It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
Quanto mais estado ... mais chamuscado
Comprar/vender em território português comporta riscos. O comprador pode não pagar o que se entrega, o fornecedor pode não entregar o que foi pago. Caso o caldo se entorne há tribunais, mas o tribunais nada resolvem (nem podem) quando o comprador não tem, de todo, dinheiro para pagar o que comprou, ou quando o vendedor entrega mercadoria que não corresponde ao que seria de esperar e não está em condições para corrigir o defeito.
Por estas e por outras surge o seguro de crédito.
A companhia de seguro de crédito coloca-se a meio do negócio servindo como escudo de garantia para ambas partes. É um negócio arriscado cujo risco aumenta quando intervém entre territórios de má fama. O território português, não estando ao nível dos fulgurosos paraísos socialistas de Cuba, do Zimbabwe ou da Coreia no Norte, é um território de fraca fiabilidade e tem relações comerciais a países de maior e de menor fiabilidade.
Poder vender é fundamental e poder comprar também. Quando os ‘ambientes’ se turvam a fiabilidade aos negócio diminui.
É neste cenário que a importância da (aparentemente) única companhia de seguros de crédito, a Cosec, aumenta. Espera-se dela a verificação do nível de fiabilidade negocial ou a responsabilidade de aguentar as consequências de um negócio que estoira.
É sabido que nos antigos e radiosos amanhãs socialistas este nunca seria cenário real porque os sistemas perfeitos dos estados perfeitos tudo garantiriam. Mesmo assim as casas de banho de Chernobyl foram cobertas de azulejo comprado por especificação inerente a uso em locais mais críticos. Dizem as almas bushistas que quando se aproximavam as datas em que os ‘números’ da produção tinham que estar de acordo com as teorias, qualquer coisa que se parecesse com um azulejo era um azulejo de alta precisão. Evidentemente que qualquer aleivosia bushista seria sistematicamente rechaçada pelo proletário exército soviético sempre e seguramente ao lado dos oprimidos.
Pespegados, pretos no branco, os inevitáveis parágrafos que despertam os mais pavlovianos instintos “dos trabalhadores”, atente-se às radiosa ideia do governo português em relação à dificuldade acrescida que as empresas portuguesas começaram a sentir ao tentar vender o que produzem. Curiosamente o governo português não parece ter-se sentido incomodado face à dificuldade que os compradores estrangeiros começaram a sentir em relação à fiabilidade das empresas portuguesas.
“Comê-los-emos vivos se não segurarem as vendas das empresas portuguesas” informa, candidamente, o nosso governo.
O governo português começa por dizer que está interessado em comprar a Cosec e, logo de seguida, à guisa de aviso à navegação, informa que o preço de compra será por ele (governo) unilateralmente estabelecido. Mais, informa que a pena a aplicar a qualquer estreBushanso será a nacionalização.
Espanta que o governo (o estado) não se limite a abrir uma outra seguradora de créditos na porta ao lado da Cosec. Pareceria óbvio que o governo, em função da implícita acusação de incompetência à Cosec (implicitamente, aos respectivos quadros), abrisse uma empresa concorrente na porta ao lado. Mas não. O governo quer a Cosec.
Culpa, reclamam alguns, das nacionalizações que nacionalizaram tudo a torto e a direito reclamando ainda que só na Cosec há competência em matéria de seguros de crédito. O que é curioso é que a competência (em exclusividade) apontada como motivo para nacionalização continue a ser competência no momento em que, hipoteticamente, concedam seguros de crédito a torto e a direito sob as doutas orientação governamentais ... as mesmas doutas orientações que em sede de concorrência face à Cosec não justificariam o estabelecimento de uma seguradora concorrente.
#RoD, os amanhãs cantadores teimam continuar a cantar, estúpidos, economia, abaixo as bolhas especulativas perpetradas pelos especuladores internacionais, pesdadinhas-de-rabo-na-boca
What a (New) deal!
Obama, de visita à Base da Força Aérea de Nellis, entre dois eventos de angariação de fundos em Las Vegas e Los Angeles, percorreu a maior central fotovoltaica do seu género no continente americano, um conjunto de mais de 72.000 paineis construidos em 56 hectares, cobrindo parte de uma antiga lixeira.
A central, um consórcio público-privado que custou 100 milhões de dólares, gera aproximadamente um quarto da electricidade necessária na base, onde 12.000 pessoas vivem e trabalham.
O presidente afirmou que o projecto criou 200 empregos e poupará à Força Aérea quase 1 milhão de dólares por ano e reduzirá a poluição por carbono em 24.000 toneladas por ano - o equivalente a retirar 4.000 carros das estradas americanas. "
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Poetas populares
Oh minas de São Domingos
Que vos estendeis a Aljustrel
Ainda vos hei-de ver
Do Torrão até Portel.
Do Torrão até Portel
De Portel até Bruxelas
Irão os nossos mineiros
Com a luz das suas velas.
Com a luz das suas velas
E seu saber ancestral
Serão novas caravelas
Comandadas por Vital.
Comandadas por Vital
Farão obra ‘inda maior
Que TGVês e aeroportos:
Um metro internacional.
P’lo metro internacional
Orgulho da Nova Europa
Serão como as formigas
Trabalhando a pão e sopa.
Trabalhando a pão e sopa
Já houve quem lhes dissesse
Que mesmo mortos estarão
Garantidos no Guiness.
Garantidos no Guiness
Garantidos no papel
Oh minas de São Domingos
Que vos estendeis a Aljustrel.
