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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Da luminosa idiotia


As luminárias governamentais que nos andaram a impingir o progresso da economia via investimento público gastaram tudo o que havia e endividaram o país até às orelhas sem que se vislumbrasse qualquer espécie de avanço que não fosse para o buraco em que acabámos metidos. Quando não conseguiam convencer privados a endividar-se davam, de forma mais ou menos velada, garantias estatais.

Quando o estado investe, investe o dinheiro dos outros e, se a coisa der para o torto, é o dinheiro dos outros que é torrado e foi o dinheiro dos outros que foi torrado. Neste caso, o dinheiro dos portugueses e o dinheiro que o estado pediu emprestado ou obrigou empresas mais ou menos ligadas ao estado a pedir emprestado. O estado ficou internamente e externamente endividado, neste caso aos “especuladores” que não foi aparentemente capaz, em tempo útil, de identificar como tal.

Os investimentos foram excelentes para uma ou mais economias, mas para a nossa não foram.

A cada novo luminoso investimento novos impostos eram lançados dificultando cada vez mais a vida às empresas cada vez em maiores dificuldades para concorrer face a estrangeiras.

A cada nova fornada de falências correspondia a necessidade de aumentar a “protecção social” e “redistribuição” e novos impostos eram lançados para “dar resposta às novas necessidades”. Entretanto, a incompetência generalizada cravou inúmeras cavilhas no caixão da segurança, da justiça, da educação. A única coisa que passou a funcional melhor foi a cobrança de impostos e as vias pelas quais passaram a fluir grossos canais de tráfico de influências.

Os credores começaram a ficar nervosos e ameaçaram com a marreta da realidade. O governo, barata tonta, decide, a contra-gosto, suspender “investimento produtivo” que sempre jurou ser “garantia de desenvolvimento” e anuncia ser esta a solução para … “a saída da crise”.

Ao fim, as luminárias ficarão sempre de consciência tranquila porque aos incompetentes basta o conforto das boas intenções. A sua incompetência é sempre culpa dos outros, neste caso, além do "especulador" é ainda do contribuinte que não produziu o suficiente para dar lume à luminosa torradeira. Vai daí, um novo “impulso” e sobem os impostos.

3 comentários:

Diogo disse...

Não faltará muito para que se espetem duas avionetas em São Bento...

Anónimo disse...

E também para pagar reformas a uma data de malandros de 50 e tal anos.

DL disse...

Chapelada,

roubei-o!