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terça-feira, 11 de maio de 2010

Especuladores

Ou seja, a culpa do que está a acontecer na Europa é minha e do caro leitor.
É o que garantem, espumando de raiva, certos e determinados líderes políticos, líderes de opinião, líderes de asneira e líderes de ignorância, amassada em generalidades e culatras.
A culpa, dizem, é dos "especuladores". E pela maneira como falam dos "especuladores", o Zé imagina seres de nariz adunco, pele mortiça, a cheirar a cebola e de unhas salientes, a gotejar sangue, cravadas no corpo exangue dos "trabalhadores", e das pessoas honestas, como eu e o Zé, propriamente dito.
Seres vampirescos e cruéis, pairando como abutres, à espera da carniça.
Acontece que os especuladores somos nós.
Exacto, nós os que compramos por um preço e procuramos vender por um preço mais alto. Nós que não compramos agora e esperamos que baixe o preço, para comprarmos mais barato.Nós que vendemos agora, porque pensamos que daqui a uns tempos será pior.
Nós, enfim, que fazemos com as nossas economias, aquilo que é suposto fazermos, isto é, tentar fazê-las crescer.
Somos nós portanto os culpados de que o euro esteja "sob ataque dos especuladores".
O facto de economistas tão politicamente correctos como Krugman já terem predito, há bastante tempo, o que ia acontecer ao euro, provavelmente nada significa para a cambada de idiotas que elegemos para nos governarem e que, quando as decisões que tomam dão para o torto, se apressam a sacudir a água do capote, inventando mostrengos, homens do saco e "especuladores", como as mães fazem para assustar as crianças e obrigá-las a comer a sopa.
É que os "especuladores" que agora tiram os seus dinheiros do mercado de capitais, porque temem perdê-lo, são os mesmos que anteriormente os inundaram com o dinheiro barato que andamos a pedir emprestado há anos.
Só que então eram chamados de "investidores".

49 comentários:

Zé_dopipo disse...

Acho que é vontade de confundir uma salada de mamão com uma mamada no salão, ó fiel, não acha?

Anónimo disse...

“já terem predito, há bastante tempo, o que ia acontecer ao euro”.

É essa a comichão. Ultrapassou o dolar. Se a europa se afirma como uma união federalista, como bloco à semelhança dos EUA, com uma moeda forte, com terceiros paises a comprar divida publica europeia disponibilizando investimento em vez da americana, se o euro passa a moeda de trocas comerciais, e com um fundo recentemente criado para proteger estados europeus com economias mais fracas e não serem alvo de especuladores, bye bye dolar. A economia norte americana sofre um abalo, mas o Obama até apoia. Essa a comichão. E economistas que fazem o jogo em que a europa não funcione, que volte ao passado de estados nações desestabilizando-se, guerreando-se destruindo-se uns aos outros mutuamente, para os americanos virem cá depois salvar-nos e salvarem-se pondo a sua economia ao nosso serviço como no passado, este sistema que os europeus estão criando é mau. E estes pontas de lança americanos cá na europa tem razão. O euro deve ir abaixo a europa auto destruir-se, isso é bom para qualquer economia até para a europeia para estas mentes. É essa a comichão a sério, o resto são vistas curtas.

José Gonsalo disse...

Lidador:
Parece que temos mais um p'ra colecção!
Este vem de um deserto de ideias: confere, fica-se pelo mamão e pela mamada; chama-se Lucas: confere; e é ordinarote: confere. A pose é máscula e justiceira, a condizer.
Não haverá nenhum que esteja dentro do prazo?!

RioD'oiro disse...

Estes anónimos devem achar que somos padres.

"Se a europa se afirma como uma união federalista, como bloco à semelhança dos EUA, com uma moeda forte, com terceiros paises a comprar divida publica europeia disponibilizando investimento em vez da americana, se o euro passa a moeda de trocas comerciais, e com um fundo recentemente criado para proteger estados europeus com economias mais fracas e não serem alvo de especuladores, bye bye dolar."

Mas então, está tudo bem. Nada há de preocupações. Porquê vir aqui rebater o que não se passa?

Byebye dólar é o que vai na cabeça dos idiotas úteis europaranóicos. Se o dólar for substituido será pelo Euro ou afundar-se-á levando o Euro à frente dos pés?

Anónimo disse...

ah ah ah, como eles andam zonzos, a precisar de atenção.desde ontem que estão a morder a lingua.

Anónimo disse...

Apoveitem a benção do Santo Padre, seus hereges.

Unknown disse...

Meus caros, de resto há uma novidade: ontem os "especuladores" voltaram a colocar o seu dinheiro nos mercados. Voltaram a comprar activos, movidos pelo pérfido desejo de ganhar dinheiro, especulando que irão vender por melhor preço os activos que compraram.
Como que por encanto, voltaram a ser os muito necessários "investidores".
Amanhã, provavelmente, voltarão a ser "especuladores", esses maus.

Vem aí o "papão", dizia-me a minha mãe quando me queria assustar.
Foi o "homem do saco", quando me acontecia alguma coisa desagradável.

