Teste

teste

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Religião e Desenvolvimento

"Em 2007, em média, um Protestante produziu 2 vezes mais riqueza do que um católico, 4 vezes mais do que um Ortodoxo, 13 vezes mais do que um muçulmano, 18 vezes mais do que um Budista, 25 vezes mais do que um Hindu e 42 vezes mais do que um animista. Qual a razão? Estranhamente, nunca nenhum vencedor do Prémio Nobel se debruçou sobre esta situação preocupante. Sem uma economia pujante, nenhum desenvolvimento humano é possível: nenhuma melhoria na saúde, educação e qualidade de vida."




"Quando os países são agrupados segundo a sua religião dominante e as médias dos PIBs per capita comparados, o resultado é tão surpreendente como perturbador. É surpreendente porque mostra fortes disparidades no desenvolvimento entre várias áreas que apenas a diferença de religião parece poder explicar. Ao contrário do que vem sendo dito por muitos teóricos do desenvolvimento, as religiões parecem desempenhar efectivamente um papel determinante. Estas disparidades são também preocupantes porque tendem a reforçar-se positivamente."

O resto da análise aqui: Religions and Development

21 comentários:

o holandês voador disse...

Parece ser verdade. De resto, estas conclusões já tinham sido escritas por Max Weber, na sua obra mais divulgada "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (1905), um dos livros seminais da sociologia. Nesta obra, o autor, a partir dos seus estudos sobre a Inglaterra e a Alemanha, estabelece uma correlação entre o desenvolvimento económico dessas nações e a religião protestante, mais mundana e austera, onde a conciliação entre a mundividência (no negócio) e a austeridade e disciplina (no planeamento) estão na base da sua maior riqueza.

Anónimo disse...

Este é um problema engraçado e que entronca na moral religiosa em qualquer religião. A bíblia não censura a riqueza e a prosperidade directamente mas , ela adverte contra a busca dessas coisas como um fim em si mesmo, ou o uso da opressão e da crueldade como uma maneira para obtê-las, a obtenção de riqueza por meios ilicitos o que éticamente e moralmente será sempre condenável, mas s. paulo alertou para o amor ao dinheiro como a raiz de todos os males jesus afirmou que o homem rico que tinha produzido com abundância, e que pensava somente nos depósito de bens materiais, comer, beber e folgar, no final de sua vida deus lhe perguntaria : “louco! esta noite pedirão-te a tua alma, e o que tens”. Também mandava abandonar tudo e segui-lo.

Mas isto são visões religiosas, o caso é que foram levadas a prática pela teologia moral como princípios morais, que procurava afirmar a esterilidade do dinheiro e até bem tarde depois da idade média a igreja católica apesar da riqueza que possuía e ambicionava, condenava os lucros e juros e o liberalismo económico, os próprios doutores da igreja medievais consideravam o comércio como uma actividade pouco digna por visar o lucro e especulação, só mais tarde passando a reconsiderar por esta suprir necessidades essências de uma sociedade organizada, considerava-se que o aviltamento material comprometia o progresso espiritual. Aliás ha filosofias em que a renuncia ao material é um caminho para a felicidade.

A nossa herança cultural é latina e católica e o catolicismo, após a contra-reforma, era contra a iniciativa privada e a liberdade económica, Leão XIII defendia o corparativismo na rerum novarum em 1891, só a partir da enciclica Centesimus Annus, de João Paulo II, é que houve uma compreensão equilibrada do papel do mercado e da criação de riqueza. "Para remediar este mal (a injusta distribuição das riquezas e a miséria dos proletários), os socialistas excitam, nos pobres, o ódio contra os ricos, e defendem que a propriedade privada deve ser abolida, e os bens de cada um tornarem-se comuns a todos ), mas esta teoria, além de não resolver a questão, acaba por prejudicar os próprios operários, e é até injusta por muitos motivos, já que vai contra os direitos dos legítimos proprietários, falseia as funções do Estado, e subverte toda a ordem social".

