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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Intolerância "Multicultural" na Europa

As intolerâncias neo-jacobinas reacendem rancores.

Há dois dias o Papa foi interdito de estar presente na abertura do ano letivo na Universidade La Sapienza, em Roma. Esta universidade foi fundada em 1303 por um Papa. Um grupo de 63 professores e alunos dispuseram-se a impedir que o Papa usasse a palavra em nome do laicismo da Universidade.

Mas há mais. A ministra italiana para os Assuntos da União Europeia declarou "Ninguém deseja calar o papa ou tentar negar-lhe o direito de expressão. Acho preocupante o quadro com que nos deparamos hoje: o único que tem espaço para falar, a qualquer hora, é o papa." Notável a ironia hipócrita da senhora.

Esta é a cara do politicamente correto na Europa.

E se em vez do Papa fosse o ayatolla Systani? Talvez esse sim, pudesse falar. Era multicultural, ficava bem. Ainda que se tratasse de uma religião que promove a violência e a desumanidade.

Este mesmo politicamente correto do eurocentrismo é o mesmo que vai aprovar um tratado de União nas costas dos próprios cidadãos europeus. É o jacobinismo atualizado mas baseado nos seus valores primordiais: "liberdade sim mas só para dizer bem de nós; democracia sim mas apenas se for para nos eleger".

Acontece que quanto mais mordaças mais vontade de falar. Por isso, aqui fica uma pequena parte daquilo que o Papa ia dizer no seu discurso: “O perigo do mundo ocidental, para falar apenas neste, é que hoje o homem, justamente em razão da grandeza do seu poder e do seu saber, capitule perante a questão da verdade” e que a razão “ceda à pressão dos interesses e à tentação da utilidade erigida como critério supremo”,

26 comentários:

Anónimo disse...

Concordo em absoluto, por mim bem podiam atirar com a policia para cima daquela canalha.

Jeremias disse...

Foi esse mesmo Ratzinger que há uns anos, na mesma universidade, procurou justificar a condenação de Galileu... Enfim... Só lhe falta agora, depois de ter virado as costas aos fieis, decretar que o Sol gira em torno da Terra e acusar de heresia a quem se opõe a esta ideia...
Se o sujeito se sentiu incomodado com os protesto dos professores e alunos... Paciaência... Alguma coisa não baterá certo... E de certeza que não é a universidade que não bate certo...
Haja paciência...

osátiro disse...

Jeremias, está redondamente enganado!
Ratzinger não condenou Galileu!
O texto verdadeiro já foi publicado( nos cantos dos jornais para ninguém ver...)e desmas cara mais uma vez a campamnha ignóbil-jacobina contra Bento XVI.
É o que dá a ignorância crassa da podridão totalitária jacobina.

Jeremias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jeremias disse...

Sátiro

O Ratzinger é conhecido por fazer citações com as quais, depois de ver que meteu água, diz discordar... enfim...

Jeremias disse...

E que haja mais manifestações destas... Contra aqueles que durante séculos tudo fizeram para silenciar todos aqueles que procuraram o saber verdadeiro... E que se os deixassem continuariam a fazê-lo...
E aos que lhes continuam a dar ouvidos e os defendem... Santa Estupidez...

Anónimo disse...

Primata Jeremias,crie um blogue e nao encha caixas de comentarios dos outros com o seu lixo.

Rouxinol disse...

"Um grupo de 63 professores e alunos disposeram-se a impedir que o Papa usasse a palavra em nome do laicismo da Universidade."

Intolerante de facto. Podiam ter pedido um debate, era mais razoável. Teria que haver contraditório porque, afinal de contas, é uma universidade.

"E se em vez do Papa fosse o ayatolla Systani? Tavez esse sim, pudesse falar. Era multicultural, ficava bem."

Porque não?? Se aceitasse ser confrontado livremente com as questões dos alunos.

"Ainda que se tratasse de uma religião que promove a violência e a desumanidade."

A ICAR e tantas outras também promovem a violência e a desumanidade.

"Este mesmo politicamente correto do eurocentrismo é o mesmo que vai aprovar um tratado de União nas costas dos próprios cidadãos europeus. É o jacobinismo atualizado mas baseado nos seus valores promordiais: "liberdade sim mas só para dizer bem de nós; democracia sim mas apenas se for para nos eleger"."