E temos de concordar que é sempre útil ter uns belzebus à mão, mesmo que ninguém seja capaz de mostrar a foto de um deles, para passar as culpas.
Demónios, judeus, bruxas más, illuminati, capitalistas, neoliberais, especuladores, etc, são os sinónimos do bode expiatório, tão necessário às mentes infantilizadas que por aí pululam.

Anónimo disse...

O Sumo Clarividente! Cuidai de nós pobres crianças estupidificadas.

Unknown disse...

"Cuidai de nós pobres crianças estupidificadas."

O Antigo Testamento já se referia a gente assim.
Sultorum infinitus est numerus.

E esse é de facto o problema. A estupidez anda à solta e o estúpido, longe de se envergonhar de o ser, orgulha-se e espoja-se nela.

Anónimo disse...

Lidador, ( Desculpe la, espere ai um bocado, se não perco o raciocinio, é que começaram a andar aqui dois insectos a volta da minha cabeça a ver se os enxoto para longe antes de continuar, pronto ja esta por um pouco ), não vou discutir uma coisa que já discuti aqui em tempos consigo. Mas so para concluir e como já fiz um comentário mais acima,Vejamos.

Tentei no passado sobre este assunto dizer o que aconteceria à economia norte americana se o euro substituisse o dolar e falei da decomposição do padrão dólar e da hegemonia dos EUA e da ascensão do euro, tornando-se um padrão monetário cada vez mais estável, que ameaça o dólar enquanto moeda utilizada nas transacções internacionais. Expliquei o temor do Federal Reserve (Banco Central americano) de que nas transacções internacionais, se abandone o padrão dólar e adopte definitivamente o euro. Dei um exemplo o do Iraque que tinha feito esta mudança em novembro de 2000 quando o euro valia cerca de US$ 0,80 salvo erro, e tinha escapado ileso da depreciação do dólar frente à moeda europeia, pouco depois foi invadido e por isso não se sabe se tal seria um caso isolado ou resultaria em algo mais. E se de facto se da a troca dolar pelo euro? la se vai a fabrica de dolares. Todos os países consumidores teriam de “despejar” dólares das suas reservas dos seus bancos centrais e substituí-los por euros. O dólar desvalorizaria em qualquer cotação, entraria em queda, com uma grande desvalorização, e as consequências, em termos de colapso de divisas e inflação maciça, chegam a ser inimagináveis.

Perante isto o senhor respondeu-me com:

(“E o meu amigo certamente nunca vendeu couves. Porque no dia em que você tiver duas toneladas de couves para vender e for para a praça com elas todas, rapidamente entenderá que o preço das couves vem por aí abaixo e em vez de comprar um carro com o lucro, comprará um chupa-chupa”)

Os conhecimentos que expõe são a nivel de mercado de bairro, oferta e procura do funcionamento da economia, mas não mais do que isto, vendedores de legumes etc. O que não justifica manter um dialogo infrutifero e interminável.

Anónimo disse...

Mas a verdade é que há quem queira reeditar a história mas sem terem aprendido nada com ela. A imposição de um nacionalismo, à E.U. servindo-se do exemplo sem qualquer comparação com aURSS dos tempos antigos, esse monstro que caiu com o muro de berlim, também a europa se há de desmoronar igualmente para dar origem aos estados nação. Com uma raça uma religião e um chefe não. Se por um lado nos livramos do comunismo parece que outro lado ainda existe e insiste num regresso ao passado oposto. A xenofobia religiosa e racista só mudando de personagens e objectivos, entendido ou são precisas exemplificações? Se calhar é melhor.

(“Se observarmos todas as estruturas e características deste monstro europeu em formação, verificaremos que se assemelha cada vez mais à União Soviética. Evidentemente, trata-se de uma versão atenuada desta. Não me interpretem mal, não estou a dizer que a UE tem um Gulag. Ainda não tem um KGB, embora eu note a existência de tais estruturas, por exemplo, na Europol. Isso preocupa-me particularmente porque essa organização terá, provavelmente, maior poder do que o KGB alguma vez teve. Terá imunidade diplomática. Conseguem imaginar um KGB com imunidade diplomática? Vão responsabilizar-nos por 32 crimes, dos quais dois dão motivo para grande preocupação. O primeiro chama-se “racismo”, o segundo “xenofobia”. Até à data, tribunal algum do mundo define isso como um crime. Portanto, trata-se de um novo crime. E já fomos avisados uma vez. Um membro do Governo inglês disse-nos que aqueles que eram contra a imigração não controlada do Terceiro Mundo eram “racistas”. E os que forem contra uma nova integração europeia são “xenófobos. Também não é por acaso que, por exemplo, o Parlamento Europeu faz tanto lembrar o Soviete Supremo. Parece o Soviete Supremo porque foi concebido segundo o mesmo modelo. Se olharmos para a Comissão Europeia, parece que estamos a ver o Politburo. Não tenho qualquer dúvida de que a UE vai desmoronar-se da mesma maneira que a União Soviética se desmoronou. Porém, há que não esquecer que isso trará uma ruína tal que serão precisas várias gerações para recuperarmos. Vamos pensar no que acontecerá em caso de uma crise económica. A atribuição recíproca de culpas entre Nações será enorme. Poderão dar-se grandes convulsões. Reparem no elevado número de imigrante dos países do Terceiro Mundo que agora vivem na Europa. Isto foi provocado pela UE. Que lhes acontecerá num colapso económico? Teremos, provavelmente, tantas disputas étnicas como sucedeu aquando do fim da União Soviética. Excluindo a Jugoslávia, em país algum houve tantas tensões étnicas como na União Soviética. Aqui acontecerá o mesmo. E temos de estar preparados para tal. Este enorme edifício burocrático vai desmoronar-se sobre as nossas cabeças.Por isso, digo-o abertamente que temos de acabar com a UE quanto antes. Quanto mais cedo ela se desmoronar menos prejuízos causará a nós e aos demais países. Mas temos de nos apressar porque os eurocratas actuam muito velozmente. Será difícil vencê-los. Hoje ainda é possível. Se um milhão de pessoas avançar sobre Bruxelas, essa gente vai fugir para as Bahamas. Se, amanhã, metade da população britânica se recusar a pagar impostos, nada acontecerá e ninguém irá presa. Hoje ainda pode ser, mas não sei como será amanhã com uma Europol omnipotente e com elementos da antiga Stasi e membros da Securitá a integrá-la. Nessa altura tudo poderá acontecer.Estamos a perder tempo, temos de os vencer. Temos de nos sentar e pensar, temos de elaborar uma estratégia, rapidamente, para alcançar o maior efeito possível. Se não, será tarde demais. Que dizer? Não estou optimista. Embora tenhamos vários movimentos anti UE em quase todos os países, não chega. Estamos a perder e a desbaratar tempo.”)