Não há dúvida, o mundo vai esturricar
#RoD, aquecimento global, estupidez crónica, a realidade que tem que ser verdade
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Os Cheiros do Regime
Notícias de um País Socialista Moderno
quarta-feira, 27 de maio de 2009
A PISCINA DE ALPEDRINHA
Alpedrinha é uma aldeia bonita, mas, como todas as aldeias, passados dois dias e cumpridos os rituais familiares do costume, não há assim muito mais onde passar o tempo. Na realidade, a Alpedrinha, e muito ao contrário das outras aldeias, até era dotada de algo mais para passar o tempo. Uma piscina, que era bastante utilizada pelo casal e respectiva criança durante a permanência na aldeia.
Mas no verão de 2008, depois de terem visitado todos os familiares e amigos, de ter dado duas voltas à praça com um calor de rachar, o casal teve uma desagradável surpresa: a piscina estava ao abandono e sem uma gota de água!!!
Hans, ‘exilado’ nos confins da Beira a 2200 km de Amesterdão, sem saber o que fazer e sem piscina, não é de modas e escreve uma carta aberta, um ‘j’accuse’, ao (falecido) Dr. Sá Pereira, o mecenas que ofereceu a piscina à aldeia.
Seguidamente, mal pôs os pés em Amesterdão, o Hans pediu-me, a troco de um jantar em restaurante à escolha, para eu traduzir a sua carta-aberta para a língua do Dr. Sá Pereira. Ele próprio se encarregou que a mesma fosse publicada no Jornal do Fundão a 21 de Agosto de 2008.
Não me acontece frequentemente dirigir-me aos mortos, mas a necessidade a isso me obriga, e nem sequer me passaria pela cabeça escrever esta carta e perturbar a paz da sua alma não estivessem as coisas num estado tão lamentável.
A piscina está fechada. Pronto, está dito. Não tem qualquer sentido abordar os mortos com mil cautelas, disse-me a minha mulher quando lhe dei parte da minha intenção. Se temos mesmo que apoquentar os mortos, o melhor é ser breve e ir direito ao assunto. Porque, apesar de eles terem a vida eterna pela frente, pode, precisamente no âmbito da eternidade, uma pequena perturbação ter enorme consequências - que sabemos nós destas coisas? Eu creio que a minha mulher nisso tem razão.
A piscina está fechada e degradada. A piscina que o Senhor na sua imensa bondade mandou construir na periferia de Alpedrinha, nesta linda aldeia aos pés da Serra da Gardunha, que no seu tempo era conhecida pela Sintra da Beira, tão altos eram os plátanos que enfeitavam a estrada de acesso à aldeia, tão formosamente verde era a paisagem que a circundava.
Já lá vai o tempo em que Dom Mourão, depois de um atribulado dia na cidade, se sentava no terraço da piscina quase na hora de encerrar para admirar o pôr do sol lá ao longe, além da aldeia de Monsanto, onde vivia gente escondida debaixo de penedos pré-históricos, como se o céu a cada momento lhes fosse cair em cima. Já lá vai o tempo em que bandos de andorinhas em abafadas noites de verão matavam a sede em voos rasantes sobre a água fresca da serra.
Peço desculpa se as minhas palavras aqui e ali se perdem em desajeitado lirismo. Para um estrangeiro, como eu, a poesia continua a ser algo difícil de dosear. Apesar de já visitar a sua aldeia há vinte anos - nunca nos encontrámos, por isso não perca tempo a tentar lembrar-se do meu rosto, o Senhor já se encontrava onde está agora na altura em que eu me casei com a filha do padeiro - continuo a ser um forasteiro, um turista, mas do tipo persistente.
Mas será uma razão para me calar? Para fechar os olhos? Porque, por todo o lado vemos ervas daninhas a crescer. A tinta a descascar-se. As rãs chafurdam na água agora choca da piscina. O Senhor devia vir cá abaixo (caso isto esteja dentro das suas capacidades claro) ver em que estado é que a SUA piscina se encontra. Escuso de lhe lembrar que o povo antigamente era aqui que vinha atenuar o impiedoso calor dos dias de verão, em seu nome!
Como é que as coisas puderam chegar a este estado!?
Depois do seu falecimento a piscina ficou nas mãos de um filho que se estabeleceu em Lisboa e que só muito raramente punha os pés na aldeia - é evidente que isto não é um bom presságio, assim como o infeliz investimento nos apartamentos de férias, desabitados e tristes como gaiolas de pássaros vazias e perdidas no descampado perto da piscina. Admitamos, é também verdade que o simpático zelador da piscina, que desempenhava o seu papel de anfitrião com exagerado entusiasmo e até com rigor, nunca chegou a uma solução para o problema dos pára-sóis, que à mais pequena brisa voavam pelos ares.
O Senhor tem certamente razão quando diz que a Piscina não é um caso único e que a degradação é geral, e que o progresso é por vezes cruel. Só para citar um exemplo, hoje em dia há cães por todo o lado, e do pior tipo, e toda a gente tem um cão de guarda, tal é actualmente o medo das gentes da província provocado por uma máquina de fabricar terror chamada televisão. Quem se atrever a dar um passeio pelas quintas, o melhor é precaver-se com um valente bastão, pelo menos.
O Senhor tem razão, claro. Quem é que se atreve a discordar de si? Assim como também tem indiscutivelmente razão quando afirma que toda a gente sabe que a aldeia murchou com a passagem da auto-estrada. E que o comércio ficou reduzido a dois ou três gatos pingados, porque as pessoas preferem ir às compras nos seus automóveis adquiridos à força de muito crédito ao `hypermarché' da cidade mais próxima, onde há já muito tempo não se vendem laranjas da região, mas sim laranjas conservadas em azoto líquido e vindas de outros continentes.
