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quinta-feira, 20 de maio de 2010

A deriva total ou Merkel e a queda de muro que se segue


A coisa soa a acordes do canto do cisne por doses maciças de suicídio:
Hoje a Alemanha baniu a venda a descoberto de obrigações soberanas e a especulação sobre a dívida europeia através de “Credit Default Swaps” com a finalidade de acalmar os mercados financeiros. Uma decisão que gerou ansiedade em relação às futuras medidas regulativas e que está a ser interpretada pelo mercado como um sinal de que a crise europeia é mais desesperada do que transparece.
Aqui soa a fuga pr'a frente confundindo o que pensam os mercados com o "pensamento" da "Europa". Para Merkel "Europa" e mundo são a mesma coisa.
“A falta de regras e limites pode fazer com que o comportamento nos mercados financeiros seja conduzido meramente por lucros destrutivos e implicar uma ameaça existencial à estabilidade financeira na Europa e mesmo no mundo”, disse Merkel aos deputados em Berlim. “Os mercados não vão corrigir estes erros por si próprios”, concluiu.
Aqui Merkel parece querer nacionalizar (europeizar) o pensamento alheio:
Merkel e o seu governo vão exercer pressão para a introdução de uma taxa sobre as transacções financeiras e para que as firmas de notação financeira sejam supervisionadas pelos governos, de forma a que estes recuperem “primazia” sobre os mercados.
Aqui o preâmbulo da certidão de morte do aborto "União Europeia":
A Alemanha vai agir sozinha se tal for necessário disse Merkel, referindo a decisão relativa à proibiçãio da venda a descoberto pelo regulador do mercado alemão, BaFin. “Tudo isto vai continuar em vigor até que seja encontrada uma solução europeia”, disse.
Entretanto a esfregona e o espanador continuam a monte. Durão Barroso deve rezar 10 vezes por dia para que Obama consiga rebentar de vez com a economia americana para que quando a "Europa" estoirar a necessária cortina de fumo já esteja armada.

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24 comentários:

Anónimo disse...

Viva a Merkel.

Até a direita já percebeu que os futuros transacionáveis em bolsa a descoberto, nem servem nenhum interesse real, e servem sim para

(1) ganhar dinheiro com informação privilegiada, sem qualquer investimento.

(2) gerir o dinheiro dos outros. Se se ganha há bónus para os gestores, se se perde os reformados ficam sem pensões.

José Simões

Unknown disse...

"os futuros transacionáveis em bolsa a descoberto, nem servem nenhum interesse real"

Afirmação tola.

Os compradores e vendedores de, por exemplo, laranjas, usam o mercado de futuros como cobertura de risco.
É do seu interesse.

Se por exemplo, tenho laranjas para vender e penso que o seu preço vai subir no Verão, é do meu interesse acertar contratos ao preço que acredito ir acontecer.
Duas coisas podem acontecer:
No Verão o preço está mais alto do que eu pensava- Perdi dinheiro, mas garanti um preço aceitável.
No Verão o preço está mais baixo do que eu pensava- Garanti um preço aceitável e evitei perdas.

O mesmo raciocínio para o comprador.
É por isso que os futuros existem. São uma espécie de seguro, e só quem não tem ideia do assunto pode produzir tiradas tontas como as deste anónimo.
O que a Alemanha fez foi proibir o short selling. Fez bem? Não creio. O que irá acontecer é que os capitais vão fugir para outras paragens. É daquelas medidas bem intencionadas mas que não têm em conta o mundo real e acabam por produzir mais danos do que proveitos.
De resto, como se viu logo pelas reacções dos mercados ( e os mercados não são uns "eles", malvados, somos todos nós, que compramos e vendemos bens e serviços).

Anónimo disse...

O Simões faz afirmações tolas.
O jogo da bolsa é que é bom.

Anónimo disse...

Grande post, caro amigo. Qem me dera poder andar a dar tiros desse calibre.
Abraço.

Anónimo disse...

Os burros, o mercado de acções e a crise:

Certo dia, numa pequena e distante vila, apareceu um homem a anunciar que compraria burros a 5 euros cada. Como havia muitos burros na região, todos os habitantes da pequena vila começaram a caça ao burro.

