No momento em que decorre a preparação de mais um momento inesquecível do espectáculo dialéctico resultante da dança do progressismo internacionalista de braço dado com o que há de mais reaccionário e assassino no nosso tempo, Luís Dolhnikoff enviou, a propósito, este seu novo texto:
1) A Palestina jamais foi um Estado independente. Antes do início do século XX, durante meio milênio, foi uma província do Império Otomano, que não era árabe, mas turco. A partir de 1922, o Império Otomano seria substituído pelo Império Britânico como poder colonial.
2) O poder britânico na Palestina, ao contrário do turco, duraria pouco tempo. Duas décadas e meia depois, em 1947, seria votado na ONU o fim do mandato britânico na Palestina (assim chamado porque reconhecido pela antecessora da ONU, a Liga das Nações). No contexto do fim do Império Britânico após a Segunda Guerra, a Palestina, junto com inúmeros outros territórios, como a Índia, se tornaria, afinal, independente.
3) A independência da Palestina, como tantas outras nessa época e nesse contexto, foi negociada. No caso indiano, por exemplo, negociou-se diretamente entre o poder colonial britânico e as lideranças locais, o que levou à partilha da Índia em dois novos Estados: o Paquistão, de maioria muçulmana, e a Índia, de maioria hindu. A razão e a definição da partilha da Índia foram religiosas, e impostas pela Liga Muçulmana Indiana. No caso da Palestina Britânica, como havia um mandato da Liga das Nações, as condições de sua independência foram objeto de sua sucessora, a ONU.
4) Havia então, na Palestina Britânica, uma grande minoria judaica, com cerca de 30% da população, e uma correspondente maioria árabe (dividida por sua vez em uma minoria cristã e uma vasta maioria muçulmana). A minoria judaica não desejava ser governada pela maioria árabe-muçulmana. Portanto, no contexto da independência da Palestina, exigiu ter reconhecidos seus direitos de autonomia e soberania. Isso levou à partilha da Palestina pela ONU “em dois Estados independentes, um judeu e um árabe” (Resolução 181, 29 de novembro de 1947).
5) Pretender que garantir a soberania da minoria judaica foi um atentado à soberania árabe é simplesmente ridículo. Como se poderia garantir uma soberania que mereça o nome à custa da negação dessa mesma soberania a outro povo, no caso, a minoria judaica? Por isso mesmo, parte da Palestina foi destinada a um Estado árabe, o que também garantia a soberania e a autonomia da população árabe-palestina.
6) A causa do conflito não está, portanto, na negação do direito de soberania aos árabes locais pela ONU, por Israel ou pelos “sionistas”, mas na recusa desses mesmos árabes em reconhecer o direito de soberania da minoria judaica.
7) O motivo foi geopolítico: os árabes desejavam (e muitos ainda desejam) o controle sobre a totalidade da Palestina Britânica. Por isso rejeitaram a partilha da Palestina.
8) Em consequência, foram à guerra em 1948, atacando com a Legião Árabe as áreas destinadas ao Estado judeu pela ONU. Surpreendentemente, para o mundo e para si próprios (eles não atacaram pensando em perder a guerra), foram derrotados.
9) A derrota árabe na guerra de 1948 impediu a subsequente independência das partes da Palestina Britânica destinadas pela ONU a um Estado árabe por dois motivos. Um, militar; o outro, político-ideológico. O motivo militar nada tinha a ver com forças israelenses, mas árabes. Exércitos árabes aliados dos palestinos ocuparam, no fim da guerra de 1948, a Faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia e Jerusalém Oriental (Jordânia). O motivo político-ideológico de não se construir então um Estado palestino nada tinha a ver, por sua vez, com o “sionismo”. Tratava-se, na verdade, da mesma recusa de reconhecer o direito de soberania e autonomia da minoria judaica e, portanto, da opção por continuar a se dedicar à destruição do recém-criado Estado de Israel em vez de se ocupar, após a derrota de 1948, em construir o Estado palestino em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental (para o que os palestinos teriam de negociar então com outros árabes, ou seja, egípcios e jordanianos).
10) Entre 1948 e 1967 nenhum israelense, soldado ou colono, pôs os pés em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O fato de os palestinos, durante essas duas longas décadas, não haverem criado ali o seu Estado, não tem portanto nada a ver diretamente com Israel.