Mas há limites. Que a degradação e o efémero sejam tão irreversíveis como o progresso (o seu meio-irmão mais esperto) isso não significa de maneira nenhuma que não possamos fazer algo e que nos safemos com um resignado É A VIDA. O Senhor, como médico aposentado, sabe melhor que ninguém que por vezes temos que fazer pela vida, navegar contra a maré, combater ou precisamente defender algo, mesmo sem ter a mínima ideia como fazê-lo e, mais importante ainda, sabendo de antemão que os nossos esforços com toda a certeza vão ser em vão. (Por exemplo, eu sei que o Senhor uma vez aplicou um aparelho de ortodontia na minha mulher, apenas para seu bel-prazer, e sei também que aconselhou vivamente o pai dela, no momento em que ele se preparava para emigrar para a Holanda, a apertar com uma chave de parafusos de seis em seis meses o aparelho que o Senhor próprio fabricou, conselho que ele seguiu à risca, mesmo até com um certo entusiasmo. O resultado foi ela ainda usar um aparelho de ortodontia, apesar de já não ser o mesmo, quando eu, vinte anos mais tarde, a conheci. Aliás, com os dentes dela tudo bem, o Senhor está perdoado). Mas qual é a alternativa? Resignarmo-nos? Esperar que o céu nos caia encima da cabeça (passe a infeliz metáfora)?
Fique disto ciente, não é assim sem mais nem menos que eu me dirijo a si. Dos vivos não podemos esperar grande coisa, é também a opinião da minha mulher, e olhe que ela é cá da terra. Há pouco dinheiro e ainda menos vontade. E aquele que sente alguma, será travado por um apatia que faz parte do folclore, e por uma tristeza que se tornou uma marca de controlo de qualidade turística que neste país parece ser de todos os tempos. Assim como o queijo e os tamancos estão intimamente ligados à Holanda, assim está a saudade - uma melancolia letárgica, para não dizer deprimente - pelos vistos, para sempre pegada a Portugal.
Ex. Mo Senhor Dr. Sá Pereira, são para si as minhas mais sinceras súplicas, por favor, faça tudo o que estiver ao seu alcance para que a piscina volte aos seus tempos de glória. Ponha todos os escrúpulos de lado e utilize todas as possibilidades ao seu alcance para levantar hoje de novo o esplendor da sua aldeia (se há realmente alguém em condições de o fazer é o Senhor). Imagine a vergonha que não será, se a Piscina de Alpedrinha, a piscina mais conhecida da região, a pérola reluzente da Gardunha se transformar para sempre numa deprimente, mas sobretudo numa amarga recordação.
Texto e fotos de Hans van de Wetering, Julho de 2008.
Keeping the girl flying
A propósito do post anterior, aqui vai o Hino à Pívea, de autoria de Lennon/McCartney.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Quanto mais estado ... mais chamuscado
De há uns tempos para cá que ando às voltas com uma estatística de caserna tendo como base umas quantas observações aqui do ‘je’, umas quantas dicas em locais dispersos pelo país e ainda em algumas abordagens de papás.
Espiolhei um pouco a Internet e nada de substancial consegui apurar. Apenas um artigo que me vai servir de lançamento a um novo e excelente “desígnio de pós-modernidade” em matéria de sexo: esfarelar catraios.
Diz CR aqui:
Se há coisa que os "miúdos" das gerações mais novas precisam de ter consciência é que do sexo sem preservativo vêm as dst (doenças sexualmente transmissíveis) e os bebés. Escrevo com ar de quem dá uma novidade, porque se houve coisa que vi nos anos em que fiz voluntariado com mães adolescentes foi dezenas de miúdas, muitas delas com 11 e 12 anos, que não tinham percebido o que podia acontecer sem métodos contraceptivos.Este parágrafo aponta duas consequências para um comportamento que eu acho anómalo. Em minha opinião, miúdas com 11 e 12 anos não devem ter relações sexuais.
Mas parece-me haver um outro comportamento relacionado com o que CR escreve. Miúdas de 13 ... 15 anos escolhem catraios de à volta de 11 anos para se iniciarem sexualmente.
A justificação parece encontrar-se nas palavras de CR. O risco de engravidarem diminui substancialmente se tiverem relações com catraios, diminuindo também o risco de contraírem DSTs. Claro que há excepções, e já não é a primeira vez que um catraio dispara munições que fará a adolescente gritar 9 meses depois o que não gritou 9 meses antes.
É a velha história pela qual os idiotas defensores das mais amplas “liberdades” em matéria de sexo pensam que “boas ideias” só podem ser entendidas pela forma como foram pensadas.
A verdade é que, nos últimos tempos, fui abordado uma 3 vezes por quem de direito sendo-me confidenciado estado de pânico de pais a quem os pimpolhos dizem: “Oh pai. Hoje uma colega minha perguntou-me se estava numa de curtir com ela”.
A observação atenta (difícil) da conversa entre adolescentes e catraios sugere o mesmo. E o mesmo é sugerido em conversa com funcionárias (elas, mais atentas) de algumas escolas: “Elas já estavam malucas, agora atiram-se aos pequeninos”.
Entre outras coisas, gostaria de saber: se fossem catraios de 13 .. 15 anos a esfarelar catraias de 11, que diria a femininagem de serviço?
#RoD, esquerda, estúpidos, pós-modernismo em matéria de interacção social e sexual
Continuemos a acreditar nos amanhãs que cantam
1 - Estatuto da Carreira DocenteA "luta" não está relacionada aos proventos, não senhor. Está relacionada à inqualificável estupidez que permite que coisas como o Manual do Aplicador seja parido.
2 - Modelo de Avaliação
Depois queixem-se que ninguém lhes tem respeito.
#RoD, ensino, estúpidos, esquerda, continuemos a creditar que o amanhã vai cantar.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Os ursos ...