Portugal e Espanha possuíram colónias ricas em ouro e outros metais preciosos, territórios vastíssimos, apesar disso ou mesmo assim ficaram para trás, foram ultrapassados por países como a holanda e a inglaterra, paises com uma moral diferente, ética diferente, derivada da reforma e contra reforma, porque na verdade, o mais importante, é a ética, e a etica tembém na economia, as virtudes do trabalho e por isso da produtividade, da poupança e também da honestidade são o segredo do desenvolvimento e a chave da prosperidade.

Anónimo disse...

Da holanda e inglaterra saíam os piratas e corsários: bons comerciantes protestantes que mais tarde também colonizaram o novo mundo. Ainda hoje, através das suas companhias, saqueiam petróleo em todo o globo. Só ainda não dizimaram a escumalha, porque precisam de nós para lhes consumirmos a coca-cola e todas as outras porcarias que nos impingem, a bem do seu sacrossanto lucro. Enfim é o mundo moderno e industrializado que nos permite trocar estas ideias online. As minhas certamente toscas e ignorantes, comparadas com as doutas de V. Excelências. Eu sou descendente de cristãos-novos, que foram coagidos à conversão pela inquisição. Outros foram mais ladinos e conseguiram fugir para o bom acolhimento dos pragmáticos protestantes. Mas é claro, tiveram que pagar jóia para entrar no clube: é que os protestantes precisavam de engrandecer as suas Armadas. Ainda nos dias de hoje, continuam bons compinchas: uns gerem a economia e os outros as finanças.

Anónimo disse...

(“Da holanda e inglaterra saíam os piratas e corsários: bons comerciantes protestantes que mais tarde também colonizaram o novo mundo”)

Caro anonimo não deixa de ter alguma razão ao falar em piratas e que saíam da holanda e inglaterra, piratas esses que ate foram encorajados por monarcas, e também quando fala daqueles que fugiram por causa da inquisição, cá está outro mal que afectou portugal ao por em fuga inteligências e riquezas precisamente por causa da religião.

Eu falei no meu comentário em etica e moral ligados a religião e desenvolvimento economico e na minha discordância em relação a moral e nomeadamente a religiosa. È claro que muita e grande parte da moral religiosa faz parte e esta integrada no nosso património cultural, pois grande parte desse património foi construído ao longo do tempo, ao lado e por influencia também da religião, por isso o direito e as leis não estão imunes a este aspecto e a sociedade em geral.

A minha discordancia é outra, eu compreendo que a moral religiosa tenha a ver com o aspecto da espiritualidade e desenvolvimento do homem , os enunciados morais são para ajudar o homem a ser Homem. Não a censura pela censura. Mas é esta moral religiosa que em muitos aspectos a meu ver é castradora e criadora nos mais sensiveis de sentimentos de culpabilidade desde a infância. Em aspectos da personalidade como a ambicão, ganância, egoismo, vaidade, inveja. Eu não considero que estes aspectos se não forem “patologicos”, ou seja desde que moderados, são impulsionadores de uma personalidade conquistadora.


As pessoas ao possuirem aspectos destes na sua personalidade, desde que não sejam pela negativa, ou seja seguir os maus exemplos para prosperar, desejar o mal a quem tem mais e melhor do que nos, é mau e define um mau carácter, mas se forem impulsionadores para tentar ter o mesmo que os outros, conquistar melhores posições na vida, pois então, precisamente essas caracteristicas levam –nos a luta, a não ser apáticos desinteressados e desistentes, para mim é melhor do que uma personalidade muito religiosa mas totalmente apática.

E considero que a moral religiosa ao considerar determinados sentimentos e aspectos da personalidade como negativos e prejudiciais ao desenvolvimento humano está a censurar o pensamento das pessoas e muitas vezes a colocá-las mais tarde em conflito nas suas próprias acções, esse é um dos efeitos da moral, já vi pessoas não fazerem coisas perfeitamente legais e permitidas precisamente por imposiçoes de ordem moral religiosa. A ética está relacionada à idéia de que existem valores que definem o que é o bem e o que é justo, esses valores, ao contrário de uma visão teológica, podem variar.

Anónimo disse...