11) Em 1967, depois de vários anos preparando e armando um novo exército egípcio com ajuda soviética, o ditador Gamal Abdel Nasser avançou esse exército pelo Sinai, então desmilitarizado e vigiado pela ONU, até as fronteiras com Israel, além de bloquear o porto de Eilat, saída de Israel ao sul para o Mar Vermelho. Israel respondeu contra-atacando. O Egito pediu então, e obteve, ajuda militar da Síria e da Jordânia. A Jordânia abriu uma frente militar a leste, e a Síria, a nordeste. O objetivo (mais do que explicitado por Nasser) era mais uma vez destruir Israel, a fim de concretizar o objetivo histórico palestino de construir um Estado árabe na totalidade da antiga Palestina Britânica, submetendo à força os judeus israelenses.
12) A nova derrota árabe em 1967 levou Israel a expulsar o Egito de Gaza e a Jordânia de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia. Começa a ocupação militar israelense desses territórios, nos quais, repita-se, entre 1947, quando a ONU votou a partilha da Palestina Britânica, e 1967, os palestinos jamais tentaram construir seu Estado. Essas duas décadas perdidas estão na origem do atual conflito, bem como de sua perpetuação.
13) Se nesse período os palestinos houvessem construído seu Estado em tais territórios, com o necessário estabelecimento de fronteiras, teriam desistido da prioridade geopolítica de destruir Israel a fim de obter o domínio sobre a totalidade da antiga Palestina Britânica. Não somente existiria um Estado palestino em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, como não teria havido a guerra de 1967, com o objetivo de destruir Israel. Tampouco haveria, assim, a ocupação israelense dos territórios.
14) A partir de 1967, tudo se tornou mais difícil, mais duro, mais complexo. Num primeiro momento, porém, que vai até 1973, nada mudou no lado árabe. Mais meia década foi dedicada a preparar uma terceira tentativa de destruir Israel, concretizada com a invasão da Guerra do Yom Kippur. Felizmente, os árabes foram mais uma vez derrotados (caso contrário, o mundo estaria lamentando um segundo Holocausto, agora dos judeus israelenses).
15) A negação árabe-palestina de reconhecer o direito dos judeus locais de terem seu Estado, ou seja, sua soberania, com três tentativas militares de efetivamente destruir Israel (1948, 1967 e 1973), somada à campanha terrorista iniciada pela OLP nos anos 1970 e à sua opção política de persistir no objetivo declarado de destruir o Estado de Israel antes de construir o Estado da Palestina, afinal se somaram, a partir das circunstâncias criadas pela guerra de 1967, ao desejo ilegítimo de parte do espectro político israelense de anexar Gaza e Cisjordânia, por razões histórico-religiosas, bem como à decisão estratégica, traduzida em doutrina militar, de considerar a ocupação da Cisjordânia necessária à segurança nacional (em função dos grandes avanços árabes sobre território israelense na invasão de 1973, afinal revertida). A Cisjordânia, de fato, não existe como região geográfica, mas apenas populacional: nada separa a Cisjordânia de Israel, em termos físicos. A divisão é apenas política.
16) O mesmo ocorre em relação a Gaza, a sudoeste. Gaza, porém, é muito menor, e pode ser separada por uma cerca fronteiriça – como, de fato, foi feito. Além disso, na fronteira sudoeste, para além de Gaza, o deserto do Sinai, embora parte do Egito, serve como separador natural entre esse Estado árabe e Israel. Israel saiu voluntariamente de Gaza em 2005.
17) Em compensação, Israel hoje insiste em que um futuro Estado palestino seja desmilitarizado, pois não tem como se defender por terra de forças partindo da Cisjordânia, nem como confiar, por razões históricas, políticas e culturais, no abandono completo e definitivo da verdadeira causa palestina no último meio século, a destruição de Israel. Além disso, também exige a manutenção do controle militar do vale do rio Jordão, barreira natural com os Estados árabes a leste, ou seja, Jordânia e Iraque, para não falar do hostil Irã (apesar de não árabe, mas persa).
