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sábado, 27 de novembro de 2010

O filme

... é como ver-se o filme do livro que se escreveu ou se ajudou a escrever aqui no FI (e ainda por aí).

Portugal meteu-se no embuste levado por um grupo de luminárias de uma qualidade que pela "Europa" pulula.

A "Europa" convenceu-se que serial alguém se, perante o mundo, se apresentasse unida. Se se apresentasse como um todo e a falar a uma só voz. Se se tornasse uma espécie de EUA.

Mas esta "Europa", quem é? É uma elite bem "pensante". Uma elite que se acha detentora das boas virtudes sem as quais o mundo nunca poderá ser "O" mundo.

Mão à obra, cedo se alavancou na afirmação de que a democracia era o seu fiel de balança e cedo começou a ratificar comportamentos anti-democráticos carimbando-os de "modernidade alter cultural". Em paralelo, começando a sentir que o "seu povo" estava pouco virado para tão zenitais desígnios, começou a encanar os métodos democráticos: remeteu referendos ao calabouço; desenhou, em auto-gestão, tratados que reflectiam as crenças das luminárias; entrincheirou-se em pentágonos de burocracia sem mais-valia; inventou pelouros de louros próprios; manipulou as suas finanças de forma a "poder" financiar tudo e todos; debitou umas quantas tranças "sofisticadas" sobre as linhas como que outros se coziam; reclamou-se juíza em conflitos sobre os quais nada percebe nem tenciona perceber; reclamou-se disponível para intervenções armadas roendo a corda à primeira vertigem de bala na helicoidal; reclamou-se disponível para as correctas (desta vez) intervenções armadas roendo a corda antes de vestir a farda para a saltar; saltitou, baixinha, tentando impor as "boas regras" aos gigantes; esvaiu-se em auto-elogios de mundo da correcta e final regulamentação e do rumos ao perfeito futuro; declamou, alto e bom som, que as verbas que em todas as direcções fluíam não apenas provariam a justeza das "ideias" como as alicerçariam pelos resultados em prática; e ...

Começa o filme e tona-se óbvio a desnecessidade em aquecer a cadeira apara além do genérico inicial porque nele pululam as velhas luminárias da obsolescência. Todo o filme é sobre o podre, sobre o gripado. A baleia, de barriga para o ar, aguarda, impotente o arpão do primeiro zarolho.

A Alemanha assusta-se. Deve lembrar-se ainda e bem de quanto custa construir sobre ruínas. Os seus antigos oponentes, desconfiados e contemplando as cicatrizes das farpas que em momento de decisão lhe aplicaram à carapaça, suspiram de alivio por nunca terem embalado no grotesco Euro.

A América, a "retrógrada" da perfídia dos piqueniques de chá contra as novas energias do Irão, contempla a velha Europa. A boa América, a mulata, a encornada em Berlim e abandonada no Afeganistão, junta os cacos da marretada que, fresquinha, lhe foi aplicada pelos seus "reaccionários" votantes.

E entretanto na Índia, na Coreia do Sul, no oriente longínquo em geral, o mundo pula e avança face à estupefacção de vans rompuyadas em patéticas e desparasitantes tertúlias. Ah grande cavador da 'comprativa'.

1 comentário:

ablogando disse...

Chapelada com vénia, como costuma dizer!
Vou fazer-lhe referência lá pelos meus lados.