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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A "religião da paz" ataca de novo

No dia de natal, dezenas de cristãos nigerianos receberam mais um "presente" dos adeptos da "religião da paz".

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/ataques-a-igrejas-matam-dezenas

O que pretende o movimento islâmico Boko Haram (autor dos atentados)? O mesmo de sempre.

"“We want to re-emphasize that our main objective is the restoration of Sharia legal system in line with the teachings of the Holy Qur’an. We want the Nigerian Constitution to be abrogated and democracy suspended and a full fledged Islamic state established."

14 comentários:

Anónimo disse...

Há um problema com esta história que nunca é contado.

O fundamentalismo islâmico que actualmente domina a maior parte dos países muçulmanos é relativamente recente.

Para derrotar a URSS no Afeganistão (década de oitenta do Século passado) os países ocidentais com os Estados Unidos à cabeça, favoreceram tudo o que era extremista muçulmano.

Infelizmente derrotou-se a URSS no Afeganistão mas à custa de termos herdado o mundo actual, povoado por extremistas muçulmanos que fazem o que querem.

Teria sido melhor para todos e teríamos agora um Mundo melhor se a URSS tivesse vencido no Afeganistão.

RioD'oiro disse...

Claro que O Raio acharia perfeito se o mundo não URSS não levar a melhor no mesmo Afeganistão. Neste caso a culpa não será do apoio a terroristas mas da hipótese de lhes dar nos cornos e eles se poderem vitimizar.

Anónimo disse...

Mas, eu creio que o mais importante é ver a própria reação do post (que é uma reação global). Ficamos, no ocidente, mais surpresos pelos "Fundamentalistas" levarem sua crença à sério do que qualquer outra coisa.

O que nos faz ficar sem referência é a forma como eles realmente acreditam naquilo que *acreditam*. Não é só uma fachada que pode ser dispensada diante da "realidade" dos direitos humanos, da tolerância, da liberdade individual e etc.

Anónimo disse...

Carmo da Rosa escreveu:

"É contado sim senhor, mas nem sempre é a versão do Partido Comunista Português… "

??? Onde é que está aqui a versão do PCP?

"pode ser situado em 1928, com a criação da Irmandade Muçulmana no Egipto por Hassan al-Banna"

Claro que houve sempre fundamentalistas muçulmanos (tal como houve fundamentalistas cristãos, budistas, hindus, etc.)
Veja-se, por exemplo Muhammad Ahmad bin Abd Allah (Arabic:محمد أحمد المهدي) (Agosto 12, 1844 – Junho 22, 1885) que controlou o Sudão no Século XIX e se considerava uma espécie de Messias islâmico.
Mas, este fundamentalismo todo estava localizado e não abrangia a totalidade dos países islâmicos como agora parece acontecer.
Quando era miúdo estive em Marrocos (1960) e Marrocos, nessa altura, era um país muito diferente dos países islâmicos actuais.
Em conversa com marroquinos fazíamos troça da religião deles e eles faziam troça da cristã. E tudo acabava à gargalhada...

" Não havia mais países ocidentais metidos no assunto"

Correcção, tratava-se principalmente dos EUA.

" isso já é o seu ódio ao ocidente (onde nasceu, vive e come) a extravasar"

??? My God!! Ódio ao Ocidente? Eu? Porquê?

"apenas apoiaram a revolta dos mujahidin afegões contra a ocupação russa (assim como os russos apoiavam todo o tipo de revoltas contra os americanos)"

Claro que é verdade. O problema é outro.
Os fins não justificam os meios. Lá por os soviéticos apoiarem tudo o que era anti-americano, isso não justifica que os americanos façam o mesmo apoiando tudo o que é anti-soviético. Senão, porque é que criticávamos os soviéticos?

" não é certo que os russos ganhassem no Afeganistão, mesmo sem a modesta ajuda dos americanos à resistência"

Não, não é certo. Mas a ajuda dos americanos, de nenhuma forma, foi modesta.

Unknown disse...

O que está em causa, caro Raio, não é haver ou não fundamentalistas. O problema é que o Islão é, em si, violento, como doutrina.
Assenta na violência, na jihad, na incessante tentativa de submeter o outro que é, por definição, inferior.

Sejam quais forem as qualidades humanas deste ou daquele muçulmano, a doutrina é avassaladora. Os actos violentos e terroristas não são o fruto do radicalismo de este ou daquele muçulmano, mas sim o resultado da própria doutrina.

Sempre foi assim, desde que Maomé assentou em Medina. Os seus primeiros actos foram destruir as tribos judaicas que o tinham acolhido. E desde então, em todo o lado, o Islão tem reinado sempre pela violência. SEMPRE!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Carmo da Rosa escreveu:

"”Para derrotar a URSS no Afeganistão os países ocidentais com os Estados Unidos à cabeça, favoreceram tudo o que era extremista muçulmano.”"