alguém sabe o autor? Deixem la, se não sabem sabem a mentalidade.

Unknown disse...

"Dei um exemplo o do Iraque que tinha feito esta mudança em novembro de 2000 quando o euro valia cerca de US$ 0,80 salvo erro, e tinha escapado ileso da depreciação do dólar frente à moeda europeia, pouco depois foi invadido"

A clássica e tão típica falácia narrativa tão bem explicada por Nassim Taleb (Black Swans). responder a tanta estupidez, farta, é como jogar ténis e bater uma bola que volta sempre, por muitas pancadas que leve.

Quanto às couves, se nem com histórias simples entende o funcionamento da realidade, que lhe hei-de fazer?

Experimente ler "Allegro ma non troppo", de Carlo M. Cipolla.
Está lá tudo o que precisa para se entender a si mesmo.

Unknown disse...

Pertence à 4ª categoria, bem entendido.

Anónimo disse...

(Experimente ler "Allegro ma non troppo", de Carlo M. Cipolla.)

se ao menos entendesse de musica classica sempre dava para uma sinfonia mas nem isso,

da ares

olhe que ja ha paises ha comprar mais divida europeia que americana

("ontem os "especuladores" voltaram a colocar o seu dinheiro nos mercados")

é verdade, bastou o anuncio de uma reuniaõ dos estados europeus o anuncio de um fundo de apoio aos estados que venham a ter dificuldades economicas etc etc.

Unknown disse...

"é verdade, bastou o anuncio de uma reunião"
Vê? Afinal parece que os "especuladores" são pessoas normais.
É por aí que deve ir, meu caro. Como deve ter reparado, as decisões políticas é que podem ser boas ou más e são elas que demarcam o terreno de jogo.

Ainda bem que reparou.

Anónimo disse...

Ah sim, e acha que foi só isso anda muito a leste,

Olhe lá

E o mercado de legumes esta bom? Sempre deve ser um investimento seguro, género daqueles fundos de obrigações, em que só se deixa de ganhar ou então só se perdem os juros entretanto acumulados.

Fim da hegemonia do dólar?

(“Pampillón acha que para o euro tomar definitivamente o lugar do dólar, é preciso tempo para mostrar aos mercados que se trata de uma moeda confiável. Ele cita alguns estudos segundo os quais o euro se converterá na moeda mundial por excelência em 2015.

Steinberg diz que “a desvalorização do dólar, aliada à valorização do euro e a declarações da China sobre a necessidade de substituir o dólar como moeda de reserva mundial, trouxeram de novo à tona o debate sobre a possibilidade de o euro substituir o dólar como moeda hegemônica global”. Em defesa dessa opinião, cita um estudo recente publicado pela revista Foreign Affairs, em que Fred Bergsten, um dos maiores especialistas em geopolítica de moedas, afirma que os EUA deveriam se dar conta de que promover a manutenção do dólar como moeda única de reserva já não atende mais ao seu interesse nacional, porque dificulta a disciplina interna de que a economia precisa para reduzir seu enorme endividamento.

Alguns analistas, como Jane Foley, da Forex.com, observam que, hoje, o mercado está diante de “um complô contra o dólar como moeda mundial de reserva dominante”. No último dia 6 de outubro, o jornal britânico The Independent publicou que os países árabes do Golfo, a China, Rússia, Japão e França estudam a possibilidade de substituir o dólar nos intercâmbios de petróleo por uma cesta de moedas que incluiria o iene, o euro, o ouro e uma futura moeda comum do Golfo. A veiculação dessa informação — desmentida pelo Kuwait e pelo Qatar — coincidiu com o apelo da ONU em favor de uma nova moeda mundial de reserva que acabe com o “privilégio de se manter déficits externos”, como fazem os EUA devido à supremacia do dólar.

