It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Fósseis, "salvadores do mundo"
Que ninguém se espante. Trata-se de uma cerimónia de uma religião pós-moderna.
Se se tratasse da Igreja Católica, esta outra cerimónia equivaleria à entrega da hóstia. Neste caso, permanece obscuro se os percursos para as limusinas também contarão para a medição da devoção.
Muro a muro enche a esquerda o papo.
Parece que o projecto de realização de uma vigília à porta da embaixada de Israel ...
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
O filme
Portugal meteu-se no embuste levado por um grupo de luminárias de uma qualidade que pela "Europa" pulula.
A "Europa" convenceu-se que serial alguém se, perante o mundo, se apresentasse unida. Se se apresentasse como um todo e a falar a uma só voz. Se se tornasse uma espécie de EUA.
Mas esta "Europa", quem é? É uma elite bem "pensante". Uma elite que se acha detentora das boas virtudes sem as quais o mundo nunca poderá ser "O" mundo.
Mão à obra, cedo se alavancou na afirmação de que a democracia era o seu fiel de balança e cedo começou a ratificar comportamentos anti-democráticos carimbando-os de "modernidade alter cultural". Em paralelo, começando a sentir que o "seu povo" estava pouco virado para tão zenitais desígnios, começou a encanar os métodos democráticos: remeteu referendos ao calabouço; desenhou, em auto-gestão, tratados que reflectiam as crenças das luminárias; entrincheirou-se em pentágonos de burocracia sem mais-valia; inventou pelouros de louros próprios; manipulou as suas finanças de forma a "poder" financiar tudo e todos; debitou umas quantas tranças "sofisticadas" sobre as linhas como que outros se coziam; reclamou-se juíza em conflitos sobre os quais nada percebe nem tenciona perceber; reclamou-se disponível para intervenções armadas roendo a corda à primeira vertigem de bala na helicoidal; reclamou-se disponível para as correctas (desta vez) intervenções armadas roendo a corda antes de vestir a farda para a saltar; saltitou, baixinha, tentando impor as "boas regras" aos gigantes; esvaiu-se em auto-elogios de mundo da correcta e final regulamentação e do rumos ao perfeito futuro; declamou, alto e bom som, que as verbas que em todas as direcções fluíam não apenas provariam a justeza das "ideias" como as alicerçariam pelos resultados em prática; e ...
Começa o filme e tona-se óbvio a desnecessidade em aquecer a cadeira apara além do genérico inicial porque nele pululam as velhas luminárias da obsolescência. Todo o filme é sobre o podre, sobre o gripado. A baleia, de barriga para o ar, aguarda, impotente o arpão do primeiro zarolho.
A Alemanha assusta-se. Deve lembrar-se ainda e bem de quanto custa construir sobre ruínas. Os seus antigos oponentes, desconfiados e contemplando as cicatrizes das farpas que em momento de decisão lhe aplicaram à carapaça, suspiram de alivio por nunca terem embalado no grotesco Euro.
A América, a "retrógrada" da perfídia dos piqueniques de chá contra as novas energias do Irão, contempla a velha Europa. A boa América, a mulata, a encornada em Berlim e abandonada no Afeganistão, junta os cacos da marretada que, fresquinha, lhe foi aplicada pelos seus "reaccionários" votantes.
E entretanto na Índia, na Coreia do Sul, no oriente longínquo em geral, o mundo pula e avança face à estupefacção de vans rompuyadas em patéticas e desparasitantes tertúlias. Ah grande cavador da 'comprativa'.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Do conto do vigário para alunos das Novas Oportunidades

Desde 1750, o dióxido de carbono aumentou em 38%, especialmente por causa das emissões da queima de combustíveis fósseis, desflorestação e alteração no uso da terra.
A OMM recorda que 60% das emissões de metano são de origem humana e que os 40% restantes derivam de fontes naturais.
O organização alerta que o aquecimento da Terra poderia provocar um aumento das emissões de metano nas regiões árcticas, o que é motivo de grande preocupação para a OMM.
Como é possível tamanha desonestidade e tamanho descaramento?!
Leitura obrigatória
Se Israel tem, porque é que o Irão não pode ter?-2
Repetindo o que já aqui escrevi, quando se aborda a questão do nuclear iraniano, é recorrente o argumento de que “se Israel tem, então o Irão também tem direito a ter”.