E não foi verdade? Até lhes forneceram mísseis FIM-92 Stinger anti-aéreos que, depois de acabada a guerra tiveram de desembolsar uma pipa de massa para os readquirirem.

"Resumindo, logo que seja a malhar no que uns chamam O IMPERIALISMO e outros O OCIDENTE, está tudo certo."

Não é certamente o meu caso! Limitei-me a fazer afirmações historicamente correctas, nada mais.

"Você é que disse que ”O fundamentalismo islâmico que actualmente domina a maior parte dos países muçulmanos é relativamente recente.” Eu apenas acrescentei uma data à sua afirmação: 1928, e agora vem você dizer que houve SEMPRE fundamentalistas muçulmanos (tal como….."

Eu referi "o fundamentalismo que actualmente domina a maior parte dos países muçulmanos" não disse que dantes não havia fundamentalismo. Não tinha era o poder que tem agora.

"Além disso, meter todos os fundamentalismos na mesma panela, como você faz, não ajuda a discussão, só serve para armar à confusão!"

De nenhuma forma. Fundamentalismo é fundamentalismo, religioso ou não. Por mim sou contra todas as formas de fundamentalismo... nem sequer sou sócio do Benfica...

"os dispositivos de segurança em todos os aeroportos do mundo, que custam dinheiro a rodos, não foram instalados por causa das Testemunhas de Jeová nem por causa dos Budistas, pois não?"

Mas podiam ter sido. Por mim nem imagino um país em que as Testemunhas de Jeová fossem o poder dominante...

Bom, as estruturas de segurança nos aeroportos são necessárias caso existam muçulmanos ou não. Na década de sessenta do Século passado, por exemplo, era moda desviarem-se os aviões para Cuba. Que se saiba estes piratas do ar não eram muçulmanos.
Aliás, o primeiro desvio aéreo registado, um avião da TAP da carreira Lisboa-Casablanca, foi feito por portugueses oposicionistas a Salazar.
Por mim sinto-me muito mais seguro a viajar com as regras de segurança actuais do que com a bandalheira que havia dantes.

"Orthodox Muslims do not consider Ahmadis to be Muslims"

Eu sei. Acontece em todas as religiões. Os albigenses no Século XII também foram considerados hereges pelo Papa Inocêncio III e, claro, mortos.

A diferença que há entre o fundamentalismo cristão e o muçulmano é que o cristão (que historicamente até foi mais cruel) foi derrotado pela força da opinião pública enquanto que o muçulmano não foi. Os muçulmanos que há mil anos até estavam adiantados em relação aos cristãos, ficaram para trás e actualmente estão atrasados na sua libertação das garras do obscurantismo.
Infelizmente as potências ocidentais contribuíram e muito, para esse atraso.

(continua)

Anónimo disse...

(continuação)

"Em 1960 eu ainda vivia em Marrocos, podia-me ter feito uma visita! É claro que Marrocos na altura era diferente: era um protectorado Francês…"

Nã, nã,... Marrocos era um país independente até 1912 em que depois de umas crises foi dividido em dois protectorados, o espanhol a Norte e o francês a Sul (Tratado de Fez).
Estes protectorados cessaram em 1956.
Em 1960, todo o Marrocos era independente sob o Rei Muhammad V com a excepção de Ceuta, de Mellila (que ainda se mantêm espanholas), do enclave de Ifni (espanhol, cedido a Marrocos em 1969) e Tanger que era uma cidade internacional (integrada em Marrocos creio que no fim de 1960).
O país era essencialmente independente e muçulmano.
Lamento não saber que vivia lá. Se soubesse certamente que o teria visitado.

"Porque O outro é diferente: come com as mãos, acredita em espíritos, tem quatro mulheres, passa o tempo à sombra da bananeira, não paga impostos e não usa gravata… "

Para não usar gravata ou ter quatro mulheres não necessito de sair de Portugal... embora confesse que umas não sabiam das outras e nenhuma figurava no meu passaporte...

"A atitude dos americanos, como você aqui a descreve, pode parecer infantil mas não é. "

Não, não é infantil, é oportunista, nada mais.

"trata de uma potência mundial e que a defesa dos seus interesses (que por vezes também são os nossos) acarreta certas responsabilidades geopolíticas"

Hitler e Staline também tinham responsabilidades geopolíticas... este argumento não serve.

Mas, note-se que não tenho nada contra os americanos, até gosto muito dos Estados Unidos.
Quando tenho férias fujo geralmente desta malfadada Europa e vou para longe, muito longe.

As férias que tive neste Século XXI foram passadas maioritariamente nos Estados Unidos. As que não foram lá foram na China, Angola e Cabo Verde!

