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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Notícias de um País Socialista Moderno

No socialismo da transição de século, algumas grandes empresas privadas vivem em conluio legal e económico com o Estado socialista. Em consequência, as empresas privadas protegidas pelo Estado socialista prosperam, o Estado engorda mais tranquilamente em tamanho e ineficiência, e a sociedade civil empobrece e definha com a perda dos mecanismos de concorrência saudável e o aumento dos privilégios e benesses concedidos pelo Estado às empresas mais chegadas.

No passado dia 21 tivemos um sinal interessante do futuro desta sociedade socialista: uma grande e próspera empresa substitui-se ao estado gordo e ineficiente, o Estado socialista, no cumprimento das suas obrigações para com o país que definha: a Brisa entregou 14 viaturas novas à GNR para patrulhar as suas auto-estradas.

Qual o próximo passo? Para já a Brisa paga à GNR directamente em géneros. Pode ser que, mais à frente, passe a pagar directamente por transferência bancária. Num ou noutro caso, quem paga está em condições de exigir, ao contrário de quem não paga. Não admira, pois, que o próximo passo seja a alteração da hierarquia de tal modo que, na prática, o comando das patrulhas recebe ordens diretas do CA de alguma empresa de auto-estradas e esteja pouco interessado em saber o que pensa disso o Ministro socialista da Administração Interna. Provavelmente para grande alívio do próprio Ministério da Administração Interna, socialista, gordo e ineficiente.

1 comentário:

RioDoiro disse...

É a forma mais eficiente de encapotar impostos: alocar à iniciativa privada custos de operação que supostamente deveriam ser pagos pelo orçamento.

Vamos pagar em portagens o que não deixamos de pagar directamente ao estado.

Há uns tempos o Estado queria que a bulha decorrente dos acidentes de viação fosse dirimida por uma entidade ligada as seguradoras.

Um dia destes o estado resolve que serão as autarquias a pagar as viaturas da GNR ou a própria GNR. As autarquias aplicarão mais uma "taxa" qualquer para pagar o que não deixaremos de pagar ao estado central.

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