dos formandos. Maior para as escolas e centros de aprendizagem com formandos que, no final do processo de aprendizagem, conseguirem ocupar um posto de trabalho; menor para os que não conseguirem.
A importância do Inglês
Começamos por chamar a atenção que muitos professores ligados a áreas tecnológicas não são capazes de ler um manual técnico em inglês. O problema básico é o vocabulário não técnico (o inglês corrente).
Os formadores com mais de 50 anos de idade andaram na escola no tempo em que o francês era dominante e o inglês coisa secundária. Não poucas vezes os vemos com livros franceses debaixo do braço. Os mais novos nem francês nem inglês.
Todos sabemos que o mundo da tecnologia é dominado pelo inglês e quando precisamos desembrulhar um problema numa aplicação qualquer a única hipótese viável é participar nos forae em inglês deixando perguntas, trocando notas e impressões e usando a gramática do software tal como ela se nos depara: em inglês.
O inglês (a falta dele) é uma barreira gigantesca para o técnico português.
Nos Estados Unidos tem-se a 'mania' de pespegar com tudo na Internet. Não há assunto que não seja lá discutido e bem discutido. As universidades publicam programas inteiros (vídeo) sobre todas as matérias. Todos os assuntos são publicados e escalpelizados na internet com conhecimento de causa.
O português resume-se a Portugal, aos PALOPS e o Brasil. Portugal está, a esse respeito, no tempo da pedra lascada, nos PALOPS não há nem pedra quanto mais lascada e no Brasil ... é o caos. O Brasil tem muita coisa de tecnologia na Internet, mas a asneira campeia. Nada é fiável.
Se o técnico português não romper proficientemente a barreira do inglês não conseguirá sair da cepa torta. Será sempre o último a saber e só saberá quando essa informação estiver caduca. Já agora, e os professores também.
Se os formandos não aprenderem Inglês de pouco lhes serve a ferramenta da Internet. É por isso que qualquer programa de formação, quer para jovens quer para adultos, deve incluir uma forte presença de Inglês.
Algumas empresas cientes da dificuldade em encontrar trabalhadores que prestem pagam cursos de largas centenas de horas para que os formandos aprendam alguma coisa. Mas costuma ser um desastre. Aprender dá trabalho, é uma chatice, estão de corpo presente e alma distante. O resultado médio é duvidoso (havendo casos bons e mesmo muito bons). Habitualmente fazem com os alunos um contrato de permanência ao serviço (quem investe pretende retorno) ... mas os jovens, caso se vejam com o canudo, abandalham militantemente o trabalho.
Nas empresas médias a coisa é mais interessante. Os trabalhadores têm mais interesse e flexibilidade. Tal não significa que aprendam como deviam mas é melhor que nas grandes.
Nas pequenas predomina a empresa familiar que, por vezes tem também funcionários. É talvez o caso em que há mais variação entre gente muito boa e muito má. Por exemplo, neste grupo, encontram-se engenheiros que sabem, trabalham com máquinas e orientam o resto da família e funcionários. São casos muito interessantes.
Nas empresas pequenas, há ainda gente que começou a trabalhar com a maquinaria mas que a abandonou para se remeter à "gestão". É a empresa que tem uns quantos trabalhadores a trabalhar sem vínculo significativo que convém, por vezes, às duas partes.
É nesta confusão de contextos que se tenta encontrar empresas para os jovens estagiarem. Em geral aquelas onde há gente mais competente não aceitam estes jovens (não estão para os aturar ou asseguram-se previamente que o estagiário se parece como tal).
Entretanto, em estágio, há de tudo: bom e mau. Alguns faltam porque não estão habituados ao esforço.
Outros ficam com problemas "psicológicos" quando em obra lhes mandam um berro. Outros perdem todos os dias o autocarro porque não "conseguem" acordar (por atalhos ficamos a saber que vão diariamente para a farra). Outros perdem o passe que, às vezes, custa uma fortuna. Outros perdem o capacete e as botas e queixam-se que os não deixam entrar na obra. O estágio vai correndo, mas todos os dias os telefones tocam e as cenas são múltiplas.
Depois de tudo isto o que se aprende? Para os alunos adultos, os que aturam os jovens, pouco. Os jovens, praticamente nada.
