Teste

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

A palhaçada

Sempre que ocorrem reuniões do G8, sejam elas em Tóquio, em Berlim ou em Londres, acabam sempre por aparecer grupos de indivíduos (maioritariamente como os da imagem) pronto a gritar "morte ao Bush", "morte à Globalização", "morte aos transgénicos" e a darem vivas ao Ambiente.

Não é por acaso que eles escolhem as reuniões do G8: esta malta detesta o mundo desenvolvido, civilizado, capitalista e próspero. Porquê? Porque a maior parte deles detesta, por uma razão que ninguém consegue explicar, a civilização ocidental e tudo o que ela acarreta.


Refira-se, em abono da verdade, que eles detestam todas as civilizações: porque eles são anti-civilizacionais. Pensam que a civilização ofusca completamente a liberdade do indivíduo, que a civilização tirou o homem da esfera da natureza e da beleza natural, que a civilização tornou o homem, um ser por natureza bom, num ser mau e que o Estado nunca devia existir.

Gostaria de parafrasear uma palavra do nosso Primeiro-Ministro, aqui utilizada noutro contexto: "Ridículo".

É esta gente que coloca os maiores entraves ao avanço do ser humano enquanto ser intelectual, à ciência como forma do ser humano resolver muitos dos seus problemas, à tecnologia, ao desenvolvimento, ao crescimento. Tudo está mal, tudo deve ser concertado, a mãe natureza vingar-se-á.

São, por consequência, um movimento Antiglobalização. No entanto, eles consideram-se, em geral, um movimento Alterglobalização. Esta auto-qualificação é, para mim, incorrecta: ou se é contra a Globalização ou se é a favor.

Nas palavras de José Saramago, a Globalização é equivalente a um fascismo. Deve ser isto o que esta malta pensa: procissões à Ilha de Lanzarote esperam-se nos próximos meses.

É importante frisar que existem, porém, alguns estados do Mundo com menos culpas no cartório. Isto porque, além de serem menos civilizados, são fraternos, amigos do ambiente, bons e felizes: destacam-se, numa já muito restrita lista (maldito Reagan!), Cuba, Coreia do Norte e Laos. Autênticos paraísos não acham?

No entanto, abate-se um problema com a inclusão de Cuba na lista: depois da passagem de poder de irmão para irmão, Raúl Castro autorizou que os Cubanos recorressem aos luxos do capitalismo! Maldito sejas Raúl, seu vendido!

No The Great Global Warming Swidle vemos um dos fundadores da Greenpeace a acusar a organização de partidarização e de posições que em nada têm a ver com o ambiente. Estas posições e esta partidarização são em parte influenciadas por esta gente de quem vos falo neste post, que se apropriou indevidamente do dossier Alterações Climáticas para proveito próprio e o utiliza como arma de arremesso contra a civilização Ocidental.

Enquanto a maior parte dos jovens gostar de ir ao McDonalds, de ver filmes Norte-Americanos e de mandar mensagens pelo telemóvel, esta malta limitar-se-á às tentativas frustradas de boicote de reuniões internacionais, de boicote de interesses Norte-Americanos e às manifestações de meia dúzia de alucinados. Porque, apesar de tudo, é difícil recolher-se apoio quando se é incoerente.

112 comentários:

Sérgio Pinto disse...

Esta auto-qualificação é, para mim, incorrecta: ou se é contra a Globalização ou se é a favor.

Lá está o código binário em acção. Esses rótulos devem dar imenso jeito para descansar às mentes ideologicamente intolerantes que, à falta de argumentos, vão tentando categorizar tudo em 2 blocos opostos. Pró e anti-globalização, pró e anti-semita, pró e anti-americano, pró e anti-terrorismo. Mas é o que aprende com o George W.: ou estão connosco ou estão com os terroristas, não é?

Mas fico curioso: o Stiglitz é anti ou pró-globalização? E o Louçã? E o Daniel Oliveira? E o Rodrik? E a cangalhada neonazi tipificada pelo caturo? Estão todos no mesmo barco? É que, no mínimo, todos eles rejeitam o modelo previsto pelo vulgarmente designado Consenso de Washington. Mas haverá alguém suficientemente tapado para não conseguir discernir diferenças entre eles?

RioDoiro disse...

Caro Sérgio,

Eu não vejo essa dicotomia que o Sérgio vê.

Os movimentos são anti-globalização e a favor de uma alter-globalização.

Em boa verdade são a favor de uma coisa que não existe e, simultâneamente, contra outra que não existe.

Se fossem contra algumas coisas da globalização e não fossem a favor da tal alter-blobalização, percebia-se que eles encaravam a coisa a cinzento. Mas não, eles são liminarmente contra e apenas a globalização.

Sendo contra uma coisa bastante concreta e a favor de uma coisa que não existe nem se explica, concretamente em que consistirá (ou deve consistir)*, eu parece-me que o RB é benevolente.

Na minha opinião os gajos são simplesmente chapados de parvo, sem cinzentos.

*não me venha com a história da globalização cor-de-rosa: cheia de coisas boas, justa para todos, sem trabalho que tenha que ser feito, todo coisas naturais e verdes e sem abti-bióticos e vivendo até aos 150 anos, etc, etc, etc.

Unknown disse...

"Estão todos no mesmo barco"

Estão. E remam para o mesmo çado.
Os motivos que os levam a caminhar juntos podem ser diferentes, mas que são fellow travelers disso não há a mínima dúvida.
E todos eles, é garantido, animados por aquilo que acham ser as "melhores intenções".
Naturalmente, cada um acha que as dele é que são as "boas".

Unknown disse...

"Mas haverá alguém suficientemente tapado para não conseguir discernir diferenças entre eles?"

Quais são?

Anónimo disse...

RB,

"Esta auto-qualificação é, para mim, incorrecta: ou se é contra a Globalização ou se é a favor."

Ora tanto uma coisa como a outra é um pouco ridicula, é como discutir se é a favor de que o céu é azul, ou se o céu é cor-de-rosa...

Meu caro RB, é a favor de tudo o que aconteceu com a globalização?

Caro Lidador existem um ditado que diz "se não tem solução solucionado está", neste seu caso se não vê diferenças então é impossível que alguma vez as consiga ver...

Anónimo disse...

Morte ao bush? NÃO . Morte a estas ''pessoas'' não civilizadas

Sérgio Pinto disse...

Na minha opinião os gajos são simplesmente chapados de parvo, sem cinzentos.

Caro RoD,

Se é apenas em relação aos indivíduos fotografados ou aos que se entretêm a seguir as reuniões do G8 e que fazem questão de deixar um rasto de carros virados ao contrário e letreiros do McDonald's queimados, até concordo. Mas dadas as generalizações típicas deste blog, supus que a dicotomia se estendia a qualquer elemento, pelo que o senhor X, seja ele quem for, só pode ser pró ou anti-globalizador.


No entanto, facilmente arranja pessoas que, não se opondo ao processo globalizador em abstracto (não se opõem à crescente interligação das economias de cada país), defendem variadas formas de como esse processo deverá ser conduzido ou balizado.

Assim, definindo um "pró-globalizador" como alguém que pretende uma globalização segundo o Consenso de Washington, poderá encaixar nesse grupo toda a ortodoxia do FMI, por exemplo (ou o mentor do LO, o Andrei Shleifer, de Harvard).

Por outro lado, o Stiglitz defende que o monetarismo do tão adorado Friedman está desacreditado e que o seu sucessor, a "inflation-targeting" para lá caminha. É muitíssimo crítico da acção do FMI, opõe-se claramente à desregulação e liberalização cegas e, no entanto, está longe de ser marxista ou neomarxista ou algo que se aproxime.

