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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Atletismo, capitalismo, catecismo e meltingpotismo.

Num post anterior (escola Racista) o meu colega de redacção Range-o-dente afirmou, penso eu metaforicamente, que 'não acredita na existência de raças'. Mas por enquanto as raças existem e têm características bem determinadas. Ele próprio, no mesmo post faz referência a uma destas características: 'determinadas células que, sendo exactamente iguais às minhas, se entretêm a pintar e a escurecer a pele com muito mais intensidade do que as minhas células seriam capazes.'

Mas as células
não são exactamente iguais, uma pele mais escura tem mais pigmentação. E tem por isso 25 vezes mais resistência aos ultras-violetas. E menos risco de apanhar cancro. Tem uma desvantagem. Produz menos vitamina D. Sobretudo quando pessoas com este tipo de pele, por uma razão ou outra, vivem num país onde há poucos dias de sol, como na Holanda. Isto é por exemplo pouco conveniente para mulheres muçulmanas, que passam o dia fechadas em casa. E as poucas vezes que saem à rua, chova ou faça sol, estão cobertas dos pés à cabeça! Um recente estudo do Medisch Centrum Amersfoort detectou uma grave falta de vitamina D nas mulheres estrangeiras, particularmente em 55% das marroquinas e turcas.

Além disso, as raças têm diferenças hereditárias que se manifestam de maneiras diferentes: na estatura física, na forma da cabeça ou do rosto, comprimento dos músculos, cor ou tipo de cabelo, resistência ao álcool e eu sei lá que mais... Mas mesmo no seio da raça negróide (para citar só uma delas) há diferenças espectaculares. Um exemplo que salta à vista é a distribuição geográfica das performances desportivas dos atletas africanos em atletismo.

A África ocidental é predominantemente um viveiro de sprinters. Verifica-se precisamente a mesma especialização por exemplo nos Estados Unidos. Onde os atletas afro-americanos, descendentes de escravos oriundos da costa ocidental de África, são formidáveis atletas, mas apenas dos 100 aos 400 metros!

Ao contrário, a África oriental, é o terreno exclusivo dos corredores de fundo. Dotados de uma morfologia completamente diferente dos primeiros, mais leves, menos corpulentos e músculos longos. Não conseguem correr 100 metros em 10 segundos, como o nosso Francis Obikwelu, mas são excelentes nos 5000 e 10.000 metros, e maratona.

Mas é evidente que estas características de raça não são irrevogáveis, e vão mesmo perder-se para grande tristeza dos amantes de atletismo, mas para grande alegria da maioria dos africanos. Porque o progresso, ou seja o capitalismo, que é quase a mesma coisa, vai, mais dia menos dia, acabar por resolver os actuais problemas de alimentação. E vai também construir estradas de Tunis ao Cabo da Boa Esperança e dotar cada africano de pelo menos um autómovel de tração às quatro rodas, e um par de óculos de sol. O que vai permitir aos pais africanos de levar os seus filhos à escola de carro coitadinhos que se podem cansar. Como já acontece em Portugal em larga escala. Porque os filhos, agora, anafados de comer junk food e de passar os dias deitados num sofá a jogar play-station, já não vão conseguir dar um passo. Precisamente como as nossas crianças.

E como gordura, assim como em Portugal, também em África é formosura, ou seja, um símbolo de estatuto. O desporto, deixando de ser funcional, vai ser nas escolas gradualmente substituído pelo catecismo (e pelo alcorão). Assim como em Portugal.

Portugal, que do ponto de vista desportivo, bem ao contrário de África, não tem grande coisa a perder, uma alteração da constituição da raça seria mesmo muito bem vinda. E aproveito já para fazer um apelo às mulheres portuguesas para se deixarem de merdas e, em vez de passar o tempo a ver telenovelas imbecis ou a levar os meninos de carro à escola, podiam mas'é dar umas quecas com indivíduos de cor. De preferência belos exemplares do tipo Francis Obikwelu. Gozavam que nem umas pretas e mais rapidamente as diferenças de raças se dissipariam. Uma excelente contribuição para o rejuvenescimento e para o imprescindível crescimento demográfico da nação. Por outro lado, acabava-se a diversidade, o racismo, as escolas exclusivas, fortificava-se ao mesmo tempo a raça e daqui por uns anos ainda ganhávamos umas medalhitas nos jogos olímpicos.