Politicamente falando, todos os estados soberanos reservam para si o direito de desenvolver programas nucleares para fins civis e militares. EUA, Rússia, China, Índia, etc., fazem-no. Israel não se sabe, porque mantém uma politica deliberada de “não confirmo nem desminto”, por razões estratégicas, mas presume-se que sim.
Há vários anos que, no quadro das Nações Unidas, se procura controlar estes programas, porque se acredita que a proliferação tornará o mundo inseguro, pela multiplicação das possibilidades de erro, irracionalidade e escalada.
Foi por isso que muitos países se comprometeram voluntariamente com o Tratado de Não Proliferação.
O Irão foi um deles. Tal como Portugal.
Assinar o TNP implica a expressa renúncia a programas militares e a aceitação de inspecções dos programas civis por parte da AIEA.
Ou seja, Portugal e o Irão podem ter um programa atómico, podem enriquecer urânio, mas têm de seguir os procedimentos e limitações decorrentes do tratado que assinaram. Uma delas é não enriquecer a 90%, que serve apenas para produzir engenhos explosivos nucleares.
O problema com o Irão, é que não está a fazer nada disso.
O Irão pode, a qualquer momento, retirar-se do tratado, e prosseguir com os seus programas de forma soberana.
Não o faz, porque quer manter-se na luz da legalidade e sabe que se dela se retirar antes de ter disponíveis vectores nucleares, será tratado como o vizinho perigoso da rua, e os vizinhos podem mexer-se para o impedir. Não tenho qualquer dúvida que se retirará no momento em que esteja na posse de sistemas operacionais.
Em termos de Direito Internacional, existe um problema: o Irão, ao ocultar sistematicamente à AIEA, partes do seu programa nuclear, e ao colocar obstáculos às actividades de inspecção, violou e viola os compromissos que assinou,
Por isso é perfeitamente natural que se instale a suspeita de que as suas intenções não são claras. E é daí que brota o alarme e a mobilização de uma grande parte da comunidade internacional, perante aquilo que percebem naturalmente como uma ameaça à sua segurança.
No plano político, quais as razões pelas quais o Irão prossegue tais actividades e, especialmente, por que razão tenta ocultá-las?
A diferença entre o Irão e Israel (ou o Reino Unido), é que os poderes destes países não passam a vida a ameaçar outros países de que vão fazê-los “desaparecer do mapa”. São actores racionais.
A França está aqui perto, os seus aviões, submarinos e mísseis alcançam o local onde moro, e nem por isso me sinto preocupado. Na verdade Portugal está mais seguro pelo facto de países aliados terem armas destas.
Na inversa, não acredito que um iraquiano, um saudita, um egípcio, etc., se sinta mais seguro por ter como vizinho um Irão dotado de armas nucleares.
Pelo que se sabe, é justamente o contrário, de tal forma que até os sauditas, inimigos figadais de Israel, permitem discretamente que aviões israelitas sobrevoem o seu território, no caso de um ataque ao Irão.
O programa israelita é uma ameaça para os vizinhos? Alguns acreditam que sim e, no limite é-o mesmo, uma vez que Israel usará o seu arsenal se a sua sobrevivência estiver em causa, mas limitemo-nos aos factos: os belicosos vizinhos de Israel manifestam-se contra, obviamente, mas não com grande indignação, porque sabem que Israel é um actor racional, pelo que nem sequer tentaram iniciar uma corrida ao nuclear, para contrabalançar, coisa que já estão a fazer relativamente ao Irão.
Porquê? Pelas mesmas razões que levam a Alemanha a não criar um programa nuclear militar para equilibrar o inglês. Porque tanto a Alemanha como os vizinhos de Israel percebem tratar-se de programas defensivos, meras forças de dissuasão, que não se destinam a ser usadas, mas sim a dissuadir ataques.
Se o Irão preocupa, é porque é percebido como um estado revolucionário; porque sabemos que, quando dispuser de um guarda-chuva nuclear, o irá utilizar para incrementar o apoio a movimentos terroristas nos países vizinhos, sem temer sofrer retaliações; porque tememos que possa encaminhar para estes grupos, alguma dessa tecnologia; porque se trata de um governo repleto de fanáticos religiosos e não confiamos que gente desta seja capaz de gerir racionalmente uma situação de tensão; porque sabemos que os vizinhos irão, também eles, tentar dotar-se dos mesmos meios, numa imparável corrida ao nuclear que, mais tarde ou mais cedo, se descontrolará e terminará numa catástrofe global.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Stuxnet
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Rafael Correia
Lugar ao Sul era um programa da Antena 1 e da autoria de Rafael Correia.
