"Quanto piores são as notícias dadas pela imprensa local, maiores são as liberdades de que goza o país onde elas são impressas. Onde os jornalistas torcem as mãos, arrancam os cabelos e predizem cataclismos finais, lamentando-se sobre o estado ruinoso da sociedade, podem ver-se correr nas ruas rios brilhantes de automóveis, exporem-se nas montras das lojas montes de víveres apetitosos e passear multidões de cara bronzeada. Num país assim, é mais difícil encontrar um pobre coitado a ser conduzido à prisão, de algemas nos punhos, sob a ameaça de um revolver, do que um diamante no meio da rua.
O contrário é verdadeiro.
As boas notícias, cheias de uma serenidade reconfortante e de um alegre optimismo (daquelas que, com um tom ameaçador, nos convidam a tomar parte na felicidade geral), as informações que retratam a existência sob as cores do arco-íris (um arco-íris que ainda não brilha, é verdade, mas não tardará a fazê-lo), com todos os pormenores abundantemente perfumados com água de rosas, são geralmente publicados em países onde as prisões estão cheias até mais não, onde reinam o desânimo e o terror, e onde a miséria está presente por todo o lado."
Stanislaw Lem, Um Minuto da Humanidade
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
domingo, 17 de maio de 2009
Crise, desemprego, corrupção, endividamento, depressão, aquecimento, recessão
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
4 comentários:
É a pura verdade.
É a pura verdade.
Desculpem, comentei duas vezes sem querer.
A economia é uma questão de psicologia, não é o que diz toda a gente?
Com um curso intensivo de meditação (administrado pelo Miguel Portas) até na Coreia do Norte ou no Zimbabué se vive bem...
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