O Rodrik é neoclássico, mas critica desde há algum tempo os modelos "one-size-fits-all" do FMI apoiados no Consenso de Washington. Defende que, ainda mais em países em desenvolvimento, não faz muito sentido raciocinar em termos de "first-best", mas sim em "second-best", dado que o contexto está longe de ser o ideal. Conclusão evidente: deixar tudo entregue ao mercado dará, provavelmente, asneira. Daí que tenha proposto, juntamente com o Ricardo Haussman, um novo modelo de diagnóstico para verificar quais os principais contrangimentos ao desenvolvimento de cada país. Naturalmente, isso implica uma rejeição de modelos estandardizados e pré-definidos de desenvolvimento. Conclusão igualmente evidente: a ortodoxia do FMI faz asneira ao querer impôr um modelo indiferenciado.

O Daniel Oliveira, por exemplo, já defendeu que os países desenvolvidos abrissem os seus mercados aos países em desenvolvimento e nunca se definiu como contra a globalização embora seja evidente que não é um apoiante do Consenso de Washington.

Os neonazis estilo caturo, esses sim, são liminarmente anti-globalizadores, devido à ladainha dos produtos nacionais, da anti-imigração e da pureza racial e blá blá blá.

Percebe o porquê de me parecer absurdo acantonar tudo em 2 blocos?

Sérgio Pinto disse...

Caro lidador,

Concluo então que você e o caturo estão no mesmo barco, uma vez que têm posições idênticas em relação aos muçulmanos.

Se não vê as diferenças, lamento, mas só lhe posso recomendar que leia directamente vários economistas. Não tenho e muito menos paciência para lhe estar a explicar coisas evidentes. Vá à fonte!

Renato Bento disse...

Caros Stran e Sérgio,

uma coisa é dizer que existem aspectos passíveis de alteração, dizer que se concorda mais ou menos com uma coisa, dizer que fariam as coisas de outra forma, etc.

Agora apresentar uma alternativa que nada tem a ver como a Globalização é ser anti-Globalização. Não existe Globalização alternativa: a Globalização tem certos moldes e não se pode desviar destes, caso contrário deixa de ser Globalização.

Unknown disse...

"Não tenho e muito menos paciência para lhe estar a explicar coisas evidentes"

em, se são evidentes, devia ser fácil explicá-las.
Onde é a fonte, já agora?

Unknown disse...

"Lá está o código binário em acção"

Há coisas que são mesmo assim. A lógica booleana, por exemplo...

"ou estão connosco ou estão com os terroristas, não é?"

Tem razão. Ou se está com os terroristas ou contra eles. OU se está vivo ou se está morto.
Pão, pão, queijo, queijo.

O outro rezava a Deus pedindo-lhe paciência para aceitar o que não podia mudar, força para mudar o que podia e sabedoria para distinguir entre as duas.

A terceira faz falta a muita gente.

Diogo disse...

«esta malta detesta o mundo desenvolvido, civilizado, capitalista e próspero»

Deve ser o efeito cardume, de que fala o Lidador.

ml disse...

Lá está o código binário em acção.

Ah, mas é o mais interessante aqui do blogue e de uma utilidade inegável. Olha, a mim o rigor do método já me ajudou a resolver questões delicadas que arrastava há anos.

Pró-fruta ou pró-doce?
Pró-praia ou ou pró-campo?
Cardume ou flotilha?

Nem sei como consegui conciliar até hoje itens tão contraditórios.

Luís Oliveira disse...

[O Rodrik é neoclássico]

Vc percebe mesmo desta poda.

Sérgio Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sérgio Pinto disse...

em, se são evidentes, devia ser fácil explicá-las.
Onde é a fonte, já agora?


Já estão explicadas na resposta ao range-o-dente. Se não percebeu, problema seu. Experimente umas aulas de português e pode ser que se torne capaz de compreender textos alheios (embora eu não tivesse muitas esperanças em relação a isso, no seu caso).

A fonte são livros, papers, artigos dos próprios autores. Consegue descobri-los sozinho ou até para isso precisa de ajuda?

Sérgio Pinto disse...

Caro RB,

Existem diferenças grandes entre o modelo baseado no Consenso de Washington ou o que qualquer dos economistas que indiquei defendem. Além do mais, eu não sei quais são os "certos moldes" que você acha que a globalização tem que ter para assim poder ser designada.

De qualquer forma, continuo a pedir-lhe que encaixe os nomes que indiquei no comentário inicial nos dois grupos, estou sinceramente curioso.

Sérgio Pinto disse...

[O Rodrik é neoclássico]

Vc percebe mesmo desta poda.


Exacto. Ao contrário de você, luisinho.

Mas, dado que continua com dúvidas, pode ir digerindo:

This is immediately followed by

«Part of the difficulty of exposing this narrowness is that there is a family split among neo-classical economists between those who believe that real-world market economies approximate perfect competition and those who don’t. Believers are identified with the “Chicago School,” whose leading exponents include Milton Friedman and George Stigler. Non-believers are identified with the “MIT School” associated with Paul Samuelson. Rodrik is of the MIT School, as are such household names as Paul Krugman, Joseph Stiglitz, and Larry Summers. This split obscures the underlying uniformity of thought.»

In other words, the neoclassical family can house such diverse views on economic policy as those espoused by Milton Friedman, on the one hand, and Joe Stiglitz on the other. What "uniformity of thought" is Tom talking about?


http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2008/02/one-economics-a.html


On the other hand I have never found neoclassical methodology too constraining when it comes to thinking about the real world in novel and unconventional ways.

http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2007/05/is_neoclassical.html


First of all, Rodrik:

First, this book is strictly grounded in neo-classical economic analysis. At the core of neoclassical economics lies the following methodological predisposition: social phenomena can best be understood by considering them to be an aggregation of purposeful behavior by individuals – in their roles as consumer, producer, investor, politician, and so on – interacting with each other and acting under the constraints that their environment imposes. This I find to be not just a powerful discipline for organizing our thoughts on economic affairs, but the only sensible way of thinking about them. If I often depart from the consensus that “mainstream” economists have reached in matters of development policy, this has less to do with different modes of analysis than with different readings of the evidence and with different evaluations of the “political economy” of developing nations. The economics that the graduate student picks up in the seminar room – abstract as it is and riddled with a wide variety of market failures – admits an almost unlimited range of policy recommendations, depending on the specific assumptions the analyst is prepared to make … the tendency of many economists to offer advice based on simple rules of thumb, regardless of context (privatize this, liberalize that), is a derogation rather than a proper application of neoclassical economic principals


http://crookedtimber.org/2007/11/12/more-politics-many-recipes/#more-6402


Já chega ou ainda está com vontade de continuar a fazer figura de parvo? (que é ignorante já sabemos)

Luís Oliveira disse...

[Dani Rodrik is at pains to identify himself as a neoclassical economist]

Não sabe inglês, seu atrasado mental? Isso traduz-se por "Rodrik tem dificuldade em definir-se como um economista neoclássico".

Se que pescar à linha ao menos pesque os peixes certos.

Luís Oliveira disse...

Ah, com que então deitou o peixe de volta à água? Não interessava para a pescaria, era?

Sinceramente, que tontinho...

Luís Oliveira disse...

Põe-se no google Rodrik+neoclassical e o que aparece logo à cabeça?

Dani Rodrik's weblog: Is neoclassical economics a mafia?

Mas deixo a pesca à linha para os verdadeiros especialistas. Os que sabem da poda.

ml disse...

Is neoclassical economics a mafia?

Achei a sua argumentação tão brilhante que fui logo à procura das bases desse inglês perfeito.
E com que me deparo?

Is neoclassical economics a mafia?

I have never found neoclassical methodology too constraining when it comes to thinking about the real world in novel and unconventional ways.
To me it represents nothing other than a methodological predilection for deriving aggregate social phenomena from individual behavior--and as such it is a very useful discipline for any social science.

Neoclassical economics teaches you how to think, not what to think.

So it has always been a bit difficult for me to understand the critique that neoclassical economics is necessarily driven by ideology or leads to foregone conclusions.