O homem acabou por comprar centenas e centenas de burros a 5 euros.
Quando os habitantes diminuíram o esforço na caça, o homem passou a oferecer 10 euros por cada burro.

Toda a gente foi novamente à caça, mas os burros começaram a escassear e a caça foi diminuindo. É então que o homem aumenta a oferta para 25 euros por burro, mas a quantidade de burros ficou tão reduzida que já

não compensava o esforço de ir à caça. O homem anunciou então que compraria os burros a 50 euros. Mas que teria que se ausentar por uns dias e deixaria o seu assistente responsável pela compra dos burros.

É então que, na ausência do homem, o assistente faz esta proposta aos habitantes da pequena vila:

- Sabeis dos burros que o meu patrão vos comprou? E se eu vos vendesse esses burros a 35 euros cada? E assim que o meu patrão voltar vós podeis vendê-los a ele pelos 50 euros que ele oferece, e ganhais uma pipa de massa!!! Que acham?

Toda a gente concordou. Reuniram todas as economias e compraram as centenas de burros ao assistente por 35 euros cada um.

Os dias passaram e eles nunca mais viram o homem nem o seu assistente
- somente burros por todo o lado !

Entendem agora como funciona o mercado de acções e porque apareceu a crise?

E já assim dizia o Filipão: E o burro sou eu?!

Unknown disse...

"E o burro sou eu?!"

A resposta, basicamente, é: Não!

Se acredita que o mercado de acções é essa história que contou, então penso que não devia insultar os burros comparando-os consigo.

O mercado de acções, meu caro, é uma forma bastante interessante de as empresas se financiarem sem recurso a bancos.
E é esse modelo que faz com que você tenha acesso a medicamentos, tecnologias, e bens em quantidade e qualidade que certamente nem percebe. Mas basta que compare com o que se passa em países sem mercado de capitais para ter uma ideia.
O que leva as pessoas a comprarem acções?
Muitas coisas. Desde a crença de que é um bom investimento, até à vontade de ser co-proprietário, vai um mundo de interesses.
E são essas pessoas, os "especuladores" que, em vez de meterem o dinheiro no banco o lançam no mercado, disponibilizando liquidez e permitindo por exemplo, que POrtugal obtenha empréstimos.
Não, meu caro, os burros não merecem ser comparados consigo

Anónimo disse...

Quantos são, quantos são...?!
Burros e espertos, claro. Haja muitos burros, né meu caro espertalhaço?!
Do seu estímável burro, um coice.

Anónimo disse...

Pois é Sr. Inteligente da Treta, mas depois a maçaroca desaparece nos "off-shores" e sabe-se lá mais onde. Depois os gananciosos, tipo "investidores e accionistas" do BPN, BPP e outros ficam a berrar, tal como na história dos burros. Mas claro, o dito sistema financeiro tem que continuar e vai daí os governos tapam esses roubos com o dinheiro dos impostos dos camelos, que na sua maioria não trabalham nas raras MEGA EMPRESAS (Bancos incluídos)cotadas nas jotanas da Bolsa.
Mas claro, AGIOTAS e CHULOS do Capital é apenas parte do problema, porque depois temos as questões da CORRUPÇÃO, da ESPECULAÇÂO (imobiliária e bolsista, por exemplo), do DESPESISMO, dos MEGA SALÁRIOS E PRÉMIOS, e mais umas coisitas que só os inteligentes espertalhaços sabem tirar proveito.
Pronto, já zurrei o suficiente, por hoje, neste belo blogue de idiotas.

RioDoiro disse...

"vai daí os governos tapam esses roubos com o dinheiro dos impostos dos camelos"

Se os governos de pendor esquerdalho não tivessem a mania que resolvem riscos com "instituições de supervisão" já o contribuinte não teria que avançar.

Se a esquerdalha não tivesse a mania de se armar em papá já não se corria o risco de uns quantos incautos irem na conversa aldrabona de BPPs e Constâncios.

Anónimo disse...

Lá vem este inteligente com a treta da esquerda. Este gajo deve ser maneta ou tem os dois braços do lado direito, para ser ULTRA.

Anónimo disse...

WASHINGTON, 20 Mai 2010 (AFP) -O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira a reforma do sistema financeiro, uma das prioridades do governo do presidente Barack Obama.
A medida inclui ainda uma regulação mais estrita do imenso mercado dos produtos derivados de dívida, que apenas poderão ser comercializados de forma transparente, e propõe a proibição das operações com alguns produtos financeiros que foram acusados de ser a causa da crise imobiliária.