30 comentários:

RioDoiro disse...

"Mas as células não são exactamente iguais, uma pele mais escura tem mais pigmentação. E tem por isso 25 vezes mais resistência aos ultras-violetas."

Como o nariz mais comprido permitirá que se cheire o esturro a distância. Como ser careca permitirá que o capitalista conduza um descapotável produzindo menos atrito. Como o que ressona ...

Ter células que produzem mais ... tem a mesma importância que um batatal de outras características.

A selecção natural tende a apurar o corpo que melhor gere os recursos que tem. Em gerações, subsistem os mais bem preparados face ao ambiente em que se encontram. Isso não gera uma nova raça. Gera apenas um grupo de indivíduos com características comuns ao nível da quantidade em que determinada característica se faz sentir.

Eu, por exemplo, tenho uma doença auto-imune que se caracteriza por ir matando as células (melanócitos) que geram o pigmento (as tais que são mais preguiçosas que as dos pretos). Poder-se-há considerar que sou de um raça diferente? E, em boa verdade, as minhas células não são mortas por agentes estranhos. São mortas pelo sistema imunitário do próprio corpo. Trata-se de uma característica muito mais única que as características que o distinto co-blogger aponta aos pretos.

.

Unknown disse...

A discussão sobre a realidade biológica do conceito “raça" está repleta de contaminações ideológicas.

Chame-se-lhe o que se lhe chamar, as diferenças genéticas existem e estudos recentes sobre “marcadores microssatélites”, demonstram que os grupos humanos a que chamamos “raças”, são de facto, em certos aspectos, geneticamente distintos, e que a diferença não se reduz à maior ou menor quantidade de melanina na pele.
O próprio hibridismo está em causa, por exemplo entre chineses e europeus as probabilidades de incompatibilidade sanguínea são enormes.

É verdade que as diferenças biológicas são inferiores à diferenciação endogâmica, mas damos-lhe muita importância tendemos a confiar mais nos membros da nossa própria raça, tal como esta é tradicionalmente definida, do que nos membros de outras raças.
A “raça” e a “etnia” (que combina também língua, costumes e rituais) são conceitos significativos, em termos sociais e históricos, definem identidades e pertenças.

Que o mundo globalizado tende à miscigenação, é verdade..hoje as diferenças ambientais que estiveram na origem da diferenciação já não são muito significativas, pelo menos no mundo civilizado.
A prazo, é portanto inevitável que a espécie humana evolua para alguma uniformidade...no fundo regressando à origem.

Mas por enquanto, há raças.
Diferentes...e não só na melanina.

No fundo o fechar do círculo

RioDoiro disse...

Parece que se conseguiram manter muito tempo fora de contacto (significativo) com outra gente. O resultado é que, geneticamente, são bastante distintos de todo o resto do mundo. E no entanto ninguém lhes chama uma raça.

... para não falar nas semelhanças entre a população ibérica e a guineense. Parece que houve fortes migrações no passado que levaram a que quase todo o material genético seja igual.

O busilis é que das duas uma: ou classificamos as diferenças genéticas por grau de importância, ou não há raças. E para as classificar-mos com grau de importância sem meter alguma forma de ideologia pelo meio ... ufff.

Exemplo: é importante a cor da pele mas não a forma dos tomates.

É importante que o nariz seja acachapado e largo e não longo e fino, mas não interessa que a bexiga seja mais redonda ou acachapada.

Etc, etc.

Uma das alturas em que pensei no assunto deu-se quando encontrei um preto a cantar o fado que se desunhava.

Malta que tinha vivido em África, muitos anos, jurava a pés juntos, que o fado seria coisa que ficaria a milhas de distância do ser africano. E, no entanto, ela move-se.