#RoD, trafulhices ideológica e politicamente correctas, armagedões, gente estúpida, desempregados da cortina de ferro, estão a ir ao bolso a Al Gore
domingo, 24 de maio de 2009
A DIREITA PAGA SEMPRE AS FAVAS...
O policia alemão que nos anos sessenta matou a tiro o estudante de Berlim Benno Ohnesorg, um acontecimento com gravíssimas consequências na Alemanha Federal, era na realidade um agente secreto da Alemanha Comunista (DDR).
Isto é o resultado de um recente estudo de dois funcionários – Helmut Mueller-Engeberg e Cornélia Jabs - na enorme colecção de documentos do antigo Ministério da Segurança do Estado (Stasi), os arquivos da polícia secreta da ex-DDR. Os serviços não espionavam somente os seus próprios cidadãos, mas seguiam de perto e intrometiam-se nos assuntos do país vizinho, o inimigo de classe.
Benno Ohnesorg era um estudante que no dia 2 de Junho de 1967 fazia parte de uma manifestação contra o Xá da Pérsia. A manifestação deu para torto e Ohnesorg foi morto a tiro por um polícia à paisana, Karl-Heinz Kurras. A morte deste estudante provocou protestos contínuos na Alemanha Federal e foi o motivo que deu origem à criação da organização de extrema-esquerda Rote Armee Fraktion (RAF), que durante quase um quarto de século aterrorizou o país com atentados.
A morte de Ohnesorg sempre foi um enigma. Karl-Heinz Kurras disparou à queima roupa sobre o estudante indefeso! Depois do tiroteio um colega perguntou-lhe porque razão sacou da arma? Kurras respondeu: “Ele vinha a correr para mim”. Numa entrevista anos mais tarde disse: “Deve-se ver a coisa desta maneira, quem me ataca é destruído”.
A grande questão é saber se o agente secreto planeou a morte de um estudante de Berlim-Oeste para destabilizar politicamente a Alemanha Federal...
Kurras encontrava-se sob o pseudónimo de ‘Otto Bohl’ na folha de salários dos Stasis com a função de ‘Inoffizieller Mitarbeiter’ (funcionário não oficial), ou seja espião. Ele ainda vive, mas na altura que esta notícia foi publicada não se encontrava em estado de fornecer qualquer esclarecimento.
Para o movimento estudantil da Alemanha Federal a DDR nunca foi um tema importante. Os protestos eram sempre dirigidos contra as ‘forças de direita’ em todo o mundo: contra o governo, ex-nazis e a América. Acerca desta notícia o jornalista e historiador alemão Arnulf Baring afirmou: “Se na altura se soubesse que Ohnesorg tinha sido assassinado pelos Stasis os estudantes veriam nisso uma conspiração - mais uma mentira da imprensa de direita”.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Socialismo Mal Parado
Relembre-se que um dos empenhos do governo é aumentar artificialmente o crédito na economia. Isto significa aumentar o risco do crédito, logo, aumentar ainda mais o volume do crédito mal parado. Esta é uma das receitas do socialismo do século XXI para sair da crise, tanto em Portugal como noutras paragens. E é esta a receita socialista apesar de se saber que a tendência evidenciada no gráfico acima promete o agravamento dos problemas económicos e sociais resultantes da incapacidade de cumprimento das obrigações financeiras assumidas por particulares e empresas.
É notável que se insista em percorrer um dos caminhos que levou à crise financeira, e a partir dela à crise económica, isto é, o excesso de crédito na economia.
Os socialistas fazem lembrar o tolo que acha que a melhor forma de curar a ressaca é beber logo de manhã mais do mesmo que provocou a bebedeira da véspera.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Não à Homofobia !
A homofobia, entendida como discriminação dos homossexuais, é um erro lamentável, um preconceito a combater. Um dos sinais de evolução de uma sociedade é a forma como integra os seus deficientes. Não tratamos mal os cegos, nem os deficientes motores, nem os disléxicos. Então, porque haveremos de tratar mal os homossexuais?
É claro que a homossexualidade tem características muito próprias que a destacam das outras deficiências. Aliás, em natural paralelo com a posição de destaque que a sida/aids tem entre as doenças. Homossexualidade e sida irrompem bem no centro do sexo e da morte – Eros e Thanatos – ambos carregados da mais profunda irracionalidade capaz de derrubar e impedir a capacidade de raciocínio do homo sapiens. Daí o preconceito exagerado, o medo do diferente, a rejeição dos portadores da deficiência ou da doença.
No entanto, a homossexualidade, como deficiência inata, deve ser colocada ao nível de tantas outras deficiências humanas. A este respeito, como a respeito de tudo o que é humano, a diversidade não tem limites e encontramos de tudo: deficientes renais, hipertensos, portadores de pacemaker, portadores de seis dedos na mesma mão, gente com pé chato, ou com uma perna mais comprida que a outra, surdos em variados graus, roncadores nocturnos de palato mole relaxadíssimo. Bem se vê, a homossexualidade é apenas mais uma entre tantas e tão diversas deficiências. Nada assim tão grave ou importante, tanto mais que não é uma doença contagiosa.
Poderia restar o preconceito contra a homossexualidade como deficiência adquirida, um comportamento que um indivíduo aceitou e refundiu nos seus circuitos cerebrais voluntária ou involuntariamente. Aqui caímos no domínio das taras e manias. Também neste campo a homossexualidade não deve ser ostracizada nem ser alvo de tratamento diferenciado. Se os maníaco-depressivos, os agorafóbicos, os hipocondríacos, os anuptafóbicos e aqueles que têm a mania da perseguição são aceites e vivem em harmonia com os demais, porque não hão de também ser aceites aqueles que adquiriram comportamentos homossexuais?