Máfia, parece que não acha, dados os rasgados elogios ao neoclassicismo. Trata-se portanto de uma pergunta retórica.
Depois disto, que pensar? Que se deve ler sempre tudo e não apenas a primeira linha.

Luís Oliveira disse...

Aí está o tontinho II. Esuqeceu-se de referir o sol da terra II e o compasso binário. Ou deixou para o tontinho III?

Numa citação que o tontinho I apagou o Rodrik diz que tem dificuldade em definir-se como economista neoclássico. Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo.

Sérgio Pinto disse...

Caro idiota,

Apaguei a citação porque a parte que é efectivamente do Rodrik já vinha, em maior extensão, na última citação.

Além do mais, se você não fosse claramente obtuso, teria procurado o link original e veria que a parte que refere NÃO vem do próprio Rodrik, mas de um dos autores do blog em causa, o Crooked Timber.

Quanto à sua outra parvoíce, a ml já tratou do assunto. Faz mesmo questão de fazer figuras tristes?

Sérgio Pinto disse...

Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo

Exacto. E eis como uma patética tentativa de insulto se esborracha na testa do asno que a debita.

Luís Oliveira disse...

[a parte que refere NÃO vem do próprio Rodrik, mas de um dos autores do blog em causa, o Crooked Timber]

A não ser que o crooked timber tenha poderes telepáticos, presume-se que terá sido o próprio Rodrik a fazer-lhe a afirmação de que não se considera um economista neoclássico.

Os economistas que cita são (neo)Keynesianos ou behaviouristas. Serão neoclássicos na medida em que acho que ainda nenhum se lembrou (que eu saiba) de contradizer a lei da oferta e da procura.


[Apaguei a citação porque a parte que é efectivamente do Rodrik já vinha, em maior extensão, na última citação.]

Pois claro, pois claro... Não sei o que é mais patético, se a sua cretinice, se a sua desonestidade intelectual.

Vejo que não perdeu o jeito. Volte sempre.

Luís Oliveira disse...

Esse Thomas Palley qye chama neoclássicos ao Stiglitz e ao Samuelson (o keynesiano-mor)tem dois livros publicados:

Plenty of Nothing: The Downsizing of the American Dream and the Case for Structural Keynesianism, 1998.

Post Keynesian Economics: Debt, Distribution, and the Macro Economy, 1996

Arrepiante.

Pelos vistos a necessidade de travestir o lobo com pele de cordeiro, depois do marxismo, já chegou também ao keynesianismo. Muito engraçado.

RioDoiro disse...

ML:

"Nem sei como consegui conciliar até hoje itens tão contraditórios."

Problemas existenciais?

.

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:

"defendem variadas formas de como esse processo [globalização] deverá ser conduzido ou balizado."

Deverá?

Essas pessoas acham, portanto, que o processo deve ser controlado. Nem sequer encaram a coisa ao nível de "deveria ser controlado".

Eu também não concordo com a duração do dia. Deveria ter 22h e 32min. O sistema solar deveria ter uma estrela dupla e as girafas não deveriam ter um pescoço tão comprido porque seria muito mais pós moderno andarem de cabeça a flutuar dois metros acima do tronco.

.

Renato Bento disse...

Caro Sérgio,

"o Stiglitz é anti ou pró-globalização? E o Louçã? E o Daniel Oliveira? E o Rodrik? E a cangalhada neonazi tipificada pelo caturo?"

Creio que não tenho conhecimentos suficientemente alargados para lhe responder a alguns dos nomes que aqui frisou.

Louçã é Anti-Globalização; os neonazis são Anti-Globalização.

Renato Bento disse...

Se quiserem criar uma alternativa à Globalização podem dar-lhe outro nome. A Globalização é assim e é impensável, por exemplo, que se retire o seu cariz fortemente neo-liberal (esta é uma das bases da Alterglabalização, entre muitas outras que chocam com a Globalização em si).

Já agora, se quiserem reutilizar a ideia da Globalização, não se esqueçam de pagar os direitos de autor...

O meu argumento é claro como a água: sim, existem movimentos Alterglobalização. Mas por apresentarem uma ideia que se opõe claramente, em algumas situações, à Globalização, passam a ser Antiglobalização, nem que seja na forma como ela está a ser aplicada!

E este é um argumento que não possui nada de ideologia.

ml disse...

excelentíssimo luisinho

A referência ao compasso binário vai-se tornando desnecessária à medida que os receptores deixam de se sentir 'at pains' para identificar a mensagem. Não é fácil, mas Roma e Pavia não se fizeram num dia.

Só que a interpretação de textos mais elaborados ainda continua a ser um calcanhar de Aquiles e é aí que vou dar-lhe uma ajudinha extra. E até traduzo, para não o baralhar.

É a economia neoclássica uma mafia?

Pergunta retórica. Nunca é uma pergunta, apenas a proposição da questão para debate, que normalmente conduz à sua negação.
(nota: é indispensável a leitura atenta do texto, principalmente para as competências de grau 1)

Nunca achei a metodologia neoclássica demasiado constrangedora...
Para mim não representa mais do que uma preferência metodológica...
A economia neoclássica ensina a pensar, não o que pensar.
Foi-me sempre um pouco difícil perceber a crítica de que a economia neoclássica é forçosamente arrastada pela ideologia ou que conduza a conclusões pré-determinadas.



Se precisar, posso desdobrar em questões mais curtas com chave de soluções.

Ex.
1. Que tipo de resposta espera o autor do texto à pergunta introdutória?
a) afirmativa
b) negativa
c) qualquer uma

Chave: b)

Já entendeu a coisa? Mais ou menos, no mínimo? Que o Rodrik NUNCA poderia referir-se ao neoclassicismo como ‘máfia’, o trunfo que trazia na manga para arrumar a questão?


Ai o homem estará em dificuldades em se reconhecer? E isso quer dizer o quê?

Sempre arguto, oliveirinha. E dos finos.

ml disse...

dente

Problemas existenciais?

Se lhe parece!
E não acha que ter que decidir definitivamente entre fruta ou chocolate, praia ou campo, carapau ou submarinos, levanta problemas a qualquer um?
Tem que se pensar muito bem, é uma escolha para a vida.

_____________________________

R&B

Louçã é Anti-Globalização; os neonazis são Anti-Globalização.

Olhe, e depois o oliveirinha não quer dicotomias simplistas.


Se quiserem criar uma alternativa à Globalização podem dar-lhe outro nome.

My god, lá voltamos nós ao casamento homossexual. Tudo se resume sempre à nomenclatura.

Que propõe então para o rebaptismo do Período Neoclássico?

Luís Oliveira disse...

[Que o Rodrik NUNCA poderia referir-se ao neoclassicismo como ‘máfia’, o trunfo que trazia na manga para arrumar a questão?]

Caro tontinho II, vamos recapitular. As minhas palavras exactas foram:

"Põe-se no google Rodrik+neoclassical e o que aparece logo à cabeça?

Dani Rodrik's weblog: Is neoclassical economics a mafia?"

Tirei alguma conclusão sobre o que o Rodrik pensa sobre a economia neoclássica? Use as suas capacidades interpretativas de 1º grau. Se quiser faço-lhe uma chave também.

O trunfo que trago na manga não são os links do google nem a linha de pesca que os tontinhos tão bem manejam, são os livros de história do pensamento económico que tenho na estante.

Normalmente o último capítulo destes livros tem um título do tipo "O triunfo da escola neoclássica" (a caravana que passa), onde também se dedicam umas páginas aos cães que ladram, neo/post/keynesianos, comportamnetalistas, heteordoxos, etc.

Se precisar eu explico-lhe o que define a escola neclássica, e porque é que o Rodrik não encaixa. Se o google não chegar, apite.

Sérgio Pinto disse...

