Não é esquisito ver-se a PT a publicitar a venda de assinaturas de acesso aos 4 canais abertos TDT enquanto implementa a rede de emissores e canais abertos TDT?
E porque não anuncia a PT que basta ir a uma lojeca qualquer adquirir por 30 euros um descodificador para ser intercalado entre a antena e o televisor existentes?
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
19 comentários:
É o capitalismo, estúpido!
Sim? Porque tem a PT o monopólio da emissão TDT?
Quantos produtos vê anunciados pelas empresas que têm soluções de TV por cabo e satélite nos intervalos das notícias que dão conta que a TDT tem um sinal de escarro. E dá preto. Ou vermelho. E não dá som. E que o SLB não ganha. Quantos?
Isto é outro forrobódó como o dos medicamentos genéricos. Por cada euro gasto a anunciar a TDT são gastos 100 a anunciar as alternativas fibrosas e boazonas. É a terra das oportunidades. É o capitalismo, estúpido e selvagem!
Caro Sorge,
A PT é dona do projecto. Vende os carros, a gasolina e as estradas.
Muito difícil perceber?
O essencial é propalar que a PT vende um carro que não anda. Ou anda mal. Ninguém sabe muito bem se é verdade ou não, se afecta muita gente ou não, mas também não importa muito porque o alarme já está lançado. Todos os canais, abertos ou fechados publicitam largamente os produtos de qualidade que a PT, a ZON, a Vodafone, a Optimus, a CABOVISÃO têm para concorrer com a TDT a preços tão baixinhos como as nossas pensões e reformas.
Acha que alguém quer saber da TDT? Esta malta quer é fazer uns cobres e garantir que na passagem fica na TDT no menor número de pessoal possível. Não é monopólio, é aquela palavra sofisticada em estrangeiro que as gasolineiras fazem por causa dos preços do combustível.
Caro Sorge,
Você mistura alhos e bugalhos e não sabe do que fala.
A emissão terrestre tinha há muitos anos uma qualidade decorrente de ser em vídeo composto e analógico (há um vídeo composto digital que deixou de ser usado há muito e que nunca chegou a ser implementado para emissão porque não permitia compressão).
Essa qualidade vai ser substituída por um sistema digitais MPEG-4 que teria, substancialmente melhor qualidade porque pode recolher o sinal ainda em componentes digitais (Y, R-Y, B-Y) directamente à fonte.
Essa nova qualidade está, suspeito, posta em causa porque por um lado parece-me que estão a ser aplicadas limitações básicas de banda triturando amostras no horizontal e posteriormente aplicando a compressão.
Ao fazê-lo há necessidade de desbaratar a banda excedente do canal multiplexado digital enfiando-lhe um sinal HD a negro. Desta forma evitam habituar as pessoas a melhor qualidade (prometida mas que ficou no papel) e posteriormente retirar essa qualidade para enfiar o sinal HD ou mais uns 3 ou 4 canais de definição standard.
As concorrentes da PT não são para aqui chamadas porque foi a PT a encarregada de substituir uma coisa antiga por uma recente que permite (permitiria) melhor qualidade.
Nenhuma das concorrentes da PT alguma vez teve emissão de canais terrestres analógicos.
Agradeço-lhe sinceramente a explicação mas na minha humilde opinião o principal problema por trás da TDT não é técnico, é político. É ser deliberadamente um serviço desqualificado, com conteúdos insuficientes, perfeito para ser disputado — na transição — por todos os operadores.
De que é que esta gente está a falar?
Entre outras coisas, disto:
http://en.wikipedia.org/wiki/Rec._601
.
Aconselho-o, se for capaz, a ler a intervenção do deputado Bruno Dias acerca desta matéria.
… intitulada…
TDT - Um negócio desastroso com impactos diretos para a vida das pessoas
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No debate de urgência que o PCP agendou para hoje, Bruno Dias afirmou que a TDT podia ser a oportunidade para uma oferta televisiva que incluísse em todas as emissões a possibilidade de acesso a tradução para língua gestual, a legendagem em direto, a áudio-descrição, ao invés este processo está a transformar-se num gigantesco mecanismo de angariação de clientes para a MEO do Grupo PT.