Todavia, isso a que muitos chamam de complô, é coisa mais antiga. A China já havia pedido, em março, que o dólar fosse substituído pela moeda utilizada nas transações do Fundo Monetário Internacional (FMI), cujo valor é determinado pelo dólar, euro, iene e libra esterlina. “A irrupção da crise e seu alastramento pelo mundo todo pôs a nu as vulnerabilidades inerentes e os riscos sistêmicos do sistema monetário internacional em vigor”, observou o presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiachuan, em um ensaio publicado no site da instituição em 23 de março.”)

Pois, papões e pavões.

Anónimo disse...

Obrigado Reverendíssimo Lidador! Iluminai-nos Senhor! Quando poderei votar em vós para a Salvação deste triste Portugal e malfadado Mundo. Senhor tirai-nos da escuridão. A vossa benção, oh Sumo Clarividente!

Anónimo disse...

so para terminar, o que o senhor não conseguiu ver no anuncio da reunião dos estados não foi esse o sinal, mas sim o da solidez do euro da solidariedade detodos os estados em não se deixar fragmentar nem a europa de desmanchar devido a ataques especulativos, o sinal foi de uma europa unida e solidaria, ja imaginou um estado americano a cair na federação? ou uma guerra entre os estados federados americanos ou outros de uma qualquer federação? o caminho é este e o sinal foi de consistencia e solidariedade viessem os ataqques contra quem quer que fosse.

o resto são vistas curtas.

RioD'oiro disse...

Esta malta ganha ao comentário e à linha.

Zé_dopipo disse...

O José Gonsalo, quando fores à terra, trás-me um saco de cebolas s.f.f., porque um homem não vive só de mamões e mamadas...

Anónimo disse...

E o rio douro ganha ao post.

Anónimo disse...

ao post sim que ao golo não vai nada

José Gonsalo disse...

"O José Gonsalo, quando fores à terra, trás-me um saco de cebolas s.f.f., porque um homem não vive só de mamões e mamadas..."

Agora sem analfabetismos:

"(Ó) José Gonsalo, quando fores à terra, (traz-me) um saco de cebolas s.f.f., porque um homem não vive só de mamões e (de) mamadas..."

q.e.d. (quod est demonstratum)

E trago-te as cebolas, filho, está descansado. Mas tens que ir comigo. É que preciso de um asno que as carregue...
E podes continuar a zurrar para aí, que vozes de burro não chegam ao céu.

RioD'oiro disse...

"E o rio douro ganha ao post. "

Naturalmente. Mas a mim o que me move é o lucro.

Anónimo disse...

Mas a mim o que me move é o lucro.
o burro significa que não acertas uma

Unknown disse...

"nem a europa de desmanchar devido a ataques especulativos".

Ok, mostre-me por favor um dos "atacantes". Diga-me quem é, nomeie-o, explique o ataque.

QUEM É QUE ATACOU?

RioD'oiro disse...

"o burro significa que não acertas uma "

Caro burro,

Lamento mas só falo língua de gente.

Sérgio Pinto disse...

O facto de economistas tão politicamente correctos como Krugman já terem predito, há bastante tempo, o que ia acontecer ao euro, provavelmente nada significa para a cambada de idiotas que elegemos para nos governarem e que, quando as decisões que tomam dão para o torto, se apressam a sacudir a água do capote, inventando mostrengos, homens do saco e "especuladores" (...)

Lidador,

Poupe-se a figuras tristes ao citar autores que não conhece.

Speculation against the debt of weak nations is another matter; will they have any real answer to that problem?

http://krugman.blogs.nytimes.com/2010/05/09/its-916-pm-in-europe/



Faça um favor a si próprio e não se enrede ainda mais a falar do Taleb.

Anónimo disse...

O problema é que este gajo, o lidador, deve achar-se o maior, o maior da cantareira, já dizia o Carlos Té. Chico fininho... Esse levava m... na algibeira, mas este lidador só leva idiotice na ideia.

Anónimo disse...

("Ok, mostre-me por favor um dos "atacantes". Diga-me quem é, nomeie-o, explique o ataque.
QUEM É QUE ATACOU?")

Esta tirada é demais para mim, e não merecia perda de tempo com qualquer resposta, faz parte daquelas genero lidador para escrever alguma coisa, mas totalmente a leste do assunto, genero daquelas, como quando se fala de espionagem e cia, e em que ele insinua que os outros pensam que ela cia terá uma maquina em que basta carregar num botão e ja está, voce tem destas coisas, a isto só se pode responder com uma boa gargalhada, mas quem atacou? Quem atacou, esta no mesmo lote dos investidores / especuladores que o senhor fala. Ja toda a gente sabe disso, fala disso, só aqueles que estão enroladas em teias mentais não vêem nem sabem.