Não consigo encontrar grande coisa. No site da RTP (RDP) apenas páginas vazias.
Seria interessante encontrar os podcasts deste programa.
Estado Social goleia modelo económico. Foi uma cabazada.
Comentário no Arrastão: “Não é o Estado Social que está a falhar. O que falhou foi o modelo económico.”
.
Tem toda a razão. O Estado Social tem manifestado uma vitalidade imparável. Nos últimos 30 anos bateu o modelo económico por goleada. Nenhuma nação europeia consegue atingir os níveis de crescimento do Estado Social luso. Tem sido magnífico. Uma performance evolutiva inigualável. O Estado Social é um vencedor..Quem falhou redondamente foram os pagadores, também conhecidos por modelo económico – uma cáfila incompetente de empresários e gestores que têm provado ser incapazes de acompanhar a vitalidade do Estado Social. Não só não criam riqueza suficiente para transferir para os vencedores como estão a pôr em causa as suas grandes conquistas..
O derrotadíssimo modelo económico, ressabiado pela rotunda derrota sofrida frente ao Estado Social, está agora a adoptar métodos inaceitáveis. A nível internacional, uniram-se para não emprestar dinheiro a quem precisa e cá em casa insistem em falir empresas. Felizmente, com Manuel Alegre, as coisas não vão mudar e esses incapazes vão ter que continuar a suar as estopinhas. “Comigo na Presidência ninguém toca no SNS, na escola pública, na segurança social pública e nos direitos laborais dos trabalhadores … veto e usarei todos os poderes presidenciais para defender esses direitos e para defender o conteúdo social da nossa democracia.”.
Toma e embrulha. Carrega Manel. Parece que a penalização fiscal sobre estes inaptos não tem sido suficiente. Dá-lhes no IRS, IRC, IVA, IMI, IMT, ISP, IS. Taxa mais-valias, corta no EBF, esmaga nas SGPS. Ninguém vai parar o Estado Social e o modelo económico continuará a ser humilhado. Goleado..
Alegre a presidente, Estado Social sorridente. Yupi.
Hide the Decline
[Actualizado: 14:30]
Foi há um ano que o castelo "aquecimento global", já cheio de rachas, começou a derrocar estrondosamente.
Continua sem se saber muitos pormenores mas, um arquivo contendo milhares de e-mails apareceu num servidor russo.
Do que entretanto se ficou a saber já havia fumarolas. Nalguns casos bem determinadas, noutros apenas sinais.
Alguns dados que são hoje seguros, revelados por via dos e-mails.
- Havia uma concertação para martelar dados.
- Havia uma concertação para bloquear o acesso a 'estranhos' a esses dados.
- Havia uma concertação para fazer desaparecer dados originais substituindo-os por dados martelados.
- Que entre os dados martelados figurava a remoção das estações de recolha de dados de temperatura que mediam temperaturas inconvenientes.
- Não havia peer reviwing. A revisões que tinham lugar eram quase sempre feitas por colegas de projecto.
- O peer reviwing efectuado era executado numa base de reciprocidade. 'Coças-me as costas e eu coço as tuas'.
- Havia um concertação inter-pares para assaltar multinacionais da energia.
- Havia uma concertação para acusar quem não alinhava com os concertantes, de estar ao serviço das multinacionais da energia.
- Havia uma concertação com ramificações em quase todo o mundo no sentido de haver infiltrações nos estados e nos governos de forma a dar consistência ao "projecto".
- Havia uma concertação para distribuição de verbas estatais para "pesquisa" sobre "aquecimento global" ou "alterações climáticas" (termo entretanto surgido porque os capangas já tinham consciência que não havia aquecimento global provocado pelo CO2). Essa concertação tinha lugar por todo o mundo.
- Havia uma concertação para empestar os sistemas de ensino de propaganda aquecimentista.
- Parte dos artigos "científicos" publicados pelo IPCC eram decalcados de artigos de revistas mais ou menos dadas ao alarme "aquecimento global" e eram pura ficção escritas sem qualquer base científica. Apesar de serem pura propaganda passavam pelo crivo do peer reviwing.
