Já se passaram 6 anos depois do assassinato de Theo van Gogh, mas convém não esquecer, e por isso aqui vai um texto dele de 26 de Maio de 2001 sobre a Liberdade de Expressão, que segundo ele tem que ser absoluta…
Se eu fosse um falhado negro-profissional à la Guilly Koster [apresentador do Suriname que explora a escravatura até ao máximo da decência – cdr] toda a gente teria pena de mim. Mas sou o Theo van Gogh e o meu maior prazer é não ser um representante subsidiado de uma minoria. Pelo contrário, sou a personificação daquilo que nos dizem que não devemos ser: politicamente incorrecto, branco, trabalho para uma cadeia de tv comercial, gordo, autóctone, sexista e sobretudo não muito convencido dos benefícios da tão cantada sociedade multicultural. Além disso acredito que somente a liberdade de expressão, em toda a acessão da palavra liberdade (inclusive o direito dos imãs exporem os seus preconceitos da idade da pedra) pode-nos, a nós, cidadãos livres, salvar da barbárie.
A última frase está em franca contradição com artigo 1 da constituição, que grosso modo diz: "não se pode discriminar". É preciso ter em conta que o artigo 1 foi posto em vigor pelo estalinista Joop Wolff [Líder do CPN, Partido Comunista Holandês hoje extinto - cdr] para travar o avanço de Janmaat [político de direita que nos anos 80 foi um dos primeiros a afirmar no parlamento que a Holanda já tinha gente a mais - cdr]. Mas o artigo 1 opõe-se ao artigo 7 (direito de opinião), que também é protegido pela constituição.
E é por isso que hoje em dia uma plêiade de grandes pensadores tropeçam no parlamento uns nos outros a imaginar medidas contra os imãs para os pôr fora do país no momento em que sejam acusados de "discriminação". Que raio de sociedade tolerante é esta que não aguenta com um barbas em camisa de noite que apenas exprime o que 90% dos muçulmanos aqui residentes pensam? Nomeadamente que os homossexuais são pessoas doentes e que devem ser combatidos a ferro e fogo… Não será precisamente isto a essência da liberdade de expressão, defender as opiniões menos recatadas, mais depravadas e que divergem das normas vigentes?
Sob o lema 'quem lesar o direito de opinião deles, está a lesar o meu’ já aconteceu que nos Estados Unidos membros do Ku Klux Klan foram defendidos por advogados pretos. E justamente os imãs, os representantes de um pensamento que quer exterminar as mulheres, os judeus, os homossexuais e tudo aquilo que se desvia de Alá, devem poder exprimir-se livremente, porque só dessa maneira é que podemos localizar os nossos verdadeiros inimigos. Uma condenação judicial desta forma de pensar não é uma solução e não vai proteger as minorias atingidas. O veneno que o Corão espalha agora abertamente vai continuar a alastrar às escondidas.
Deixemos o imã exprimir-se o mais livremente possível, como podemos considerar-nos moralmente superiores ao enraba-cabras se lhe retiramos a única coisa que a nossa sociedade essencialmente difere da dele? Os imãs que continuem a ser os pigmeus que são, mas por favor não os transformem em mártires. Quem preza a liberdade de expressão encolhe os ombros em mortífera indiferença.
É lamentável que um homossexual, ou uma mulher, ou um judeu, ou outra minoria qualquer seja vítima de heresia. Mais lamentável é o facto dos políticos deste país durante anos a fio se terem esquivado a toda e qualquer discussão sobre minorias agressivas. Dizer que o Islão é a maior ameaça para o mundo civilizado continua a ser uma blasfémia na igreja politicamente-correcta, onde se passa a vida a colocar paninhos quentes, a temporizar e a minimizar estes problemas. Todo o eleito que prudentemente se lembre de dizer o semelhante, está em vésperas de ter que se enfrentar em batalha campal com os soldados de Alá.
Não será a característica essencial da liberdade de expressão: defender sobretudo as opiniões mais discordantes?
Não há Atenas sem Esparta, Roma sem bárbaros. Mas o Ocidente vai provavelmente perder a guerra ideológica e os nossos filhos lembrar-se-ão com saudade da época de tolerância que antes era a norma por estes lados…
Se eu fosse um falhado negro-profissional à la Guilly Koster [apresentador do Suriname que explora a escravatura até ao máximo da decência – cdr] toda a gente teria pena de mim. Mas sou o Theo van Gogh e o meu maior prazer é não ser um representante subsidiado de uma minoria. Pelo contrário, sou a personificação daquilo que nos dizem que não devemos ser: politicamente incorrecto, branco, trabalho para uma cadeia de tv comercial, gordo, autóctone, sexista e sobretudo não muito convencido dos benefícios da tão cantada sociedade multicultural. Além disso acredito que somente a liberdade de expressão, em toda a acessão da palavra liberdade (inclusive o direito dos imãs exporem os seus preconceitos da idade da pedra) pode-nos, a nós, cidadãos livres, salvar da barbárie.
