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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Resultados da Exposição Prolongada ao Socialismo

Portugal sobe (ou desce, conforme a perspetiva) no índice de corrupção da 'Transparecy International':

"O país obteve 5,8 pontos, numa escala de zero (altamente corrupto) a dez (altamente limpo), contra 6,1 pontos no ano passado, caindo da 32ª para a 35ª  posição, entre 180 países avaliados.
Desde 1995 que o país tem vindo a baixar na lista. O novo relatório da Transparecy International é divulgado numa altura em que o combate à corrupção reentrou na agenda política e o processo Face Oculta continua a fazer manchetes nos jornais."

A corrupção é um dos efeitos negativos de exposição prolongada do país (14 anos) ao socialismo.

22 comentários:

o holandês voador disse...

Que Portugal é um país de corruptos, estamos de acordo. De facto, há corrupção em todos os países e Portugal não é excepção. O grau de corrupção de um país é (normalmente) correspondente ao seu grau de desenvolvimento: países mais desenvolvidos (democratica e socialmente) são menos corruptos e países menos democráticos e menos desenvolvidos, são mais corruptos. É por isso que a Finlândia e os países nórdicos em geral estáo no cimo da lista e o Burkina Fasso ou o Zimbabwe estáo nos últimos lugares. Também nos paísese mais desenvolvidos existe maior controlo social e mais consciência cívica e crítica. Chama-se a isto cidadania.
Não sei se a corrupção actual em Portugal é devido ao "socialismo", mas provavelmente já começou muito antes, num país onde o clientelismo e o tráfico de influências são inerentes ao "sistema". Estamos a falar de um país pobre e iletrado, onde o medo, o respeitinho e os "favores" e a "cunha" fazem parte da cultura nacional. Depois, há a religião (pormenor não menos relevante). Nos países protestantes, a ética profissional, e não só, é bem maior do que nos países do Sul da Europa (católicos). Estas coisas estão todas ligadas e procurar um "bode expiatório" para uma atitude essencialmente cultural é sempre mais fácil, mas não explica tudo.

Carmo da Rosa disse...

Faço minhas as palavras deste esquerdista (hv). A esquerda tem o monopólio de muita coisa (da verdade e da bondade) mas não da corrupção...

ml disse...

mas não explica tudo.

Nem explica nada. Portugal é muito democrático na distribuição da corrupção à esquerda e à direita. Parecem ratos a fugir e a vigiarem-se uns aos outros.

Se tu falas no Freeport eu atiro-te com os submarinos e os eucaliptos. Se falas nos submarinos e nos eucaliptos eu atiro-te com o BPN, BCP, BPP. Se falas na Moderna eu faço fogo com a Independente e o Freeport.
Se falas no que quer que seja eu perco a cabeça e afundamo-nos todos com a casa Pia, as obras públicas e talvez a sucata.

Ainda dzem para aí que há asfixia democrática. Há é gente pouco comunitativa, isso é que é, prescindem do uso da palavra.

José Gonsalo disse...

Holandês Voador:
"Também nos paísese mais desenvolvidos existe maior controlo social e mais consciência cívica e crítica. Chama-se a isto cidadania."
Invertamos, isto é: "Nos países onde existe maior controlo social e mais consciência cívica e crítica é também onde existe maior desenvolvimento. Chama-se a isto cidadania."
Toda a segunda parte do que escreveu está aqui contida. E ainda mais. Basta fazer as contas, como diria o António Guterres.

Carmo da Rosa disse...

ml: «... Ainda dizem para aí que há asfixia democrática..»

Ainda dizem para aí que as mulheres portuguesas não têm humor! Até as esquerdistas…

Sérgio Pinto disse...

Caro ignorante,

Cada cavadela... bem, já se sabe.

Um artigo, publicado em 2005 na prestigiada American Sociological Review por dois investigadores da Universidade de Harvard, apresenta ampla evidência empírica (usam dados para 129 países) de que «maiores níveis de desigualdade conduzem, através de mecanismos materiais e normativos, a maiores níveis de corrupção».
(...)
E concluem: «se a corrupção é o resultado da tentativa por parte dos ricos para melhorar a sua posição, então um maior peso do Estado pode estar associado a menos corrupção».

