It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
15 comentários:
É relativo ´migo.
Podem esburacar a casa deles, não propriamente "casas" alheias...
Vicissitudes:
"Podem esburacar a casa deles, não propriamente "casas" alheias..."
Como nós, espalhando lixo nuclear em proveito próprio por território alheio?
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Onde?
Espanha sim, derrama muito lixo em "almarraz" e no tajo.
Nós? somos tão cuidadosos com a emissões de Co2...
O único lixo que produzimos é "cidadão" e os buracos é nos orçamentos.....
Ainda assim, se nos é alheio, é legitimo não?!
Vicissitudes:
"Espanha sim, derrama muito lixo em "almarraz" e no tajo."
É falso, meu caro. Ao Tejo vai parar uma pequena parte do lixo produzido. Algures irá parar a quase totalidade.
Nesse algures, ficrá, igualmente, a quase totalidade do lixo nuclear produzido para gerar a energia que nós compramos. Para ser o-seu-a-seu-dono, deveríamos aceitar parte desse lixo. De Almaraz e de outras centrais.
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....
Os despojos de Almaraz vão parar ao Tajo e seguem até ao Tejo....
Não o estou a compreender ´migo Range-o-caniço.
Grande parte das águas residuais das uzinas é largado no TAJO (tejo). Quanto aos resíduos é por toda a Espanha e fronteira Portuguesa.
Não me diga que não conhece os acordos?
Há muita aldeia que serve de entulho nuclear, tanto em Espanha, mas principalmente na fronteira portuguesa.
Colhemos muito desse lixo nuclear nas aldeias e pelo tejo.
A propósito do nuclear ler a minha opinião em
http://caldeiradadeneutroes.blogspot.com/2008/07/questo-nuclear.html
Vicissitudes, você não faz a mínima ideia sobre o que é uma central nuclear.
Se os resíduos que as centrais libertam para os rios fossem um problema, poderiam instalar uma em minha casa (a tal que pode vir a ser minha, talvez, um dia).
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Sobre uma incoerência entre não querer ter centrais nucleares e poder usar energia eléctrica proveniente de centrais nucleares, discordo com a opinião expressa no artigo.
Os países devem ser livres de fazer as suas escolhas e cada país tem condições diferentes que vão determinar possibilidades de segurança diferentes. Por eu entender que o nosso país não tem condições para ter uma central nuclear ou não querer arriscar nesse campo, não quer dizer que deva recusar comprar energia que outro produziu por esse método. Também, em jeito de analogia, posso dizer que, embora não esteja interessado em trabalhar na recolha de lixo, isso não me impede de poder pagar a alguém que o faça por mim.
A instalação de centrais nucleares é um assunto muito sério. A segurança do dispositivo, exige um esforço contínuo durante dezenas de anos; é um desafio a longo prazo. Durante este tempo, muito pode suceder. Pode haver falha humana na segurança (Portugal também tem os seus Homers Simpsons) , o estado da economia pode obrigar a cortes na segurança, pode haver um terramoto, ataques terroristas, etc.
Não nos podemos esquecer que, só nos últimos 25 anos, os acidentes nucleares conhecidos em países como os USA, o Japão e na antiga URSS, foram vários e provocaram milhares de pessoas contaminadas, doença e morte. Recentemente, na China, um grande terramoto abalou a estrutura física de uma Central Nuclear e provocou fuga de radiação. Ninguém pode ter a arrogância de pretender prever a força ou os efeitos de um terramoto ou um tsunami.
Certamente concordamos que Portugal, em relação aos países que referi, não tem melhores condições económicas ou culturais, que possam assegurar melhores condições de segurança. A ingenuidade natural dos técnicos e cientistas em relação às garantias de segurança que o actual estado da ciência e da engenharia nos pode oferecer tem de ser contra-balançada pelo bom-senso, pela análise histórica, não descurando as condições específicas de Portugal. Portugal tem um território relativamente pequeno, em caso de acidente, se houver necessidade de interditar, por várias dezenas de anos, uma área significativa, pode comprometer a nossa existência como país.
«Se os resíduos que as centrais libertam para os rios fossem um problema»
Range-o-caniço; as águas que me refiro são as que servem de "refrigeração" e arrefecimento dos reactores. Não me fiz referir aos "despojos", mas às águas que servem para arrefecer os reactores.
É tudo largado no Tejo. Até Lisboa, dilui.....
Vicissitudes:
"É tudo largado no Tejo."
Aí é que o V. continua a dar uma no prego outra na ferradura.
Está a ser tudo largado no Tejo, ou poderá acontecer que, caso a coisa venha a derreter, vá tudo parar ao Tejo?
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Mutatis mutandis:
“Por eu entender que o nosso país não tem condições para ter uma central nuclear ou não querer arriscar nesse campo, não quer dizer que deva recusar comprar energia que outro produziu por esse método.”
Pois não quer dizer. Mas Portugal fica sem idoneidade para argumentar contra as centrais dos vizinhos, mesmo que eles as pespeguem junto à fronteira em rios que pingam para o lado de cá.
“Também, em jeito de analogia, posso dizer que, embora não esteja interessado em trabalhar na recolha de lixo, isso não me impede de poder pagar a alguém que o faça por mim.”