Para mais, quem sobre a face da Terra pode dizer que não tem uma deficiência para poder reclamar contra a deficiência do homossexual? Porque é que o um indivíduo daltónico há de achar que o um colega homossexual não tem o direito de partilhar o escritório com ele? Afinal, o homossexual consegue distinguir os sombreados verdes dos azuis nas células do Excel, coisa que o daltónico não consegue. E isto é assim, mesmo que o homossexual também seja daltónico porque, uma vez mais, não se passa nada de especial: é absolutamente comum os seres humanos acumularem deficiências.
A próxima vez que você pensar mal de um homossexual, pergunte a si mesmo se lhe parece bem que digam mal da sua hipermetropia ou da sua fobia a baratas. Depois, junte-se ao grupo daqueles que, como eu, são contra a homofobia.
Equipamentos facilitadores de interacção social
Curtir com:
Trata-se da mais pós-moderna redefinição de amor.
Fornica-se*1 com qualquer gajo*2 sem qualquer compromisso. A relação dura apenas o que durar, podendo haver rei morto rei posto, todos os dias da alvorada à hora de almoço e daí ao pôr-do-sol. À hora da lua repete-se a coisa temperada com muita "música" chunga.
Vale tudo, todas as técnicas são aceitáveis, em menages*3 entre o duo e o ramalhete.
Andar com:
É uma coisa muito mais "séria", sendo mesmo capaz de durar mesmo uma semana. Se durar mais nem pensar assumir sob pena de se ser etiquetado "cota".
Namorar:
Úúúúiii. Isso lá mais para a frente, quando já nem houver memória de se ter alguma vez perdido tempo a vestir cuecas ("boxes"). É apenas um pro-forma que fica bem propalar algum tempo antes do casamento, estado civil pré-moderno e obsoleto sem o qual, infelizmente, ainda não é possível obter o divórcio.
...
Entretanto, algures pelo país, uma aluna resolveu gravar a prosa em 'assuntos de género' de um professora e a escandaleira instalou-se: a aluna nao estava autorizada a levar "equipamento electrónico" para a sala de aula. Parece até que a prova não pode ser usada contra a professora por não poder ser aceite em tribunal, mas uma "outra" prova, a gravação propriamente dita (não o conteúdo), pode ser usado contra a aluna.
Não se percebe muito bem em que classificação entra o magalhães (amen). Se calhar é puramente mecânico, tipo pisa-papéis, ou, alternativamente, ambientador de caixotes de lixo.
...
Entretanto parece não valer a pena distribuir preservativos, como não vale a pena distribuir cuecas.
...
*1 - É de supor que este termo ofenda as beatas de esquerda que supõem que apenas Bush seja capaz de uma coisa dessas e, note-se, apenas para procriar.
*2 - Em qualquer combinação entre machos, fêmeas, género-sexual-não-assumido, género-sexual-indefinido, género-sexual-indefinível
*3 - Fica bem o itálico?
#RoD, pós-modernismo em matéria de interacçõ social e sexual, golpe baixo ao magalhães (amen) como macho-alfa
quarta-feira, 20 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Quanto mais estado ... mais chamuscado
Deliciem-se com mais um pináculo de estratosférica regulamentação: o Manual do Aplicador.
Tirem-me deste filme.
#RoD estupidez crónica, "educação"
Aplique-se a sharia!
Crise, desemprego, corrupção, endividamento, depressão, aquecimento, recessão
"Quanto piores são as notícias dadas pela imprensa local, maiores são as liberdades de que goza o país onde elas são impressas. Onde os jornalistas torcem as mãos, arrancam os cabelos e predizem cataclismos finais, lamentando-se sobre o estado ruinoso da sociedade, podem ver-se correr nas ruas rios brilhantes de automóveis, exporem-se nas montras das lojas montes de víveres apetitosos e passear multidões de cara bronzeada. Num país assim, é mais difícil encontrar um pobre coitado a ser conduzido à prisão, de algemas nos punhos, sob a ameaça de um revolver, do que um diamante no meio da rua.
O contrário é verdadeiro.
As boas notícias, cheias de uma serenidade reconfortante e de um alegre optimismo (daquelas que, com um tom ameaçador, nos convidam a tomar parte na felicidade geral), as informações que retratam a existência sob as cores do arco-íris (um arco-íris que ainda não brilha, é verdade, mas não tardará a fazê-lo), com todos os pormenores abundantemente perfumados com água de rosas, são geralmente publicados em países onde as prisões estão cheias até mais não, onde reinam o desânimo e o terror, e onde a miséria está presente por todo o lado."
Stanislaw Lem, Um Minuto da Humanidade
sexta-feira, 15 de maio de 2009
DE PEQUENINO É QUE SE TORCE O PEPINO...
Há realmente comportamentos irreflectidos que são até bem perigosos. Ouvi o outro dia um polícia dizer que a melhor forma que um automobilista tem para combater ‘tailgating’ (guiar colado à traseira) é travar. Metade das pessoas que conduzem desta forma não estão devidamente concentradas e encontram-se em estado de transe, situação que todos os automobilistas reconhecem. Travar faz com que acordem e imediatamente voltem a uma condução normal. Mas o travar não ajuda no caso da outra metade, que continua a conduzir de forma indesejável e agressiva.
As pessoas não são criaturas puramente racionais, mas tão pouco puramente irracionais. Informação e reflexão podem influenciar o seu comportamento. Quando o perigo do tabaco foi tornado público o uso baixou, no início entre os médicos e mais tarde no resto da população.
Mas há dois factores que vão limitar a eficácia destas campanhas de bom comportamento.