"se os americanos não tivessem intervindo na Segunda Grande Guerra, os russos não teriam ocupado só metade da Europa, mas teriam ido até Lisboa"

Se os americanos não tivessem intervindo na II Guerra Mundial as potências do Eixo teriam ganho a guerra e actualmente estaríamos a escrever isto em alemão ou, se tivéssemos sorte e caíssemos na área de influência italiana, em italiano.

Isto é, Hitler teria ultrapassado a Angela Merkel por uns sessenta anos...

Anónimo disse...

O Lidador escreveu:

"O problema é que o Islão é, em si, violento, como doutrina.
Assenta na violência, na jihad, na incessante tentativa de submeter o outro que é, por definição, inferior."

Tal como o cristianismo. A diferença é que nós, os de cultura cristã, libertamos-nos. Custou muito morto e muito sofrimento mas conseguimos. Actualmente a Igreja é um tigre de papel...

"Sempre foi assim, desde que Maomé assentou em Medina. Os seus primeiros actos foram destruir as tribos judaicas que o tinham acolhido."

Uauuu! Isto nunca aconteceu com os cristãos?

Unknown disse...

"Tal como o cristianismo"

Engana-se.

Os principios doutrinários do cristianismo assentam no elogio do perdão.

Os do Islão, na submissão compulsiva à vontade de Deus.
Pela jihad.

É uma grande diferença, meu caro, e quando a perceber, perceberá tb que a violência que caracteriza as relações intra e inter islâmicas, não é um fenómeno de um tempo, mas sim intrínseca à ideologia em si.

A própria cruzada cristã, não só não tem justificação doutrinária no cristianismo, como foi essencialmente uma reacção militar à violência islâmica,à jihad.

Tem de tentar entender as religiões, antes de as comparar, meu caro.

Unknown disse...

Carmo da Rosa, a sua veia argumentativa está deliciosa.

Unknown disse...

"Os muçulmanos que há mil anos até estavam adiantados em relação aos cristãos"

É verdade. Especialmente depois de os terem varrido do Médio Oriente, do Norte de Africa, da Anatólia, etc, apoderando-se de tudo o que tinham.

Há 1000 anos, faziam razzias em Roma e saqueavam a Catedral de S. Pedro.

Menos cruéis?

Bem, a História desmente. Limpezas étnicas gigantescas, escravidão a uma escala nunca vista, genocídios épicos, etc.

Ainda hoje andam por aí uns nómadas a que chamamos ciganos, que são os restos das centenas de milhares de escravos hindus que os muçulmanos trouxeram através do Hindu Kuch que, aliás, tem esse nome justamente pelos incontáveis hindus que aí morrerem, nas marchas forçadas para a escravidão.

Reinos africanos, berberes, arménios, beduínos, judeus, eslavos, etc, etc.
Chegaram a ser escravizados milhares de irlandeses e ingleses, para ser vendidos nos souks do Norte de Africa.

INfelizmente o Raio é o produto da lavagem politicamente correcta da história, que evita os factos "chatos" e releva a culpa do Ocidente.
Ate nisto está o cristianismo...esta ideia que se nos agarra, de que somos culpados logo ao nascer, pelos pecados reais e imaginários dos nossos avós.
Para estes produtos da educação politicamente correcta, só os nossos antepassados eram maus, num mundo de inocentes.

Não há pachorra...

Sorge disse...

AHAHAHAAHAHAHAHAAHAHAHAHAAHAHAHAH!!!!!!!
Este post é impagável! Acho uma imperdoável injustiça passarem todos um pouco ao lado do humor do Lizard com este post. Nota vinte, LGF!!!!!!!!
Depois dos EUA e sus muchachos de la NATO terem protegido à bomba a rebelião líbia comandada nas estradas pelo pessoal da Al-Qaeda do Magreb Islâmico, nomeadamente pelo seu carismático lider, Hakim Al-Hasidi que, entrevistado em Itália e na GB, expos as suas democráticas teses sobre a necessidade de um islamismo a sério na Líbia, vir agora o sionismo racionalizar sobre o perigo para o Ocidente do extremismo islâmico só dá para soltar umas pinguinhas com tamanha bos disposição.
Ver aqueles rebeldes (uma boa parte deles recrutados no Iraque e no Paquistão (perdão, perdão, Afeganistão)) a lutar pela Líbia "democrática", nas imediações de Tripoli, com os seus lideres religiosos "democráticos" munidos de megafone a conduzir as rezas e as bombas da NATO a protegê-los bem melhor que Allah, não tem preço.
Repete lá: fundamentalismo islâmico?!!?!!?!!? Perigo para o Ocidente?!?!?!?!?! AHAHAHAAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAH!!!!!!!!!

RioD'oiro disse...

http://www.timeslive.co.za/africa/2011/12/29/egypt-muslim-group-orders-christian-tv-station-off-air-report