Articular escola com as empresas
Onde fazer o ensino profissional de jovens? Na escola? Em algumas, não em todas. Apenas nas que têm recursos humanos e equipamentos adequados. Uma forte ligação ao tecido empresarial local ajuda. Na empresa e associações empresariais? Sim, sobretudo nas empresas que estejam dispostas a criar centros de aprendizagem para jovens. E o currículo? Faz sentido oferecer um currículo com duas componentes formais: geral e vocacional. Na primeira, a oferta deve centrar-se no inglês, literacia e numeracia. Na segunda, a oferta deve centrar-se na aprendizagem das tecnologias. O centro de aprendizagem de empresa deve oferecer um currículo informal que enfatize valores como a pontualidade, assiduidade, resiliência, respeito pela hierarquia e gosto pelo trabalho bem feito. E, claro, o estágio.
A dimensão informal da aprendizagem em empresa
Há uma dimensão do currículo que não se deve negligenciar. Essa dimensão é informal, depende da cultura do centro de aprendizagem, e inclui os valores básicos necessários a uma vida profissional bem conseguida: pontualidade, assiduidade, respeito pela hierarquia, gosto pelo trabalho bem feito e resiliência.
Em algumas escolas públicas, dificilmente é possível assegurar a presença dessa dimensão. Os cursos de educação e formação e os cursos profissionais estão, muitas vezes, contaminados por uma cultura de desresponsabilização que é hostil à aquisição de valores básicos. É por isso também que defendemos a criação de centros de aprendizagem em empresas, em associações empresariais e nas escolas que tenham um ethos e uma cultura favoráveis à articulação com as empresas locais e, claro, recursos humanos e materiais adequados.
Obviamente, esses centros de aprendizagem podem e devem estabelecer parcerias com escolas secundárias que assegurem a oferta da dimensão curricular geral: matemática, português e inglês.
Há cursos profissionais que funcionam bem. Esses devem ser acarinhados. Não defendemos a eliminação pura e simples de todos os cursos profissionais. Os bons devem manter-se. Sobretudo os que funcionam em escolas profissionais com uma boa articulação às empresas e com ofertas formativas para nichos de mercado com saída: indústria, hotelaria, turismo, agricultura e pescas. Os cursos que não têm qualidade devem ser eliminados e os recursos financeiros aplicados neles transferidos para centros de aprendizagem com uma estreita articulação com as empresas e associações empresariais.
É fácil identificar os cursos com qualidade: basta ver as taxas de empregabilidade.
Em ambientes sem ordem nem tranquilidade, os alunos não adquirem as virtudes consideradas imprescindíveis para a entrada no mercado de trabalho: pontualidade, assiduidade, respeito pela autoridade e resiliência. Ao invés, aprendem a ser erráticos, caprichosos, desobedientes, malcriados, arrogantes e indolentes.
Há escolas que não são o local certo para fazer ensino profissional de jovens que acumulam insucesso atrás de insucesso e que não têm hábitos de trabalho nem respeitam os padrões mínimos de civilidade. Os alunos viciam-se numa cultura de direitos, centrada na gratificação imediata, e não dão valor nem à escola nem aos professores. Não são capazes de traçar a fronteira entre o lúdico e o trabalho, entre a brincadeira e o esforço. Tudo lhes é dado - pequeno-almoço, almoço, livros e transportes - sem lhes ser exigido nada em troca.
Os diretores habituaram-se à ideia de que a criação de cursos profissionais, Cef e Efa, ainda que não haja na escola equipamentos e recursos humanos adequados, é uma exigência que resulta das políticas educativas inclusivas. O objetivo é tirar os jovens da rua. A avaliação externa, tal como hoje é feita, reforça essa exigência.
As escolas secundárias públicas foram empurradas, entre 2006 e 2010, para criarem cursos profissionais com o objetivo de permitir ao Governo o cumprimento de metas estatísticas. Criaram-se cursos a eito sem atender à cultura e características das escolas nem às necessidades do mercado de trabalho. Deu-se demasiada ênfase à oferta de cursos para o setor terciário em desfavor da agricultura, indústria e pescas.
As empresas querem profissionais que gostem de aprender, que saibam cumprir regras, respeitem a hierarquia, sejam pontuais, sejam assíduos e resilientes. As escolas onde os cursos profissionais são ministrados ensinam, em alguns casos, o contrário de tudo isto.
