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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dos circuitos


Há quem diga que aquilo que o cérebro melhor faz, fá-lo sem que nos demos conta. Por exemplo, reconhecer caras parece ser uma função automática e autónoma do cérebro. Como se descobriu? Algumas pessoas vítimas de acidente deixaram de conseguir reconhecer caras.

Milhares de outras coisas haverá em que o cérebro trabalha autonomamente mas há outros casos em que o treino, a aprendizagem, consciente ou não, terão papel fulcral.

Pela parte que me toca sinto isso quando algo me alerta, provavelmente em resultado de padrões de comportamento, padrões de factos, combinações de ambos, etc, para configurações de fenómenos que fazem saltar a centelha.

...

Há uns tempos uma “jornalista” mais ou menos histérica começou a zurzir o Primeiro-Ministro. Zurziu, zurziu e deu-se até aquela cena macaca.

Os “telejornais” da TVI, particularmente às 6as feiras, eram uma vergonha imprópria de um órgão de informação.

Naturalmente que o comportamento em causa caberia na perfeição em muitos outros tipos de programa mas, a não ser que se redesenhe o significado de ‘informação’ nunca num programa daquele tipo.

As oposições rejubilavam e o Primeiro-Ministro coçava-se em particular na Assembleia da República.

A história é conhecida. Um negócio de aquisição da TVI pela PT avançava larvarmente. Conhecendo-se a sede do Primeiro-Ministro pelo controlo da informação, particularmente pelo controlo de agências de “informação” (leia-se propaganda) parecia que a PT estaria a fazer o frete que permitiria o controlo da “jornalista” após aquisição da TVI pela PT. Se calhar era um dois em um.

O negócio desfez-se e, passados tempos, a “jornalista” foi corrida. A mim pareceu-me que o fulcro da coisa não estava ainda à vista.

Vem posteriormente a saber-se que a “jornalista” e o marido pretendiam comprar uma parte do dito canal.

Ora bem. É esta a vantagem de ler jornais, artigos de blog, etc, atrasados. Ajuda a perceber onde o desenrolar da história se liga aos já decorridos desenvolvimentos.

A coisa pareceu-me clara. Uma luta de lóbis estava em cima da mesa. A PT queria comprar e Moniz também. A “jornalista” zurzia no Primeiro-Ministro e este defendia a posição da PT por entreposta golden-share [gosto dos ‘-‘]. Quando o desacato atingiu o ponto de não retorno que impossibilitaria um negócio airoso a oposição mordeu o isco e envolveu-se contra a PT por estar ligada ao Primeiro-Ministro, bombo por definição.


E tudo isto não será corrupção? Não parece haver aqui corrupção generalizada? Não estão ao alcance da suspeita, além dos submarinos da TVI que prepararam o seu ataque estando dentro de muralhas, a PT, o governo e a oposição? Olhando isto como um todo, não parece haver um tomar de partido generalizado de tudo quanto é gente num “negócio” que tresandava? Na parte que mais me preocupa, porque o meu bolso se ressente, poderá ou não dizer-se que há um atentado ao estado de direito cometido por quem, de direito, controla o estado onde ele não deveria estar metido?

Revelado o filme, tudo arrefece. Com toda a gente entretanto comprometida, não necessariamente em consciência no momento do passo, mas irremediavelmente comprometidos em função de posteriores desenvolvimentos, já não vale a pena arremessar pedras ... talvez um caramelo, ali para os lados de Aveiro se tenha atrevido.

Mas outras araras, actuando e tandem, controlaram os estragos. Pagando serviços? Dando crédito?

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E agora vai aparecer o nosso amigo Sérgio Pinto e vai perguntar em que estudos de universidades conceituadas me baseio para afirmar o que escrevo.

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