A coisa começou com um entendimento de que havia maus e bons. A França, tratou logo de reconhecer os "rebeldes" como os legítimos representantes da Líbia.
Depois começaram a perceber que os mesmos combatentes tão depressa apareciam de um lado como do outro. No terreno, geograficamente, os "bons" esperavam que a NATO fizesse o trabalho todo o que, aliás, teria que ser, porque os ditos "legítimos" não tinham homogeneidade nem força significativa.
No meio da confusão aperceberam-se que a coisa não se resolvia declarando isto e mais aquilo ou reconhecendo isto e negando aqueloutro: perceberam que precisariam de empregar 'hardware', mesmo daquele pesado e caro o que, ainda por cima, implicaria riscos, por mínimos que fosse. A coisa começou a tornar-se patética e reclamaram da NATO, como se a nato fosse uma entidade com existência per se no mundo das forças armadas com autonomia, que se empenhasse mais.
Não valerá a pena esperar sentado porque dentro em pouco já ninguém saberá, sequer, de que lado está, mesmo pela bitola dos multilateralistas, agora perante si próprios e com o 'bébé' nas mãos.
Enfim, coisas da velha Europa, agora com uma lança nos Estados Unidos.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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1 comentário:
Precisamente. Creio, aliás, que não era preciso ser uma "águia" para, desde o início, perceber que a coisa só podia ir dar a isto (pelo menos com a narrativa justificativa da guerra "humanitária" e "limitada").
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