.

Anónimo disse...

De há muito que a "classificação" de raças deixou de fazer sentido. Existe uma raça: a humana. É verdade que existem características anatómicas e culturais específicas em grupos onde não existe miscenização, mas essas especificidades tendem a desaparecer no longo termo (vide Brasil). Nesse sentido, deve aplaudir-se a sugestão do Carmo da Rosa: fornicação inter-racial para que as próximas gerações sofram menos preconceitos.

RioDoiro disse...

"fornicação inter-racial para que as próximas gerações sofram menos preconceitos"

A fornicação tem sido muito mais generalizada do que se tem suposto. A coisa tem-se tornada mais clara desde que se começaram a fazer estudos genéticos.

Anónimo disse...

Mesmo se fizermos a hierarquização das características genéticas segundo a ideologia que alguns cultivam com carinho, as surpresas saltam. Não só existe maior amplitude entre os diferentes indivíduos do mesmo grupo do que entre grupos diferentes - o que já dá para se repensar o ex-conceito de raça - como a investigação tem aproximado dos outros subgrupos aqueles que se consideravam diferentes (e normalmente melhores).

Quem diria que no norte de Portugal e na Galiza se encontra uma percentagem substancial de genes subsarianos transmitidos por via feminina? Aparentemente uma contradição histórica, mas afinal muito fácil de explicar pela sociologia. E que esses genes norte-africanos (mouros) vão aumentando gradativamente de norte para sul até atingirem cc de 25% no Algarve? E que depois todo este coctail genético que é Portugal foi exportado para o Brasil?

Tudo isto tem a sua lógica e ainda a procissão vai no adro, a investigação genética só agora começou.

RioDoiro disse...

Vejamos estes dois casos:

Há duas doenças, "sickle-cell" e "thalassemia" (procurem na wikipedia) que encurtam a vida dos respectivos portadores. Suponho que são doenças genéticas, hererditárias. Quem tem a doença vive pior e vive menos, mas se apanhar malária, têm mais hipóteses de sobreviver.

Como fazemos? Classificamos estes portadores como uma raça diferente?

.

Anónimo disse...

A fornicação é um meio agradável de nos fazer voltar à originária tribo africana, mas outros há não tão prazenteiros mas muito poderosos ainda assim.

Olhamos para nós e para os nórdicos e pensamos que nada temos a ver com eles, a não ser um vaguíssimo ancestral indo-europeu vindo lá das estepes, que até nem passa de uma construção virtual a posteriori, baseada essencialmente na linguística. E que os filhos desse kurgane eram tão, mas tão opostos que a nós nos calhou o patinho feio.

E esses pró-raças que explicam pela genética o que não conseguem perceber, bla bla (embora quando confrontados com Portugal omitam que por essa ordem de ideias nós ficámos com uma ração adulterada), multiplicam-se em explicações muito direitinhas de que aqueles que apresentam desempenhos escolares, sociais, etc. acima de outros, são mais inteligentes por imperativo genético. E mais bla bla.

Segundo os tais estudos recentes levados a cabo pela equipa coordenada em Portugal por António Amorim do Ipatimup, existe um rasto de determinados genes oriundos da Península na direcção do norte da Europa. Explicação plausível: aquando da glaciação, as únicas populações sobreviventes foram as que se refugiaram em bolsas confortáveis no clima mais ameno da Península, onde preservaram o homo europeus. Passada a chuva, lá partiram em direcção a outras paragens. E é assim que os altos, louros, espadaúdos nórdicos, mais inteligentes, mais funcionais, mais dotados, mais, mais, mais do que nós, são afinal nossos descendentes.

O que das duas, três, de acordo com a 'teoria' genética/inteligência: ou esses povos nórdicos tiveram mais tarde nova benesse de herdar genes super que se sobrepuseram aos fracotes de caco, ou a genética tem tanto a ver com isso como uma batata.

O que os torna diferentes hoje, é tão, mas tão fácil de perceber que dói a alma ver anjinhos barrocos às voltas com a tabuada na mão.