Primeiro que tudo a forma como nos comportamos é formada na nossa infância, e a nossa atitude no dia-a-dia vai ser muito mais influenciada pela educação que tivemos em criança, do que por uma reflexão consciente . Quando eu por exemplo me levanto, porque uma pessoa estranha entra na sala onde me encontro, eu não penso cá com os meus botões: será que vou dar satisfação a esta pessoa levantando-me e cumprimentando-a? Sim, porque a satisfação geral em todo o mundo vai aumentar, e isso é mais do que o esforço que tenho que fazer ao levantar-me, por isso é meu dever levantar o cu da cadeira.
NÃO. A razão porque me levanto é porque a minha mãe me ensinou que isso faz parte da boa educação. Ela não me explicou porquê, e eu nem sei se ela seria capaz, mas os esforços da minha mãe foram tão bem sucedidos que eu agora me sentiria mal caso não me levantasse se uma pessoa estranha entrasse num local onde me encontro.
A segunda razão porque julgo que as ditas campanhas não vão funcionar, é porque grande parte do comportamento desagradável não é inconsciente mas consciente – propositado. Pelo menos na Grã-Bretanha, onde vivo metade do tempo.
Quando reparo nas pessoas que no meu país cospem para o chão, não penso que a maioria seja sensível ao argumento que a sua atitude seja esteticamente desagradável e pouco higiénica para os demais. Claro que não experimentei o argumento na prática, poderia possivelmente ser esfaqueado. A única coisa que posso ver nos seus rostos, quando se desfazem dos seus escarros, é que não me perecem inconscientes, pelo contrário, a ideia é impor o seu ego ao resto do mundo. Não toleram qualquer tipo de intromissão; escarrar é para eles a mesma coisa que para um cão mijar contra uma árvore: demarcação do território. O mundo é meu, com todos os efes e erres.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Quanto mais estado ... mais chamuscado.
O sistema de justiça de Portugal está em calamitosa arruaça incendiária.
Juízes, procuradores, polícias (várias), advogados, governantes, sindicatos (vários), etc, entregam-se à gloriosa tarefa de trocar cocktails Molotov não só entre si como entre grupelhos dentro das próprias instituições, no mesmo escalão ou entre escalões.
Vale tudo e tudo vale a pena porquanto o salário lhes continuará a caír no regaço, regularmente, no calendário previsto.
Proença de Carvalho alerta, há muitos anos, para a falta de controlo democrático dentro da justiça. Sendo verdade que a ideia de haver um órgão de justiça soberano é apelativa, torna-se patente que a instituição se tem tornado um estado dentro do estado como cancro que come o próprio organismo que lhe permite subsistir abocanhando todos os recursos que para as catapultas que seria suposto serem usadas na sala de audiências em causas entre cidadãos, singulares ou colectivos.
A história das "garantias" pela via acima referida é hoje uma falácia e os olhares vão-se, pouco a pouco, virando para o Presidente da República esperando dele aquilo que a sacrosanta constituição garantística garante que ele não pode fazer.
Muito embora ele tenha (caso do estatudo dos Açores) já largado umas quantas discursivas bombas de napalm, não parece que consiga mais que as causar estragos ao éter e suscitar, às araras do costume, "incomodidades".
Salvo urgentes desenvolvimentos em sentido contrário, esta república será, brevemente, um destroço.
#RoD, esquerda, estúpidos, socialismo, estado, justiça, república, garantismo, soberania
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Doutoramento em gestão de gangs
Neste processo, "dirigido" por hordas de "ONG"s, comissões de acompanhamento, os pimbolhos e pimpolhas vão passando a bezerros e bezerras pouco mais educados que os ditos.
Os anos passam e, num "sistema educativo" disposto a "compreender" tudo e mais alguma coisa especializam-se nas artes da gestão do gang, em conseguir, sem chavo próprio, telemóveis, consolas e roupa de última geração. Não terem chavo próprio não é coisa que os incomode porque estão certos que o chavo dos outros é muito mais fácil de conseguir. Especializam-se em conseguir metas regulares ou alternativas sem qualquer esforço naquilo que qualquer bushista cidadão entende como aprender algo que, para a vida, lhes venha a ser útil e lhes permita viver com dignidade.
Acabada a "escolaridade" 'eizeos' à solta, procurando ocupação condigna, entenda-se, ocupação que lhes garanta continuidade de status.
Uns quantos, não sei se a maioria, conseguem passar à vida profissional regular em tarefas que os outros não querem fazer, uma boa parte dos casos, felizmente, razoavelmente bem remuneradas.
O problema é que esse tipo de trabalho vai-se acabando porque a "dignidade" da pessoa humana exige a "humanização" dessas profissões, portanto, a adaptação dos respectivos trabalhadores a algum tipo de tecnologia, começando aí novo problema: como formar pessoas sem qualquer tipo de formação de base, habitualmente mal sabendo ler e não sabendo, quase em absoluto, escrever.
Os que não estão dispostos a tentar a vida profissional continuam a fazer o que sempre fizeram: viver do "sistema" que acusam de ter rejeitado a integração dos irmãos. É entre os "irmãos" que vão, entretanto, recrutando vassalos.
À medida que as crises apertam, vai sendo mais fácil recrutar os "desprezados calcados pelo capitalismo", acção prontamente abençoada por bispos que, por aqui e por ali, aproveitam para apontar o dedo ao bushista "sistema", religiosamente apoiados por idiotas esquerdistas esperançados em arrebanhar votos que lhes permitam continuar a fazer a mesma merda que sempre têm feito.
A verdade é que ainda ninguém percebeu que a solução para o imbróglio está em criar cursos superiores em gestão de gangs, financiados a preceito, que garantam percursos académicos talvez até, porque não, ao doutoramento.