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2008/02/desigualdade-e-corrupo-o-mesmo-combate.html


Ainda lhe ofereço o abstract do artigo (sim, está em inglês, assim não lhe é muito útil... se calhar tenho mesmo de me juntar à ml na banquinha de traduções):

This article argues that income inequality increases the level of corruption through material and normative mechanisms. The wealthy have both greater motivation and more opportunity to engage in corruption, whereas the poor are more vulnerable to extortion and less able to monitor and hold the rich and powerful accountable as inequality increases. Inequality also adversely affects social norms about corruption and people's beliefs about the legitimacy of rules and institutions, thereby making it easier for them to tolerate corruption as acceptable behavior. This comparative analysis of 129 countries using two-stage least squares methods with a variety of instrumental variables supports the authors' hypotheses using different measures of corruption (the World Bank's Control of Corruption Index and the Transparency International's Corruption Perceptions Index). The explanatory power of inequality is at least as important as conventionally accepted causes of corruption such as economic development. The authors also found a significant interaction effect between inequality and democracy, as well as evidence that inequality affects norms and perceptions about corruption using the World Values Surveys data. Because corruption also contributes to income inequality, societies often fall into vicious circles of inequality and corruption.

ml disse...

apresenta ampla evidência empírica

E é só cotejar a tabela da Transparency.org com o quadro dos índices de Desenvolvimento Humano do PNUD. É quase ombro a ombro.

Paulo Porto disse...

Caros todos, permanecem dois aspetos base:
- o peso do Estado está diretamente ligado ao peso da corrupção; quanto maior o peso do Estado, maior a probabilidade de um país ser corrupto;
- Portugal confirma esta regra.

Não se trata de uma questão esquerda/direita. A corrupção pode ser de esquerda ou de direita, tal como o socialismo e um Estado gordo podem ser de esquerda ou de direita.

Carmo da Rosa disse...

paulo porto: «…quanto maior o peso do Estado, maior a probabilidade de um país ser corrupto; - Portugal confirma esta regra.»

Mas o Afeganistão e a Somália não contradizem a mesma regra regra?

Sérgio Pinto disse...

Bem, além de ignorante, você só pode ser analfabeto.

o peso do Estado está diretamente ligado ao peso da corrupção; quanto maior o peso do Estado, maior a probabilidade de um país ser corrupto

Não leu o comentário anterior? Olhe, vai a bold:
E concluem: «se a corrupção é o resultado da tentativa por parte dos ricos para melhorar a sua posição, então um maior peso do Estado pode estar associado a menos corrupção».

EXTRA: Rendimento fiscal em % PIB na UE (dados de 2007) / Posição no ranking da Transparency International:
1º - Dinamarca: 50% / 2ª
2º - Suécia: 49% / 3ª
3º - Bélgica:46% / 21ª

Média EU-27: 41%
14º - Portugal: 38% / 35ª

25º - Lituânia: 30,2% / 52ª
26º - Roménia: 30,1% / 71ª
27º - Eslováquia: 29,7% / 56ª

Consegue notar alguma correlação, caro entendido? Irra, que nunca pensei dizer isto, mas você aparenta ser um caso ainda mais desesperado que o do lidado.

P.S.: Ml, acho que antes da banquinha de traduções temos é de criar aqui uma escola primária.

Paulo Porto disse...

@CdR
O Afeganistão e a Somália representanm a ausência de Estado.

Nenhum liberal defende a ausência do Estado.

Países como Cuba representam a omnipresença do Estado e a omnipresença da corrupção, como bem pode constatar quem tenha visitado a ilha.

Paulo Porto disse...

@SP

Se fosse tivesse o mínimo de capacidade intelectual teria coisas bem diferentes a concluir das fontes que foi buscar.

Vc é estúpido.

Sérgio Pinto disse...

Porto,

Mais uma vez, se você soubesse ler, tinha percebido que parte das conclusões nem são minhas, são transcrições. Pela TERCEIRA vez, caro bronco:

E concluem: «se a corrupção é o resultado da tentativa por parte dos ricos para melhorar a sua posição, então um maior peso do Estado pode estar associado a menos corrupção»

Está a ver ali as aspas? Você aparenta não saber, mas na frase que a itálico e bold indicam que a frase por elas delimitada é uma transcrição dos autores do estudo (e os autores são de Harvard, que não tem especial tradição marxista).

