A ler, aqui.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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7 comentários:
José Gonsalo, por favor, para a próxima vez avise! Este Luís Dolhnikoff além de escrever c’os pés é chato como a potassa!
Será que é preciso ler 4 paginas de detalhes fastidiosos para no fim, E SÓ NO FIM, dizer que os muçulmanos rezam 5 vezes por dia e que o bacano que matou as criancinhas na escola faz presumivelmente parte da seita?
Se o caramelo escreve sistematicamente assim, a solução está no scroll: começar a ler pelo fim.
Carmo da Rosa e Rio d'Oiro:
Não me parece que as críticas que fazem sejam ajustadas.
Em primeiro lugar, o Dolhnikoff dirige-se não aos portugueses, mas ao próprio Brasil, onde, pelos vistos, se procurou dar uma visão "politicamente correcta" do sucedido, através da conhecida ladainha dos chavões em que a esquerda chafurda e nos pretende fazer chafurdar: o homem era uma "vítima da ssciedade", uma sociedade podre, consumista e preconceituosa, que lhe deformou o carácter e lhe criou os problemas psíquicos que, por sua vez, lhe deu para matar gente indefesa. Ele há que lutar pela sociedade justa, onde não cabe nem a intolerância nem a exploração do homem pelo homem. A desresponsabilização hipocritamente paternalista está, aliás, bem presente no artigo que o Leonardo Boff, teólogo maior da "teologia da libertação" na América do Sul e acólito fiel de Lula/Rousseff, publicou, sobre o tema na revista on-line Triplov (http://www.triplov.com/boff/2011/homem.htm).
Em segundo lugar, por idênticos motivos, o texto procura fazer uma desmontagem desses chavões utilizados na argumentação pelas próprias autoridades brasileiras, predominantemente preocupadas em, por um lado, não ofender as susceptibilidades islâmicas por esse mundo fora, dada a política externa que o o país ostenta desde Lula, e, por outro, recusar que a mesma ameaça que põe outros em alerta, não diz respeito ao Brasil e que o povão se encontra em boas mãos. E isso só se consegue fazer com um texto devida e totalmente fundamentado.
Quanto ao modo de escrever próprio do Brasil, bem, é uma questão de gosto e concordância pessoal - e a minha nem sempre é incondicional. Mas, fora esse aspecto, é um texto extremamente bem estruturado e redigido.
Eu acho que esse texto é corrosivo essencialmente nos 'considerandos' porque desmancha o castelo socialista que está na base do processo de 'compreensão da atitude em função do contexto' e bláblá.
Rio d'Oiro:
Exactamente!
E, já agora, relendo o que escrevi, verifiquei que, no final, ao fazer duas emendas, deixei duas incorrecções. Assim, onde está "(...) que lhe deformou o carácter e lhe criou os problemas psíquicos que, por sua vez, lhe deu para matar gente indefesa (...)", deveria estar "(...) lhe deram para matar (...)". E onde está "(...) recusar que a mesma ameaça que põe outros em alerta, não diz respeito ao Brasil (...)" deveria estar "(...)diga respeito ao Brasil (...)". Depois, há mais um ou outro pormenor que me escapou na altura, mas olha!, à pressa é o que se arranja.
Abraço a todos.
José Gonsalo: ”Não me parece que as críticas que fazem sejam ajustadas.”
Jose Gonsalo,
Quanto não vale uma crítica injusta! Por vezes a única maneira que nos resta de obrigar o José Gonsalo a uma resposta inteligente, bem escrita e mais compridinha. Por isso vou fazer o melhor que posso e tentar responder ao mesmo nível.
Dar uma visão politicamente correcta de acontecimentos não é algo próprio do Brasil, é algo mais generalizado, mas o título, “Terror islâmico no Brasil”, parece-me um pouco exagerado para o acontecimento! Ou então o Dolhnikoff quis tratar (pelo menos!) cinco assuntos diferentes no mesmo artigo!
Neste caso o leitor é enviado para outro lado (se é que quer perceber alguma coisa) e obrigado a ler 95% de um texto num estilo que fere a vista (mas isto é certamente só a mim) sobre a visão politicamente correcta, os chavões em que a esquerda chafurda, a sociedade podre, consumista e preconceituosa, a desresponsabilização hipocritamente paternalista, a teologia da libertação, para finalmente se contentar com 5% sobre: o facto de o bacano responsável pelo atentado ter virado ‘muçulmã’…
Esta forma de apresentar informação é para mim, que gosto de perceber imediatamente do que se trata, pior do que cuspir na sopa, é quase um incitamento para virar ‘muçulmã’ e dá bala em muleque …
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