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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Recortes de Nuno Crato

A colecção de recortes de Nuno Crato é um manancial que a seu tempo permitirá estabelecer a história da "educação" nos últimos anos (20?).

Da esperança que também partilho, alinho com o Lisboa-Tel Aviv.

Alguém com dois dedos de testa acreditaria ser esta, ainda, a Ministra da Educação de Portugal?

9 comentários:

José Gonsalo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Gonsalo disse...

A escolha de Nuno Crato é uma declaração de boas intenções e de intenções boas. Mas não nos esqueçamos das enormes pressões que ele terá que suportar. Pressões "internas" quer da parte dos sir Humphreys, alapados há mais de duas décadas nos gabinetes de pedagogia do ME quer dos fortíssimos interesses das editoras que com eles formam um todo (e não nos esqueçamos da dimensão do negócio editorial ao nível da educação, talvez sem paralelo na Europa). E pressões "externas", dos sindicatos, que o ME é uma máquina destinada prioritariamente a gerir e coordenar a acção dos funcionários-professores com os vícios tremendos que se lhe conhecem.
Penso que estamos (quase) todos a perspectivar apenas a primeira destas duas guerras, subestimando ou diminuindo o peso que terá a segunda. Combater nestas duas frentes ser-lhe-á muito complicado e penoso. E não me parece que os sindicatos, tendo em conta a sua orientação política e ao que se espera em termos de restrições orçamentais, venham a dispor-se a atender à outra frente - como, aliás, nunca estiveram interessados em atender - para estarem com contemplações.

RioD'oiro disse...

Acabei que deixar no Lisboa-Tel Aviv um comentário que rezava (mais ou menos) assim:

AP:
"Se nada mudar desta vez o melhor será acabar com o ministério da educação"

Calma, calma. Eu começaria justamente por fechar o Ministério da Educação e abrir o Ministério do Ensino a 200Km de Lisboa.

RioD'oiro disse...

http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2011/06/um-bom-sinal.html

RioD'oiro disse...

Que tal privatizar a Parque Escolar?

lawrence disse...

Seria uma das formas de meter os profs (profissionais) da política na ordem era começar a privatizar mesmo muita coisa ligada à educação.
Os corporativismos são e serão sempre entraves ao desenvolvimento, desde que não seja o desenvolvimento só deles e do seu umbigo!

José Gonsalo disse...

Lawrence:

Seria uma boa solução, mas só se se tivesse os tubarões do costume (partidários e outros) sob vigilância. Que no âmbito do ensino, a coisa não é diferente do que se passa nos restantes sectores. E a livre concorrência é, tal como nestes, fundamental para o ensino, de modo a que possam surgir formas, metodologias e metas que o enriqueçam. O pior que poderia acontecer seria passar de indústria controlada pelo Estado para indústria dominada por lobbies privados, alguns com objectivos pouco transparentes. E olhe que eles têm andado discretamente ao ataque desde há alguns anos.

Unknown disse...

Sim, o trabalho não será fácil, mas Nuno Crato tem algumas virtudes importantes:

1-É relativamente novo e por isso afeito à luta e ao confronto.

2-Tem uma visão clara das coisas e dos principais problemas. Não uma visão instrumental, mas uma visão também ideológica,isto é, "sabe" integrar os problemas num quadro mental maior.

3-As suas opiniões estão escritas e divulgadas. São fortes, determinadas e capazes de aguentar a discussão com os "progressistas" que se instalaram no sistema

4-O momento é propício a grandes reformas, os sindicatos politizados estão numa posição mais fragilizada que nunca e dificilmente lograrão mobilizar muita gente que, no momento, já sabe que não há graveto.

5-E para melhor lutar, só tem de fazer uma primeira coisa: acabar com os sindicalistas pagos pelo estado.

RioD'oiro disse...

Lidador:

"3-As suas opiniões estão escritas e divulgadas. São fortes, determinadas e capazes de aguentar a discussão com os "progressistas" que se instalaram no sistema"

É aqui que a luta vai ser feroz


5-E para melhor lutar, só tem de fazer uma primeira coisa: acabar com os sindicalistas pagos pelo estado. "

Já perdi horas a tentar fazer perceber que o sindicato de um professor (ou outro qualquer) não deve ser financiado pelo estado (ou pela entidade patronal).