São coisas bem distintas. Tantos "jacobinos" por aí a defender a realização dos referendos. Só se for para facilitar o teu raciocínio.

Anónimo disse...

A proibição da palestra do Papa é, de facto, um acto de censura e, por isso mesmo, censurável. Deduzir, por associação de ideias, que o Systani seria autorizado a falar na mesma universidade, porque "era multicultural e ficava bem", não tem pés nem cabeça. Afinal, o Paulo Porto é a favor ou contra as sociedades multiculturais? Uma coisa é as sociedades serem habitadas por "culturas" diferentes; outra é a designação "multicultural", que não passa de um jargão sociológico relativamente àquelas. A menos que queira uma sociedade unicultural. Não penso que foi isso que quis dizer.
Já sobre a questão do Tratado Europeu e os truques encontrados para não referendá-lo, não podia estar mais de acordo. Duvido, apenas, que sejam só os Jacobinos...

Paulo Porto disse...

Caro Jeremias,

"E que haja mais manifestações destas... Contra aqueles que durante séculos tudo fizeram para silenciar todos aqueles que procuraram o saber verdadeiro... E que se os deixassem continuariam a fazê-lo..."

Existem, certamente, motivos para cencurar a postura da Igreja em alguns momentos históricos. É a própria Igreja de hoje a reconhecê-los. No entanto, ficarmo-nos apenas por sublinhar o que foi mal feito, esquecendo o que foi bem feito e o auto-reconhecimento de erros, usando tal postura para impedir membros da Igreja de hoje de falar, é coisa de estúpido.


Caro Rouxinol

"A ICAR e tantas outras também promovem a violência e a desumanidade."
Atualmente não promovem de modo nenhum. Ainda assim, para ser coerente com a sua própria lógica, entende o Rouxinol que os comunistas, apologistas da mais criminosa religião/ideologia que alguma vez a humanidade conheceu, devem ser impedidos de falar; meu caro, considere-se um "compagnon de route" de Salazar.

"Tantos "jacobinos" por aí a defender a realização dos referendos. Só se for para facilitar o teu raciocínio."

Se nos ficarmos pelo referendo ao Tratado de Lisboa, não conheço nenhum. Não confundir jacobinos com neo-trotskistas. E obrigado por facilitar o meu raciocínio.



Caro Holandês voador:

Sou naturalmente a favor da existência de culturas múltiplas. No entanto, sou obviamente contra o abafar e o aniquilar da nossa cultura em benefício de culturas mais atrasadas do que a nossa.

Unknown disse...

A palavra "multiculturalista" é muitas vezes usada sem que se tenha a mínima ideia do seu preciso significado.
Criou-se a ideia de que é uma coisa boa, de respeito pelas culturas e bla, bla, bla.
Uma vitória da lingua de pau da esquerda tonta.
Na verdade, o multiculturalismo assenta no reconhecimento absoluto dos valores de uma comunidade que vive no seio das democracias, e no seu direito de os manter, INDEPENDENTEMENTE da sua potencial hostilidade à cultura hospedeira, e à democracia.
Parece bonito mas, mais tarde ou mas cedo conduz à segregação, aos ghettos e à dissolução social.
Há culturas adaptáveis e interessantes, mas tb as há agressivas que funcionam como células cancerígenas e o que dizem os multiculturalistas é que o corpo social não as pode combater, porque são iguais às outras, têm o mesmo valor.

Um bom exemplo de uma cultura admitida como um todo, foram algumas tribos godas no Império Romano, fugindo às hordas asiáticas.
Como acabou?
Uma dessas tribos acabou por conquistar Roma e varrer o Império Romano da face da Terra.

Pior que os suicidas, só os suicidas estúpidos.

Xiquinho disse...

O papa foi interdito? Foi censurado? Como e por quem? Ele não teve foi coragem (tomates) de enfrentar os (legítimos) protestos, vêm agora os pios beatos fazerem-se passar por vítimas, passatempo predilecto do cristianismo... Interdito, fui eu, Xiquinho da Silva, de lhe fazer duas ou três perguntinhas quando visitei o Vaticano!

Miguel Madeira disse...

O papa não foi interdito de nada: ele recusou o convite para falar na Universidade!

http://derterrorist.blogs.sapo.pt/370433.html

Anónimo disse...