A lei também obriga o Fed a ser mais transparente, mediante uma auditoria completa do tribunal de contas americano, que será efetuada durante um ano.
A reforma, debatida no Senado desde o fim de abril, cria um órgão de defesa do consumidor financeiro ligado ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e impede intervenções de resgate das instituições financeiras com dinheiro do contribuinte
A reforma inclui, também, uma regulação das agências de classificação de risco, criando uma entidade intermediária entre elas e as instituições financeiras que avaliam.
"Esta reforma não afogará o poder do livre mercado, simplesmente criará regras responsáveis, sensíveis ao mercado", disse Obama na Casa Branca.

"Nosso objetivo não é castigar os bancos, mas sim proteger a economia e o povo americano dos tipos de transtornos que sofremos nos últimos anos".

Agora é a vez da europa

Anónimo disse...

Eh pá, cuidado o OBAMA também é do esquerdalho, como diz o triste do rio douro.

Unknown disse...

"OBAMA também é do esquerdalho".

Sim, é. Basta ler o que escreveu para perceber que é, no fim de contas, um estatista. Acredita no Grande Estado e na virtude dos líderes iluminados.
Reage pavlovianamente aos grandes slogans da esquerda, de resto foi eleito com os votos esmagadores dos "liberal" americanos mais radicais que, ao contrário do conceito europeu, incluem os pós marxistas e a canalhada habitual. De resto frequentava os círculos desta marabunta.
Sim, é esquerdalho. É um Lula da Silva mais letrado. Felizmente, tal como o Lula, está limitado por um sistema democrático constitucional, de separação de poderes, que o impede de ir mais além.
Mas as pulsões estão lá e a alma tb.
É um socialista..ou talvez um nacional-socialista, uma vez que o socialismo internacionalista já não tem pivots, tirando o Chavez e o Fidel.

RioD'oiro disse...

"tirando o Chavez e o Fidel"

Há ainda que contar com as reservas morais: Kim Il-sung e Mugabe.

Anónimo disse...

Sempre que o lidador dá um peido o rio douro assobia.

Anónimo disse...

Ao discursar numa conferência sobre regulação, Angela Merkel enfatizou as promessas feitas pelos líderes mundiais de prevenirem novas perturbações financeiras com novas regras, argumentando que o mau comportamento de operadores do mercado financeiro agravara a instabilidade actual.


Recordou que no pico da crise financeira, em 2008, quando os governos tiveram de ajudar os bancos com milhares de milhões, o Grupo dos 20 Estados ricos e em desenvolvimento (G-20) concordou que "todo o produto, todo o actor e todo o centro financeiro tinha de ser regulado".


"Nós prometemos isto às pessoas", afirmou a chanceler alemã, apelando ao envio de "um sinal de força na cimeira do G-20", prevista para o Canadá, em junho.

A chanceler alemã disse que irá defender junto a seus parceiros do G-20 a aceleração das medidas para apertar o controle político sobre os mercados financeiros. Merkel afirmou também que irá defender a coordenação de suas estratégias de retirada das medidas de estímulo introduzidas durante a crise financeira.

"Estou muito preocupada se conseguiremos fechar um acordo internacional de forma similarmente coordenada para as estratégias de saída, como fizemos com as medidas de estímulo", disse Merkel.

A europa também ja tem planos.
onde os abutres irão agora pousar?

Anónimo disse...

(“cria um órgão de defesa do consumidor financeiro ligado ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e impede intervenções de resgate das instituições financeiras com dinheiro do contribuinte”)

A medida que mais gozo me deu e que eu sempre preconizei foi esta. Assim mesmo, sem tirar nem por. Se querem arriscar arrisquem, depois não venham cá com lamúrias, genero ai a crise ai a crise, ajudem-nos a recapitalizar senão é o caos, e lambidas as feridas volta-se a atacar. Que vá tudo na enxurrada, quem não tem raizes fixas a terra, rua. Que se atire da ponte abaixo, a linha do comboio que estoure os miolos, que faça o que quiser.

Anónimo disse...

Ai a malandreca da Merkel que também é do esquerdalho, que quer correr com os abutres.