Continuando

E por isso culturas diferentes têm visões diferentes do que é ou não é moral, não existe somente uma única moral, existem grupos sociais que podem ter valores morais diferentes, ao contrário da moral catolica que procura uniformizar e ser universal procurando impor um código moral fechado ignorando muitas vezes a diversidade da realidade.

A pobreza é tida como meritória e virtuosa, ao contrário da riqueza, elogia-se os pobres mesmo sem deixar clara a razão desse elogio à pobreza, parece-se acreditar mais em redistribuição e caridade que no estímulo a criação de riqueza e ao crescimento económico, ou como dizia sebastien faure, “as religiões são como pirilampos: só brilham na escuridão”, como se a riqueza fosse obra demoniaca

O que eu quis dizer é que a religião apela é a uma transformação de sentimentos humanos, pondo toda a carga negativa em sentimentos que levam à riqueza e sua acumulação, como ganância, ambição, vaidade.etc, portanto todos os caminhos que levam à conquista da riqueza são maus, e o caminho que leva à santidade está no lado oposto, na humildade, na generosidade, na solidariedade etc,. o isto que eu acho que é diferente entre os catolicos que condenavam o lucro os juros em ralação aos protestantes que valorizam o individual a livre iniciativa o progresso, e ja agora se a economia deles fosse so baseada na pirataria não tinham ido longe.

Mas se virmos muitas dessas pessoas que acumularam fortunas até não foram tão egoistas assim, muitas criaram fundações como meio de redestribuir por outros meios aquilo que a sociedade lhes concedeu, sendo também um meio de pertpetuarem a sua memória, temos por exemplo fundaçoes em portugal que concedem bolsas para formação em areas cientificas criando assim,especialistas para num futuro proximo estarem ao serviço da sociedade, temos por por exemplo um caso de uma fortuna mundial recente que tem uma fundação em que financia apoios medicos e campanhas de vacinação em paises do terceiro mundo. Ainda ha bons samaritanos no meio desta riqueza toda.

Anónimo disse...

Pois é caro amigo, até que filosofa muito bem sobre filantropia e tudo mais, mas mesmo assim que fazer com os biliões de malandros pobres que não querem ou não sabem como criar pilim para comprarem ovos de ouro ou simplesmente matarem a fome?
Talvez o problema seja intrínseco à própria natureza humana, que metaforicamente seja mais obra do Diabo que de Deus.

Anónimo disse...

("Talvez o problema seja intrínseco à própria natureza humana, que metaforicamente seja mais obra do Diabo que de Deus.2)

Concordo

Anónimo disse...

Por mais que esta tabela seja interessante, seria bom conhecer a forma como foi construída porque o enviezamento resultante do uso de somas em bruto parece-me óbvio. Por exemplo:
- se o Luxemburgo ou a Áustria fossem observado como países católicos isoladamente então estariam aa frente de Israel (que é observado na tabela isoladamente);
- colocar como "católicos" ou "protestantes" países da Europa e EUA somados com países africanos ou sul americanos;
- os países confucionistas, que provavelmente incluem a China, aparecem melhor colocados que os países católicos ou protestantes. O valor do resultado assim obtido é o mesmo que dizer "o bolo não presta" embora se saiba que o problema foi os ovos estragados e que a farinha era de primeira qualidade.
- colocar o "hinduísmo" em penúltimo lugar é também uma forma de distorcer a visão das coisas que resulta de somar alhos com bugalhos.

Em resumo, seria interessante obter esta mesma tabela com a listagem dos países por IDH ou PPP com a designação da respectiva religião predominante. Parece-me que obteríamos resultados mais ligados a questões político-económimas que influem mais nestes assuntos do que a religião predominante, por mais que a religião predominante influencia as questões políticas.

Anónimo disse...

Bem observado caro anónimo das 10.10. Felizmente que há muita gente lúcida como você que não "emprenha" pelos ouvidos ou por meras tabelas fajutas.

Anónimo disse...

Este tema não tem nada de novo, a novidade esta so em as pessoas desconheceram que no passado a problematica entre religiões e progresso ja tinha sido abordada, pela geração de 70 do seculo XIX e as celebres conferencias do casino.