18) As exigências israelenses de desmilitarização do futuro Estado palestino e da manutenção de forças militares no vale do Jordão hoje se somam a problemas do lado palestino para impedir um acordo de paz.
19) O objetivo histórico de construir um Estado árabe em toda a antiga Palestina Britânica afinal tomou forma no grande mito da “causa dos refugiados”, ou seja, na promessa de “retorno” dos milhões de descendentes dos palestinos refugiados da guerra de 1948. O fato de a maioria dos refugiados de então já haver morrido, e de seus descendentes serem na verdade naturais do Líbano, da Síria, da Jordânia ou do Egito, e não poderem, por definição, retornar para um lugar onde jamais estiveram – o território israelense –, não impediu a mobilização desse mito como razão ideológica principal para a defesa do objeto de destruir Israel. Pois o motivo seria então “humanitário”, resolver o problema dos “refugiados” palestinos. Sequer o fato de que tal “solução” implica numa guerra de agressão a outra população (pois os israelenses jamais o aceitariam a não ser por uma derrota militar) impediu a manutenção do mito político dos “refugiados”. Mito, não porque eles não existam, ou seja, esses milhões de descendentes dos milhares de refugiados de 1948, mas porque não se trata de um retorno (para o território israelense) nem dos verdadeiros refugiados (e sim de seus descendentes). Trata-se, mais uma vez, do objetivo histórico de destruir Israel, aqui pela chamada “bomba populacional”. O que resultou na “bomba ideológica”, hoje impossível de desarmar, da “causa dos refugiados”: nenhuma liderança palestina é capaz de explicitar que se trata de um mito, pois não há qualquer realismo em tal demanda.
20) Por mais absurdo que possa parecer, a atual condição de párias dos descendentes dos refugiados palestinos de 1948, que não possuem a cidadania dos países nos quais nasceram, é uma exigência palestina. Para manter o mito dos “refugiados”, as lideranças palestinas não somente jamais pleitearam que seus descendentes obtivessem uma nova cidadania, como exigiram que isso não acontecesse quando houve ofertas a respeito (por exemplo, da Jordânia).
21) O outro grande mito palestino diz respeito às colônias israelenses na Cisjordânia. Protocolos secretos recém-divulgados confirmaram a verdade da intenção israelense de trocar territórios. Ou seja, as maiores colônias não seriam destruídas, mas incorporadas a Israel, em troca de áreas equivalentes do norte do país, entregues ao futuro Estado palestino. O motivo de as colônias não serem destruídas é que não podem ser destruídas. Uma vez que as maiores contam com centenas de milhares de habitantes, incluindo de bebês a idosos, e que elas teriam de ser destruídas pelo próprio exército de Israel (dificilmente Israel entregaria a tarefa a forças árabes...), o resultado seria uma guerra civil israelense. E Israel não entrará voluntariamente em guerra civil para viabilizar o Estado palestino. Se não o fará, as maiores colônias da Cisjordânia não serão destruídas. Mais uma vez, um mito ideológico do nacionalismo palestino impede uma solução geopolítica racional (a troca de territórios).
22) A saída de Israel de Gaza em 2005 mais uma vez não resultou no início da construção do Estado palestino. Na verdade, resultou em uma miniguerra civil, com o grupo Fatah (que hoje governa apenas a Cisjordânia) sendo expulso pelo Hamas, grupo terrorista islâmico aliado ao Irã, ao Hezbolá libanês e à Irmandade Muçulmana egípcia. O Hamas nega o direito de Israel de existir como Estado independente.
23) O Fatah e o Hamas, no entanto, resolveram recentemente “superar” suas diferenças (apesar de o Hamas não reconhecer Israel, negar os acordos já assinado entre as partes e se recusar a renunciar ao terrorismo), a fim de juntos pleitear, na ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967. Isso acontecerá (a tentativa na ONU) em setembro.
24) Uma vez mais, não é que o parece, não é o que se declara, não é o que se pretende. Os palestinos sabem que as fronteiras de 1967 são, por tudo isso, mais um mito de seu nacionalismo politicamente inepto e historicamente derrotado. Insistir no erro, em vez de mudar de rumo, em direção ao realismo e ao racionalismo geopolíticos, obviamente não garantirá um resultado jamais alcançado. Então, do que se trata?
