[Em resposta a uma leitora, deixei esta nota (aqui retocada) no FaceBook do Professor Ramiro Marques]
Na Função Pública ninguém paga impostos.
Imagine que ganha 4000 euros e recebe 1000. Dirá que paga 75% de impostos. Quer isso dizer que a sua entidade patronal (o Estado) vai entregar 3000 (que lhe descontou) a alguém? Não. Entrega-lhe 1000 e estamos conversados.
Imagine agora que ganha 2000 euros e recebe 1000. Dirá que paga 50% de impostos. Quer isso dizer que a sua entidade patronal vai entregar 1000 (que lhe descontou) a alguém? Não. Entrega-lhe 1000 e estamos conversados.
Imagine que ganha 1000 euros em chapa batida sem, portanto, pagar impostos. Continua tudo como dantes.
Aliás, há uma 20 e tal anos os funcionários públicos não pagavam impostos e o mundo funcionava. Só que à população esta coisa fazia muita confusão e às Finanças problemas para uniformizar software. Vai dai, e Cavaco, salvo erro, resolveu (de memória) aumentar a FP em 30% passando a cobrar, em impostos (cerca de 23%), o valor desse aumento. O estado podia ter-lhes aplicado um aumento de 100% cobrando 50% de impostos que tudo ficaria na mesma (faça as contas). Podia ter aumentado 300% e passado a cobrar 75% de impostos (faça igualmente as contas para ver que é verdade).
Quando o estado aumenta os "impostos" aos funcionários públicos está-lhes, simplesmente, a baixar o salário. Pura e simplesmente a baixar o salário.
Na coisa privada não é assim porque o dinheiro de impostos não fica nem na mão do trabalhador nem da entidade patronal, vai todo parar a uma terceira entidade: o estado.
....
Conviria que os funcionários públicos e os professores em particular tivessem disto pormenorizada noção para deixarem de fazer as figuras tristes que fazem.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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