A primeira causa apontada por antero. foi o catolicismo transformado pelo concílio de trento, com a contra-reforma e a inquisição, fez fugir por exemplo inteligencias, inteligencias futuras e riquezas, e que desvirtua a essência do cristianismo, conduzindo a uma atrofia da consciência individual. de seguida, o absolutismo, a monarquia absoluta que constituía a a ruína das liberdades sociais, o centralismo imperialista viera coarctar as liberdades nacionais, levando a "raça" ibérica a uma cega submissão, por fim, a última causa é o desenvolvimento das conquistas longínquas, as conquistas ultramarinas, que exauriram as energias do país, levando à criação de hábitos prejudiciais de grandeza e ociosidade e que conduziram ao esvaziamento de população de uma nação pequena, substituindo o trabalho agrícola pela procura incerta de riqueza, a disciplina pelo risco, o trabalho pela aventura.

Antero faz uma análise histórico-filosófica, procurando a origem do atraso que caracteriza os países ibéricos, para que se possa evitar os mesmos erros e ultrapassá-los, através de medidas que conduzam à prosperidade do país. Todos esses factores tiveram malefícios em termos económicos e são a origem da crise existente nessas nações e que se contrapõe ao desenvolvimento da liberdade moral, da classe média e do desenvolvimento industrial que constitui os factores de progresso das nações mais ricas. É por isso que era necessário para Antero mudar o nosso rumo maléfico, com a instauração de uma sociedade industrial. Só realizando esta revolução é que se pode encontrar a ordem, isto é, a paz social. Pois já no passado era assim

Isso de tabelas é tabelinhas é uma analise comparativa, a análise das religiões na vida das pessoas, e sobretudo economica é uma analise poltica e filosofica da questão. Não é de agora.

Anónimo disse...

Agora é mais uma SOCIEDADE DE GATUNOS. Ora vejam:
Ora cá vão uns salariozitos de remediados:

(PODE NÃO PARECER, MAS SÃO VALORES MENSAIS!!!!....)

-Mata da Costa: Presidente dos CTT, 200.200 Euros

-Carlos Tavares: CMVM, 245.552 Euros

-Antonio Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96.507 Euros

-Guilhermino Rodrigues: ANA, 133.000 Euros

-Fernanda Meneses: STCP, 58.859 Euros

-José Manuel Rodrigues: Carris 58.865 Euros

-Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66.536 Euros

-Vítor Constâncio: Banco de Portugal, 249.448 Euros (este é que pode pagar mais IRS)

-Luís Pardal: Refer, 66.536 Euros

-Amado da Silva: Anacom, Autoridade Reguladora da Comunicação Social, ex-chefe de gabinete de Sócrates, 224.000 Euros

-Faria de Oliveira: CGD, 371.000 Euros

-Pedro Serra: AdP, 126.686 Euros

-José Plácido Reis: Parpública, 134.197 Euros

-Cardoso dos Reis: CP, 69.110 Euros

-Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233.857 Euros

-Fernando Nogueira: ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247.938 euros (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola !! )

-Guilherme Costa: RTP, 250.040 Euros

-Afonso Camões: Lusa, 89.299 Euros

-Fernando Pinto: TAP, 420.000 Euros

-Henrique Granadeiro: PT, 365.000 Euros



E ainda faltam as Estradas de Portugal, EDP, Brisa, Petrogal, todas as outras Observatórios e reguladoras ... Vilanagem É um fartar enfim! E pedem contenção!!

Imaginem o que é pagar um Subsídio de férias ou de Natal a estes senhores:''Tome lá meu caro amigo 350.000 € para passar férias ou fazer compras de Natal''.

E pagar-lhes esta reforma ... É no mínimo imoral e no máximo corrupção à sombra da lei ... Até porque estes cargos não são para técnicos, Mas são de nomeação política .. É isto que lhes retira toda e qualquer credibilidade junto do povo e dos quadros técnicos.