A última frase está em franca contradição com artigo 1 da constituição, que grosso modo diz: "não se pode discriminar". É preciso ter em conta que o artigo 1 foi posto em vigor pelo estalinista Joop Wolff [Líder do CPN, Partido Comunista Holandês hoje extinto - cdr] para travar o avanço de Janmaat [político de direita que nos anos 80 foi um dos primeiros a afirmar no parlamento que a Holanda já tinha gente a mais - cdr]. Mas o artigo 1 opõe-se ao artigo 7 (direito de opinião), que também é protegido pela constituição.
E é por isso que hoje em dia uma plêiade de grandes pensadores tropeçam no parlamento uns nos outros a imaginar medidas contra os imãs para os pôr fora do país no momento em que sejam acusados de "discriminação". Que raio de sociedade tolerante é esta que não aguenta com um barbas em camisa de noite que apenas exprime o que 90% dos muçulmanos aqui residentes pensam? Nomeadamente que os homossexuais são pessoas doentes e que devem ser combatidos a ferro e fogo… Não será precisamente isto a essência da liberdade de expressão, defender as opiniões menos recatadas, mais depravadas e que divergem das normas vigentes?
Sob o lema 'quem lesar o direito de opinião deles, está a lesar o meu’ já aconteceu que nos Estados Unidos membros do Ku Klux Klan foram defendidos por advogados pretos. E justamente os imãs, os representantes de um pensamento que quer exterminar as mulheres, os judeus, os homossexuais e tudo aquilo que se desvia de Alá, devem poder exprimir-se livremente, porque só dessa maneira é que podemos localizar os nossos verdadeiros inimigos. Uma condenação judicial desta forma de pensar não é uma solução e não vai proteger as minorias atingidas. O veneno que o Corão espalha agora abertamente vai continuar a alastrar às escondidas.
Deixemos o imã exprimir-se o mais livremente possível, como podemos considerar-nos moralmente superiores ao enraba-cabras se lhe retiramos a única coisa que a nossa sociedade essencialmente difere da dele? Os imãs que continuem a ser os pigmeus que são, mas por favor não os transformem em mártires. Quem preza a liberdade de expressão encolhe os ombros em mortífera indiferença.
É lamentável que um homossexual, ou uma mulher, ou um judeu, ou outra minoria qualquer seja vítima de heresia. Mais lamentável é o facto dos políticos deste país durante anos a fio se terem esquivado a toda e qualquer discussão sobre minorias agressivas. Dizer que o Islão é a maior ameaça para o mundo civilizado continua a ser uma blasfémia na igreja politicamente-correcta, onde se passa a vida a colocar paninhos quentes, a temporizar e a minimizar estes problemas. Todo o eleito que prudentemente se lembre de dizer o semelhante, está em vésperas de ter que se enfrentar em batalha campal com os soldados de Alá.
Não será a característica essencial da liberdade de expressão: defender sobretudo as opiniões mais discordantes?
Não há Atenas sem Esparta, Roma sem bárbaros. Mas o Ocidente vai provavelmente perder a guerra ideológica e os nossos filhos lembrar-se-ão com saudade da época de tolerância que antes era a norma por estes lados…
6 comentários:
5 estrelas.
E na Holanda não se ouviu nenhum muçulmano dito moderado a protestar contra o assassinato?
e a burralhice de 2º balcão cá continua firme e coesa para aplaudir - bravo! - com as mesmas insignificâncias post após post. ideias, qualquer coisa que faça desconfiar de uma originalidade, mesmo tímida?
nada. só lagartices e outras nulidades.
EJSantos disse: ”…na Holanda não se ouviu nenhum muçulmano dito moderado a protestar…?
Os muçulmanos moderados só protestam contra os seus dissidentes, mas sobretudo contra o Wilders.
É que este comportamento só tem vantagens: muito menos perigoso, não perdem o contacto com a comunidade e ainda por cima têm o apoio de uma grande parte da esquerda….
sr.anónimo disse: ”… com as mesmas insignificâncias…”
Realmente sempre as mesmas insignificâncias, comentário após comentário, após comentário! Uma crítica (positiva ou negativa), uma ideia, nada, só o insulto gratuito e anónimo…
Subscrevo a 100%.
Subscrevo a 100%.
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