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É um verdadeiro escândalo nacional que continua a acontecer como se nada fosse, que apesar dos sucessivos alertas, das reuniões e audições nesta Assembleia em que o problema se colocou ao longo do tempo. O primeiro responsável desta situação é o PS que estava no Governo e decidiu isto em 2008. O principal responsável atual é o Governo PSD/CDS, que deixou correr o problema e em Novembro passado vendeu em leilão as frequências para a rede 4G – aproveitando o apagão analógico que interessa (e muito!) às operadoras!
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Mas na cobertura das emissões terrestres da TDT, a situação é da maior gravidade. Milhares de pessoas que atualmente estão cobertas por sinal analógico, pura e simplesmente vêm os emissores e retransmissores das suas regiões desligados. São inúmeros os retransmissores que atualmente servem as populações com qualidade – e que vão ser pura e simplesmente desligados.
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Afirma-se que a cobertura TDT atual chega a 90% da população (muito abaixo dos atuais 98% de cobertura da RTP1), mas a realidade é outra! Os dados da ANACOM baseiam-se em simulações feitas em computador, ignorando variáveis como condições meteorológicas, variações locais de relevo ou obstrução das antenas. Chegam-nos os testemunhos de que, em muitas áreas supostamente cobertas, não é possível captar a TDT. Noutras zonas, por exemplo dentro da zona piloto de Alenquer (com inúmeras reclamações sem resposta efetiva da ANACOM), em condições meteorológicas adversas o sinal cai completamente.
(segunda parte)
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A PT, empresa concessionária da rede TDT em Portugal, colocou um mínimo de emissores no território; concentrou-os nas áreas de maior densidade populacional de modo a maximizar com um mínimo de custos a quota de cobertura a que estava obrigado – mas deixando vastas áreas geográficas sem emissão terrestre.
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Há concelhos inteiros que na verdade não têm alternativa nenhuma senão o acesso à televisão por satélite – como se estivessem na Floresta Amazónica ou no deserto do Saara!
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Apenas a título de exemplo, são os casos de Vila Praia de Âncora, Paredes de Coura, Vieira do Minho, Arganil, Manteigas, Portel, Ferreira do Alentejo, Almodôvar, Alcoutim. É o caso do Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores! É o caso da maior parte do território de concelhos como Oliveira do Hospital, Seia, Vouzela, Castro Daire, Grândola, Ourique,
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Alega a ANACOM que toda a população excluída da TDT está coberta via satélite. Mas quanto custa a instalação para esse acesso? Cerca de 116 euros por equipamento – para um só televisor!
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Entretanto, é claro que a PT tem o exclusivo da venda dos recetores satélite. E quando as autarquias denunciam este escandaloso abandono das populações e exigem soluções concretas, aparece a PT a oferecer à Câmara os seus serviços – o último caso que nos chegou foi da proposta à Câmara de Vouzela, para a instalação de três pontos emissores de micro cobertura a povoações do concelho, pela módica quantia de 90 mil euros.
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Quanto à rede de distribuição, está publicada na Internet a lista dos revendedores autorizados. Lá está, por exemplo, a loja de Vila Nova de Cerveira, cujo dono nem sabia que constava da lista e muito menos que devia vender kits satélite! A loja PT mais próxima fica em Viana do Castelo a 45 quilómetros de distância…
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Nas lojas PT, invariavelmente, ao pretender informações sobre o kit as pessoas são incentivadas a subscrever contratos MEO. Nos últimos dias têm sido frenéticos os contactos telefónicos para a casa das pessoas a impingirem-lhe assinaturas do serviço de acesso pago das várias operadoras. Ligam a dizer que vão desligar a TV, e para que possam ver a nova TV têm que subscrever uma assinatura.
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Esta situação tem obtido o silêncio cúmplice da ANACOM, que agora vem dizer que os descodificadores são subsidiados! Pasme-se: em 22 euros, após uma burocracia labiríntica, 22 euros para algumas pessoas, num total de encargos que ascende a cerca de 116 euros por equipamento. Mas o que neste momento se impinge, casa a casa, já não são descodificadores: são assinaturas de televisão por cabo/satélite. Pedem dinheiro a famílias que não o têm, para poderem continuar a ver TV. É nada menos que uma vergonha nacional.
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A TDT podia ser a oportunidade para uma oferta televisiva para todos. Que incluísse em todas as emissões a possibilidade de acesso a tradução para língua gestual, a legendagem em direto, a áudio-descrição. Tudo isso foi ignorado.