Obviamente, as empresas só estarão dispostas a alinhar na reconstrução de um ensino profissional deste tipo se ganharem alguma coisa com isso. O valor do envelope financeiro deve ser proporcional à taxa de empregabilidade conseguida.
Pouco rigor e tecido empresarial fraco
O panorama do ensino (chamemos-lhe genericamente) de oportunidade é de filme de horror com cenas dantescas provocadas pela aguda perda de soberania económica que Portugal enfrenta e de que é principal responsável (independentemente de pormenores de índole política).
O horror é composto pela insistência em políticas de sucessivo abaixamento de fasquia baseadas em disparatadas e aberrantes visões do mundo. De tudo isto o ensino regular também padece embora em menor grau, apesar de preocupante (é aliás do ensino regular que os alunos que procuram a via profissional brotam sem a real preparação que a documentação atesta).
Favorece-se a progressão dos alunos sempre alimentada numa infundada esperança de que as criaturas posteriormente recuperarão o tempo e as matérias perdidas. Esta política não passa, porém, de um premiar da incompetência. Alavancada no “sucesso anterior”, será insistentemente mais e mais exercitada levando os alunos a um beco constituído pela impossibilidade de perceber matérias para as quais não estão nem preparados nem a milhas de estarem. Esta política pretende ainda estar na vanguarda, pasme-se, de um Portugal de mão-de-obra qualificada, resguardado do trabalho mal pago, repetitivo e monótono, jamais se encarando o treino de alunos em habilidades básicas não carentes de preparação teórica. Não fica por aqui como mais tarde se verá.
No que respeita aos agentes directamente envolvidos no processo, temos as empresas, os estabelecimentos do ensino regular e os centros de formação profissional (estatais e privados).
As empresas que temos são as que nos restam num sistema que só vê nelas uma fonte de impostos. Os melhores empresários foram-se afastando (saindo do país ou remetendo-se a uma qualquer atividade que lhes permita sobreviver sem dores de cabeça) e ficando apenas os que se adaptam ao sistema.
Tendo em atenção que historicamente o tecido empresarial português é composto por minúsculas empresas, o empresário que conhece bem aquilo que faz vê a vida dificultada por uma imensidão de imposições burocráticas que o levam ou a afastar-se da exata coisa pela qual se interessa ou a sobrecarregar a minúscula empresa contratando quem o liberte do fardo pelo qual terá sempre e invariavelmente que responder e ser derradeiro responsável. Neste padrão surge, por um lado, a economia paralela, por outro o crony capitalism. Uma e outro espalham suficiente mau ambiente para tornar estes os dois tipos de entidades crescentemente dominantes, afugentando empresários pouco dados a truques.
A generalidade das subsistentes empresas opera hoje em modo de sobrevivência. Faz o que pode, aceita fazer o que sobra, aceita sobreviver. Os trabalhadores, perante o espetro do desemprego, aceitam fazer o que resta para fazer.
Os estabelecimentos de ensino regular são dominados por docentes que desconfiam das empresas vendo nelas uma coisa tenebrosa que “apenas” procura o lucro. Tendem a militar num mundo alternativo que evite que os alunos possam pretender ter uma profissão concreta numa qualquer empresa, sempre insistindo em caminhos tangenciais a um mal definido enriquecimento do aluno “enquanto cidadão”, pasme-se, para ficarem “fora do jugo da exploração”.
Os centros de formação encontram-se a meio caminho entre um ensino avesso a empresas e as empresas maioritariamente geridas por empresários cada vez mais especialistas em adaptação a todo o tipo de interceção subversiva ao aparelho do estado ou, alternativamente, vivendo à revelia de … tudo.
A formação profissional por via direta do estado tem a maioria dos tiques do ensino regular porque a maioria dos docentes são dali oriundos (mesmo que pouco claramente). A formação profissional privada é um pouco mais ligada aos problemas e ao interior das empresas muito embora com as limitações decorrentes, embora atenuadas, do ensino profissional estatal e do presente estado de coisas nas próprias empresas.
Rigor e exigência
É voz corrente que quem chega ao ensino profissional chega já com determinado grau académico que não corresponde, nem de longe, à realidade. Este aspecto tem que ser resolvido ou, pelo menos, começar a ser resolvido porque nenhuma decisão poderá ser aplicada racionalmente sem que os factos de que o aluno é portador correspondam ao certificado que lhe foi passado.