Querem la ver que se calhar, estão na lista telefónica, ou na “ordem dos investidores".talvez clientes de bancos de investimento? E onde se pode saber em que se baseiam para investir uma especie de ficha analitica acha?. Não estarão aí porventura os investidores, como nas policias secretas anotados com informação confidencial sobre o caracter e intenções em relação ao investimento, saber se o investidor /especulador mantém ou não algum compromisso com a gestão dos bens em que investe, ou limita-se ao movimento do capital. Ou se procura disfrutar do bem que compra, ou apenas beneficiar das flutuações do seu preço, e daí? Bem deixando a ironia de lado, o ataque especulativo a portugal iniciou-se com as tentativas de ligação, por parte de agências privadas de avaliação de mercados, entre a situação portuguesa e a situação grega, e depois espanhola, cingiu-se ao eixo mediterranico, era mais apetecivel, as economias periféricas da zona euro, tendo-se mantido mesmo depois de a E.U. ter aprovado o PEC português e de os governos da UE terem aprovado um pacote de ajuda à estabilidade financeira da Grécia. Mas foi preciso tempo para a EU criar a convicção generalizada que é o euro que está sob fogo e não apenas a grécia e os outros os estados do sul, como portugal ou espanha. Como disse o presidente frances, ( “não são os mercados que vão decidir o futuro do euro no nosso lugar, o euro é a europa, a europa é a paz, não vamos deixar os especuladores destruirem o que gerações construíram.”)

olhe não fui eu que disse mas quem percebe muito mais.

"Foi com perplexidade que assistimos aos recentes cortes no rating da República Portuguesa por duas agências de notação financeira, a Fitch (há poucas semanas) e, agora, a Standard&Poor`s, alimentando a especulação e sem que nada se tenha alterado nos últimos tempos que justifique tal decisão, uma situação que vai afectar gravemente o custo da remuneração da dívida soberana portuguesa nos mercados internacionais"
", lê-se no documento

De resto não houve ataque nenhum entende o lidador, os paranoicos da EU é que decidiram reunir-se e dizer: Aqui não ha desagregação nenhuma. Aqui nenhum pais vai cair, nem agora nem no futuro, vai ser criado um fundo para ocorrer a situaçoes destas, o euro não vai cair e vai ser a moeda que é, a europa vai ser solidária com os seus estados membros. De repente, muitos daqueles que previam a catastrofe e procuravam acautelar-se ou ganhar com isso, e perante a solidez de principios demonstrada decidiram investir, e as bolsas animaram-se, e de repente o ceu foi se desanuviando e como uma familia unida houve uma resposta e não o abandono. E ao contrario de alguns que previam os estados culpando-se mutuamente e a desagregação e queda do euro, talvez pelo papa o céu se tenha aclarado .

O lidador, paciencia tenho que mais que fazer. Deixemos as vistas rasas.

Unknown disse...

Resumindo, não é capaz de nomear um dos pérfidos "atacantes".
Voltamos ao de sempre. Os culpados são uns "eles", e se não tiverem rosto, melhor.
Repetindo o que já disse, a "especulação", vista como uma entidade com vontade própria e desígnio racional, é tão útil como os belzebus do passado. Nunca ninguém viu nenhum, mas todos juravam, que eram os culpados pelo que quer que fosse.
Como aliás os judeus, as bruxas más, os illuminati, os capitalistas, o "neoliberalismo", as "agências de rating", etc.

Enfim, o bode expiatório necessário para que o mundo seja facilmente compreensível às mentes simples.

Uma coisa é certa. Nós e os que elegemos, esses nunca são culpados dos efeitos das medidas que tomam ou deixam de tomar.
A culpa é "dos especuladores que ataca o euro".

O nadir da estupidez.

RioD'oiro disse...

Caro Lidador,

Há muito tempo que não atribuímos um prémio Super Estúpido.

Anónimo disse...

Sou, sou, então não sou, mas achei que não valia e pena, é esse o seu argumento, escolha ai tem ai a alcateia. é mais facil que escolher um, à duzia é mais barato, gentinha.

Especuladores elevam apostas contra o euro para US$ 14,7,. Operadores de hedge funds ampliaram a posição vendida da moeda europeia antes da aprovação do pacote de resgate para a grécia. Antes de fundo monetário internacional e instituições europeias conseguirem fechar um pacote de resgate de 110 bilhões para a grécia no final de semana, os operadores e hedge funds ampliaram a posição vendida na moeda europeia para um novo recorde, reflectindo a expectativa de que a divisa cairia a pique.

(“ A posição líquida de investidores não comerciais vendidos em euros aumentou para o total recorde de US$ 14,7 bilhões (89 mil contractos), segundo o mais recente relatório da Comissão de negócios com futuros de commodities (commodity futures trading commission, ou CFTC em inglês). O levantamento foi divulgado na última sexta-feira, com base em dados colectados até terça-feira, dia 27 de abril. Esse levantamento refere-se à posição do grupo chamado de traders não comerciais, que reúne investidores que usam contratos futuros de commodities para fins de especulação sobre a variação cambial e não para protecção sobre a oscilação de preços das matérias-primas e produtos relacionados à venda ou compra em países com moedas diferentes. A CFTC é um órgão norte-americano que tem a tarefa de assegurar a eficiência e transparência das operações em mercados abertos e divulga relatórios semanais sobre o posicionamento desses investidores.

