Pormenores do gráfico acima, nomeadamente um abaixamento artificial de temperaturas que lhe foi aplicado relativamente à primeira metade do sec. XX, não estão correctos mas, para simplificar a explicação que se segue admitamos, sem conceder, que assim foi.
Em 1998 ocorreu um ano muito quente comparativamente aos imediatos anos anteriores. "A PROVA", gritaram os "entendidos", em como o CO2 produzido pelo homem tinha produzido o ano mais quente de todo o século XX. Posteriormente os cálculos foram refeitos, suponho que por Steve McIntyre, e demonstrou-se não ter sido 1998 o ano mais quente do século XX mas 1934 (salvo erro). Daí para a frente os "entendidos" passaram a referir 1998 como um dos dois anos mais quentes do século XX como se fizesse algum sentido referir, como coisa grave, o ano de 1998 não o sendo 1934.
De qualquer forma, tendo sido 1998 o ano mais quente comparativamente aos imediatamente anteriores, havia que aproveitar e berrar que se tratava da tão anunciada subida descontrolada de temperatura provocada pelas emissões de gases de efeito de estufa, entenda-se CO2.
As substâncias gasosas são filtros de radiação (ondas de rádio entre as quais se encontra a luz que vemos – arco-iris). Não filtram (quer dizer-se, não retêm) todas as frequências, filtram, consoante as substâncias, apenas algumas frequências. Quanto mais dessas frequências forem retidas mais energia proveniente dessas frequências será retida nesses gases provocando a sua subida de temperatura. A esse efeito chama-se efeito de estufa.
O efeito de estufa é, portanto, resultante de uma conversão de energia luminosa (ondas de rádio) em energia térmica (calor) que faz subir a temperatura do gás.
À volta do efeito de estufa foram criadas e mantidas duas falsidades. A primeira, que quanto mais CO2 houvesse na atmosfera (0.04% de concentração) maior seria o efeito de estufa. É verdade, mas as mentiras com umas pitadas de verdade pegam melhor que as mentiras puras. A verdade e que o efeito de estufa produzido pelo CO2 não é proporcional à concentração porque, a partir de determinado ponto (no gráfico o sombreado azul corresponde à zona de concentração em que nos encontramos), o aparecimento de mais CO2 já não produz acréscimo de efeito de estufa porque a taxa de concentração em que isso acontece já há muito foi ultrapassada. Acrescentar mais quase nada adianta.
A segunda falsidade foi criada em modelos computacionais. Pelas leis da física (temperatura de cor de um corpo negro), o facto desse gás ter aquecido resulta na produção automática de outras ondas de rádio, de frequência mais baixa, chamadas infra-vermelhos, não visíveis pela vista humana mas, em caso de grande quantidade, sentidas na pele como calor (caso dos caloríferos de varetas avermelhadas). A libertação dessas ondas de rádio implica, por sua vez, o abaixamento de temperatura do gás.
A berraria à volta do efeito de estufa deu-se ainda porque se supunha que a atmosfera não deixaria que essas ondas de infra-vermelhos abandonassem a terra mantendo o calor preso na atmosfera.
De facto de todos os modelos computacionais invocados (gráficos à periferia da imagem acima) demonstravam que o calor não abandonaria o planeta, mas nunca houve mais que 'provas' geradas na barriga de computadores. As limitações dessa técnica são conhecidas mas os autores dos modelos sempre defenderam conhecer com exactidão, irresponsavelmente, o comportamento da natureza. Muitos modelos foram criados e todos confirmaram o mesmo até ser publicado um estudo (gráfico a centro da imagem acima) da realidade demonstrando o contrário.
A zona a central em baixo, branca, deveria ser completamente vermelha significando aumento de temperatura.
Aliás, a teoria já tinha sido posta em causa porque um dos supostos efeitos secundários do efeito de estufa, inicialmente considerado como a prova final, implicava que a atmosfera aquecesse na zona dos trópicos a 10Km de altitude e tal nunca se verificou.
Deixando de lado o infame ‘hockey stick’, parido em milhentas versões, todas elas desmascaradas, resta-nos olhar para as curvas reais de temperatura. Não é coisa dada como certa pois tendo em atenção a gigantesca quantidade de escândalos que os dados propagandeados pelo IPCC têm estado sujeitos, não se sabe, de momento, em que se pode confiar.
Mais que os dados, as conclusões são estratoesféricas invenções. Por exemplo, quando da apresentação do último relatório do IPCC, o resumo final foi escrito uma 6 meses antes de apresentado o relatório propriamente dito e vários foram os casos em que partes do relatório ‘tiveram’ que ser alteradas para se “enquadrarem” no resumo. O resumo foi cozinhado pela malta ligada à política e o relatório propriamente dito teve que se ajustar às conclusões.
Cheias, secas, subidas do nível dos mares, propagação da malária, furacões, etc, têm sido as mais comummente anunciadas desgraças tendo as temperaturas deixado de ser referidas com tanta regularidade. Evidentemente que a realidade desmentia as fantasmagóricas predições, mas como para crentes de qualquer religião, a realidade em nada interessa porque as certezas são, evidentemente, garantidas.
Os anos foram passando e as contas foram cada vez menos batendo certas, Não me refiro apenas à ausência dos cataclismos (todos os anos os jornais dos eco-crentes de serviço anunciavam que o verão seguinte iria bater todos os records, coisa que nunca aconteceu) mas as contas propriamente ditas.