A não ser que o crooked timber tenha poderes telepáticos, presume-se que terá sido o próprio Rodrik a fazer-lhe a afirmação de que não se considera um economista neoclássico.

Confesse lá, você gosta mesmo de se expor ao ridículo, não é?

Deixe de ser urso. O Crooked Timber organizou um painel de discussão sobre o último livro do Rodrik, "One Economics, Many Recipes". E é nesse sentido que surge essa referência de um dos membros sobre o Rodrik. Se você soubesse ler , tê-lo-ia percebido. Mas o analfabetismo funcional é assim mesmo.

Sérgio Pinto disse...

Vou passar por cima da desonestidade crassa com que começa esta sua última resposta à ml, porque é evidente para qualquer pessoa a figura de parvo que você fez.

E aproveito para notar a consistência do seu raciocínio. O asno que ainda há pouco escrevia coisas como Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo. é o mesmo que diz agora que Se precisar eu explico-lhe o que define a escola neclássica, e porque é que o Rodrik não encaixa. Brilhante!

Sérgio Pinto disse...

Essas pessoas acham, portanto, que o processo deve ser controlado. Nem sequer encaram a coisa ao nível de "deveria ser controlado".

Caro Range,

O FMI existe e IMPÕE o seu modelo, portanto, de facto, se há coisa que o processo NÃO será, é neutro. Sim, a única dúvida é como é que ele deve ser conduzido/balizado, dado que essa "condução" já existe de qualquer forma.

Sérgio Pinto disse...

A Globalização é assim e é impensável, por exemplo, que se retire o seu cariz fortemente neo-liberal

É a sua opinião, apenas. E, já agora, parece-me a mim, errada. Nem o Stiglitz nem o Rodrik são neoliberais e, no entanto, são favoráveis à globalização.

ml disse...

Ora, ora, caro luisinho. Mesmo de si e numa época de inflação de resultados escolares, esperava, enfim, mais finura.
Para a próxima, talvez.

Então recapitulemos.

Sérgio - 'O Rodrik é neoclássico'.
luisinho - 'Vc percebe mesmo desta poda'.
Sérgio - 'Exacto. Ao contrário de você, luisinho'.
[...]
luisinho - 'Põe-se no google Rodrik+neoclassical e o que aparece logo à cabeça?'
Is neoclassical economics a mafia?

Tá, luisinho?


Se precisar eu explico-lhe o que define a escola neclássica

NÃÃÃÃO!!!! PLEEEASE!!!!

Paulo Porto disse...

S.Pinto

Sem ir contra um outro argumento que usou nesta discussão, a verdade é que que, ao contrário do que vc escreveu no comentário acima, Rodrik NÃO É favorável à globalização:

"As a practical matter, he [Rodrik]says, Washington must counteract the damage from America’s trade policies more than it has in the past. It is a message that is resonating not just with populists in both parties, who have long been skeptical of the benefits of globalization, but increasingly with mainstream policy thinkers, many of them associated with former President Bill Clinton.

The focus, Mr. Rodrik and others argue, should not be simply on cutting tariffs and eliminating other barriers, but on offsetting the negative effect on wages and jobs from the spread of globalization and outsourcing."

Veja: http://www.nytimes.com/2007/01/30/business/worldbusiness/30trade.html?ex=1327813200&en=b09c1256f811eb09&ei=5088

Sérgio Pinto disse...

Sem ir contra um outro argumento que usou nesta discussão, a verdade é que que, ao contrário do que vc escreveu no comentário acima, Rodrik NÃO É favorável à globalização

Caro Paulo,

Não vejo como pode extrair essa conclusão do excerto que refere.

Na verdade, o Rodrik não se opõe à globalização, como aliás se suporia de alguém que publicita, no blog, o seu próprio paper "How to Save Globalization from its Cheerleaders".
O post começa assim:
A few months ago I published an oped in the Financial Times arguing that in order to sustain globalization we need to change the way we go about negotiating international agreements. I emphasized that the binding constraint on globalization is the narrowing of policy space for countries, not inadequate market opening.

Here is a longer paper which makes the case in fuller form. An excerpt from the introduction

In this paper I present a forward-looking evaluation of globalization. I accept as my premise that globalization, in some appropriate form, is a major engine of economic growth .... But I will argue that several paradoxical features require us that we rethink its rules. First, ... globalizations’ chief beneficiaries are not necessarily those with the most open economic policies. Second, globalization has come with frequent financial crises and considerable amounts of instability, which are both costly and in principle avoidable. And third globalization remains unpopular among large segments of the people it is supposed to benefit (especially in rich countries).


http://rodrik.typepad.com/dani_
rodriks_weblog/2007/07/
saving-globaliz.html


Há outros aspectos em que isso se torna evidente. Um livro mais antigo dele, "Has Globalization Gone too far?", por exemplo (embora ele possa ter alterado um pouco a forma de pensar em relação à altura em que escreveu este livro). Para não falar do último, "One Economics, Many Recipes".

Luís Oliveira disse...

[Tá, luisinho?]

Então, ficou sem gás?


[NÃÃÃÃO!!!! PLEEEASE!!!!]

Esteja à vontade. A ignorância e a asneira devem ser livres.

Luís Oliveira disse...

[é nesse sentido que surge essa referência de um dos membros sobre o Rodrik.]

A afirmação desse "membro" é portanto falsa? Fizeram um painel de discussão sobre o livro mas não sabiam do que falavam? O Rodrik sentiu-se difamado?

Quanado tiver uns argumentos para juntar aos insultos e às googlices esteja à vontade. Sabe porventura o que define a escola neoclássica? Ou é como o outro tontinho, não sabe e tem raiva de quem sabe?

ml disse...

caro PP

E como me mantenho na área do texto, apenas, lá fui eu outra vez ao blogue do homem.

E dando uma de oliveirinha, começo com a habitual pergunta retórica.

Globalization anxiety as mass hysteria?

E, como tão bem o mesmo oliveirinha mal-interpretou, a resposta é não.

Those who are puzzled by globalization anxiety and attribute it to collective irrationality (see Tyler Cowen's piece in the NYT) overlook a fundamental aspect of markets--their "embeddedness." What I am referring to is the idea that successful markets need to be embedded in a larger set of man-made rules and governance structures. Markets need regulation, stabilization, and legitimation because they are not self-regulating, self-stabilizing, or self-legitimizing. The success of modern capitalism is due as much to the institutions that govern markets--political democracy above all--as it is to the power of markets themselves.

Luís Oliveira disse...

Para quem não percebu o Pinto publicou um comentário que incluia a frase:

"Dani Rodrik is at pains to identify himself as a neoclassical economist"


Viu que tinha feito asneira, apagou, e voltou a publicar o mesmo comentário passado meia hora, mas sem esta frase.

Os bons velhos métodos estalinistas de reescrever a história, adaptados aos novos tempos...

Sérgio Pinto disse...

Caríssimo,

Deixe de ser parvo e veja se começa a prestar atenção para não tropeçar nos próprios 'argumentos'. Sempre evita ter que estar a morder a língua pelas asneiras contraditórias que se farta de debitar.

Luís Oliveira disse...

[Markets need regulation, stabilization, and legitimation because they are not self-regulating, self-stabilizing, or self-legitimizing.]

K-E-Y-N-E-S-I-A-N-I-S-M-O

Chiça, o homem não fala em chinês!

Luís Oliveira disse...

[Deixe de ser parvo]

[evita ter que estar a morder a língua pelas asneiras contraditórias]


Sabe argumentar, não sabe? E não, não é só juntar os lábios e assobiar.

Sérgio Pinto disse...