RioDoiro disse...

[Quando debitei o meu comentário anterior não me apercebi que o ML tinha postado o dele].

... mas não tenho nada a obstar se se usar a palavra raça para referir grupos algo distintos, seja por incompatibilidade orgânica, seja por incompatibilidade de comportamento. Mas suponho não estar errado se disser que não é esse normalmente o sentido em que a palavra é empregue.

De qualquer forma, temo que se possa vir a concluir haverem 6 mil
milhões de raças no planeta.

...

Mas, entretanto, que ninguém nos ouve, esta conversa está a ficar demasiado morna.

E se eu pespegar aqui com a conclusão de que os pretos são em média mais estúpidos que os brancos, e que os brancos são, em média, mais estúpidos que os asiáticos? Vai cair o Carmo e a Trindade (salvem a cervejaria)?.

.

Anónimo disse...

Pode pespegar com o que quiser e com as palavras que entender, que estará sempre a falar de desempenhos observáveis à chegada, e não de capacidades/habilidades/competências à partida.

Pelo meio fica o caudal do rio, onde uns boiam e outros se afogam.

Também gosto das ruínas do Carmo, e mais ainda do quartel. Foi lá que tudo se consumou. Amen.

Diogo disse...

Eu adoro nórdicas, mas abstenho-me para não corromper as raças (sou latino).

Unknown disse...

"aqueles que apresentam desempenhos escolares, sociais, etc. acima de outros, são mais inteligentes por imperativo genético"

Caro ml, você pode recusar ideologicamente esse facto, mas ele é iniludível e lógico. As leis de Mendel não dependem de noções politicamente correctas.

Há uma natural selecção... as pessoas tendem a juntar-se por afinidades...é por isso que raramente verá um professor universitário casado com a porteira do prédio ( isso só nos livros da fadas).

Certamente haverá casos e casos, mas em MÉDIA, é isso que acontece.

E em MEDIA, os filhos destes casais, herdarão, segundo as leis do dito Mendel, algumas características dominantes dos pais.

Goste você ou não goste, este tipo de selecção acontece naturalmente.

A inteligência, ou o que quer que seja que torna as pessoas bem sucedidas, tem uma base fisiológica, tem a ver com a forma como o cérebro é.
A potencialidade vem daí e o meio faz o resto.

POr isso não adianta recusar o facto como se fosse uma blasfémia, agindo como as beatas que tapam os ouvidos quando alguém lhes conta histórias picantes sobre Deus.

Concorde você ou não, há estudos profundos com gémeos verdadeiros que atestam este facto.

Por isso as suas crenças são muito bonitas e rebeubeu pardais ao ninho, mas nada têm a ver com a realidade.

O problema não é você ter essa opinião religiosa. O problema é que ela domina a mentalidade das pessoas que estão no topo do nosso sistema de ensino.

Os resultados são os que se conhecem.

David Lourenço Mestre disse...

Eu tb adoro nordicas, e nao me abstenho. Para nao corromper a minha raça, parece que é uma boa razao - diogo dixit. Fiquem lá com as africanas, que eu fico com as suecas, as alemas e as britanicas.

Viva el Mehico muchachos

Carmo da Rosa disse...

Quando eu publiquei o meu post estava à espera de receber outro tipo de reacções. Eh pá, mais tu cá tu lá, mais ao meu nível, mais terra à terra. Esqueço-me sempre que já há mais de 30 anos que mudei de terra…
De maneira nenhuma contava com uma discussão aprofundadíssima sobre o conceito de RAÇA, da qual não percebo a ponta dum corno, tão pouco quero perceber e tenho azar a quem percebe… Just kidding.

Estava mais à espera deste tipo de discussão: Será que um dia os Quenianos possam ganhar corridas de 100 metros, e os nigerianos maratonas? Será que progresso significa capitalismo? Não será a burka e a nikab, num país com pouco sol, um atentado à saúde pública, assim como o tabaco e a droga? Tem algum sentido, passar o resto da vida a cantar os HERÓIS DO MAR, quando mimamos os nossos filhos até à medula, quando nem sequer os ensinamos a nadar?