Mas não se pense que tais estudos garantiriam, como na formação básica, passagem mais ou menos administrativa. Haveria que garantir lugar a progressão apenas mediante trabalhos de campo magistralmente executados, coisa fundamental para garantir ritmo de progressão suficientemente lento para que a idade da reforma os encontrasse ainda estudantes justamente à porta do doutoramento. Aí sim, a entrega administrativa do canudo de imporia.
...e, evidentemente, para aquele que toda a vida devotou o seu melhor tempo à carreira estudantil, nada melhor que uma reforma condigna.
#RoD, educação, estúpidos, idiotas-úteis, amanhãs-que-cantam, religião, mundo alternativo, pós modernismo
sábado, 9 de maio de 2009
Estado mínimo ou "máximo"?
Seguidamente, a mesma autarca afirma que "Estamos a assistir a um grupo de jovens que emocionalmente está a manifestar-se contra o que aconteceu". Que magnífica maneira de se manifestar esta de atirar cocktails molotov contra carrinhas da PSP, de incendiar carros e motorizadas e de disparar contra a esquadra da PSP do local. Na altura do primeiro distúrbio (ligado, creio, à morte de um jovem) a Presidente afirmava que o caso era isolado, que os jovens estavam identificados e que o bairro estava tranquilo.
Estou a pensar seriamente, quando a vida me começar a correr mal por motivos diversos que só a mim me dizem respeito, começar a incendiar caixotes do lixo como forma de divertimento e de esquecer o mau da vida. Com um bocado de sorte, a autarca de Setúbal, como boa pessoa que é, ainda me dá uma caixa de fósforos, acendalhas, folhas de jornal (ou se calhar não, uma vez que estas podem ser recicladas) e os próprios contentores.
Como identificar jovens é, para estes, dar-lhes palmadinhas nas costas, os actos de violência repetiram-se, com tiros a serem disparados e carros a serem incendiados. A autarca deu meia pirueta no discurso condescendente para com estes actos de violência, que não são novos no bairro, dada a pressão dos habitantes do bairro e de toda a cidade. A comunicação social também deu relativa importância à questão e tudo isto levou, a custo diga-se, a autarca a pedir um plano de requalificação para o bairro, para além de um reforço policial.
É, a meu ver, pouco: planos de requalificação é um nome interessante e giro, politicamente correcto, mas que na prática pouco ou nada faz; o reforço policial, sempre necessário, é, como já se provou noutros casos, ineficaz.
O problema não é local, como bem diz a autarca, apesar de esta já ter demonstrado uma certa incompetência na forma de atenuar a questão localmente. O problema existe a nível nacional, tanto no Norte como no Sul, com maior incidência, como é óbvio, nas áreas urbanas. Porém, convém elucidar que o problema começou por ser local, tendo apenas expressão nas maiores áreas urbanas. Só que, com a falta de combate e de preocupação por parte das autoridades, o fenómeno espalhou-se e é hoje visível um pouco por todo o lado.
A resolução está em responsabilizar os jovens pelos seus actos, em serem-lhes aplicadas penas que tenham um efeito de dissuasão para outros jovens e que sirvam de correcção para os infractores e em fortalecer e defender o papel da polícia na sociedade. Simples não?
Talvez não. O poder político Português pós-25 de Abril tem uma história de condescendência e de inoperância para com casos de violência, crime e terrorismo que não convém esquecer. Isto é visível no código penal, na impreparação, actuação e descredibilização da polícia, nas declarações dos políticos politicamente correctos e em busca do voto. É curioso que a participação do Estado noutras áreas, vulgo Economia, seja, ao invés do que se passa na Segurança, tão participativa, ideológica, direccionada e empenhada. É indismentível que a segurança nunca foi uma grande preocupação das elites políticas, demasiado ocupadas com os tentáculos económicos do Estado.
O resultado está bem à vista: uma polícia fraca, desafiada constantemente, sem autoridade, sem apoio da população e, ainda pior, sem apoio do Estado; uma população descrente, com medo, e a gastar dinheiro em sistemas anti-roubo, entre outros; uma criminalidade em alta que, nos momentos de crise económica, mais em alta está, e que parece não encontrar qualquer tipo de oposição por parte do Estado, que parece não querer exercer a mais importante das suas funções, a segurança e o proteger das liberdades individuais do indíviduo.
Hoje foi na Bela Vista, há dias foi nas Olaias, há tempos foi em Loures. Amanhã quem sabe...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Gatos, Ganzas e Neo-liberais no Armário
Explicando melhor para quem não ler o post: o blogueiro quer que o consumo de cannabis seja livre. Mais do que isso, ele escreve que só não mantém uma plantação da coisa no quintal porque os instintos animalescos da gata lá de casa se antecipam ao agricultor (isto é, o próprio blogueiro de esquerda faz uma declaração de interesses e confessa-se proprietário agrícola e capitalista) e o felino come-lhe as plantas.
Aqui temos, pois, mais um perigoso capitalista que prefere não investir a ver os frutos das suas aplicações de capital serem desviados a favor de um parasita oportunista, ainda que este parasita oportunistas seja o animal de estimação.
Mas não é só isso, é ainda pior.
Fica evidente que por trás de cada socialista, bem lá no fundo, esconde-se um perigoso liberal, alguém que acha que “eu sei melhor do que o Estado o que é melhor para mim”. Agora é só deixar cair os blocos de preconceito que entrevam, encravam e emperram o raciocínio e o mundo ganha mais um potencial Reagan. O que falta para dar este passo fatal? Talvez deixar de fumar ganzas. Sugiro em alternativa um charuto de quando em vez e um ou dois whiskies velhíssimos à temperatura ambiente.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Obama e os memorandos
Os avanços de Barack Obama na questão dos interrogatórios duros, são um enorme erro de cálculo.