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Se ao serviço público fosse atribuído um multiplex próprio, a população poderia aceder de forma livre e gratuita a todos os canais da Televisão Pública – incluindo àqueles que hoje estão disponíveis apenas na TV de acesso pago! Esta possibilidade nunca foi considerada.
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Portugal terá como triste distinção o facto de ser o país europeu com o menor número de canais nesta plataforma. Por toda a Europa, a introdução da TDT foi fator de maior variedade de oferta televisiva.
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(terceira parte)
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•Espanha: 20 canais de acesso gratuito, cinco dos quais do serviço público.
•Reino Unido: 38 canais de acesso gratuito, nove dos quais do serviço público.
•Itália: 27 canais de acesso gratuito, oito dos quais do serviço público.
•França: 29 canais de acesso gratuito, oito dos quais do serviço público.
•Alemanha: dos 20 canais de acesso gratuito, nove dos quais do serviço público.
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A oferta televisiva na plataforma digital terrestre inicialmente previa um 5.º canal generalista, transmissões em alta definição ainda na fase de simulcast, serviços interativos inovadores, a televisão móvel e uma plataforma paga com a presença de canais regionais que deveriam priorizar produções locais. Tudo isso foi abortado.
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E porquê? Porque tudo neste processo da TDT foi motivado, não pela defesa do bem público, mas sim pela defesa de interesses privados de grandes grupos económicos, nomeadamente das operadoras de telecomunicações e em particular da PT.
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Este processo está a transformar-se num gigantesco mecanismo de angariação de clientes para a MEO do Grupo PT, de venda de recetores de satélite fornecidos pela PT, de venda e instalação de pontos emissores de micro cobertura. E de libertação de frequências para o negócio das comunicações móveis 4G, para a Vodafone, a Optimus/Sonaecom e, claro, a PT.
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Aqui se demonstra mais uma vez como o poder político está e continua ao serviço do poder económico – e como o poder económico, e neste caso em particular a PT, está a viver acima, muito acima das nossas possibilidades!
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é fartar vilanagem! bora lá às tampas de esgoto e fios de cobre.
Sorge:
"Bruno Dias afirmou que a TDT podia ser a oportunidade para uma oferta televisiva que incluísse"
Ora aí está como nada mais acontecerá porque o PCP acha que que a TDT deve, por si, contituir uma oferta ... pátáti pátátá.
A PT deve limitar-se a montar os emissores para a substituição em causa (pontual) e a legislação deve garantir abertura total do espectro disponível a quem o quiser utilizar dentro de regras básicas de pouca complexidade.
A PT está a "esquercer-se" de pequenos retransmissores e isso
é inadmissível dentro do contexto da substituição da plataforma existente.
De resto, quem quiser montar emissores que monte, regionais ou não. Como as rádios locais.
De resto o PCP apareceu tarde. Apareceu tarde porque não sabe do que fala e pretende burilar a onda a seu jeito espalhando a confusão e dando margem de manobra aos trafulhas.
Discordo. As intervenções do PCP sobre esta matéria vêm acontecendo desde a proposta do anterior Governo. Sobre os fenómenos que já estão a ocorrer com a transição e a oferta, modalidade e funcionalidade dos canais só a adivinhação poderia ajudar a uma posição mais atempada. Esta, no entanto, ainda contrasta com o silêncio cúmplice do resto de maralha que alinha com este DDT.
À PT deve ser claramente exigido que a nova codificação/rede de emissores tenha a mesma cobertura que a anterior. Esta conversa acabará mais tarde ou mais cedo inquinada porque parece-me que a SIC nunca (ou quase) pagou a utilização da rede analógica. Parece-me que também a RTP se negou a pagar alegando que a rede era dela (e era, mas mais propriamente do contribuinte). A manutenção tem custos seja quem for o dono e o cliente (SIC e RTP) têm que pagar (a RTP, eventualmente, uma quantia menor). O caso da TVI é mais caricato Alienou a RETI à PT mas os emissores não estão localizados no mesmo sitio e os 4 canais TDT são (todos) emitidos pelo mesmo emissor. Deve ter sido um negócio político.
A instalação de descodificadores gratuitamente é uma conversa complicada mas deve entrar-se nela porque há gente que, infelizmente, os não pode pagar. De resto o custo de um descodificador é, para a generalidade (não disse totalidade) da população, irrelevante.
A boleia da PT e suas sucedâneas para impingir contractos é uma vergonha (como afirmei no artigo).
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