De qualquer maneira, noblesse oblige, vou tentar responder.

Range-o-dente:
Como o nariz mais comprido permitirá que se cheire o esturro a distância. Como ser careca permitirá que o capitalista conduza um descapotável produzindo menos atrito. Como o que ressona ...

Assim como com uma picha pequena se evita desmaios no momento da erecção, que pode ser ocasionada por uma momentânea falta de oxigenação do cérebro por via sanguínea. Por isso é que a raça amarela - ou se preferirem a designação do meu colega: grupo de indivíduos com características comuns ao nível da quantidade em que determinada característica se faz sentir - é mais procriadora do que a raça branca, e obviamente mais do que a negra. Esta última, com o matacão de que normalmente são dotados, primeiro que a coisa se encha de sangue é um dia de juízo, e depois correm o risco de sofrer um derrame cerebral. Por esta razão usam, mas não abusam…


Range-o-dente:
tenho uma doença auto-imune.(…) Trata-se de uma característica muito mais única que as características que o distinto co-blogger aponta aos pretos.

E precisamente por ser assim tão única, este distinto blogger dificilmente lhe pode chamar raça! Raça é realmente um termo pouco preciso, muitas vezes mesmo uma amálgama, mas, apenas com quatro letrinhas se faz a festa, bem mais prático do que grupo de.... com 101 caracteres... penso eu de que!


Range-o-dente:
Malta que tinha vivido em África, muitos anos, jurava a pés juntos, que o fado seria coisa que ficaria a milhas de distância do ser africano. E, no entanto, ela move-se.

Não percebo bem porquê? As morninhas cabo-verdianas acho-as muito parecidas com fado...

ML:
A fornicação tem sido muito mais generalizada do que se tem suposto.

Nas ex-colónias e Brasil, mas será assim na metrópole? Para quando um presidente da republica preto, um ministro, um secretário de estado, um membro do parlamento, um presidente da câmara, um…… dirigente partidário. Nisto os americanos são bem mais politicamente correctos do que nós.

ML:
Mesmo se fizermos a hierarquização das características genéticas segundo a ideologia que alguns cultivam com carinho, as surpresas saltam. Não só existe maior amplitude entre os diferentes indivíduos do mesmo grupo do que entre grupos diferentes - o que já dá para se repensar o ex-conceito de raça - como a investigação tem aproximado dos outros subgrupos aqueles que se consideravam diferentes (e normalmente melhores).

‘alguns cultivam com carinho’,


Quem são os alguns? Que é para depois tentar saber que surpresas, e finalmente saber se realmente ‘saltam’! O resto da frase, peço desculpa, mas sem uns exemplosinhos também não vou lá.

ML:
E é assim que os altos, louros, espadaúdos nórdicos, mais inteligentes, mais funcionais, mais dotados, mais, mais, mais do que nós, são afinal nossos descendentes.

Não duvido. Mas aqui teria sido talvez necessário acrescentar que isto não foi sempre assim, que os altos e espadaúdos nórdicos, só há muito pouco tempo é que realmente se tornaram altos e espadaúdos. No que diz respeito à Holanda – não tenho razões para acreditar que em relação aos outros nórdicos a coisa seja muito diferente - só nos últimos 150 anos, com espectacular crescimento depois da segunda Grande Guerra.
E este crescimento, segundo os especialistas, nada tem nada a ver com eugenética, mas com trivialidades assim como outro tipo de alimentação (mais variada e mais saudável), higiene, e progresso na medicina (combate a doenças infecciosas).
Hoje em dia a juventude holandesa é a mais alta do mundo: 184 cm em média para os rapazes e 170,6 cm para as raparigas.


Diogo:
Eu adoro nórdicas, mas abstenho-me para não corromper as raças (sou latino).

Eu também adoro nórdicas (e sou latino), mas como abster-me? Tudo chicha de primeira, pernas lindíssimas em média de 1,40 cm e à mão de semear…

Anónimo disse...

