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sábado, 30 de maio de 2009

Quanto mais estado ... mais chamuscado


Comprar/vender em território português comporta riscos. O comprador pode não pagar o que se entrega, o fornecedor pode não entregar o que foi pago. Caso o caldo se entorne há tribunais, mas o tribunais nada resolvem (nem podem) quando o comprador não tem, de todo, dinheiro para pagar o que comprou, ou quando o vendedor entrega mercadoria que não corresponde ao que seria de esperar e não está em condições para corrigir o defeito.

Por estas e por outras surge o seguro de crédito.

A companhia de seguro de crédito coloca-se a meio do negócio servindo como escudo de garantia para ambas partes. É um negócio arriscado cujo risco aumenta quando intervém entre territórios de má fama. O território português, não estando ao nível dos fulgurosos paraísos socialistas de Cuba, do Zimbabwe ou da Coreia no Norte, é um território de fraca fiabilidade e tem relações comerciais a países de maior e de menor fiabilidade.

Poder vender é fundamental e poder comprar também. Quando os ‘ambientes’ se turvam a fiabilidade aos negócio diminui.

É neste cenário que a importância da (aparentemente) única companhia de seguros de crédito, a Cosec, aumenta. Espera-se dela a verificação do nível de fiabilidade negocial ou a responsabilidade de aguentar as consequências de um negócio que estoira.

É sabido que nos antigos e radiosos amanhãs socialistas este nunca seria cenário real porque os sistemas perfeitos dos estados perfeitos tudo garantiriam. Mesmo assim as casas de banho de Chernobyl foram cobertas de azulejo comprado por especificação inerente a uso em locais mais críticos. Dizem as almas bushistas que quando se aproximavam as datas em que os ‘números’ da produção tinham que estar de acordo com as teorias, qualquer coisa que se parecesse com um azulejo era um azulejo de alta precisão. Evidentemente que qualquer aleivosia bushista seria sistematicamente rechaçada pelo proletário exército soviético sempre e seguramente ao lado dos oprimidos.

Pespegados, pretos no branco, os inevitáveis parágrafos que despertam os mais pavlovianos instintos “dos trabalhadores”, atente-se às radiosa ideia do governo português em relação à dificuldade acrescida que as empresas portuguesas começaram a sentir ao tentar vender o que produzem. Curiosamente o governo português não parece ter-se sentido incomodado face à dificuldade que os compradores estrangeiros começaram a sentir em relação à fiabilidade das empresas portuguesas.

Comê-los-emos vivos se não segurarem as vendas das empresas portuguesas” informa, candidamente, o nosso governo.

O governo português começa por dizer que está interessado em comprar a Cosec e, logo de seguida, à guisa de aviso à navegação, informa que o preço de compra será por ele (governo) unilateralmente estabelecido. Mais, informa que a pena a aplicar a qualquer estreBushanso será a nacionalização.

Espanta que o governo (o estado) não se limite a abrir uma outra seguradora de créditos na porta ao lado da Cosec. Pareceria óbvio que o governo, em função da implícita acusação de incompetência à Cosec (implicitamente, aos respectivos quadros), abrisse uma empresa concorrente na porta ao lado. Mas não. O governo quer a Cosec.

Culpa, reclamam alguns, das nacionalizações que nacionalizaram tudo a torto e a direito reclamando ainda que só na Cosec há competência em matéria de seguros de crédito. O que é curioso é que a competência (em exclusividade) apontada como motivo para nacionalização continue a ser competência no momento em que, hipoteticamente, concedam seguros de crédito a torto e a direito sob as doutas orientação governamentais ... as mesmas doutas orientações que em sede de concorrência face à Cosec não justificariam o estabelecimento de uma seguradora concorrente.

#RoD, os amanhãs cantadores teimam continuar a cantar, estúpidos, economia, abaixo as bolhas especulativas perpetradas pelos especuladores internacionais, pesdadinhas-de-rabo-na-boca

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