O "multiculturalismo" não é bom nem mau, nem sequer é especialmente de esquerda. Trata-se de um conceito sociológico que ajuda a caracterizar um determinado tipo de sociedades (as que conhecem uma imigração recente) ainda em processo de cristalização. Nos EUA, por exemplo, que é um país de imigrantes, a definição mais comum é a do "melting pot". Não há americanos de origem (se exceptuarmos os índios que já lá estavam quando os europeus chegaram). À partida todos os imigrantes eram iguais. Isso não aconteceu na Europa, tradicionalmente um continente de emigrantes. No caso específico da Holanda, os holandeses começaram por ser emigrantes (no pós guerra) e só depois chegaram as grandes vagas de imigração. Era um país sem grande tradição de imigrantes até há 40 anos atrás. Estamos na "terceira geração" de imigrantes, tradicionalmente a mais difícil de "integrar" na maior parte dos países: os que não se identificam com os países dos pais, nem com as sociedades de acolho. Um problema clássico, que a França, a Inglaterra, a Alemanha ou Portugal, também conhecem. Que alguns (muitos, poucos?) se auto-excluam e adiram a posições extremitas (nomeadamente os radicais do Islão) é uma deviação que deve ser fortemente combatida, não porque são islamitas, mas porque prejudicam a coesão social. Por serem criminosos. De resto, foi nos anos em que a direita democrata-cristã e liberal holandesas estiveram no poder, que entraram a maior parte destes islamitas (décadas de setenta e oitenta). Não consta que esses governos fossem menos multiculturais...

Unknown disse...

O "multiculturalismo" não é bom nem mau, nem sequer é especialmente de esquerda

Engana-se. É de esquerda. Retintamente de esquerda. Definitivamente de esquerda. Filosoficamente de esquerda.
É uma bandeira da esquerda.

Quanto ao não ser bom nem mau, nada o é em absoluto.
Depende da perspectiva.
Martelar poderá ser excitante para o martelo, chato como o caraças para o prego e indiferente à couve.

Vítor Amado disse...

Eu já nem quero comentar o post nem os comentários...Apenas realço o facto de ser uma Universidade, instituição que, pela sua própria natureza, deveria ser a promotora do debate e da aceitação da diversidade de ideias, a fazê-lo.
Quanto ao texto de Paulo Porto,mais uns reparos.Mesmo no mundo virtual, convém ter algum cuidado ao modo como se escreve.

- "letivo", escreve-se "lectivo";
- "disposeram-se", escreve-se "dispuseram-se";
- "correto", escreve-se "correcto";
- "atualizado", escreve-se "actualizado";
Nota: se for cidadão brasileiro, está desculpado em três dos erros apontados.

Anónimo disse...

Trata-se de um conceito sociológico que ajuda a caracterizar um determinado tipo de sociedades (as que conhecem uma imigração recente) ainda em processo de cristalização.

Hoje é usado com referências actuais mas sociedades multiculturais sempre existiram, muito antes das colonizações modernas, e colocaram os mesmos problemas de harmonização. Roma e Pavia não se fizeram num dia e as gerações da pré-cristalização sentem as ondas de choque que aos poucos se vai dissipando. Nos Estados Unidos só se pode falar de 'consciência nacional', digamos assim, a partir do início do século XX. Até lá eram ainda apenas um conjunto de ingredientes no melting pot.

E durante largos séculos, até à Reconquista e à expulsão dos judeus, as sociedades do sul da península eram essencialmente multiculturais. O mesmo em certos locais da Índia, onde hindus, muçulmanos, judeus e cristãos conviviam com as suas diferenças. Há um romance do Salman Rushdie, 'O Último Suspiro do Mouro' que conta a história dos Da Gama, uma família indiana católica descendente de portugueses e de judeus sefarditas e mouros de origem espanhola. É um verdadeiro tratado de história sobre o cruzamento e relacionamento entre várias culturas.

Parece que onde há portugueses, há diversidade. Isso é muitas vezes utilizado como acusação, não sei quê promiscuidade, mas cada um tem direito à sua quota disponível de crenças.

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...

Caro Vítor Amado

Penalizo-me pelo ‘dispuseram’ que escrevi mal.

De resto, os ingleses não corrigem os americanos quando estes escrevem 'center' em vez de 'centre', nem os americanos corrigem os ingleses quando estes escrevem 'socialise' em vez de 'socialize'. Isto porque não têm uma visão quintaleira do seu idioma.