Tão logo consiga [o reconhecimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967 pela ONU], a Autoridade Palestina poderá iniciar um movimento global para forçar Israel a retirar seus colonos e forças de segurança, sobe pena de enfrentar sanções e perder legitimidade (Thomas Friedman, “O que fazer com os limões?”, The New York Times, reproduzido por O Estado de S. Paulo, 21 de junho de 2011).
25) Ninguém em relativa sã consciência imagina que Israel recuará desse modo, nesses termos e em tais condições. O corolário é que, mais uma vez incapacitada por seus impedimentos políticos e ideológicos de trilhar o caminho da racionalidade e do realismo, a liderança palestina (Hamas incluído) fará uma nova tentativa de deslegitimar Israel. Historicamente, desde 1948, isso se mostrou, não o caminho para a paz, mas para a guerra. Não será em 2011 que magicamente mudará de significado. Ou de consequências.
13 comentários:
Um excelente resumo.
Dizer só que adjectivar de ilegítima uma eventual anexação da Judeia e da Samaria, é, de algum modo, ceder à narrativa dos árabes da Palestina.
Tratou-se de uma guerra defensiva, nada há na lei internacional que explicita ou implicitamente proiba a anexação de territórios obtidos me função de uma defesa bem sucedida.
Sim, suscita controvérsia, mas chamar-lhe "ilegítima" é fazer já um juízo jurídico não sustentado.
Lidador:
De acordo.
A questão merece de facto ser lançada.
A questão da anexação da Judeia e Samaria (nome hebraico para o West Bank) é, do ponto de vista do direito internacional, bastante dúbia. Cada lado olha para aquilo que lhe interessa, muitas vezes ignorando os factos.
Facto número 1:
Israel iniciou a Guerra dos Seis Dias, mas foi compelido a isso, dadas as declarações de Nasser e de muitos líderes árabes, a expulsão das forças da UNEF e o bloqueio do Estreito de Tiran
Facto número 2:
Um ataque a Israel estava iminente, e nem os líderes Árabes desmentiram isso
Facto número 3:
Quem disparou o primeiro tiro da fronteira Oriental (West Bank) foi a Jordânia, não Israel. Como vemos, a questão de quem iniciou o ataque aqui nem sequer se coloca
Facto número 4:
Os colonatos foram escolhidos a dedo, mas a sua iniciação não foi instantânea. Moshe Dayan referiu isto várias vezes nas suas memórias, quando afirmava que após a Guerra de 1967 Israel apenas "aguardava um telefonema do Rei Hussein para dar inicio as conversações".
Facto número 5:
Os colonatos foram construidos e escolhidos a dedo por diversos Governos Israelitas, da direita até à esquerda. Eles servem como barreira natural e lógica às necessidades securitárias de Israel
Facto número 6:
É simplesmente impossivel para Israel retirar dos colonatos da Judeia e Samaria ou, pelo menos, de grande parte deles. Isto porque são cerca de 500000 os colonos, pelo que qualquer operação de retirada, para além de ir resultar em forte resistência, acarrateria um esforço elevado de redeslocação dos colonos e integração em novos espaços urbanos. Basta ver que em 2005 (quando se retirou de Gaza, onde viviam 8000 colonos) a operação de retirada levou a fortes criticas, convulsoes e confrontos.
Viva Rb.
Há quanto tempo!
Quanto ao facto nº 1, dizer que foi Israel a iniciar a guerra, tb suscita questões.
A guerra não começa quando se dá o 1º tiro ou o 1º soldado cruza a fronteira.
Houve, da parte do Egipto, vários casus beli ou seja, movimentos que se podem considerar guerra ( não declarada), como bloqueio de portos, sobrevoo de território israelita, movimentos de tropas em zonas interditas por acordos, etc.
Mas, como bem disse, no caso da Judeia e da Samaria, então em posse da Jordânia, nem sequer essa qeustão se coloca: a Jordânia atacou em força, bem como a Síria. É por isso que Israel anexou os Golan e podia tb anexar os ditos territórios. Claro que isso suscita questões, a maioria dos países é contra, politicamente não é fácil de aguentar, mas estamos a falar apenas do aspecto juridico.