E escusa de vir agora com a história de Cuba a ver se se safa. O seu post é sobre a pretensa ligação entre peso do Estado, socialismo e corrupção. E ilustra todo este seu brilhante raciocínio recorrendo a Portugal, não a Cuba. A menos que ache que os dois países são idênticos está, mais uma vez, a ser estúpido e desonesto.

Agora veja lá se consegue ficar algum tempo sem mandar postas sobre assuntos que desconhece. Você consegue a proeza de ser mais imbecil que o lidador a falar do Orwell e do Stiglitz.

Paulo Porto disse...

@SP

Vc é estúpido.

O que escrevo em seguida não tem como objetivo fazê-lo entender coisa nenhuma; sendo um realista, entendo que não há que perder tempo em explicações a um indivíduo que não atinge os mínimos de capacidade intelectual.

Fica para todos os outros da caixa que o que nunca faltou à Alemanha Nazi, ou à Rússia Bolchevique, ou à Itália fascista, ou à França colaboracionista, ou à Cuba Comunista intelectuais e universitários apologéticos dos respetivos regimes e/ou demonstratores das coisas mais fantásticas e conclusões mais imbecis. Tal como nunca faltaram - nem faltarão - no mundo SPs prontos a citar os 'doutores de igreja' que lhes iluninam a fé.

Quanto ao mais, e ainda dirigindo-me a todos os outros da caixa, fica a realidade, a terrível realidade que não se compadece com interpretações ideológicas ou piedosas, sejam elas quais forem, venham elas de onde vierem:
- o peso do Estado está diretamente ligado ao peso da corrupção; quanto maior o peso do Estado, maior a probabilidade de um país ser corrupto;
- Portugal confirma esta regra.

Sérgio Pinto disse...

Você tem alguma capacidade de discutir/pensar/interpretar dados ou limita-se a tapar os ouvidos e recitar as mesmas crenças, imune a qualquer banho de realidade que possa levar?

O que é verdadeiramente extraordinário é que alguém a quem é chapado que:

a) o peso do Estado em Portugal (assumindo o peso dos impostos em % PIB como boa proxy) é inferior à média europeia, estando muito longe do topo, dominado pelos nórdicos;

b) Portugal aparece mal classificado num ranking relativo corrupção em que, mais uma vez, os nórdicos, países da UE em que o peso do estado é maior, se comportam muito melhor, estando muito próximo do topo;

c) um estudo realizado por dois investigadores da Universidade de Harvard conclui que se a corrupção é o resultado da tentativa por parte dos ricos para melhorar a sua posição, então um maior peso do Estado pode estar associado a menos corrupção

... continua a marrar, contra TODAS AS EVIDÊNCIAS, que quanto maior o peso do Estado, mais corrupção haverá, e que Portugal é disso exemplo.

Apesar de tudo, a cobardia do lidador, que o fez desaparecer da discussão sobre os EUA assim que foi desmascarado é capaz de ser menos embaraçosa que a sua, que insiste em rebolar no ridículo e expor a sua indigência intelectual. Trate-se!

Sérgio Pinto disse...

P.S. Ml, confirma-se que temos de adiar o projecto da tradução, que antes disso têm de ser ensinados a ler. Ouvi dizer que as escolas privadas eram um óptimo negócio...

Carmo da Rosa disse...

@ paulo porto: ”O Afeganistão e a Somália representam a ausência de Estado.”

É verdade, mas fiz isso para acentuar o contraste. Mas de todas as formas, e com base no ‘ranking’ de corrupção da Transparancy International, não li ainda nenhum argumento de que mais estado signifique automaticamente mais corrupção – o contrário tão pouco.

O pouco que se pode dizer dos países que se encontram nos primeiros lugares (os menos corruptos) é que em todos eles os seus habitantes gozam de um razoável nível de vida e, salvo uma excepção, são países protestantes - há entre eles no terceiro lugar um país muçulmano…

Esquecendo o Estado, podemos concluir que os protestantes são pouco corruptos e que a sharia (com cortes de mãos) não ajuda os muçulmanos a tornarem-se mais sérios, visto que depois do excelente terceiro lugar de Singapura temos que ‘scrolar’ até ao ranking 22 para encontrar o próximo país muçulmano.