Tem toda a liberdade para continuar a ser desonesto. Como já referi, a passagem que é EFECTIVAMENTE do Rodrik já estava incluída na última citação. E, de qualquer forma, se você não fosse desonesto não faria por ignorar repetidamente o que O PRÓPRIO RODRIK escreve:


First, this book is strictly grounded in neo-classical economic analysis. At the core of neoclassical economics lies the following methodological predisposition: social phenomena can best be understood by considering them to be an aggregation of purposeful behavior by individuals – in their roles as consumer, producer, investor, politician, and so on – interacting with each other and acting under the constraints that their environment imposes. This I find to be not just a powerful discipline for organizing our thoughts on economic affairs, but the only sensible way of thinking about them. If I often depart from the consensus that “mainstream” economists have reached in matters of development policy, this has less to do with different modes of analysis than with different readings of the evidence and with different evaluations of the “political economy” of developing nations.

Luís Oliveira disse...

[como tão bem o mesmo oliveirinha mal-interpretou]

O oliveirinha não interpretou nada, o oliveirinha citou.

Sabe a diferença? Ou tem de voltar ao 9º ano? Olhe que houve mais negativas este ano.

ml disse...

Então, ficou sem gás?

Que cansativo, oliveirinha. Ainda não percebeu o diálogo?
Está bem, vá lá, mais um quiz.

Diga lá então onde é que encaixa o seu 'Is neoclassical economics a mafia?'

a) o Rodrik odeia o neoclassicismo
b) o Rodrik acha o neoclassicimo inofensivo e irrelevante
c) o Rodrik faz a defesa do neoclassicismo
d) o oliveitinha não tem amplitude para dar a volta às asneiras

Pode haver duas respostas certas. Aliás, há mesmo duas respostas correctas.

Tá?
Olhe que isto não é um ponto final, já descansei um bocadinho.
Pode continuar a colocar as suas questõezinhas.

Sérgio Pinto disse...

luisinho,

De facto, o homem não só não fala em chinês, como a ml até já traduziu uns excertos do "is neoclassical economics a mafia" que você tão brilhantemente aqui trouxe. E certamente que também não fala chinês nas outras passagens que aí lhe deixei. Não compreende? Não sabe ler? Azar seu!

Luís Oliveira disse...

[Tem toda a liberdade para continuar a ser desonesto.]

Desonesto é vc, seu idiota. Nega que apagou a frase que referi?


[o que O PRÓPRIO RODRIK escreve]

Precisamente, basta lê-lo 5 mn para perceber que é um post/neo/keynesiano/heterodoxo à procura dos seus 15 mn de fama. Na minha opinião já os teve nos artigos do NYT. É um Stiglitz menos brilhante (muito menos) e menos metido a besta.

Sérgio Pinto disse...

Desonesto é vc, seu idiota. Nega que apagou a frase que referi?

Você, por outro lado, ainda junta o analfabetismo à desonestidade. ONTEM escrevi isto:
Apaguei a citação porque a parte que é efectivamente do Rodrik já vinha, em maior extensão, na última citação.

Além do mais, se você não fosse claramente obtuso, teria procurado o link original e veria que a parte que refere NÃO vem do próprio Rodrik, mas de um dos autores do blog em causa, o Crooked Timber


Consegue perceber ou o português utilizado é demasiado complicado?


Precisamente, basta lê-lo 5 mn para perceber que é um post/neo/keynesiano/heterodoxo

Curiosa mudança de posição, para quem ainda ontem dizia que Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo. Mas nós sabemos que o luisinho dá o seu melhor, portanto a mais não é obrigado.

P.S. As suas opiniões sobre o brilhantismo dele são irrelevantes, além de patéticas. Não é voê que está encarregado de lhe avaliar o mérito e, tendo em conta o que ele já fez, não consta que se tenha dado mal.

ml disse...

Consegue perceber ou o português utilizado é demasiado complicado?

Embora essa hipótese tenha no presente caso um peso considerável e seja sempre a primeira causa, o oliveirinha já entrou na frase 3, de negação.

Por agora não se arranca nada mais a não ser a repetição do mesmo e cada vez mais ilógico. Fuga de fuga de fuga.

Que repouse um bocadito, quando voltar às lides vem renovado.

Luís Oliveira disse...

[Curiosa mudança de posição]

Desde o princípo que digo que o Rodrik não é um neoclássico e sim um keynesiano. Pode apontar-me onde ocorreram as minhas supostas mudanças de posição?

Paulo Porto disse...

S.Pinto

Tentar imaginar que o pensamento de Rodrik é pro-globalização é apenas isso mesmo, 'tentar imaginar'. A entrevista que lhe sugeri, que inclusive refere as correntes políticas americanas que (acerca da globalização) acham que 'enough is enough' demonstram isso mesmo. Há insistências que se condenam a si mesmas.

De resto, sendo Rodrik um neo-clássico, o que possa haver dele de pro-globalização esgota-se depressa. Afinal, primeiro vem o 'interesse da nação' que agora se especificou em 'interesse social da nação', daí o 'neo'.

Tenho pena de não poder continuar a acompanhar a discussão, mas hão vir semanas mais tranquilas.

Luís Oliveira disse...

[Fuga de fuga de fuga.]

Quando o ml foge os outros é que fogem. Quando é apnhado com as calças na mão aos outros é que ficm com as partes à mostra. Ninguém lhe ganha.

Luís Oliveira disse...

Rodrik, o neoclássico.

Faz-me lembrar um amigo meu a jogar trivial pursuit. Perguntaram-lhe o cognome de um rei. Ele não sabia e respondeu "o republicano". A diferença é que ele estava a gozar.

ml disse...

Sim sim, oliveirinha, já entendemos o recado.

Vá, vá lá dormir a sesta, depois falamos.

Sérgio Pinto disse...

Pode apontar-me onde ocorreram as minhas supostas mudanças de posição?

Arre, que você nem a si próprio se lê. Juntando isso à sua memória de peixe, não admira que ande em negação permanente.

Ontem, você, exercitando o seu analfabetismo funcional, achou que a frase do "at pains to identify himself..." provinha do próprio Rodrik e diz à ml o seguinte: Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo.

Confrontado mais tarde com o que o próprio Rodrik diz, o caro luisinho faz o quê? Ignora o bitaite inicial atirado à ml e começa a berrar, histérico, que o Rodrik é keynesiano, heteroxo, etc. e tal.

Precisa de desenhos ainda mais pormenorizados?

Sérgio Pinto disse...

Embora essa hipótese tenha no presente caso um peso considerável e seja sempre a primeira causa, o oliveirinha já entrou na frase 3, de negação.

Agora já passou à fase seguinte, em que tem alucinações, começa a falar sozinho e a falar das suas sem dúvida relevantíssima experiência a jogar trivial.

Mas tenho a certeza que ele regressará. Aliás, tenho mesmo a certeza que volta acompanhado pelo outro senhor, o seu "fellow traveller", com o qual se entende às mil maravilhas no código binário.

Luís Oliveira disse...

Aqui fica um excerto sobre o Stiglitz de “The Big Three in Economics” de Mark Skousen (2007), um livro recente sobre história do pensamento económico. O Rodrik é tão importante que nem uma nota de rodapé merece, por isso é necessário fazer um mutatis mutnadis.


Joseph Stiglitz, Columbia professor and winner of the Nobel Prize in
2001 for his work in the economics of information, is a Keynesian who
has taken a hardened stance against Adam Smith and the competitive
equilibrium model. The invisible hand, according to Stiglitz, is either
“simply not there, or at least … if there, it is palsied” (Stiglitz 2001,
473). He declares that market imperfections and market failures are
so pervasive and so serious that the market is always inefficient and
requires government correction. Imperfect information exists in labor,
products, money, trade, and capital markets. Serious unemployment
could exist even without minimum wage laws or labor unions, he
contends. During the Great Depression, “had there been more wage
and price flexibility, matters might have been even worse,” he states
(2001, 477). According to Stiglitz, involuntary unemployment is still
a problem! Gary Becker, Milton Friedman, and other Chicago economists
may claim that the competitive marketplace discourages discrimination,
unemployment, and poverty, but Stiglitz’s hometown of
Gary, Indiana, “even in its heyday . . . was marred by poverty, periodic
unemployment, and massive racial discrimination” (2001, 473).
Stiglitz makes another paradigm shift back to a Keynesian model of
imperfect information that “undermines” the foundations of competitive
analysis, including the denial of the “law” of supply and demand,
the law of the single price, and the efficient market hypothesis (2001,
485). Why? Because information in a decentralized market economy
is “asymmetric”—“different people know different things,” which in
turn can lead to “thin or non-existent markets” (2001, 488–89). What
Hayek views as positive, Stiglitz sees as negative.


