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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do que não sabe desaparecer

Quando em mil novecentos e troca-o-passo Cavaco Silva, primeiro-ministro, sentiu fugir-lhe a base de sustentação, deixou o poder certificando-se que o seu sucessor ao PSD não teria condições para ganhar as eleições.

Posteriormente e em idênticas circunstâncias, Guterres deixou o poder. Nem um nem outro precisaram de ver chapada nas urnas a mensagem “desaparece”.

Sócrates foi mais ‘fino’. Sem o nível de um ou de outro, tentou dele próprio tornar dependente meio mundo para, por esta via, tornar dele dependente o mundo inteiro.

Vivendo meio mundo mais ou menos fortemente à sombra do poder, Sócrates pôs em sentido o outro meio mundo. Não é fácil competir com quem está com a suprema mão amiga.

Paralelamente, a máquina de propaganda fretada pelos ideólogos do social mundo mais pós-moderno amanhã cantante tentou assegurar-se, por todos os meios, que as correctas mensagens eram entendidas da “forma apropriada” pelos eleitores. Não fossem uns quantos teimosos “velhos do Restelo” terem chapado sistematicamente na praça pública que a mentira não passa a verdade por ser repetida até ao vómito e a coisa era bem capaz de se sedimentar muito mais consistentemente. Mesmo assim, a votação de 20% alcançada pelos “proletários” da extrema-esquerda totalitária-social-fascista fez sentir aos porcos que a possibilidade de virem a poder estabelecer-se definitivamente no poder ganhava forma.

Naqueles 20% estou convencido estarem a larga maioria dos professores que, tendo alinhado nas luminosas “políticas educativas” raiadas pela 5 de Outubro, aspiraram e continuam a aspirar pelo aprofundamento dos desígnios que têm pautado a sua conivência com os amanhãs que cantam. Estará lá também certamente a maioria das “vítimas do sistema” cujos proventos da passagem pelas salas de aula foram garantidos em nulo pelos apontadores das “causas correctas”.

O problema é que as pessoas que vivem um e outro meio mundo vão sentindo cada vez mais insistentemente não viverem a sua vidinha mas a que lhe apontam deverem viver e estão-se a fartar do timoneiro. Se as duas ‘ametades’ chegam ou não para relegar os 20% de tontos e mais uns tantos descendentes da monarquia Soares para a turba do restabelecimento, na oposição, de novas taxas de peso-específico mútuo não sei. Mas sei que se isso não for conseguido o país ficará pelo menos mais uns anos atolado na ingovernabilidade, desta vez com a metade da sociedade directamente dependente dos governos atolada na luta política. Invariavelmente, a esquerda beata-tonta também não percebe que sempre que o estado mete a colherada directamente nas empresas se estabelece a possibilidade da inversão da cadeia de comando.

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