Creio que há ainda muito mais a dizer, tudo com base na listazinha, sem a mínima necessidade de citar especialistas e de nos zangarmos. Mas agora vou beber um copo e chichi cama…

Boa noite a todos.

ml disse...

são países protestantes

Sem dúvida, é o que penso. Isto de não haver uma confissãozinha redentora mesmo à beira da tumba faz milagres na boa gestão dos mandamentos de deus. E não é por acaso que são os mais desenvolvidos e com menores assimetrias sociais. Deus manda dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede e roupa a quem está nu.

E quanto ao peso do estado, tb é um raio de uma coincidência que os menos corruptos sejam mais umas vez os nórdicos, que largam couro e cabelo em impostos para que o estado, gordo, tome conta de todos desde o berço até à tumba. Ele educa, ele trata da saúde, ele dá mesadas, ele gere mesadas, ele não permite que se durma debaixo das estrelas.

E tb é um outro raio de coincidência que o embrião do mau hábito de lançar taxas para cuidar dos menos afortunados tenha nascido na Inglaterra dos Tudor através da Poor Law, imediatamente após o afastamento da ICAR.

É feio blasfemar mas é uma chatice dum raio que as coisas batam tim-tim por tim-tim.

Carmo da Rosa disse...

@ ml: «Isto de não haver uma confissãozinha redentora mesmo à beira da tumba faz milagres na boa gestão dos mandamentos de deus.»

Precisamente, muito bem visto.

@ ml: «Deus manda dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede e roupa a quem está nu. »

E neste país a direita liberal segue estes mandamentos de Deus à risca, não porque acredite em Deus, mas porque já percebeu há muito tempo que “assimetrias sociais” não são a favor de um desenvolvimento harmonioso da sociedade. Dito por outras palavras, preferem comer um pouco menos do que serem comidos – vivos…

Renato disse...

Os que dizem que estado maior resulta em menos corrupção só o podem dizer após a queda da cortina de ferro. Os países nórdicos, com impostos mais altos que a maioria tem menos corrupão e mais bem estar. Considerando então como verdadeira a correlação que alguns tiram daí (mais estado, mais bem estar e menos corrupção) eu deveria acreditar que os países onde o estado tem todos os meios de produção seriam paraísos do bem estar e do respeito ao próximo?

Epa!!! Mas os antigos regimes marxistas, dos quais Coreia do Norte e Cuba são as sobras, eram justamente o contrário disso. Ditaduras extremamente sanguinárias, genocidas mesmo, sem liberdade, com trabalho escravo, falta de bens básicos, e corrupção desenfreada. Ih! parece que destrui a correlação em que alguns acreditavam.

Agora dou como exemplo o Brasil. Durante o último governo, o peso do estado só aumentou (além do forte aumento da intervenção por meio de legislação e principalmente, pelo domínio indireto do partido atualmente no poder). A corrupção, entretanto, é cada vez mais generalizada.

Renato disse...

Vejo uma relação clara entre a ideologia do governo e a corrupção. Os governos social-democratas são compostos por pessoas que creem em mudar a sociedade para melhor agora. Tais pessoas acreditam que a corrupção deve ser combatida, que não há justificativa para ser corrupto.

Os regimes marxistas são compostos por pessoas que declaram (talvez nem acreditem em nada) que o aumento do poder do Partido e a tomada de todos os governos pelo marxismo resultará no paraíso na terra. Ser corrupto, ladrão injusto, violento, mistificador, assasino, ou até genocida, não é mau, desde que se contribua para o aumento do poder do partido.

Sérgio Pinto disse...

Os que dizem que estado maior resulta em menos corrupção só o podem dizer após a queda da cortina de ferro.

Já reparou que estamos em 2009?


Quanto ao resto, olhe, deixo à sua consideração se acha que faz sentido designar um regime como marxista e depois falar em "ditaduras extremamente sanguinárias, genocidas mesmo, sem liberdade, com trabalho escravo, falta de bens básicos, e corrupção desenfreada". Acertou no que diz na parte que citei, mas tenho a vaga impressão de que o Marx não fazia a apologia do trabalho escravo nem da corrupção. Mas também confesso que não é assunto que interesse muito.

Não sei se terá reparado, mas o exemplo do post relativo a "socialismo" era Portugal (!), pelo que vir, à semelhança do Porto, falar em Cubas e Coreias do Norte não lhe resolve grande coisa. Ainda não encontrou por aqui ninguém a defender o modelo cubano, pois não?