Estão a ver? Hayek=neoclássico; Stiglitz/Rodrik=keynesiano. Fácil.

Luís Oliveira disse...

[Confrontado mais tarde com o que o próprio Rodrik diz]

A diferença é que eu não apago as citações que contrariam as minhas teses ao contrário de vc.

Pelo que começo a perceber já começa a ser um embaraço tão grande para um economista intitular-se como keynesianista como intitular-se marxista. É risota certa. Daí a colagem do Palley e do Rodrik à escola neoclássica, da qual obviamente não fazem parte.

E a Coreia não é uma república democrática, veja lá não caia nessa também.

Luís Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ml disse...

provinha do próprio Rodrik e diz à ml o seguinte: Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos, que hoje em dia, com o ggogle, sabem tudo.

pinto, o problema vem do início e reside no good English do oliveirinha, que entendeu a frase ao contrário e agora anda há horas a tentar mascarar isso.
Ele traduziu Dani Rodrik is at pains to identify himself as a neoclassical economist por "Rodrik tem dificuldade em definir-se como um economista neoclássico".

Até aqui, nada de mal. O pior foi a interpretação que lhe deu, e que é que o próprio Rodrik tem dificuldade em se considerar a si próprio um neoclássico. Daí a argumentação oliveiresca, se o próprio Rodrik o diz, não são os pescadores à linha que têm competência para desmentir ("Mas que sabe ele sobre si próprio? Muito mais sabem os tontos.")
A citação do ‘trunfo’ de neoclássicos=máfia era apenas para reforçar que o próprio Rodrik acha essa gente intragável. Por isso agora, apertado, é incapaz de ir além dos tartamudeios de que apenas a citou. Mas não diz a que propósito nem em que contexto.

Só que a frase tem o sentido oposto, que o Rodrik se considera a si próprio um neoclássico mas que encontra dificuldades em mostrar que é.


PS: enquanto eu escrevia isto, entrou no delírio explicativo puro.

ml disse...

PS: enquanto eu escrevia isto, entrou no delírio explicativo puro.

... que apagou enquanto eu colocava o comentário. É emocionante, este blogue, a velocidade a que as coisas se passam.

Luís Oliveira disse...

[Só que a frase tem o sentido oposto, que o Rodrik se considera a si próprio um neoclássico mas que encontra dificuldades em mostrar que é.]


??????

Certo.

Só me resta fechar a porta do consultório.

Luís Oliveira disse...

[PS: enquanto eu escrevia isto, entrou no delírio explicativo puro.

... que apagou enquanto eu colocava o comentário]


Que imaginação delirante. Era uma repetição do comentário anterior. Carreguei duas vezes no botão enviar.

Luís Oliveira disse...

[delírio explicativo puro]

Fico a a aguardar comentários aos delírios explicativos do Skousen.

ml disse...

ml - Só que a frase tem o sentido oposto, que o Rodrik se considera a si próprio um neoclássico mas que encontra dificuldades em mostrar que é.

oliveirinha - ??????
Certo.
Só me resta fechar a porta do consultório.

versus

oliveirinha - Daí a colagem do Palley e do Rodrik à escola neoclássica, da qual obviamente não fazem parte.

Ou seja:
que o Rodrik se considera a si próprio um neoclássico mas que encontra dificuldades em mostrar que é = daí a colagem do Palley e do Rodrik à escola neoclássica, da qual obviamente não fazem parte.

Olhe, eu proponho mais, o consultório já não chega, só internamento.


Era uma repetição do comentário anterior. Carreguei duas vezes no botão enviar.

Pensava que as aldrabices estavam por conta do papá, mas não.
EU LI, oliveirinha, e fiquei a saber que também não hesita em mentir. Agora sim, já não tenho dúvidas sobre com quem estou a lidar.
Eram umas baboseiras completamente alucinadas sobre o ‘trunfo’, que ele disse mas queria dizer o contrário do que disse porque odeia os neoclássicos e era tudo para disfarçar.

Vou repetir, EU LI.

Qual Skousen, oliveirinha? Quando e onde o citou?
Não precisa de perder a cabeça, afinal só perdeu a credibilidade.

Sérgio Pinto disse...

Ml,

Eu TAMBÉM li o texto que o luisinho decidiu apagar. Vinham lá as parvoíces que referes bem como uma suposta 'vergonha' em se admitir como keynesiano. E acabava a última frase com uns asteriscos...
Ou seja, nada mais a acrescentar em relação a esse senhor.

Paulo Porto disse...

Aqui fica uma orientação por balizas para identificar o que é o quê

Comércio internacional
keynesianos - livre
neo-liberais - livre
neo-clássicos - restrito

Governo motor da economia (por via do investimento)
keynesianos - sim
neo-liberais - não
neo-classicos - não

Neste sentido, a globalização assenta como uma luva nas teorias neo-liberais. Foi por isso que eu disse ao SPinto que Rodrik, sendo um neo-classico, como ele mesmo se define, não é um defensor da globalização, pelo menos de mais globalização, como se depreende muito bem da entrevista que sitei.

Uma vitória de Obama nas eleições americanas significará que as teorias económicas neo-clássicas, como as de Rodrik, serão previligiadas. A ser assim, provavelmente os EUA levantarão barreiras alfandegárias a algumas importações como forma de equilibrar a balança comercial americana, altamente deficitária, e proteger as empresas e os empregos americanos da concorrência externa. Veremos então muito anti-globalista a chamar nomes feios àquele que meses antes era o seu supra-sumo.

Sérgio Pinto disse...

Paulo,

Tentar imaginar que o pensamento de Rodrik é pro-globalização é apenas isso mesmo, 'tentar imaginar'. A entrevista que lhe sugeri, que inclusive refere as correntes políticas americanas que (acerca da globalização) acham que 'enough is enough' demonstram isso mesmo. Há insistências que se condenam a si mesmas.

Não se trata só de imaginar, tendo em conta que ele próprio diz que accept as my premise that globalization, in some appropriate form, is a major engine of economic growth. A questão é o que ele define como forma apropriada. E aí ele defende um equilíbrio entre o processo de abertura e factores que podem ser designados como de coesão social (subsídios de desemprego, formação para realocação de trabalhadores, etc.), porque afirma que a falta deste último poderá gerar ressentimentos e oposições ao próprio processo globalizador, criando o "backlash" anti-globalizador que ele próprio pretende evitar.
Ora, o Rodrik nota também que nos países em que existe maior abertura /exposição (bem sucedida) à economia mundial, o peso do Estado é também maior, sendo as redes sociais mais extensas.

Portanto, sabendo que os EUA não primam nem pelo peso do Estado nem pelas despesas sociais, é compreensível que ele considere que aí o constrangimento principal à globalização não são as barreiras ao comércio (já bastante baixas), mas sim a falta de protecção para os sectores mais expostos às dificuldades criadas por esse processo. No entanto, não vejo como é que esta linha de pensamento o coloca como adversário da globalização.

P.S. Confesso-lhe que não percebi exactamente o que quis dizer com a forma como relacionou (pareceu-me a mim) o neoclassicismo dele com o "interesse da nação". Pedia-lhe que desenvolvesse mais esse ponto, aqui ou num post novo, quando tivesse tempo.

Luís Oliveira disse...

[EU LI, oliveirinha, e fiquei a saber que também não hesita em mentir.]