Paulo Porto disse...

Caros Xiguinho e M.Madeira

É verdade que o Papa não alinhou na peixeirada pretendida. Vai daí os promotores da peixeirada vêm agora, decepcionados, dizer que o Papa lhes estragou a festa, o malandro.

Ainda assim fica, com peixeirada ou sem peixeirada, o gesto de intolerância sectária; foi a alegria possível dos estúpidos.

Carmo da Rosa disse...

@ holandês voador:
De resto, foi nos anos em que a direita democrata-cristã e liberal holandesas estiveram no poder, que entraram a maior parte destes islamitas (décadas de setenta e oitenta). Não consta que esses governos fossem menos multiculturais...

Em parte verdade, mas não é a essência do problema. Tanto para os governos de direita como de esquerda, não se punha na altura, o problema de quem era mais ou menos multicultural. O país precisava urgentemente de mão-de-obra, e quem viesse era bem vindo. Chineses, espanhóis, italianos e portugueses vieram, trabalharam, criaram segundas e terceiras gerações. Alguns ficaram por cá. Outros voltaram ao país de origem. Mas sobretudo não criaram problemas. Os muçulmanos, seguiram precisamente o mesmo trajecto, e assim como os primeiros vêm de zonas rurais, com normas e costumes rurais, que obviamente dificultam a sua integração numa sociedade high-tech. Mas estes problemas não são de maneira nenhuma intransponíveis, e a prova é que mesmo a primeira geração de muçulmanos, apesar de não estar de maneira nenhuma integrada, não criava tantos problemas como as gerações (muito mais integradas) que vieram a seguir.

Qual é a diferença entre muçulmanos (de segunda e terceira geração) e os outros grupos de imigrantes que eu citei?
Penso em duas diferenças fundamentais:
Primo: a permanente falta de desenvolvimento político e económico no país de origem, o que dificulta um retorno à al qaeda (base), quando, por razões várias, não há empatia com o país residente.
Secundo: uma religião com uma forte base ideológica que não ajuda à missa, pelo contrário, explora a seu favor um descontentamento, que Paul Scheffer (intelectual socialista) chama Het onbehagen in de islam, que se poderia traduzir por ‘o mal-estar (geral) no Islão’.

Mas de qualquer maneira acho que Paulo Porto tem razão quando se refere à intolerância jacobina que existe na Europa. O Papa não pode falar na Sapienza mas Tarik Ramadan é convidado a cursar nas universidades de Leiden e de Roterdão!!! Há aqui qualquer coisa que não bate certo. Não consigo imaginar o que é que o Papa possa dizer que pessoas com mais de 18 anos não possam ouvir? E de qualquer maneira, é sempre possível gritar-lhe Eppur si muove.

Anónimo disse...

Duas questões:
1. A essência do "post" era a "intolerância do multiculturalismo". Não eram os islamistas na Holanda. O meu ponto era (e ainda é) que o "multiculturalismo" é uma designação que sociedades de imigração recente, adoptaram, para caracterizar realidades já existentes. Aparentemente, o termo, teria sido estabelecido em 1957 na Suiça, para caracterizar um país que está dividido em 4 cantões/culturas. Não consta que a Suiça em 1957 fosse de esquerda. Posteriormente (1971) seria o Canadá a adoptar o termo . De resto, um dos seus maiores ideólogos é o liberal canadiano Charles Taylor. Neste país, a denominação "multicultural" viria a evoluir para sociedade "intercultural", que é uma sociedade onde o estado não interfere na organização das comunidades estrangeiras, mas estas têm de respeitar os princípios da sociedade onde estão integradas (democracia parlamentar, liberdade de expressão, separação de igreja e estado, etc.).
Mas o Canadá, como os EUA anteriormente, são países de imigração. Como de resto, a Austrália, a Nova Zelândia ou a África do Sul. Sociedades colonizadas, cujo modelo de imigração (por quotas) difere do Europeu. Na Europa, passou-se o fenómeno contrário: é um continente para onde os emigrantes vieram para trabalhar temporariamente. Só que não voltaram aos seus países, pelas razões que sabemos. Por isso, confrontados com a permanência destas minorias, países como a Inglaterra, a Bélgica ou a Holanda, adoptaram um modelo, o do "multiculturalismo". Não tem nada a ver com esquerda ou direita, tem a ver com as tradições de tolerância e abertura destes países que ancoram em séculos de tradição liberal. Se não fosse a Holanda, a França ou a Bélgica, para onde teriam ido os judeus portugueses no século XVI? Esta é a matriz: a tolerância e abertura de espírito. Chamem-lhe liberal (avant la lettre) se quiserem, mas não lhe chamem de "esquerda". Que o sistema, aparentemente, não resulta para todos os estrangeiros, também estamos de acordo.
2. Afinal, parece que foi o Papa que declinou o convite em ir à Universidade de La Sapienza. O que aconteceu foi haver protestos da parte de alunos e professores daquela universidade, para que ele não falasse. Mas a instituição, em si, manteve o convite. Ele resolveu não aceitar (e está no seu direito), pelas mesmas razões que o Tariq Ramadan aceitou ir a Leiden (está no seu direito). Isso só mostra a independência das instituições em causa, que não receiam o contraditório. É assim que se constroem democracias livres.