- O cabecilha do IPCC usava o seu pelouro para negociar trabalhos seus, devidamente remunerados, com empresas multinacionais.
- Havia uma concertação para implementação de um governo mundial de "ambiente".
- Havia uma concertação para implementação de uma negociata de "carbonos". Essa negociata foi implementada em bolsas de valores*1.
- Havia uma concertação para anular dados históricos de que são exemplo o período quente medieval e a mini idade do gelo. Neste caso, havia uma concertação para ignorar sistematicamente o período em que, na zona de Londres, o Tamisa congelava no inverno. Esta realidade, histórica, colidia com um "trabalhos" de Michael E. Mann, nomeadamente o hockey stick.
- Havia uma concertação no sentido de apontar as "energias renováveis" como "solução" para o "problema" do CO2.
- Havia uma concertação para envolver associações ambientalistas no negócio das renováveis.
- Havia numa concertação para envolver os serviços de meteorologia de todo o mundo no gang aquecimentista. Muitos dos militantes da causa moravam aí.
- Havia uma concertação para instituir uma militância aquecimentista no seio da comunicação social*2.
[14:30]
- Havia uma concertação para encharcar as bases de dados da Internet, nomeadamente a Wikipedia, com propaganda aquecimentista. Num dos casos, um 'warmer' não só censurava quem lhe apetecia como se dedicava a empastelar a Wikipedia com propaganda.
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*1 Uma boa parte entretanto fechada por se ter tornado óbvio serem um embuste. Portugal continua metido no gang.
*2 Essa militância, entretanto rachada, continua em actividade.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Mais um belo amanhã
The dark side of the (Ground)force
Para ajudar à festa, o esquema está montado de maneira que a Autoridade da Concorrência vela para que…não haja concorrência. Os 336 trabalhadores despedidos dispõem-se a criar uma nova empresa de handling para concorrer com a Portway e a Groundforce – não esquecer que o proprietário tanto de uma como de outra é o bendito estado – em Faro mas…não podem.
Depois a culpa é do neoliberalismo, dos patrões, da Merkel, dos especuladores, dos bancos e assim. Aguentem-se.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Caixa para comentários a granel
Pequena nota de passagem

terça-feira, 16 de novembro de 2010
Submarinos
Desculpem a má qualidade de som mas a incompetência da RTP é desse calibre. Feche-se a RTP.
Plano Inclinado - 2010.11.08
8 de Novembro de 2010
15 de Novembro de 2010
Recordar o óbvio
Repete-se, nas caixas de comentários, a litania anti-semita que, travestida num politicamente correcto "anti-sionismo", declama os bordões da propaganda e as habituais mentiras sobre a História, sobre Israel e sobre os judeus.
Voltemos ao fio de prumo:
Para aqueles que odeiam os judeus, os árabes da palestina não têm capacidade de fazer escolhas, são inimputáveis e a responsabilidade do que fazem ou deixam de fazer por sua livre escolha, não é deles. É dos outros.
Ora a verdade é que os árabes da palestina estão a sofrer as consequências das suas escolhas e das escolhas dos seus irmãos árabes. Podiam ter feito outras, várias vezes nestas últimas dezenas de anos.
Podiam por exemplo ter constituído o seu estado na mesma altura
Mas optaram por tentar destruir Israel.
Arafat podia, em 2000, ter seguido o caminho da paz, aproveitando a boa fé negocial de Barak.
Recusou e preferiu militarizar a intifada.
São escolhas, não são inevitabilidades. Quando se escolhe, assumem-se as consequências da escolha e deixa de ser razoável culpar os outros.
Por exemplo, em Gaza manda o Hamas. Chegou ao poder pelo voto. É um poder legítimo, o que não significa que os seus inimigos tenham de aceitar o que faz. Os palestinianos elegeram o Hamas, mas Israel não tem de pagar as consequências dessa escolha.
Para esta gente, a questão israelo-árabe é simples: Os judeus são opressores, os palestinianos oprimidos e aí vai Marx. A luta dos oprimidos contra os opressores é justa, ponto final. O mundo a preto e branco dispensa nuances.
Mas elas existem.
Alguns palestinianos lutam por um estado que coexista com Israel. São poucos. A maioria, que elegeu o Hamas, combate noutra guerra. A que visa a erradicação de Israel.