TUDO NOSSO DINHEIRO QUE ALIMENTA ESTE BANQUETE, ONDE A CRISE NÃO BATE À PORTA E Onde há aumentos PARA SEMPRE Amigos

PODE NÃO PARECER, MAS ESTES SÃO VALORES MENSAIS!!!!...

MAIS UM BATALHÂO IMENSO DE REFORMADOS COM 50 E POUCOS ANOS!!!

ISTI SIM É FILOSOFIA DE TABERNA.

Anónimo disse...

( “Agora é mais uma SOCIEDADE DE GATUNOS.” )

Pois este é um problema real e de desigualdades sociais, mas não era este o prisma que eu estava a abordar no problema. Que era um problema que tem a ver com o nosso não desenvolvimento crónico que vem de sempre de seculos e seculos e segundo alguns da sua ligação a religião, porque a ética humanista não religiosa é guiada pela razão, apoiando-se nos factos que a ciência nos fornece, e não em lições bíblicas. A bíblia é uma orientação do ser humano para aderir a um certo modo de viver religiosamente.

Quanto a pobreza, a ideia de que as causas da pobreza e os caminhos para sua solução não dependem da vontade ou do carácter dos indivíduos, mas das relações entre as pessoas, sempre esteve presente nas formas mais radicais do cristianismo, e na época moderna, nos escritos e movimentos políticos em especial da esquerda. Para uns, a solução dependia ainda de uma regeneração moral, não dos pobres, mas dos ricos, cujo egoísmo deveriam ser transformados em verdadeira caridade e sentimento de justiça


Esta mentalidade é tipica de certas áreas politicas. Mas não há um único caso, no mundo inteiro, em que isso tenha acontecido, e a pobreza eliminada por essas razões, todas as vezes que se tentaram com mais dureza, os resultados foram os mais trágicos, porque a tentativa de o estado erradicar a pobreza leva-o a tomar conta de parte da economia, e muitas vezes abolindo o mercado, o único instrumento que realmente consegue produzir riqueza, onde em mais que ajudar, o estado pode atrapalhar a construção de riqueza. Há quem pense que as pessoas precisam parar de pensar só nelas serem egoístas e começarem a pensar na sociedade geral, para estas pessoas os pobres não são pobres por serem preguiçosos, eles são pobres porque sua riqueza foi usurpada e sua capacidade de criar riqueza destruída, é uma visão, há quem pense que tirando a uns e dando a outros ficamos todos melhor , (a nivel de redestruição da riqueza produzida e niveis fiscais é correcto). Mesmo que a acção de muitos desses e não todos, não passe de inércia pura.

Depois existem aqueles que, por serem pobres, se dão um direito a mais e que cobram do estado um ressarcimento pelo que julgam lhes foi tirado. Este sentimento é um sentimento universal, mas apenas aqueles que julgam terem uma lesão a mais é que se dão um direito a mais ou um dever a menos. e depois surge uma industrialização da pobreza, de agentes que vivem a custa deste sistema, e desta pobreza, os agentes sociais, a própria palavra “social” elevada ao estatuto de categoria, assistentes sociais, juristas, psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e educadores.

É claro que os exemplos que focou são reais, e eu acho que na época actual, não viviendo na lei da selva, aqueles que precisam mesmo e não conseguem por si sair desse circulo vicioso em que se encontram e levam os descendentes no mesmo caminho precisam da solidariedade de todos através do estado, não de esmolas, passam a ser mais um encargo para o estado. Mas o problema central é que só com a criação de riqueza e com empregos devidamente remunerados, e não mão de obra barata se conseguira sair de um ciclo em que não se empobreça a trabalhar.

Anónimo disse...