E mesmo depois do acordo fechado no final de semana para permitir que a grécia seja blindada e ganhe tempo para colocar as contas internas em ordem, os investidores seguem pouco otimistas em relação às perspectivas para o euro. Os estrategistas do scotia capital, braço de investimentos e negócios corporativos do scotiabank group, camilla sutton e sacha tihanyi, projectam que o euro deve derreter ainda mais, fechando o ano a US$ 1,26. Há pouco, o euro era cotado a US$ 1,3196, sem mostrar qualquer reação positiva ao pacote, já que estava abaixo da cotação de US$ 1,3312 registrada nos negócios de sexta-feira em nova york. Para o próximo ano, o banco de investimentos canadense projeta uma cotação de US$ 1,31. "O euro foi incapaz de disparar, parte em razão da percepção de que mesmo com a ajuda a união monetária enfrenta muitos desafios pela frente", observaram.”)

Escolha homem e divirta-se. É ca de uma tristeza este personagem. e continuam por aqui uns mosquitos.

Zé_dopipo disse...

"George Soros has made his mark as an enormously successful speculator, wise enough to largely withdraw when still way ahead of the game. The bulk of his enormous winnings is now devoted to encouraging transitional and emerging nations to become 'open societies,' open not only in the sense of freedom of commerce but—more important—tolerant of new ideas and different modes of thinking and behavior."
Era só darem-se ao trabalho de pesquisar qualquer coisinha, antes de escrever a bosta que escrevem.
P. ex., que convosco não dá para mais, http:://en.wikipedia.org/wiki/George_Soros

Anónimo disse...

Caro anónimo das 12.40 deixe-os lá, não perca mais tempos com os "inteligentes" atrasados mentais destes blogueiros.

Unknown disse...

Ou seja, repetindo e fechando o circulo, os "especuladores" são os tipos que vendem euros quando pensam que vai perder valor e compram quando pensam que vai ganhar valor.
Ou, simplificando, os que compram couves a 10 porque pensam que a vão vender a 20, ou os que a vendem a 10, porque pensam que para a semana já só vale 5.

Em resumo, os malditos "especuladores" somos todos nós que fazemos aquilo que é lógico e racional.

Uma sugestão: e que tal procurar os culpados entre aqueles cujas decisões fazem com que os "especuladores" acreditem que as couves vão descer ou subir?
Que tal procurar os culpados pelo facto de o euro parecer frágil, naqueles que, como os nossos governantes, gastam mais do que as receitas permitem e para isso têm de pedir emprestado. A quem? Pois aos "especuladores" que a certa altura começam a pensar que talvez a coisa vá dar para o torto e desatam a desfazer-se dos euros e a fazer manguitos a novos empréstimos.


Dito isto, eu assumo: sou um pérfido especulador. Com o meu dinheiro compro acções que depois, pecador me confesso, tento vender a um preço mais elevado.
Sou mau!

Anónimo disse...

Em resumo, os malditos "especuladores" somos todos nós que fazemos aquilo que é lógico e racional.”)

Essa é boa podemos ser a outro nivel, deixe la as tretas

O governador do FED, ben shalom bernanke, foi recentemente obrigado a confirmar ao congresso norte-americano as manobras especulativas da goldman sachs, que já em 1992 havia lucrado com os mesmos métodos aquando da desvalorização da lira italiana. Transformando em derivados (SWAPS) o que era necessário à Grécia em 2001 para cumprir as normas da zona euro, a goldman sachs, através dessa operação, ganhou cerca de 250 milhões de euros. Depois os juros multiplicaram-se. Agora a grécia tem necessidade de milhares demilhões apenas para “refinanciar” o seu endividamento. No Senado norte-americano, em resposta a uma observação do senador christopher dodd de que estaremos perante uma situação em que grandes instituições financeiras de wall street estarão a ampliar a crise pública nalguns estados europeus para lucros privados, bernanke respondeu:

«Estamos a analisar uma série de questões relacionadas com a Goldman Sachs, outras instituições, e os seus contratos de derivados financeiros com a Grécia , usar esses produtos de uma forma que destabilize intencionalmente uma empresa ou um país é contra-produtivo.»

Mas algumas instituições financeiras estão sob acusação de terem ajudado a grécia a esconder o seu défice orçamental, para cumprir os critérios da zona euro, servindo-se de contratos de credit default swaps e conseguindo grandes lucros com essas operações. Vários analistas tinham vindo a alertar que a crise grega, bem como a sua ramificação a outros países europeus, nomeadamente a espanha e portugal, seriam o resultado da acção de fundos de especulação financeira contra os estados europeus e a própria zona euro (hoje as suspeitas concretizam-se na goldman sachs e nos hedge funds de john alfred paulson).

Anónimo disse...