RB:
Estava à espreita...? :)
Bem-vindo de novo?
http://www.youtube.com/watch?v=lqv-a2fX9Ss
Excelente documentário acerca das prisões Israelitas e do movimento politico palestiniano que existe dentro.
No fim do Doc existe um excelente debate com intervenientes de ambos os lados da equação....realizado pela BBC.
Muito interessante.
Este texto devia ser publicado uma vez por mês, que é para entrar bem nas caixas de pirolitos mais renitentes.
Tenho apenas alguns insignificantes reparos:
Não foi abordada a saída VOLUNTÁRIA das forças israelitas do Sinai, para viver em paz (pelo menos) com o Egipto de Sadat, que pagou com a vida o ter feito a paz com Israel. Porque, como o autor se cansa de repetir, A MAIORIA DOS MUÇULMANOS NÃO QUER A PAZ…
No parágrafo (1) corrigir por favor a frase ……. foi uma província do Império Otomano, que não era árabe, mas turca.
E no (19) não percebo esta frase:
…..Sequer o fato de que tal “solução” implica numa guerra de agressão a outra população (pois os israelenses jamais o aceitariam a não ser por uma derrota militar) impediu a manutenção do mito político dos “refugiados”.
Streetwarrior disse: ”Excelente documentário acerca das prisões Israelitas…”
O documentário é realmente excelente e já o tinha visto na TV-holandesa, e prova, para quem ainda não sabia, que as autoridades israelitas tratam melhor terroristas muçulmanos do que nós tratamos presos de delito comum!!!
Mas o debate foi um desastre, porque as perguntas essenciais não foram feitas por ninguém! Nem pelos israelitas presentes, nem pelo americano armado em chico-esperto, nem pelos esquerdistas do costume (mas desses não se espera grande coisa), nem pelos Hezbolás encapotados, nem mesmo pelo palhaço que servia nessa noite de entrevistador… As perguntas essenciais no âmbito do documentário são:
Porque razão não foram convidados também ex-presos israelitas? Porque razão não há imagens das prisões do Hamas? Porque razão as autoridades palestinas querem por cada israelita preso 1000 terroristas em troca?
CdR:
"Porque razão as autoridades palestinas querem por cada israelita preso 1000 terroristas em troca? "
Porque para os palestiniamos como para o Streetwarrior como para os esclavagistas, 1000 palestinianos valem tanto quanto 1 "judeu".
"Mas o debate foi um desastre"
Sabemos que é um tema sensível e que facilmente descamba para questões superficiais.
" nem pelo americano armado em chico-esperto "
Quer dizer, a única pessoa que ali estava numa de achar concensos tentando ultrapassar questões fúteis, é um chico-esperto.
Interessante.
" nem pelos esquerdistas do costume (mas desses não se espera grande coisa)"
Pois, no fundo, as tiradas dos esquerdistas só lhe interessam quando vão de encontro ao vosso ideal, como é o caso do Cohn Bendit.
interesante again.
" nem pelos Hezbolás encapotados, nem mesmo pelo palhaço que servia nessa noite de entrevistador "
São todos palhaços...só o Moshe e o Carmo é que não.
As perguntas essenciais no âmbito do documentário são:
Porque razão não foram convidados também ex-presos israelitas? Porque razão não há imagens das prisões do Hamas?
Porque o Documentário trata do movimento politico que sai das prisões Israelitas e não o contrario.
Não podemos alegar que algo é mau, só porque algo que queremos que apareça, mesmo que o Doc não tenha esse intuito, não aparece.
É acerca das prisões Israelitas e não o contrario...não deturpe baralhando e voltando a dar...na mesma linha Porque,o sistema prisional Palestiniano também não era o motivo do Documentário.
Agora, não lhe interessa as questões levantadas pois não?
Tipo, porque razão só se vê os mesmos presos e a mesma ala da prisão?
porque razão, não lhe interessa a questão da tortura nas prisões Israelitas,sendo a mesma legal e modelo copiado pelos EUA em Guantanamo como foi referido.
Qual a razão das crianças serem tratadas como adultos, independentemente dos crimes? É o único pais que o faz.
Se me vem com a teoria que as crianças palestinianas são tão capazes de cometer actos criminosos como os palestinianos adultos, então, Israel também o é, pois a foto das crianças Israelitas a assinarem bombas e a dedicarem-nas ao outro lado, é conhecida....ambos usam as crianças o que não é desculpavel de forma alguma para ambos os lados.