É essa a guerra de fundo, aquela que levou à recusa da Partilha, à recusa de vários Acordos, aquela em que o Hamas, a Jihad Islâmica, grupos da Fatah, o Irão, o Hezbolah, a Síria, e a generalidade do mundo islâmico está empenhado.
É conveniente recordar aqui frases de dirigentes muçulmanos logo após a aprovação pela ONU da partilha da Palestina, para saber do que se está a falar:
Rei da Arábia Saudita: Que importa perdermos 10 milhões de pessoas se eliminarmos os judeus? Vale a pena.
Xeque Al-Banah : Os árabes devem aniquilar os judeus. Encheremos o mar com os seus corpos.
Haj Husseini, mufti de Jerusalem e tio de Arafat: Matem os judeus. Matem-nos a todos!
Foi este ódio que levou à “ocupação” de Gaza , Judeia e Samaria, bem como dos Montes Golan e do Sinai.
Ao contrário do panfletismo simplista, não é líquido que se trate de uma ocupação “ilegal”. À luz da 4ª Convenção de Genebra, e do DI relevante, são terras em disputa, a gerir pelo agredido vencedor.
Israel, devolveu o Sinai ao Egipto quando fez a paz. E quis devolver Gaza, Judeia e Samaria. Os árabes não aceitaram.
As fronteiras de um futuro estado palestiniano já não poderão ser as da Partilha, porque essas foram recusadas pelos árabes. Nas guerras que moveram, Israel, estado agredido, ganhou e agora tem o direito de negociar o seu redesenho, à medida dos seus interesses.
Quem ataca e perde, não pode esperar que não haja consequências, como se a guerra fosse um jogo de miúdos em que se pode voltar atrás, fingindo que nada aconteceu.
E do lado israelita não há radicais?
Há. Israel é uma democracia vibrante. A maioria dos israelitas combate pela segurança e só alguns estão alistados no combate pelo Grande Israel. Não têm expressão política, todos os principais partidos israelitas aceitam, sob diferentes condições, um estado palestiniano, e renunciaram há muito ao regresso ao Israel bíblico. A Judeia, berço dos judeus, fará parte de um futuro estado palestiniano.
Barak,
Arafat recusou.
Os seus destinos, dizem-nos tudo o que necessitamos: Arafat escolheu a guerra e sobreviveu politicamente. É um herói. Barak falhou a paz e foi derrotado..
Todavia Israel retirou completamente de Gaza. Os árabes palestinianos cheiraram fraqueza e redobraram os ataques a Israel, demonstrando por acções aquilo que está nos seus documentos fundadores.
Não, o conflito não é tão simples como pensam alguns, cheios de dogmas, de certezas, de noções absolutas de bem e de mal.
The Boxer
Simon (Paul Frederic Simon) & Garfunkel (Aharon Ira ben Yaakov): dos tenebrosos "sionistas".
domingo, 14 de novembro de 2010
Ódio aos judeus ( "Anti-sionismo!", em novilíngua)
Perante gente desta, que tanto deu e dá ao mundo, só gentalha mais bronca que um cabo de vassoura, com a ignorância a queimar-lhe a língua, se pode permitir alimentar este tipo de ódio tão irracional, que se funda na convicção de que os judeus, para além de "dominarem o mundo", devem ter cornos na cabeça, cascos de bode, são maus, feios, porcos, arrotam a chouriço de cebola e peidam-se à mesa.
(Ferreira Fernandes, Correio da Manhã)
Absoluta surpresa
Desculpem a má qualidade de som mas a incompetência da RTP é desse calibre. Feche-se.
sábado, 13 de novembro de 2010
Do que o Contrato não é, obviamente
Trata-se de uma gramática com pretensões a auto-sustentada que coloca ao lado dos pasteis de nata um certo número de calhaus embrulhados em papel celofan como se o papel lhes desse sabor.
O contracto é "com duas entidades" e não entre duas entidades.
O contracto "visa assegurar uma parceria". Pois. É isso que visa: "assegurar". Publico-privada?
"para a produção de conteúdos sobre propriedade industrial". Pois. "Produção" parece-se com algo de concreto. Na verdade é mais copy+paste. "Conteúdos" ... os meus gatos também os fazem, em buraquinhos que tapam e não gostam de ver destapados.