Diz muito bem. Mas também lhe digo que não faria sentido que chamasse cabr... aos homens do lixo a quem pagasse.
Concordo com as suas considerações em relação à segurança, em particular em Portugal. Fora de contexto, é verdade, li hoje que a Polícia teria sido “proibida” de disparar em perseguições.
“Ninguém pode ter a arrogância de pretender prever a força ou os efeitos de um terramoto”
“os acidentes nucleares conhecidos”
É verdade, mas se excluir Chernobyl, pode multiplicar todos os restantes acidentes por 1000 que não chegam aos calcanhares da central da URSS (a defunta amanhã cantante – não é nada consigo, Mutatis Mutandis, mas não poderia perder a oportunidade para espicaçar umas quantas melgas que por aqui vão poisando).
“pode haver um terramoto,”
É verdade. Imagine a quantidade de milhares de mortos que a ruptura de Castelo de Bode poderia provocar caso cedesse catastroficamente na sequência de um terramoto.
A primeira parte do seu último parágrafo parece-me desastroso pois a análise histórica vai em sentido contrário ao que parece defender. Mesmo em Chernobyl saltou a rampa da coisa não por questões técnicas mas por haver um paranóico a dirigir a coisa e porque a estrutura de poder na URSS era um negócio de paranóicos. Até informação fundamental sobre o funcionamento da própria central era vedada aos técnicos.
O nosso território é, de facto, pequeno e a sua observação parece-me pertinente. Mas reafirmo, que é um absoluto disparate reclamar contra a existência de centrais em Espanha, mesmo que perto da fronteira.
ROD
“Diz muito bem. Mas também lhe digo que não faria sentido que chamasse cabr... aos homens do lixo a quem pagasse.”
A não ser que armazenassem o lixo no quintal encostado ao meu… Quem recolhe o lixo tem de o fazer em condições, tem de ter aterros com perímetros de segurança, etc. Quem assume o risco de centrais nucleares também tem de ter essas condições e não pode forçar os vizinhos a partilhar desses riscos.
URSS – Penso que ambos concordamos que a URSS terá sido o país que mais poluiu o planeta e desrespeitou o seu próprio povo, ao mesmo tempo que, por esse mundo fora, financiava os tontinhos “verdes”
Castelo de Bode - Existem grandes diferenças entre um acidente em Castelo de Bode e numa central nuclear. Se houvesse um acidente em Castelo de Bode, no dia seguinte haveria milhares de voluntárias no terreno à procura de vítimas e a prestar ajuda aos sobreviventes. A reconstrução podia começar imediatamente. Num acidente nuclear, as populações - numa área considerável - pura e simplesmente fugiam, a região poderia ficar inabitável durante muitos anos, os sobreviventes afectados transmitiriam aos seus filhos mutações.
Chernobyl - Mesmo em países como os Estados Unidos e o Japão houve acidentes graves. Estes países têm um nível de desenvolvimento actual muito superior ao que Portugal pode ambicionar para os próximos 50 anos. “No melhor pano cai a nódoa”. Não conheço o caso Chernobyl ao pormenor, mas não tenho motivos para duvidar do que diz. A questão é que, durante o tempo de vida de uma Central Nuclear, muita coisa pode suceder a um país. Quem nos garante que daqui a dez, vinte ou trinta anos não temos em Portugal um regime comunista, fundamentalista islâmico, ou que partilhe qualquer outra ideologia irracional? Nessa situação, não me parece que, nessa situação, possa continuar confiante na segurança das centrais…
Mutatis mutandis:
"A não ser que armazenassem o lixo no quintal encostado ao meu… "
Não lhe parece essa história demasiado parecida à história de Outão, Souselas, etc? Ou você quer também comprar o direitos de depositar lixo apenas à porta dos outros?
Tem aqui uma imagem da localização das centrais espanholas:
http://www.proteccaocivil.pt/PrevencaoProteccao/RiscosTecnologicos/EmergenciasRadiologicas/PublishingImages/1911.jpg
Parece-lhe que estão todas à nossa porta?
Não lhe parece que a colocação de uma central à nossa porta está bem? Então, nós queremos as vantagens e não queremos as desvantagens? Estaremos dispostos pagar para não ter as desvantagens? Em caso afirmativo bastará plantar umas centenas de milhar de eólicas, pagar a energia 10x mais cara e tudo estará bem.
"Existem grandes diferenças entre um acidente em Castelo de Bode e numa central nuclear."
Pois existem. É possível desligar rapidamente uma central nuclear e não é possível desligar a enxurrada provocada pelo rebentamento de uma barragem.
O grande problema com uma central nuclear não é o de ela se partir, mas o de ela rebentar. Perante um cismo a central é desligada automaticamente pela queda, abrupta, do moderador. A partir daí estará relativamente morta.
Comparados a Chernobyl, tidos o restantes problemas foram brincadeiras de crianças. Chernobyl foi um rebentamento por razões que não lembrariam nem a um tinhoso.
Tenho na forja publicar uns 3 ou 4 filmes que tenho sobre o assunto (tenho ainda que os converter).
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Mutatis mutandis, no link que lhe dei, junte as linhas todas no browser.
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