Isso é parlapié de Bell Curve. Mas em relação a eles havia uma agenda para extrair conclusões, aos espontâneos essa defesa não traz qq vantagem. Pergunte ao António Amorim se a população algarvia tem um défice cognitivo em relação aos transmontanos. Ou ao Cavalli-Sforza, que estudou a população mundial. E além disso, já não há pachorra para a pré-história do conhecimento. Já vamos na ciberciência.

E não se vai ofender, espero a máxima compreensão, mas entre a sua opinião e a dos investigadores, apoio-o a si incondicionalmente.

http://newsletter.up.pt/media_site/uporto_na_imprensa/2007/10/31/racismo_ipatimup_27-10-2007.pdf

Anónimo disse...

mestre Mestre

Para nao corromper a minha raça
Faz muito bem, mas não se esqueça de que parece terem sido os ibéricos a fundar essa casta superior. Os seus sogros.



sr. carmo

Não duvido. Mas aqui teria sido talvez necessário acrescentar que isto não foi sempre assim
Estava numa de ironia. Se as leis de Mendel justificam geneticamente a pouca inteligência de algumas variantes humanas, onde, quando e como se deu a viragem se marchámos todos juntos out of Africa com a nossa mãe Eva?
Na, cá para mim isto que temos agora é batota genética.


Nisto os americanos são bem mais politicamente correctos do que nós.
E muito mais meltingpoted. Quando atingirmos as mesmas percentagens populacionais e o mesmo nível de enraizamento pluricultural, falamos.


Quem são os alguns?
Os filhos da Bell Curve, anni settanta.
Quanto a um exemplozinho para poder lá ir: dois conjuntos, um de holandeses, outro de jamaicanos. Há maior variabilidade genética entre os indivíduos dentro de cada conjunto do que entre um conjunto e outro.
It’s a hard life, sem dúvida. Só nos resta ir navegando.

Anónimo disse...

O meu comentário das 15:22 é para o prezado lidador.

Unknown disse...

"pré-história do conhecimento"

Acha?
Bem, a teoria da relatividade tem quase 100 anos.
E as leis de Mendel, mais do que isso.

Ora diga lá o que se descobriu que contrarie essas coisas pré-históricas.

E se por "estudo científico", entende um artigo de jornal que se limita a repetir as rezas da correcção política, então não estamos a partilhar um código comum e quando o ml me fala em queijos, fico sem saber se se está a referir ao derivado do leite, ou a um gato que batizou com esse nome.

Se calhar o problema vem daí...
De qq maneira, não me convence a ler o Correio da Manhã com a mesma confiança com que leio uma revista com peer review.
Manias.

Luís Oliveira disse...

[a teoria da relatividade tem quase 100 anos]

E quem é que acredita nessa treta?

Anónimo disse...

E se por "estudo científico", entende um artigo de jornal que se limita a repetir as rezas da correcção política
E por acaso no meio das rezas não viu o nome de Luisa Pereira, que faz investigação genética de ponta? Então experimente esta, o nome aparece mais vezes e não pode escapar-lhe.

http://www.editonweb.com/Noticias/Noticias.aspx?nid=392&editoria=8&sub=32

E mais esta, tudo made in Portugal.

http://www.editonweb.com/Noticias/Noticias.aspx?nid=661&editoria=8&sub=29

É um orgulho, não é? Ter gente que sabe o que diz. Mas esteja descansadinho da silva que no confronto com esta gentinha o meu apoio à sua 'tese' continua incondicional.

Anónimo disse...

Oliveirinha, é um prazer dialogar consigo. Ah, desculpe, não era comigo, veio com o papá.

Carmo da Rosa disse...

ML:
Quando atingirmos as mesmas percentagens populacionais e o mesmo nível de enraizamento pluricultural, falamos.

Tudo bem, mas para um país com 500 anos de tradição colonial é no mínimo estranho que a população negra esteja apenas representada nos plantéis das equipas de futebol…

Anónimo disse...