"edição de vários tweets". Pois. A edição. Se um gato passar pelo teclado de um computador, edita.
"informações/alertas úteis". Pela amostra têm a utilidade de manter a parceria.
" e a produção de uma newsletter mensal". Nata de calhau.
"Assegura-se por essa via, também, o apoio ao envolvimento da comunidade científica". Ah, sim. O apoio ao envolvimento e da comunidade científica. O tubo do papel também apoia muito bem o dito higiénico.
"do tecido empresarial na produção de informação pública especializada". Especializada, a 140 caracteres. A coisa empresarial está certamente ávida de informação especializada a 140 caracteres.
Para se ficar descansado, o INPI informa que apesar de se meter e ao ISCTE ao barulho, precisa ainda da de uma "5ª potência" para "editar" bochechos de 140 caracteres. Afere bem da impotência do INPI.
"O Contrato em causa é uma aquisição de serviços feita de forma transparente e obedecendo às regras da contratação pública." Com certeza. O bicho estado já pode torrar o dinheiro do contribuinte em público e cobrar bilhetes.
"Pretendeu-se com a criação do Twitter Valor PI dar um sinal de abertura do INPI enquanto agência pública à sociedade e à economia e servir de elo de ligação entre a comunidade de protecção da propriedade industrial, fomentar a partilha activa de informação sobre o tema da PI, da inovação e do desenvolvimento socioeconómico, aumentar a transparência junto dos cidadãos e das empresas, reforçar a comunicação, captar inputs e reacções da audiência. "
Aqui ficava bem uma música com violinos. É a verborreia típica de quem hoje tira um curso de administração e/ou gestão ao estilo "inglês técnico". "sinal de abertura", (sinal), "enquanto agência pública à sociedade e à economia", ei, cum camandro, não fazem a coisa por menos, "servir de elo de ligação", cheira-me que a ligação é outra, "fomentar a partilha activa de informação", as palavras partilha e activa ficam sempre bem, particularmente se ficarem juntas (embora não tenham que ser casadas) "inovação e do desenvolvimento socioeconómico" chiiiiii .... cum carago, " transparência", " captar inputs", "e reacções da audiência" ... fuuoooda-se. Aqui acertaram. A reacção excedeu as expectativas.
E a técnica cá está: "inputs" e "Tudo isto através de actualizações simples e curtas numa plataforma acessível e credível, típica da Web 2.0." Aposto que há socretinos magalhães na coisa.
Em jeito de packshot, esforço orgástico final e em 252 caracteres (excluindo os espaços - seriam precisos 3 tweets), o INPI sintetiza a coisa:
* Fonte de informação rápida e sintética em Propriedade Industrial e inovação com orientação de serviço público;
* Canal social de comunicação e aproximação das comunidades de língua portuguesa;
* Instrumento de informação aberta para indivíduos e organizações, especializados ou não nestas áreas.
Pois. Mas o preservativo estava roto e a coisa transbordou.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Coisas
Recordo-me de uma outra figura, mais ou menos equivalente, que parava pelo cruzamento da Cruz Quebrada (junto à antiga Lusalite) com a marginal do Tejo.
Parava por ali um senhor que recolhia umas esmolas e 'ajudava' o automobilista relativamente aos semáforos.
Tivesse ou não recebido uns cobres de um automobilista que demorasse mais que meio segundo a arrancar ao sinal verde, esse homem, cujo nome desconheço, insultava esse condutor até cheirar a queimado. E insultava em altos berros, danado, pior mesmo que uma barata, sempre à beira de uma apoplexia.
Fiquei a certa altura a saber que esse homem morava em Setúbal e que se deslocava diariamente para a Cruz Quebrada para exercer a sua cidadania naquele exacto local.
Com ou sem insultos, a malta achava-lhe graça.
Já há tempos que o não vejo.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
No meio da enorme escassez de tempo...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Um "Bravo" para o Canadá.
O 1º ministro canadiano, Stephen Harper, é um dos poucos líderes ocidentais que tem a coragem de denunciar com clareza a vaga de anti-semitismo que grassa no Ocidente.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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Como habitante da Holanda esta temática interessa-me particularmente , como devem compreender. Por essa razão dei-me ao trabalho de traduzir...
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O ódio aos judeus é recorrente, é milenar e mais intenso nas direitas e esquerdas extremistas. Perante a irracionalidade deste ódio, importa...