O mecanismo funciona assim, os mercados onde se negoceiam estes contratos de CDS (Credit Default Swaps) são essencialmente desregulamentados, note bem desregulamentados, ou seja, são um bom exemplo do mercado privado entregue a si mesmo. Um determinado estado ou uma empresa necessita de dinheiro. Há uma instituição financeira um fundo ou um banco, por exemplo que o empresta, contra o pagamento de uma taxa de juro. A instituição financeira em causa decide então fazer uma espécie de seguro contra a possibilidade do estado a quem emprestou o dinheiro não cumprir as suas obrigações. Para isso compra um produto financeiro chamado CDS (Credit Default Swap). O vendedor do CDS promete pagar o empréstimo no caso do tomador inicial não o conseguir fazer. Naturalmente o preço do CDS é tanto mais elevado quanto maior o risco de incumprimento por parte do Estado. No fundo, o que sucedeu à Grécia é que, por causa do expediente que arranjou para fazer baixar o seu défice, ficou refém dos especuladores financeiros e encontra-se agora prisioneira numa tenaz que aperta por dois lados.



Por um lado, no mercado dos CDS associados à dívida do país, fazem-se apostas, como num casino, com o seu risco. Quanto maior for o risco do país, e portanto, quanto maior a instabilidade na grécia, mais sobe o preço dos seus CDS. Temos assim que existem especuladores que jogam nesse mercado interessados na destabilização interna do estado grego ou outro para lucrarem com as transacções desses CDS. Por outro lado, os bancos que inicialmente emprestaram dinheiro de forma sub-reptícia à grécia sabem também que, ao aumentar o risco do país, aumentam os juros que vão receber para pagamento desses empréstimos e têm por isso também interesse na instabilidade interna dessa nação. Acresce que esses próprios bancos são suspeitos de andarem também a especular sobre os CDS associados à dívida grega.

Resumindo, há uma série de especuladores financeiros interessados em fazer baixar o rating do país, ou dito de outra forma, em criar instabilidade para lhe aumentar o nível de risco associado, o que lhe valeu a grécia é que se encontra escudada pela zona euro, e foi essa resposta clara que a europa deu na reunião. Agora imagine-se o que pode suceder a empresas e estados mais desprotegidos quando são vítimas deste tipo de acções especulativas por parte dos poderes financeiros.

Va, va la tratar das couves e das suas acçoezitas que voce não é mau nem é nada.

Anónimo disse...

E se fossem ambos jogar ao monopólio e ao jogo da bolsa para o raio que os parta. Cambada de sanguessugas. Vão mas é trabalhar. Acabem com as jogatanas, escravos da luxúria.

Anónimo disse...

O melhor é este grupelho do fiel inimigo dedicar-se à pesca e deixarem-se de bloques, pois quanto mais leio mais vejo que são ridicularizados por anónimos que sabem o que dizem.

Unknown disse...

Caríssimos comentadores, vocês são certamente mais inteligentes do que eu, que só consigo raciocinar com couves e não com essas coisas em estrangeiro, que, só de as dizer, se me enrola a língua e se me baralham os neurónios.

Mas eu gosto do Sr Ockam e tenho para mim que, espremidas as coisas, é tudo bastante simples.

Vocês preferem acusar os abutres de voarem para onde lhes cheira a carniça, como se eles tivessem culpa de o moribundo estar moribundo. Sim, é verdade que aproveitam para lhe dar bicadas, mas é a sua natureza. Existem para isso e por isso.
É uma opção. Respeitável e certamente inteligentíssima.
Eu prefiro questionar a razão pela qual o moribundo está moribundo.

E, se repararem, as reacções dos políticos aos "ataques da especulação", não foi ir atrás dela e mandar matá-la ou prendê-la, mas sim tratar o moribundo, para que deixe de ser moribundo.

Sim, eu sei que esta minha visão não tem CDS e outras coisas em estrangeiro, mas tenho a certeza de que o Sr Ockam concordaria comigo.

RioD'oiro disse...

"Arma secreta

Com este aumento de impostos é que lixamos os especuladores."


http://blasfemias.net/2010/05/13/arma-secreta/

Anónimo disse...

(“E, se repararem, as reacções dos políticos aos "ataques da especulação", não foi ir atrás dela e mandar matá-la ou prendê-la, mas sim tratar o moribundo, para que deixe de ser moribundo.”)


Exacto, e tratar da especulação também pelos vistos não ve mais nada. Ou seja como se faz para livrar uma pessoa de agiotas, empresta-se dinheiro a essa pessoa em condições sérias e por instituiçoes sérias, como aconteceu com FMI e restantes estados membros da EU, como aconteceu agora, para o moribundo refinanciar a divida e livrar-se da escumalha que pretende acabar com ele lucrando indevidamente. De resto ja foram tomadas algumas medidas para combater isso, que o senhor diz (“não foi ir atrás dela “ataques daespeculação” e mandar matá-la ou prendê-la, mas sim tratar o moribundo”) e nos EUA estão a ser investigados pelos poderes publicos. Portanto isso é mentira. Como exemplo: A actividade das agências de notação financeira na Alemanha passará a ser monitorizadas regularmente pela Agência Federal de Controlo de Serviços Financeiros (BaFin), decidiu hoje o Conselho Federal (Bundesrat) do país. Os custos da monitorização terão de ser assumidos pelas próprias agências de notação, prevê-se no diploma hoje aprovado pela segunda câmara legislativa alemã, formada por representantes dos governos dos 16 Estados federados. A partir de 2011, será criada uma nova agência a nível da União Europeia para controlar as agências de rating.