Entre outras questões levantadas.
Agora, vir com questões que nem sequer era intenção do Documentário, como, o sistema prisional palestiniano, o modelo do Hamas, podem ter muita razão...mas num outro contexto que não neste.
Mas essa do Americano ser um Chico-esperto...só mesmo seu, oh Carmo.
A questão da troca de presos, é claro que é uma forma de pressão e chantagem politica, motivo de negociação em todas as guerras com presos políticos.
Qual é o espanto?stur
Como podem ser as questões essenciais se o Doc não tem esse objectivo, pois o tema é completamente diferente.
Vejam bem esta lógica, só aqui.
O Documentário é acerca das prisões em Israel...e voc~e diz que o essencial que não foi perguntado, é acerca das prisões Palestinianas?
O que é que uma coisa tem a ver com outra? Só na sua cabeça que pretende puxar a discussão para o outro lado
RioD’oiro disse: ”Porque para os palestiniamos como para o Streetwarrior como para os esclavagistas, 1000 palestinianos valem tanto quanto 1 "judeu".”
Precisamente. Implicitamente reconhecem a superioridade dos Israelitas. Resumindo, são inconscientemente racistas…
Streetwarrior disse: ” …. as tiradas dos esquerdistas só lhe interessam quando vão de encontro ao vosso ideal, como é o caso do Cohn Bendit.”
As tiradas de esquerdistas despertam-me sempre interesse, mas é evidente que umas despertam mais interesse do que outras: dou preferência às que estão bem escritas, nada de mais natural… Quanto ao NOSSO ideal, não sei muito bem qual seja? E tão pouco percebo o que é que o pobre do Cohn-Bendit tenha a ver com este assunto? (creio que não é preciso dizer: ‘vejam bem esta lógica, só o Street.)
Streetwarrior disse: ” São todos palhaços...só o Moshe e o Carmo é que não.”
Não, só mesmo o entrevistador. Não foi o que eu escrevi? Tenho direito à minha opinião, ainda por cima argumentada, penso eu de que!
Streetwarrior disse: ” Porque o Documentário trata do movimento politico que sai das prisões Israelitas e não o contrario.”
O contrário seria então: tratar do movimento político dos que ENTRAM nas prisões israelitas!!! (creio que não é preciso dizer: ‘vejam bem esta lógica, só o Street.”)
Streetwarrior disse: ” Não podemos alegar que algo é mau, só porque algo que queremos que apareça, mesmo que o Doc não tenha esse intuito, não aparece.”
Pois, mas eu NÃO aleguei que o Doc era mau! Eu disse que o Doc era excelente, o que foi mau foi o debate… (creio que não é preciso dizer: ‘vejam bem esta lógica, só o Street.)
Streetwarrior disse: ”Agora, não lhe interessa as questões levantadas pois não?.”
Todas as questões me interessam, até as que infelizmente não foram levantadas, daí o meu comentário…
Streetwarrior disse: ” Tipo, porque razão só se vê os mesmos presos e a mesma ala da prisão?.”
Simplesmente não percebo a pergunta!!!
Streetwarrior disse: ” porque razão, não lhe interessa a questão da tortura nas prisões Israelitas,”
Quem disse que não me interessa? Tudo me interessa. Interessa-me ver como nas prisões israelitas os terroristas palestinos se encontram bem nutridos e com muito bom aspecto e sempre a mandar postas de pescada sem medo nenhum (de hipotéticas torturas). Tudo completamente diferente dos desgraçados que tiveram o azar de cair nas mãos do Hamas (israelitas ou palestinos da Fatah, lá nisso os gajos são impecáveis, não discriminam!)
PS. Street, não seria mais elegante e mais claro para toda a gente, indicar (com códigos HTML) quem faz as perguntas e quem dá as respostas – como eu me dou ao trabalho de fazer? Eu sei que a maioria tão pouco o faz! É o mal do nosso país, é tudo meia-bola e força…
Pois, realmente tem razão Carmo, não foi o Carmo que fez as perguntas, eram para o Rio, naturalmente, foi lapso ao escrever.
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