Supondo que numa fase inicial há que dar destino a alunos que irremediavelmente se apresentam com um grau académico deturpado não parece haver outra solução que aplicar a estes alunos exames apropriados que confiram um razoável grau de confiança de ponto de partida. Chame-se a esse exame o que se quiser, mas não vale a pena tentar ensinar trigonometria a quem não sabe o que é uma régua ou porque começa a respectiva escala em 0 e não em 1 (para não falar num ângulo). Esses alunos devem ser colocados em pontos de partida de percurso de ensino profissional por forma potenciar-se a possibilidade de se ensinar a partir daí.
Naturalmente que, paralelamente, há que perguntar como se consegue ter o 9º ano (ou qualquer outro) sem saber ler ou escrever, ou nunca mais sairemos deste torpor em que se tenta ensinar quem não tem bases para o que se pretende ensinar.
Aparentemente há um fenómeno do campo da falácia que explica a razão porque são encaminhados alunos que quase nada sabem para os mais avançados percursos. Há umas múltiplas entrevistas em variadas instituições de “seleção” que apuram os alunos que mais vêm ao encontro do que se espera ouvir: “esforço”, “disciplina”, “método”, “assiduidade”, “educação” ... palavras soltas que os alunos bem conhecem e sabem usar como forma de afagar o coração da outra parte que, entretanto, acha razoável remeter quem “demonstra tanta vontade” a caminho sofisticado que “ele, coitado, merece”. Para o aluno é fundamental entrar para o mais impossível caminho porque sabe que aquele erro inicial vai, direta ou indiretamente, dificultar em extremo a sua reprovação. Para quem o seleciona, uma espécie de paz celestial parece instalar-se no coração de quem se autoconvence que, finalmente, vai permitir “justiça” à vida de um aluno cuja vida fora da escola se assemelha às cenas do filme Gangues de Nova Iorque.
Nada do anteriormente dito tem qualquer relação prática positiva para quem quer que seja. Os professores ficam com turmas afogadas em ignorantes, os ignorantes ficam afogados em matéria que nunca perceberão sem repetirem o ensino 3 ou 4 anos atrás (e daí para a frente), o estado eterniza encargos múltiplos e acaba caindo na necessidade de sustentar uma qualquer “estatística” supondo que “sendo assim este ano, para o próximo já se resolve”.
Irresponsabilidade e desperdício
As turmas de ensino profissional são turmas bizarras no que respeita à relação aluno professor porque alunos cuja idade anda pelos 18 anos não só se comportam como catraios como tratam o professor por “stor”. O habitual, no ensino profissional de adultos, é que os alunos (rebatizados de “formandos”) tratem o professor por aquilo que ele é: professor. Por vezes, tratam por engenheiro, etc, mas dificilmente por doutor. A verdade é que de adultos, este tipo de alunos têm apenas o corpo. O restante desenvolvimento ficou entalado no passado por entre políticas de eterna criancice.
Na sala de aula sentam-se ou em postura passiva ou em postura ativa mas, neste caso, com a missão de estabelecerem a hierarquia do gang local. Estabelecida essa hierarquia, nunca mais qualquer dos restantes alunos tentará sobressair sem a douta autorização e supervisão do chefe de claque. É notória a instabilidade que se instala quando o “chefe” e os mais próximos vassalos faltam a uma aula. Todos começam a olhar em todas as direções, como que perdidos, enquanto vão assumindo um protagonismo potencialmente positivo embora quase sempre e infelizmente inútil. Se o “chefe” desaparecer de vez (for preso, por exemplo), recomeça a luta pelo estabelecimento de uma nova hierarquia ...
A tudo isto o sistema de ensino assiste impávida e serenamente como se espetador fosse do filme Gangs de Nova Iorque. Não poucas vezes se ouviu de quem de direito (!) que são “formas informais de inter-relacionamento” e que a escola “deve negociar” (implicitamente pactuando) com semelhantes e sinistras instituições e figurões para que seja possível que algo se ensine.
Chama-se a isto pactuar com aquilo que na vida real e numa empresa será liminarmente escorraçado pelos próprios operários que já lá trabalham. Os “chefes” do gangue ver-se-ão cuspidos sem sequer perceberem porquê. Os restantes, por incompetência-militante irão parar, quanto muito, ao pátio onde se lavam os carros da empresa. “Ninguém está para aturar semelhante fauna” – ouve-se com frequência. Com o passar do tempo talvez venham a fazer algo de mais-valia, mas o pouco que em formação aprenderam já terá sido quase completamente esquecido.