Carmo da Rosa disse...

@ holandês voador

A essência do "post" era a "intolerância do multiculturalismo".

Muito bem.

o "multiculturalismo" é uma designação que sociedades de imigração recente, adoptaram, para caracterizar realidades já existentes.

Re-muito bem.

comunidades estrangeiras, mas estas têm de respeitar os princípios da sociedade onde estão integradas (democracia parlamentar, liberdade de expressão, separação de igreja e estado, etc.)

Têm mas não respeitam! O que elas (refiro-me naturalmente a organizações com fins políticos) fazem é utilizar a tolerância e a liberdade quando lhes convém. Precisamente como a estrema-esquerda fazia e continua a fazer… Aliás, eles aprendem diariamente é com estes últimos…

a Inglaterra, a Bélgica ou a Holanda, adoptaram um modelo, o do "multiculturalismo". Não tem nada a ver com esquerda ou direita,

De acordo. Mas apesar de ter sido o bispo de Breda, Monseigeur Tiny Muskens, quem afirmou há muito pouco que poderíamos substituir a palavra holandesa ‘God’ pelo vocábulo árabe ‘Allah’, - isto é de bradar aos céus! -, justamente para criar goodwill em relação aos muçulmanos coitadinhos, é normalmente a esquerda quem usa e abusa do modelo multicultural para defender o indefensável, para praticar uma política reaccionária e ingénua. Marginalizando os dissidentes muçulmanos e fortalecendo os extremistas. Grande parte da direita já aprendeu com os erros do passado...

tradição liberal. Se não fosse a Holanda, a França ou a Bélgica, para onde teriam ido os judeus portugueses no século XVI? Esta é a matriz: a tolerância e abertura de espírito. Chamem-lhe liberal (avant la lettre) se quiserem, mas não lhe chamem de "esquerda".

Tem toda a razão. ‘Tolerância e abertura de espírito’ nem sempre pauta o pensamento à esquerda. Faço uma pequena excepção para si…

O que aconteceu foi haver protestos da parte de alunos e professores daquela universidade, para que ele não falasse.

Cá está mais um exemplo da falta de tolerância e de abertura de espírito da esquerda. O medo do diálogo, o medo que os dogmas sejam abalados. Até por um Papa? Começa a ser trágico!

osátiro disse...

Em resumo: a esquerda "progressista" e "evoluída", sempre que há discussão, está contra a ICAR e a favor dos coitadinhos do Islão.
A mesma esquerda cala-se vergonhosa e cobardemente com as maravilhas do Islão:poligamia, burkhas, lapidação das mulheres e por aí.
E quando se fala nisto-porque se sente atingida-chama a ICAR ao barulho,isto é, desculpa( ou tenta) desculpar o Islão com os males da ICAR, que, obviamente, exagera até parar.
Isto percebe-se muito bem: por isso, não têm modos de se defenderem.

osátiro disse...

Jeremias: o texto verdadeiro não foi alterado por Ratzinger.
Tal como em Ratisbona, os "evoluídos" jornalistas não têm capacidade para entender o que ele diz, e transcrevem uma ou duas frases sem as perceberem para dizerem: vejam só, o que o gajo anda a dizer!!!
Meu caro, não ides longe: os imperadores romanos fartaram-se de matar no Coliseu e, quanto mais matavam, mais Cristãos havia!
Difícil de entender, não é???