Mas em todo o mundo, bancos, corretoras e fundos de investimento possuem nos seus quadros especialistas, em lucrar com a variação do preço de moedas, taxas de juro, empresas, imóveis, petróleo, até produtos agrícolas. Negociam diariamente bilhões de dólares, mas não estão interessados em fabricar produtos ou gerar empregos. (A economia real para estas pessoas não lhes diz nada, por isso em 1929 havia milhares de titulos sem qualquer ligação a vida real economica e de um momento para o outro começaram a voar pelas ruas, o perigo é este). Procuram unicamente chances de ganhar dinheiro no menor intervalo de tempo possível, e para isso possuem escritórios em locais tão diferentes como a tunísia e a tailândia. Quando encontram a oportunidade, sua acção é comparada à de piranhas.


se voce defende, isto, qual é o problema.

Anónimo disse...

Quanto ao sistema de dívida pública (ao moribundo) é uma forma necessária e não casual ao desenvolvimento do capitalismo, e de economias de mercado, em termos gerais corresponde à parcela do sistema de crédito responsável em termos funcionais pelo financiamento dos Estados, Assim, todos os valores que de alguma forma circulam na economia, sejam reais, sejam títulos referentes a valores a serem realizados no futuro, sejam títulos de capital fictício, tudo tende a se concentrar em alguns poucos reservatórios.

Do ponto de vista da economia política da dívida, a questão que se coloca, é o facto das escolhas que geram endividamento público não serem feitas por um governo maximizador do bem-estar social. Por outro lado, o problema do endividamento permanente ou do financiamento dos gastos governamentais por meio de déficits crónicos, pode ser encarado como uma questão moral. A moralidade das acções individuais e públicas exige determinado autocontrole. Déficits públicos crónicos indicam falta de disciplina e são, portanto, indicadores de ausência de controle. O que em nos é cronico independentemente dos governos.

Mas o problema da moral da dívida pública está representado principalmente no que se refere à possível transferência de agravantes para gerações futuras, na ausência de herança de activos e de altruísmo intergerações na economia. A tese da neutralidade da dívida, portanto, perde qualquer sentido prático se houver, pelo menos, egoísmo intergerações. O problema moral implícito à dívida pública remete, portanto, ao estudo da natureza dos processos de escolha que a geram. Se o Estado não é um maximizador da função de bem-estar social mas simplesmente um conjunto de facções que se organizam politicamente para tomar as decisões ditas públicas, torna-se necessário a interpretação da dívida e dos seus aspectos morais dentro de alguma perspectiva em economia política.

O impacto da divida pública sobre o bem-estar da geração presente e futura depende, é claro, do tipo de gasto que é realizado a partir da emissão de títulos do governo. Caso a divida corresponda a investimento e, portanto, um fluxo futuro de renda,o impacto sobre o bem-estar é distinto daquele que surgiria de uma dívida gerada para consumo improdutivo. Investimentos do governo podem, dependendo da relação entre taxa de juros e taxa de crescimento, aumentar a reserva de capital , em consequência, as gerações futuras poderão até mesmo desfrutar de maior consumo. Neste sentido, se à dívida não corresponde uma queda do bem-estar das gerações futuras, ela não representa portanto um problema moral. A transferência de benefícios para o futuro, caso se parta de uma racionalidade hedonista, é um bem, não um mal.

Anónimo disse...

Se o gajo que aqui fala de couves as plantasse, mas se calhar nem isso. Se calhar vai comprá-las às megas-mercearias do Tio Belmiro, com o dinheiro de algum subsídio ou reforma antecipada.

Unknown disse...

Tem razão, não planto couves. Seria estúpido se o fizesse. É que uma hora a fazer o que faço, rende-me muito mais do que se a gastasse a plantar couves.
Assim, não só posso comprar as couves a quem as planta bem, como compro outras coisas.
É aliás a mesma razão pela qual não aço pão, nem sapatos, nem vestidos, nem lápis, nem candeeiros.
Como o meu caro amigo, suponho.

Anónimo disse...

Já vi, deve ser jogador da bolsa, de casino ou de bingo.

PedroS disse...

"Agora imagine-se o que pode suceder a empresas e estados mais desprotegidos quando são vítimas deste tipo de acções especulativas por parte dos poderes financeiros."

Se não se endividarem à tola, nem quiserem pedir dinheiro emoprestado , não lhes acontece NADA. Só pode acontecer algo se quiserem pedir dinheiro emprestado (i.e. se quiserem viver acima das suas posses). Exactamente o que me acontece com o meu banco: se eu não quiser pedir dinheiro emprestado (por ser poupado e racional), é-me indiferente a taxa que eles pedem. Aliás, se eu tiver uma boa conta bancária concerteza até receberei cartinhas em casa a oferecer catões de crédito com taxas menos escandalosas do que as do costume. Mas se me estiver a endividar à tola e quiser um empréstimo, vão.me pedir taxas próximas da agiotagem :-) Os bancos não fazem isso para me atacar, é apenas uma constatação da lei da oferta e da procura.

Em suma: "Do not explain by malice what can easily be explained by stupidity"

Anónimo disse...

That’s right my fellow. The problems are the parasites and flies around the shit, like Mr. Lidador does.