A sua visão histórico-económica em contra-ponto com a religião ou religiões é correcta e faz todo o sentido. Claro que é preciso que todos trabalhem e criem valor acrescentado a vários níveis, aquilo que o senhor chama de “riqueza”, mas que eu gostaria mais de chamar-lhe “bem-estar”. Riqueza soa-me mais a ganância (instinto animalesco e latente na raça humana) de uns em detrimento de muitos. Sei que isto é um pensamento básico, pueril até, mas daqui também resulta a causa de toda a trapalhada da sociedade moderna ou globalizante, como é moda dizer-se agora. Sabe, já não tenho idade para filosofias, teologias ou ideologias de qualquer espécie, limito-me a observar o mundo pelo prisma multifacetado da realidade visível ou daquilo que muitas vezes está escondido. Tenho, contudo, sempre grande esperança, sobretudo no instituto de sobrevivência e de algum bom senso desta humanidade, que com mais ou menos riqueza, mais ou menos miséria, mais ou menos guerras e genocídios, vai acumulando séculos de existência. O futuro, apesar de imprevisível, somos todos nós que o vamos construindo aos ziguezagues.

Anónimo disse...

faltou dizer; aos ziguezagues e muitos atropelos.

Anónimo disse...

Olavo de Carvalho, num texto de 07 de julho de 2002 em seu site, aponta - respeitosamente - as conclusões erradas, ou diria eu insuficientes, de Max Webwr por esconder a verdadeira racionalização trazida pelo resgate dentro da Igreja Católica dos clássicos greco-romanos, somada à máxima cristã da igualdade entre TODOS os homens: justiça e liberdade desenvolvidas ao longo de vinte séculos.

Ele aponta precisamente o tempo em que, enquanto Alemanha, Holanda e Inglaterra libertavam-se da hierarquia da Igreja herdada do império romano, sobre outros povos pesou a mão da Contra-reforma.

Enfim, a coisa vai longe, sugiro a busca e a leitura do texto do Olavo de Carvalho, e não pretendo ao modo desse outro anônimo infiltrar aqui um blog pessoal.

Anónimo disse...

A manhosa mente humana é insondável e incomensurável. Cria razões que a própria razão desconhece. Justifica o injustificável e crê-se racional.

Brasileiro disse...

Sou protestante mas devo afirmar que se os shintoistas e judeus fossem incluidos, provavelmente teriam um resultado ainda melhor que os protestantes.

Brasileiro disse...

O anônimo que comenta às 15:22h, ele próprio é a melhor explicação para o subdesenvolvimento de muitos países:

1. Auto-vitimismo;
2. Inveja;
3. Desconfiança;
4. Detração;
5. Apego à mentira;
6. Igenuidade;
7. Loucura.

Posso afirmar sem medo de errar, que um país onde existam muitas pessoas como ele é um país fadado ao fracasso. O extremo oriente era paupérrimo, há algumas décadas, mas concentrou-se no trabalho e prosperou. Outros países concentraram-se em culpar os outros e fazerem pose de vítima. Se desgraçaram. Argentina já foi um país rico, mas como poderia continuar assim, se nunca deixou de lado o vitimismo? Alemanha e Japão estavam destruídas há poucas décadas. Coréia do Sul era paupérrima. Bastante dinheiro foi mandado pelos americanos aos países destruídos pela guerra, mas foi muito menos que o valor da infra-estrutura e construções que haviam sido destruídas no conflito. Esses povos só pensaram em trabalhar, não em encontrar desculpas.

América do Sul e África nunca irão prosperar, se não mudarem suas almas. Complexo de vira-latas nos faz vivermos como cães.

Anónimo disse...

cuidado com o cão de fila brasileiro!

Anónimo disse...

(“e não pretendo ao modo desse outro anônimo infiltrar aqui um blog pessoal.”)

Infiltrar ò anonimo, e então voce fazer comentários considera infiltrar, ou fazer uma citação como eu fiz da centesimus annus.

Ja agora podia ter posto ai o site do olavo é este para quem queira ler.

http://www.olavodecarvalho.org/
convidados/0190.htm

as conferencias do casino do antero de quental sobre o atraso e decadencia dos povos peninsulares é este

http://www.arqnet.pt/portal/
discursos/maio01.html

NachtEldar disse...

À equipa:

Se aliarmos a estes dados a realidade portuguesa (não olvidemos que existe uma líder da Comunidade Israelita) e considerarmos a posição judaica face à IVG, é possivel tirar ilacções interessantes...

Caro DLM, apenas quero referir que continuo a aguardar o "tal" post.

Cumprimentos e bom fim de semana