Anónimo disse...

A merkel agora é que vai ser baba e ranho, quer lhes tirar o “ RSI “

Merkel afirmou também que irá defender a coordenação de suas estratégias de retirada das medidas de estímulo introduzidas durante a crise financeira.
Estou muito preocupada se conseguiremos fechar um acordo internacional de forma similarmente coordenada para as estratégias de saída, como fizemos com as medidas de estímulo.

O que é que vão dizer agora, que não apoiam a economia para poupar no defice

RioD'oiro disse...

"Sempre que o lidador dá um peido o rio douro assobia. "

Quando o caro anónimo se peida eu dou instruções ao Anacleto para lhe aplicar "o" supositório.

Unknown disse...

"Se querem arriscar arrisquem"

Nem mais. Pela 1ª vez o meu caro amigo acerta.
É isso mesmo. As escolhas de cada um devem reverter para ele. Sejam lucros, sejam prejuízos.
É por isso que o seu pensamento é paradoxal. O Estado meteu os pés. E o meu amigo, pede mais estado.
Quer que o estado faça e aconteça e regule e fiscalize e mande e ponha e tire.
Sim, irá fazer isso. E mal, como sempre.
De quem será a culpa depois?
Do "Grande Capital".
D "eles". Dos "poderosos".

Como cabeças como a sua conseguem em duas frases defender uma coisa e o seu contrário, é algo que me fascina. A estupidez grossa, em todo o seu esplendor, é como um desastre. Puxa-nos o olhar, faz-nos abrandar. É mórbido, mas irresistível.
Bem haja caro amigo.

Anónimo disse...

O anacleto deve ser da tua pandilha, mas se quiseres o manuel de sousa (minderico) ou um artesanato das Caldas, também podes procurar, oh rio douro.

Anónimo disse...

(“Como cabeças como a sua conseguem em duas frases defender uma coisa e o seu contrário”)

Como o senhor não entende nada, eu não quero é que o estado deixe a selva instalar-se e depois porque tem funções sociais tenha que apagar o fogo salvando os idiotas que arriscaram. Genero BPP e outros. como injectar dinheiro nos bancos para evitar a reacção em cadeia que podia por em risco toda a economia. Por isso é preciso por um travão nesses inconscientes idiotas que pensam enriquecer da noite para o dia, sem trabalhar. Mas se mesmo assim insistirem não tem a boia dos estado. O estado o que tem é um orgão de defesa destes consumidores incautos. Em 1929 os bancos nem sequer eram obrigados a ter reservas que garantissem os depósitos aos clientes muitos foram a miséria apesar de terem depósitos nos bancos, foi a intervenção no mercado do estado que obrigou estas instituiçoes a tal obrigação, e recentemente foram os governos que tiveram que anunciar que os depositos dos clientes estavam assegurados ate x valor, evitando uma reacção em cadeia e uma corrida aos levantamentos. Estão a ficar com o freio nos dentes. É preciso domestica-los.


Nos momentos em que a economia funciona, e o investimento privado cresce, o estado deve abster-se de intervir na economia, não investir em obras publicas, amealhar receitas gerir o orçamento de modo a equilibra-lo,e deixar a economia funcionar, pois como se sabe numa economia capitalista de mercado é ciclica e mais tarde ou mais cedo a economia vai abrandar o investimento privado diminuir, o desemprego aumentar e dai as responsabilidades sociais do estado vao ser chamadas a intervir. É então que face ao não investimento privado surge o investimento publico, que vai criar emprego absorvendo o desemprego gerado pelos privados e criar poder de compra, poder de compra este que por sua vez vai pressionar o mercado pela procura., isto leva as empresas a tentar satisfazer essa procura contratando novamente o pessoal e o ciclo inverte-se. Foi assim que no passado se criou com alguma regulamentação o welfare state que permitiu sair da crise. E agora, não ha investimento publico nem privado. Ha especuladores e empresas subsidiodependentes.

A merckel agora quer desmama-los. vamos ver agora os privados a ver se eles investem e criam emprego sem ajudas do estado.

Anónimo disse...

Entre o jogo do mercado da bolsa e o jogo do poker, prefiro o poker, pelo menos no jogo de cartas não é precisa tanta sorte ou azar para ganhar ou perder.

Abraços