Com as previsões catastróficas em cima da mesa e sem que as anunciadas subidas de temperatura se verificassem, os aquecimentistas sentiram a necessidade de re-baptizar o “fenómeno” passando a chamar-lhe “mudanças climáticas”.
Steve McIntyre, matemático reformado, especialista em estatística, tinha resolvido deitar um olho à parafernália matemática aos dados e algoritmos do AG. Não foi coisa simples. Muito embora alguns dados estivessem disponíveis publicamente, outros eram uma espécie de segredo de estado.
Umas vezes conseguia acesso aos dados mas não aos algoritmos. Noutras, pura e simplesmente, recebia recusas de acesso. As desculpas eram as mais esfarrapadas. Nalguns casos tinham a lata de responder que não entregavam os dados porque McIntyre pretendia eventualmente desacreditar o trabalho, como se um trabalho em verdade fosse desacreditável.
Nuns casos acedendo a escassos dados de acesso público, noutros por força de muita insistência, noutros ainda por via do descuido em que os autores os deixavam acessíveis ou, finalmente, porque iam simplesmente parar à sua caixa de e-mail, McIntyre foi verificando as contas e percebendo que a coisa não batia certo.
Evidentemente que as baterias dos aquecimentistas foram-se virando para ele e para todos quantos tentavam chamar a atenção para a irrealidade global da coisa. De "negacionistas" a lacaios ao serviço das petrolíferas, tudo se lhes chamou (link adicionado posteriormente). Chegou-se ao ponto de propor que os "negacionistas" fossem despachados para o Tribunal Penal Internacional para julgamento.
Já com uma enorme quantidade de rombos no casco, o submarino “aquecimento global”, “alterações climáticas” foi começando a andar à deriva e, em vésperas da Conferência de Copenhaga, Meca dos aquecimentistas, estala a bronca. À solta, na internet, aparece uma substancial colecção de mails, cuidadosamente arrumados, contendo matéria profissional do grupo de cientistas mais centralmente colocados no IPCC. Os mails revelaram não só que o grupo recorria às fontes de financiamento de que acusavam os que pretendiam verificar o seu trabalho, como a existência de formas organizadas de esconder, deturpar, barrar acesso e, manter um grupo ‘amigo’ de revisores de trabalhos.
A trafulhice, documentada nos e-mails, foi ao ponto de se esconder (à esquerda) a linha verde por detrás da cor-de-rosa de forma (à direita) a esconder (e cortar) a descida de temperatura detectada em determinado trabalho dado, pelos autores, como de enorme importância.
Pelos e-mails percebe-se ainda que o grupo tem consciência que a natureza não pretende respeitar as suas teorias.
Mas voltemos às temperaturas e tenhamos uma perspectiva do passado.
O grafico acima mostra as temperatura recolhidas em determinado proxie. Não sendo possível saber as temperaturas exactas no passado por não haver, há altura, termómetros, quem se preocupasse em medi-las, ou sequer quem tivesse consciência de que tal coisa existisse, há necessidade em utilizar métodos que permitem, pelo menos em termos relativos, quais as temperaturas durante a vida da terra. Um dos métodos passa por medir a temperaturas dos gelos 'arquivados' em zonas onde estão retidos sequencialmente. Quando se recorre a este tipo de técnica diz-se recorrer a um proxy.
Na imagem acima há uma gráfico de temperaturas entre 1400 e 1900. Sendo certo que o gráfico não chega ao ano 2000, dê-se 1 grau (mais que suficiente) de margem, partindo-se do princípio que no ano 2000 a temperatura do gelo em causa seria de -30.6 grau.
Na imagem percebe-se facilmente que houve um aquecimento a partir de 1850 e é esse aquecimento a razão do encarniçamento dos aquecimentistas contra o homem por ser este o "culpado" pela sua produção (coisa que é apenas verdade em ínfima parte) e pelas consequência da sua libertação.
Neste novo gráfico, atingindo tempo mais remoto, encontra-se, pelo ano 1000 na nossa era, um período quente de idêntico (quanto muito) aquele em que nos encontraremos.
Não havia, à época, petrolíferas, exploração ou queima de carvão, etc. A população humana do planeta era, em termos comparativos, quantitativamente pequena.
No ano zero (aproximadamente) a temperatura foi ainda mais alta e cerca de 1200 anos AC ainda mais. Repare-se na 'curvinha', à direita, que representa a "emergência" em que os aquecimentistas dizem que nos encontramos.
Acima, repare-se a quantidae de vezes em que a temperatura foi mais alta que hoje.
A subida acentuada por volta do ano 2000AC deve-se à saída do último período glaciar.
No gráfico acima, à esquerda, está representada uma zona de baixas temperaturas correspondente ao fim do último período glaciar.
No gráfico acima podem ver-se as temperaturas da quase totalidade do último período glaciar e, à direita, do período inter-glaciar em que nos econtramos agora.
Finalmente, temos o gráfico abrangendo 4 períodos glaciares desde 400.000AC até ao ano 1900. Repare-se que em todos os períodos interglaciares anteriores as temperaturas atingiram valores superiores à do último. Sem petrolíferas, sem exploração de carvão, sem carros, sem aviões, quase sem população humana (relativamente).
Repare-se ainda na excepcionalmente extensa duração do período interglaciar em que nos encontramos. De facto, estatisticamente, já deveríamos ter entrado em novo período glaciar há muito. Se tal vier a acontecer ... nem quero pensar.
Mas, se o clima se precipitar para novo período glaciar, que faremos para subir a temperatura?
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