Há termos que deviam ser proibidos.
Um dia destes, numa turma, um caramelo dizia:
- O estado já não quer subsidiar ...
- Subsidiar ou dar dinheiro de impostos?
- Não. Subsidiar.
- Subsidiar é dar, e é dar o quê? Dinheiro de impostos!
- Não. Com dinheiro do estado.
- O estado não 'tem' dinheiro. Recolhe os nossos impostos e gasta-os. Todo e qualquer gasto do estado é dinheiro que entregamos em impostos ou dinheiro de pedidos de empréstimo, que ainda é pior ...
Ficou um bocado arrelampado mas percebeu.
Outro termo que devia ser proibido é "vender dívida", "colocar dívida", etc. Até parece que o estado é credor e vai vender o que alguém lhe deve para receber essa verba mais cedo. O que o estado faz é empenhar-se e empenhar-nos até aos cabelos.
Porque precisa o estado de se endividar? Porque precisa, evidentemente. Mas precisa porquê, mesmo devendo já uma quantia astronómica? Porque se endividou para gastar em "subsídios" e "investimentos" ruinosos em obras em que os privados não queriam arriscar ... e, porque seria? E porque precisa o estado de continuar a endividar-se? Porque precisa pagar os empréstimos anteriores e não tem com quê, precisa pagar o juro desses empréstimos e não tem com quê, e precisa dinheiro para pagar os gigantescos buracos deixados pelos investimentos (e negócios em geral) estatais ruinosos.
E depois desta cena-maca pegada aparecem uns idiotas, mastúrbios e espojantes indignácaros que "descobrem" que afinal Portugal não deve nada a ninguém e que, portanto, não se deve pagar. Alguns chegam a dizer que "eles nos impingem dinheiro". Outros, dizem que os empréstimos são do exclusivo interesse de quem empresta. Outros, ... enfim, como dizia Vinícios (ou seria Baden Powel?), "para a burrice não tem transplante", ... dizem que as putas devem pagar ao cliente.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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1 comentário:
Claro e didáctico, limpo e sem espinhas.
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