Na sala de aula há dois tipos de pessoas: os que ensinam e os que têm que aprender, e há que afirmar, alto e bom som, que a parte mais complicada está do lado de quem aprende. Por muito trabalho a que o professor se dê, não são questões de dificuldade relativamente à matéria que o atormentam mas trabalho de repetição, de correcção, de procura de explicação alternativa, etc, que o carregam. A dificuldade relativamente à matéria está do lado do aluno.
Quando às dificuldades com que o professor se depara nada têm a ver com o ensino mas com a falta de pontualidade, falta de cadernos, livros, canetas, réguas, etc, falta de educação, uso e abuso do telemóvel, conversa da treta entre colegas e a todo o momento, apartes firmadoras de capacidade de achincalhar e de escavacar um qualquer raciocínio, etc. tudo o que parece relacionar-se com uma tal “nova forma de estar na sala de aula”.
Todos estes desvios têm sido mais ou menos viabilizados porque se deixam entrar os problemas pessoais na sala de aula. Percebe-se que muitos dos alunos têm uma vida complicada mas não se pode também deixar de perceber que a aceitação dessas dificuldades na sala de aula não só não resolve qualquer problema como potencia mirabolantes histórias que cada vez mais vão tolhendo o normal decorrer das aulas. Não sendo possível evitar, por variadas razões, que problemas pessoais entrem no centro de formação, deve ser cultivada uma barreira para que na sala de aula não entrem e em especial em reuniões de avaliação. Uma coisa é providenciarem-se aos alunos os meios para que eles cumpram a sua missão, outra coisa é propiciar-lhes ferramentas (truques) para que passem ao lado dela.
O aluno tem uma missão a cumprir e essa missão deve ser cumprida sob pena de reprovação. Nenhuma das floribélias razões que possam atenuar o cumprimento da missão serão jamais aceites na vida ativa e se tentadas usar serão encaradas como “uma desculpa qualquer”.
O ensino de coisa profissional recebe alunos (formandos) que por um lado trazem um currículo cheio de escolhos e por outro vão encontrar aulas (novidade) de eminente prática.
Salvo casos (poucos) em que não haja praticamente formação teórica para determinada matéria, o aluno só deve entrar em oficina depois de estar bem ciente que terá que cumprir a regulamentação de segurança (incluindo saber da impossibilidade de deambular ou ‘bater papos’) e ter bastante bem assimilada a teoria aplicável. Não é fundamental que a tenha na posta da língua mas deve ter presente, digamos, 50%. Isto trás, por arrasto, a necessidade de encontrar, a qualquer momento de determinado percurso de formação, caminhos alternativos a que o aluno se consiga adaptar, digamos, upgrades ou downgrades de percurso em função do desempenho de cada aluno. É fundamental que ele saiba que essa hipótese está permanentemente em cima da mesa porque sem coação não há persuasão. É sabido que esta máxima vai ao arrepio de quase toda a “pedagogia” reinante, mas sendo a formação profissional a derradeira antecâmara da profissão convém que o aluno esteja ciente que a coação é também a derradeira chamada de atenção porque, no mundo empresarial, a coação é mínima e o despedimento surpreende ao virar a esquina. Contrariamente ao afirmado pela “pedagogia” em social-porreirismo, a maior ameaça a um estagiário (aspirante a um posto de trabalho mais estável) vem dos colegas e surge no momento em que eles se apercebem que o estagiário poderá pôr em causa toda a equipe e, consequentemente, o trabalho de cada um. Raramente é a entidade patronal quem directamente resolve por em causa o trabalho de um estagiário. Estabelecido um estado de coisas mais ou menos inquinadas, e para evitar que cada qual veja o seu posto de trabalho em risco e com ele a alimentação dos filhos, o habitual é que o estagiário se veja fora da carroça a pedido implícito ou explícito dos colegas e perante quem de direito.
A formação profissional não pode ser o continuar do status quo do ensino regular que, aliás, também por si, e à exceção dos primeiros anos, não se devia pautar por esta pedagogia de que tende a resultar gente com extrema dificuldade em adaptar-se ao mundo real.