Epá, pelos visto apaguei um comentário que não queria apagar. Pareceu-me que estava em duplicado. Aqui fica outra vez então, não seja por isso.

Repost:

Já que estou com a mão na massa vou dar a minha opinião sobre o que realmente o Rodrik pretnede quando lanca para o ar escarretas sobre a escola neoclássica e a mafia.

É isso que ele realmente acha. Há um establishment na ciência económica, e as suas ideias só naõ têm mais aceitação por causa dessa mafia que domina a disciplina.

Claro que não diz isso abertamente. Não, são tudo bons rapazaes. Se ele lança a pergunta retoricamente é apenas para poder dar umas palmadinhas nas costas. Enquanto entre dentes vai resmungando "c***ões, filhos da ****".

Luís Oliveira disse...

[Qual Skousen, oliveirinha? Quando e onde o citou?]


Já encontrou?

Sérgio Pinto disse...

Paulo,

Não tenho muito tempo agora, portanto ficam só uns apontamentos rápidos:
- não sei porque estabelece os neoliberais como uma classe independente dos neoclássicos; parece-me que um dos ponto do Rodrik é precisamente este: os neoliberais pertencem ao campo neoclássico, mas este último não se limita aos neoliberais, possuindo uma variedade muito maior, que integra o próprio Rodrik.
- porque define neoclássicos (ou o Rodrik) como sendo preoteccionistas? É que o Rodrik não costuma defender isso, pelo menos do lado dos países desenvolvidos (nos em desenvolvimento, a história é diferente).

Luís Oliveira disse...

[Comércio internacional
keynesianos - livre
neo-liberais - livre
neo-clássicos - restrito

Governo motor da economia (por via do investimento)
keynesianos - sim
neo-liberais - não
neo-classicos - não]


Há dois pontos de vista opostos em confronto, neoclássicos vs keynesianos. Não sei onde foi buscar a ideia de que a teoria neoclássica defende restrições ao comércio internacional. Do ponto de vista da intervenção do estado os keynesianos defendem um aintervenção activa, os neoclássicos o laissez-faire. Rodrik defende uma intervenção estatal agressiva e está por isso longíssimo da tradição neoclássica.

Luís Oliveira disse...

[não sei porque estabelece os neoliberais como uma classe independente dos neoclássicos]


Certo. O neoliberalismo como termo é uma invenção tonta dos suspeitos do costume para tentar denegrir as ideias da escola neoclássica.

Tipo lá vêm eles outra vez com ideias ultrapassadas do séc XVIII. O Skousen não usa o termmo neoliberal uma única vez em todo o livro.

Luís Oliveira disse...

Mais um bocadinho do Skousen:

(ML PRESTE ATENÇÂO, NÃO ESTEJA DSITRAÍDO)


Neoclassical Economics Today

Where does economic thinking stand today? We have seen throughout
this history of the Big Three that each economist has at times stood
taller than the other two. During times of strong economic performance,
Adam Smith has been on top; during crises and depression,
Keynes and Marx have stood out. Since the end of World War II, we
have seen a gradual advance in esteem for the founder of modern
economics, Adam Smith, and this despite occasional monetary crises,
recessions, natural disasters, terrorist attacks, and complaints about
inequality, trade deficits, and wasteful government programs.
A growing number of economists recognize that the neoclassical
model is the keystone of economic analysis. In microeconomics,
this means incorporating the principles of supply and demand,
and profit and loss, which, under broad-based competition, leads to
an efficient allocation of resources, economic growth, and a selfregulating
economy. Under competition and a reasonable system of
justice, man’s natural tendency toward self-assertion leads to social
well-being. As Adam Smith wrote over 200 years ago, “Little else is
required to carry a state to the highest degree of opulence from the
lowest barbarism, but peace, easy taxes, and a tolerable administration
of justice” (Danhert 1974, 218).
In macroeconomics, it means teaching the classical model of thrift,
a stable monetary policy, fiscal responsibility, free trade, widespread
economic and political freedom, and a consistent rule of law for the
justice system.



Mais claro do que isto é impossível.

ml disse...

Epá, pelos visto apaguei um comentário que não queria apagar. Pareceu-me que estava em duplicado. Aqui fica outra vez então, não seja por isso.

oliveirinha, não acha que já chega, homem?
Até a mentir é mau demais.


Já encontrou?

Sim, o nome já encontrei, um livro sobre o Stglitz.
Mas o que tem a ver sobre o Rodrik e as pretensões neoclássicas?
Ainda não percebeu que o melhor para si é abdicar de saloiices, pois não? Deixe isso a outros que o fazem com arte.

Irra, oliveirinha, está difícil.

Luís Oliveira disse...

[as teorias económicas neo-clássicas, como as de Rodrik, serão previligiadas. A ser assim, provavelmente os EUA levantarão barreiras alfandegárias a algumas importações como forma de equilibrar a balança comercial americana, altamente deficitária, e proteger as empresas e os empregos americanos da concorrência externa]

[porque define neoclássicos (ou o Rodrik) como sendo preoteccionistas?]


Uma palavra. Começada por K.

Luís Oliveira disse...

[Até a mentir é mau demais.]


Eu sei que o seu sonho era estar no parlamento a chamar mentiroso e ladrão ao Sócrates, como o Anacleto. Eu compreendo que seja frustrante ter de se contentar em insultar um reles bloguista, mas olhe, continue a esforçar-se que um dia chega lá. Não duvido das suas capacidades.

Luís Oliveira disse...

[um livro sobre o Stglitz]

Vê-se que leu.


[Mas o que tem a ver sobre o Rodrik e as pretensões neoclássicas?]

Se tivesse conseguido acompanhar o compasso binário veria que o Palley tenta meter o Stiglitz e o Rodrik na escola neoclássica. O Skousen diz que o Stiglitz é um keynesiano que rejeita a tradição neoclássica.

Pela tal lógica boolenana que tanto abomina, só um pode estar certo. Qual será?

O Pinto já vai descobrir que o Skousen se meteu nuns negócios onde (pasme-se!) ganhou dinheiro e por isso não é credível.

O ml vai dizer que Boole morreu há muitos anos e que entre o 0 e o 1 se encontra a raíz de 0,5.

O stran vai colocar questões.

E a blogosfera vai ficar mais rica. Estamos todos de parabéns.

ml disse...

Não percebeu nada do que andei a discutir consigo, pois não?


um reles bloguista

As palavras são suas. Ponto.

Paulo Porto disse...

S.Pinto

"- não sei porque estabelece os neoliberais como uma classe independente dos neoclássicos;"

Esta distinção tem sido feita para distinguir os não-keynesianos entre si. Esta é uma classificação que vai ganhando força e subtituindo a clivagem tradicional liberalismo vs.keynesianismo; quase não sobram keynesianos, pelo que este antagonismo perde importância e emerge outro.

Assim, os neo-classicos são aqueles que defendem que o Estado deve intervir no estabelecimento de taxas aduaneiras para proteger a economia interna, bem como ser interventivo na proteção social. Como Rederik.

Com isto penso que respondo ao resto e sobretudo a Rodrik ser protecionista; no sentido que essa palavra tem hoje, é.

Luís Oliveira disse...

[Não percebeu nada do que andei a discutir consigo, pois não?]

Acaba sempre por amuar e fugir com o rabo entre as pernas. Tem de ter mais estaleca! Não costuma ver o canal parlamento?

ml disse...

Ó oliveirinha, só uma pergunta.

É masoquista?

RioDoiro disse...

ML:
"E não acha que ter que decidir definitivamente entre fruta ou chocolate, praia ou campo, carapau ou submarinos, levanta problemas a qualquer um?"

Cara ML, vejamos como se transforma um dilema numa oportunidade:

http://en.wikipedia.org/wiki/Pulse-width_modulation

.

Luís Oliveira disse...