Obama autorizou a publicação dos memorandos que continham os pareceres legais que respaldavam as técnicas de interrogação mais polémicas.
Éticamente parece bem e é sempre agradável colocar alguma distância entre nós e a lama do mundo. Gostamos todos de frango assado, mas nada de matar ou sequer ver matar o animal.
O problema de Obama é que ele tem de lidar com o mundo real e, ao abrir a caixa, libertou forças que não controla nem pode voltar a meter dentro da caixa.
As pessoas normais estão-se nas tintas paras as subtilezas éticas e jurídicas e o que querem é saber se os métodos foram /são eficazes na prevenção de atentados.
Obama mandou publicar os memorandos, mas não os documentos que, segundo a CIA, provam o incálculável valor da informação obtida, na luta contra o terrorismo islâmico. (agora rebaptizado para um anódino "Man made disasters")
Sim, é verdade que o fim não justifica os meios, mas que vá o Obama explicar a um americano médio que não é correcto assustar um terrorista com um gafanhoto para saber onde ele e os seus compinhchas andam a planear colocar umas bombas.
Se Obama fosse intelectualmente honesto, teria de tornar pública toda a informação. E referir claramente quem é o culpado de quê.
Não o fez. Sem saber para onde se virar, acorreu a desculpar os agentes que executaram as técnicas (o que é bastante discutível) e sugeriu que se deve centrar a culpa nos responsáveis políticos da Administração Bush.
É um campo minado no qual Obama entrou sem se aperceber. Perseguir juridicamente uma Administração cessante nunca aconteceu nos EUA e se avançar por aí, abrir-se-á uma guerra total entre partidos que nada de bom trará à América.
Opinar do alto da burra sobre a maldade do Bush, Cheney, etc, é um bordão intelectual da esquerda europeia e americana. Fica bem em certos círculos. Mas trata-se de uma realidade bem distante da partilhada por uma opinião pública que entende como normalíssimo que um pai de famílla dispare a sua caçaadeira contra um assaltante que apanha dentro da sua propriedade.
Se Obama não queria perder o controlo das coisas, nem chegar às últimas consequências, não devia sequer ter publicado os memorandos.
Quis satisfazer a sua base de apoio esquerdista e ao mesmo tempo não criar divisões profundas na sociedade americana.
Conseguiu o contrário. A esquerda tonta quer ver sangue e os adversários polítcos vão cobrar-lhe tudo.
Os agentes da CIA vão evidentemente pensar duzentas vezes antes de executarem determinadas acções.
E se sobrevier um atentado de razoável dimensão, Obama terá muito que explicar...
terça-feira, 5 de maio de 2009
"A lousy economy, glum voters"
Inevitável deixar uma citação de parágrafo e meio e figura anexa que vale por mil palavras:
"GDP per head has fallen from almost 80% of the EU average ten years ago to just 75% in 2008. Far from catching up, Portugal has fallen further behind—unlike others in the EU (see chart).
"Part of the problem was that joining the euro in 1999 pushed interest rates too low. The Portuguese borrowed heavily to buy houses, cars and airline tickets. Easy credit and rising wages sucked in imports, swelling the current-account deficit to 12% of GDP last year. Productivity failed to keep up. Instead of compensating for a limited domestic market, exports have remained stubbornly stuck at 30% of GDP—less than in most comparable small EU countries."
Em poucas palavras uma análse certeira e arrasadora sobre dez anos de despesismo estéril sob a capa imaginada salvítica da UE. São seis parágrafos sobre um país que mantém como mentalidade "estar bem é fingir que se está bem, e haja quem faça por nós".
Os estrangeiros continuam a ser quem melhor nos percebe.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Da re-educção
Um dirigente da CGTP teve os tomates que se impunham e, no momento, pediu desculpa a Vital Moreira pelas agressões que lhe foram aplicadas.
Muito a contra-gosto, Carvalho da Silva engoliu o sapo e lá soluçou um esfarrapado pedido de desculpas.
O PCP nem pensar. Para o PCP tratou-se de um exercício de legítima defesa face ao despudorado ataque do mercenário a soldo do algoz capitalista e imperialista.
Na máquina de tempo, rebobinada, Vital Moreira teria defendido o envio do intruso à re-educação para o
#RoD, esquerda, cacetices, estúpidos, ontens-que-ficaram-roucos
O negócio justo
#RoD, armagedões, aquecimento global, emprego verde, estúpidos, esquerda
domingo, 3 de maio de 2009
Os amanhãs do Sec. XIX
Uma escolaridade de onze a treze anos é geralmente considerada como adequada e necessária. Há já muito que em Portugal deveria vigorar esta norma. Aplauso, pois. Mesmo considerando que a noção de “escolaridade obrigatória” é obsoleta. Na verdade, esse imperativo aplicava-se aos pais que, desde o século XIX, não estavam facilmente predispostos a dispensar os filhos de trabalhar. Hoje, a educação é mais um direito social do que uma obrigação. Admita-se, todavia, que a escola compulsiva ainda faz sentido.Por António Barreto [aqui].
#RoD, Ensino, arqueologia educativa
sábado, 2 de maio de 2009
Eles mentem, eles perdem
É de morrer a rir ouvir Zapatero defender a renomeação de um dos sulfurosos da cimeira da guerrrrra: Durão Barroso.
Qual será a posição de Freitas do Amaral?
#RoD, Zapatero, Europa, guerrrrra, estúpidos, esquerda, bushistas
O pão que o diabo amassou
#RoD, esquerdas, cacetice
Comentários-armadilha
Vou isolar esses 'comentários' para evitar dissabores aos leitores.
#RoD, Intendência
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...