Em Portugal, infelizmente, a esmagadora maioria das empresas não tem dimensão nem conhecimentos para abraçar a formação profissional restando, quando existam, associações profissionais ou patronais que tomem conta da tarefa.
Num ou noutro caso deve haver fiscalização mas essa tarefa tem que ser redesenhada para evitar que (presente estado de coisas) se ofereçam canudos em vez de se distribuírem certificados em função de provas significativamente prestadas.
Já foi longamente abordado o binómio conhecimentos reais versus conhecimentos fictícios, os conhecimentos de que um aluno não pode prescindir para avançar na aprendizagem versus conhecimentos que um documento garante que ele tem. Nada, mas nada de significativamente positivo poderá ter lugar se uma coisa não bater certa com a outra e hoje nada bate certo.
O envio de alunos que praticamente nada sabem a uma instituição (seja de que tipo for), para que de lá saiam com um certificado numa matéria algo complexa é, por um lado, de uma total inutilidade, por outro, deixa a instituição de formação perante a honesta necessidade de reprovar sistematicamente muito próximo da totalidade da turma. Mais vale apontar abaixo e corrigir o tiro se o aluno demonstrar que vale do que encravar todo o processo instalando numa sala de aula quem se espera venha a subir mas que, honestamente, necessite, mais que ninguém, de descer para adquirir o que lhe falta em demasia.
A formação profissional não pode ser um local para onde se vai aprender a brincar com maquinaria “gira”. Maquinaria custa dinheiro e espera-se dela o retorno que permita adquirir a seguinte, mais avançada. Maquinaria mal aproveitada é dinheiro deitado à rua e que não será redistribuído na massa salarial da empresa podendo chegar-se ao ponto de se instalarem salários em atraso e o fecho da empresa com respetivos despedimentos.
A formação profissional não pode ser o caixote de lixo para onde se atiram alunos sem qualquer tipo de critério. A formação profissional é a seiva de uma empresa naturalmente dirigida (espera-se) por quem tenha uma sólida formação teórica e prática avançadas, normalmente oriunda de universidades ou estabelecimentos equivalentes. Também aqui há fortes lacunas, mas é assunto que não cabe aqui exactamente.
A exigência tem que estar permanentemente em cima da mesa e o vencer das respetivas dificuldades deve ser a coluna vertebral de quem frequenta qualquer tipo de ensino. Presentemente o desafio parece ser o de encontrar uma brecha para furar sem se aprender, ou encontrar um centro de formação onde, pelas circunstâncias que lhe norteiam ditatorialmente as linhas com que se coze, se vai passando porque ... tem que ser.
O caminho tem ainda que ser aberto e depois trilhado. Hoje habitamos, professores e alunos, um lamaçal.
Imaginemos uma sala de aula em que metade da turma veste as calças abaixo do traseiro, 30% insiste em mater o capuz na cabeça (escondendo o auricular onde a música está a “bombar”), 20% mantém o chapéu, 20% (alunas) traz calças rotas especialmente nas virilhas e um decote que se avizinha do umbigo, 30% faz-se acompanhar um jornal desportivo que tenta ler na aula ou, no mínimo, usar como referência para milhentas vezes tentar entabular “troca de opinião” com um ou mais colegas. Que fazer?
Avisar, avisar, e, finalmente, expulsar da sala de aula. Os que lá ficam podem aprender algo, mas os que saíram, em não pequeno número (a escolha entre não poder conversar na sala e poder conversar lá fora não lhes deixa dúvida quanto à mais vantajosa) apresentar-se-ão, na próxima aula, como “vítimas” de não terem podido aprender a matéria da última aula.