[os neo-classicos são aqueles que defendem que o Estado deve intervir no estabelecimento de taxas aduaneiras para proteger a economia interna, bem como ser interventivo na proteção social.]

Desculpm estar sempre a bater na mesma tecla mas social democracia=keynesianismo.

Quanto à clivagem actual é entre neoclássicos (a caravana que passa) vs neokeynesianos e afiliados (os cães que ladram).

O termo neoliberal é usado no debate político essencialmente, poucos economistas o usam.

Por exemplo, em A Companion to the History of Economic Thought (2003) o termo neoclassical é citado no index como ocorrendo nas páginas 191, 193–4, 203, 205, 262, 348–50, 395, 481–5, 624, 663, 348–9, 413–14, 377–90, 250, 254, 320, 407,
472, 308–10, 652, 19, 187–8,
204, 380, 437–40. O termo neoliberal ocorre apenas nas páginas 619–20, num capítulo intitulado Non-Marxian Socialism.

RioDoiro disse...

Sérgio Pinto:
"O FMI existe e IMPÕE o seu modelo,"

Em relação à globalização, o FMI não IMPÕE coisíssima nenhuma.

O FMI não é parvo e percebe que ou está com a globalização, ou a globalização passaria sem o FMI. Na melhor das hipóteses, se o FMI ignorasse a globalização criaria a possibilidade de surgir um FMI alternativo ao actual e sincronizado à globalização.

Só a Europa é suficientemente parva (globalmente falando) para não perceber que a globalização é um comboio em movimento que se apanha ou se fica apeado.

.

Luís Oliveira disse...

[Ó oliveirinha, só uma pergunta.

É masoquista?]

Perguntas é com o stran, pensei que era mais de tirar dúvidas.

Mas respondendo à sua pergunta sou essencialmente tonto e desocupado.

ml disse...

dentinho, não complique. Eu sei que a decisão não é fácil, mas hei-de lá chegar com a preciosa binaridade destes blogueiros.




oliverinha

sou essencialmente tonto

Já dormiu a sesta?

Sérgio Pinto disse...

luisinho,

Não me recordo de ter falado sobre keynesianismos ou neoclassicismos em Stiglitz. Quem fala disso é o Palley e, aparentemente, o Rodrik concorda. Se tens objecções, resolva-as com qualquer um dos dois. Com o seu poder argumentativo aliado ao seu brilhantismo inato, facilmente os reduz a pó, luisinho.

Quanto às suas mentiras reles para tentar tapar outras mentiras igualmente reles, tenha juízo. Não se enterre mais, que não vale a pena. E quanto ao seu moralismo de pacotilha estamos conversados.

Sérgio Pinto disse...

Em relação à globalização, o FMI não IMPÕE coisíssima nenhuma.

Tens razão, os planos de ajustamento estrutural não existem, o Stiglitz não foi expulso do BM por ter opiniões que chocavam com as da ortodoxia fundamentalista, e a Argentina é um país de que o FMI nunca ouviu falar.

Essa proximidade com o luisinho é perigosa...

Luís Oliveira disse...

[Quanto às suas mentiras reles para tentar tapar outras mentiras igualmente reles, tenha juízo]


Olha outro candidato a deputado. Talvez no PC, eles vão morrendo. Mas os assentos também têm diminuido.

Sérgio Pinto disse...

O Pinto já vai descobrir que o Skousen se meteu nuns negócios onde (pasme-se!) ganhou dinheiro e por isso não é credível.

Ainda anda ressabiado porque o seu querido Shleifer foi desmascarado como corrupto? Lamento dizer-lhe que o mérito dessa 'descoberta' jaz com outras personagens (o Stiglitz, por exemplo, faz-lhe referência).

Luís Oliveira disse...

[Talvez no PC,]

Escola não lhe falta, atreva-se, homem, empregos assim há poucos!

Luís Oliveira disse...

[o seu querido Shleifer foi desmascarado]


O que é que eu dizia, a escola toda.

Luís Oliveira disse...

[Não me recordo de ter falado sobre keynesianismos ou neoclassicismos em Stiglitz. Quem fala disso é o Palley]

LOL! Espectacular!

Sérgio Pinto disse...

Paulo,

Deixando de lado as diferenças nos rótulos (neoclássicos, keynesianos, etc.), não me parece nada que o Rodrik possa ser definido como proteccionista. Quando muito, ele diz (e com base em estudos, seus e não só), que a liberalização total do comércio não explica nem é fundamental para o crescimento económico de um país.

Sérgio Pinto disse...

luisinho,

Quando lhe passar a fase aguda do delírio pode ser que lhe volte a dar atenção, está bem?

Nas recapitulações da ml, já lhe foi explicado que tudo isto começa quando você pesca uma frase minha em que digo que o Rodrik é neoclássico. Que você ainda nem isso tenha percebido é que é grave.

Faça um favor a si próprio e apanhe ar, descanse e refresque as ideias. O número de vezes que, só hoje, já refocilou na lama é grande demais e o espectáculo que tem dado é demasiado triste.

ml disse...

o espectáculo que tem dado é demasiado triste.

Já passou à fase seguinte, euforia masoch. Pay per take.

Luís Oliveira disse...

[Faça um favor a si próprio e apanhe ar, descanse e refresque as ideias. O número de vezes que, só hoje, já refocilou na lama é grande demais e o espectáculo que tem dado é demasiado triste.]


Ouviu isso hoje no parlamento? Foi o Anacleto? Ou é mesmo seu?


[você pesca uma frase minha em que digo que o Rodrik é neoclássico. ]

Quem pesca é vc. Mas só robalo. O resto devolve ao mar.

Qunato ao Rodrik ser neoclássico, é ler o Skousen ou qq livro de história do pensamento económico. Eu sei que isto dos blogs não deixa tempo para muita coisa mas era capaz de lhe fazer algum proveito.

Luís Oliveira disse...

[Já passou à fase seguinte, euforia masoch]

O masoquismo é assumido logo no momento em que me disponho a corresponder com tontinhos do vosso calibre, que só dizem asneiras mas acham que são uns grandes cromos. O que me dá mais vontade de rir é que acham mesmo que estão a fazer umas figuras bestiais!

ml disse...

O masoquismo é assumido

Pois claro, é o que se vê. E com mestria.

Unknown disse...

LO, acho que deve controlar os seus instintos predadores.
Todos gostam de ter alvos para dar uns tiros de vez em quando, e fazer o gosto ao dedo, mas há que evitar aleijar muito.
Claro que algumas peças de caça mugem,outras que zurram, outras que dão coices, outras que dão pinotes para tentar enganar o predador, mas isso faz parte da magia da situação.
Seja misericordioso e não maltrate demais os especímenes.

ml disse...

Oh, as minhas desculpas, não me apercebi que o luisinho estava assim tão contundido, não me custava nada ser eu dar-lhe uma mãozinha para se levantar.
Ora essa, não é transtorno nenhum, sempre estou aqui mais perto. Temos que ser uns para os outros, não é?

RioDoiro disse...

Caro LO.

Sabe como se apanham javalis sem os aleijar? Com gasóleo.

Uma jaula cujo fundo, se pisado, faça cair a porta, um bocado de gasóleo espalhado no fundo, os javalis entram perdidos de bêbados pelo 'smell' e ... zás.

Vai ver que brevemente vai cheirar a gasóleo no blog. O upload vai ainda demorar umas boas horas.

.

ml disse...

Oh, que pena, e logo dois que se deslocaram de tão longe. Um desperdício de tempo e dinheiro.
E eu aqui à mão...

Luís Oliveira disse...

[Seja misericordioso e não maltrate demais os especímenes]

Tem razão, Lidador, só que há já tanto tempo que não fazia o gosto ao dedo! As minhas desculpas.

Como dizia o Obelix, "os romanos são de todos"! :-)

RioDoiro disse...

ML:
"E eu aqui à mão..."

Decoro, ML. Decoro.

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