Não é assim tão estranho. Tem a ver com o nosso modelo de colonialismo. As populações índigenas podiam misturar-se, mas não podiam educar-se. Na falta da universidade, sobrava o futebol.
Ao contrário, no colonialismo anglo-saxónico, as populações índigenas não podiam misturar-se, mas podiam educar-se...

Anónimo disse...

Mas nem será apenas isso. O convívio massivo dos europeus com os ex-colonizados é muito recente, até há 30 anos vivia cada qual em seu continente. Nos Estados Unidos a partiha da história e dos códigos culturais num mesmo espaço tem séculos. E mesmo assim, tb só muito recentemente os negros, poucos, se aproximaram do poder. Só estou a lembrar-me do Jesse Jackson, da Condoleeza, do Collin e agora o Obama, a nível nacional. Haverá mais a nível local, mas desconheço.

RioDoiro disse...

"Condoleeza"

Cheira a enxofre.

.

Anónimo disse...

Holandês Voador:
Ao contrário, no colonialismo anglo-saxónico, as populações índigenas não podiam misturar-se, mas podiam educar-se…

Parece-me lógico. Mas significa isto, que em Portugal, a população das ex-colónias continua a não se poder educar convenientemente? E por isso não possa ser de outra forma, que nos estádios, representada?

ML
O convívio massivo dos europeus com os ex-colonizados é muito recente, até há 30 anos vivia cada qual em seu continente. Nos Estados Unidos a partiha da história e dos códigos culturais num mesmo espaço tem séculos.

De acordo, ‘Nos Estados Unidos a partiha da história e dos códigos culturais num mesmo espaço tem [2!] séculos.’

Anónimo disse...

Existem já bastantes exemplos de população das ex-colónias com educação superior e a desempenhar funções consentâneas em Portugal: médicos, professores, advogados, etc...seja porque vieram para cá estudar e ficaram, seja porque aqui cresceram e estão integrados. Os futebolistas já vinham para Portugal antes do 25 de Abril, enquanto a maior parte destes novos quadros chegaram há menos de 30 anos. Só para dar um exemplo, em 1975 não existiam sequer universidades em Angola. Como formar quadros nacionais nessa situação? Não é, pois, de admirar, que o desporto e o futebol em particular, fosse a alternativa escolhida.

Anónimo disse...

tem [2!] séculos.

Bom, não se sabe ao certo quando essa partilha de valores começou, é óbvio que não foi de imediato e que se processou gradualmente, e é tão crível uma data certinha como afirmar-se que a Idade Média acabou em 1453, com a conquista de Constantinopla.
São marcos simbólicos e no caso deste convívio policultural talvez o fim oficial da escravatura na segunda metade do séc. XIX seja pertinente. Há negros e brancos na América desde o século XVII, mas não se pode falar de 'convívio'.

Miguel Madeira disse...

"São marcos simbólicos e no caso deste convívio policultural talvez o fim oficial da escravatura na segunda metade do séc. XIX seja pertinente."

Talvez não - nas plantações viviam tanto escravos como donos de escravos; talvez a maior segregação tinha sido nas décadas a seguir à abolição. Até há quem diga (talvez não muito a sério) que a razão porque há poucos mulatos nos EUA é porque a escravatura acabou mais cedo que no Brasil...

Miguel Madeira disse...

Eu fiquei foi sem perceber se o Carmo da Rosa acha que as diferenças raciais são genéticas ou não. Todo o seu posto parece indicar que sim, mas a parte final (a referencia ao capitalismo ir acabar com algumas caracterisitcas raciais) parece ir no sentido de achar que as diferenças são causadas pelo ambiente e não pelos genes.

Claro que, a longo prazo, mudanças no ambiente podem originar mudanças nos genes, mas isso leva centenas ou milhares de anos (e sobretudo, mudanças ambientais favoráveis, como melhor alimentação, melhores meios de transporte, etc., afectam muito menos a evolução genética da espécie do que mudanças desfavoráveis)