Com o passar do tempo vêm as péssimas notas e a necessidade de planos de “recuperação” que o professor tem que aturar enquanto o aluno lhe apetecer. Que se pretende com isto? Por que tem o prevaricador de ser bafejado com milhentas oportunidades que, sistematicamente, substituem a anterior que ele desprezou? Porque se premeia a incompetência? Que sinal se transmite, explicita ou implicitamente, ao resto da turma? Porque limita o Estado a formação de turmas muito grandes que permitam a filtragem expedita, e em poucos meses, do trigo do joio e a continuação, em turma, de um mínimo de reais alunos que permitam a sustentabilidade económica da turma? Dir-se-á que 40 alunos é impossível tanto mais que “até” podem ser todos bons! Muito bem. Se forem todos bons haverá lugar à posterior formação de duas turmas. Mas, entretanto, alguém se convence que o cenário em que um grupo de 40 promitentes alunos resulta em, de facto, alunos? No presente estado de coisas duvido que num grupo de 50 se aproveitem mais de 15. A não ser, evidentemente, que já esteja sedimentada a noção de que a formação é para valer e saltará fora, sem apelo nem agravo, quem resolver usar a aula para assuntos de bola, moda, cueca, virilha, disk-jockey, gansteria, etc, etc.
Há que afixar em todas as salas de formação profissional normas equivalentes àquelas que eles têm que cumprir quando, por exemplo, entram numa empresa e em estágio. Se na obra ou na fábrica não entra ninguém de capuz, de virilha ventilada, de chinelos de enfiar no dedo, de auriculares, em cuecas, etc, etc, porque há de a antecâmara da empresa aturar todo o tipo de variantes daquilo a que se tem chamado “afirmações de cultura própria”? Mas, qual cultura?
Texto escrito por Rio D`Oiro e Ramiro Marques
terça-feira, 20 de março de 2012
Buraco Obama, tentando salvar o cargo, ...
... propõe que se execute agora exactamente o contrário do que sempre prometeu e mandou que se fizesse.
President no longer worried about CO2: focus on alternative energy is economic says Obama, no mention of climate.
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President no longer worried about CO2: focus on alternative energy is economic says Obama, no mention of climate.
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segunda-feira, 19 de março de 2012
Do Buraco-mor
Obama foi um dos muitos que militaram no intervencionismo estatal no negócio do imobiliário que estoirou também no nariz dele.
No poder, assegura ser capaz de "resolver" o problema que ajudou a criar aplicando receitas similares às que tinham acabado de dar raia. A esquerdalha mundial rejubilava de contentamento: finalmente alguém capaz de fazer vergar a espinha ao capitalismo desenfreado, neo e de casino.
Obama anunciou que tinha um plano, intervencionista (evidentemente) que pretendia fazer face ao período de recuperação que, quanto a ele, corresponderia à linha a azul claro. O seu plano, que permitiria re-encontrar o equilíbrio com menos dor, corresponderia ao caminho da risca azul escura.
A realidade, essa coisa que insiste em estar em permanente desacordo com as bússolas de futuros, foi a linha vermelha ...
No poder, assegura ser capaz de "resolver" o problema que ajudou a criar aplicando receitas similares às que tinham acabado de dar raia. A esquerdalha mundial rejubilava de contentamento: finalmente alguém capaz de fazer vergar a espinha ao capitalismo desenfreado, neo e de casino.
Obama anunciou que tinha um plano, intervencionista (evidentemente) que pretendia fazer face ao período de recuperação que, quanto a ele, corresponderia à linha a azul claro. O seu plano, que permitiria re-encontrar o equilíbrio com menos dor, corresponderia ao caminho da risca azul escura.
A realidade, essa coisa que insiste em estar em permanente desacordo com as bússolas de futuros, foi a linha vermelha ...
domingo, 18 de março de 2012
Do fulgoroso mundo das "no bananas and no oranges"
Tudo indica que nenhum esquerdalho* instalado na Assembleia da República ouviu falar da coisa.
*Idedota útil que milita no BE (totalidade), PCP (totalidade) e PS (maioria socretina).
*Idedota útil que milita no BE (totalidade), PCP (totalidade) e PS (maioria socretina).
Do mais significativo retracto de Portugal: o ensino
Ramiro Marques no ProfBlog:
[excerto]:Comentário do leitor Rantanplan Sem Pieguices [no Facebook - não consigo determinar o link]:
Esperar-se-ia que fossem os engenheiros a liderar o ensino dentro das empresas mas eles preferem manter uma barreira entre eles e a coisa concreta. Não gostam de sujar as mãos.
Ainda ontem um meu ex-professor na universidade me dizia que todo o ensino precisa de ser refundado. Até já na universidade têm que passar alunos e levá-los ao colo. Têm que fazer relatórios quando existem percentagem de reprovação superior a 50%, mesmo que os alunos simplesmente não compareçam aos exames. Esta é a miséria em que chegou Portugal..
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...