Teste

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Multiculturalismo, uma ideologia racista e paternalista.

Na Holanda, o caso do cartunista Gregorius Nekschot ainda deu bastante que falar. No parlamento, o ministro da justiça passou um mau bocado e disse que a ordem de prender o artista não partiu dele mas sim do procurador de justiça de Amesterdão! Todos os partidos da oposição, da esquerda à direita, todos eles se insurgiram contra a prisão, mas o VVD (partido da direita-liberal) foi mais longe e decidiu expor os cartoons de Gregorius Nekschot na sala de leitura do parlamento…

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Estas pinturas estavam há dias expostas no átrio da câmara municipal de Huizen, mas a comunidade muçulmana protestou (eles também usam o interior do edifício público!) e a junta da câmara decidiu colocar os quadros da artista Ellen Vroegh num local mais discreto, onde o público não tem acesso!!! Segundo a câmara: ‘Nós respeitamos as críticas de toda a população, independentemente da crença religiosa que se sinta chocada por mulheres nuas’.
Ellen Vroegh protestou quanto baste mas estas pinturas são naturalmente ‘uma pura provocação para a parte da população mais religiosa’, como dizia o blogue Geenstijl no gozo…

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No dia 17 de Maio estava um calor de rachar na Holanda e, como de costume num dia destes, os trabalhadores da construção civil restauravam de calça curta um prédio de habitação em Almere (perto de Amesterdão). Pois bem, os vizinhos muçulmanos participaram aos responsáveis da obra que os trolhas, segundo eles, se encontravam bastante despidos! O mestre-de-obras comunicou isso aos seus trabalhadores e estes responderam que ‘com este calor trabalhar de fato-macaco NEM PÓ…'

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Tudo isto é, como de costume, muito bem explicado neste video-blog pelo meu Guru Mr. Pat Condell. Reparem só neste final em apoteose:

(...)Tolerar a mentira de que a cultura islâmica é de algum modo igual à cultura ocidental, ao mesmo tempo que se ignora as vítimas daquela cultura, é mais do que irracional. É simplesmente criminoso.

E se realmente querem falar sobre o racismo, não é preciso ir mais longe do que a perversa mentira que é o
multiculturalismo, uma ideologia racista e paternalista.

E os governos da Europa que a promovem são governos racistas. Os funcionários públicos que a toleram são racistas. Os professores universitários que a encorajam são racistas. Os jornalistas que mentem sobre ela são racistas.

E as pessoas comuns [assim como os meus amigos de esquerda que se recusam a dar a sua opinião sobre estas coisas, trad.] que dizem uma coisa em privado e outra em público são racistas cobardes e hipócritas.



Rabugice Socialista

Se observarmos com cuidado, podemos reparar que à medida que os seres humanos envelhecem vão ficando mais aquilo que já eram. Isto é, um homem de meia-idade complicado já era complicadinho quando era novo; um velho rabugento já tinha mau génio na meia-idade.

É o caso de Mário Soares. Na 3ª o DN publicou um artigo de opinião em que Soares comenta a o buraco fundo a que as políticas fiscal e de centralização socialistas estão a arrastar Portugal. O Eurostat classifica Portugal como o país em que as desigualdades sociais e a pobreza estão entre as maiores e foram as que mais se agravaram na UE.

Segundo Mário Soares, entre os culpados estão os inveitáveis Bush e Blair, como já se imaginava e ele nos repete sempre que pode. Soares nada diz acerca do facto de a política económica americana não ter nada de novo de há muitos anos, que é a mesma desde há vários presidentes para cá, incluindo o agora (mas só agora) iluminado Clinton.

A Esquerda tem este marcador genético distintivo, aquele que a faz sempre procurar um diabo externo a quem culpar pelos fracassos próprios e ainda se mostrar pedagoga.

Ora, Soares nem quer saber porque razão tantos países vão progredindo mais que Portugal, sejam eles europeus ou não, apesar de viverem no mesmo mundo em que Soares e Bush vivem ainda que separados por alguns fusos, horários e outros.

Outra pérola, Soares acha que a Europa se deve proteger do neo-liberalismo americano. Mais uma vez há coisas que ele não quer saber. Desde logo não quer saber que o neo-liberalismo americano fez e faz com que em cerca de 30 anos o PIB americano seja cerca de 1/3 mais elevado que a média europeia. Também não quer saber que é a mesma receita neo-liberal americana que faz com que as economias emergentes de países como o Brasil, a Índia, a China ou a Indonésia saiam da pobreza a que pareciam condenados.

Mas não é apenas isto. Soares ainda não reparou que a Europa segue o caminho do neo-liberalismo económico, ainda que amputado, deste o tempo em que Teacher ganhou as eleições na GB com um discurso anti-populista e anti-socialista. Acontece que, para desgraça da Europa a aparente conforto de Soares, o liberalismo económico à europeia caminha apenas sobre uma perna, já que a outra está paralisada pela carga fiscal elevadíssima que vai lentamente corroendo as vantagens económicas do continente. Mas é sobretudo definitivo que o tempo do keynesianismo, do visão do Estado motor da economia, está posta de lado. Mas Soares ficou-se pelas receitas dos tempos do pós-guerra. Não percebeu que caldos de galinha e 16 horas de cama por dia podem fazer bem a quem recupera de doenças graves, mas fazem muito mal à saúde de gente que se quer saudável.

Voltando ao horror que agora Soares tem à América, esse parece coisa que não tem cura. Isto porque é altamente improvável que os EUA voltem a ter na sua embaixada em Lisboa um Frank Carlucci que dê a MS palavras de coragem e apreço - e sabe-se lá que mais coisas - para que Soares volte a ser, como foi em tempos, o grande amigo português dos seus grandes amigos americanos.


De regresso ao pondo de partida, a esta coisa de nos irmos todos transformando com a idade em mais do que já éramos, bem se pode dizer que Mário Soares, que sempre teve mau génio e mau perder, está mais embirrento que nunca.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Israel (Ontem e Hoje)


Trago-vos hoje algumas palavras de Esther Mucznik e de Joshua Ruah, do livro Israel Ontem e Hoje. O livro conta com muitos outros testemunhos.

Passo a citar: "(...) raros são os livros, nomeadamente em Portugal, que se debruçam sobre Israel, o país real. (...) A realidade é que Israel interessa apenas enquanto parte do conflito israelo-palestiniano, não enquanto país real onde pessoas vivem e morrem (...). Para grande parte da população (...) Israel é feito de tanques, de soldados sem rosto (...). O rosto humano é normalmente reservado aos palestinianos, a cujo sofrimento os média concentram uma atenção inesgotável e... unilateral"
Israel Ontem e Hoje, Esther Mucznick e Joshua Ruah - Difel, 2007

Ligações perigosas

Morreu Marulanda, camarada-chefe da mais conhecida organização narcoterrorista da América Latina (convidada habitual das festas do Avante) e, supreendentemente, ainda não fomos bombardeados por épicas e emocinadas hagiografias do defunto.
Não se falou ainda da sua “coerência” das suas “boas intenções”, da sua vida de luta dedicada a uma “causa”.
O camarada Marulanda e o seu comité central de intelectuais urbanos fanatizados e embebidos em marxismo, dirigindo com mão de ferro um exército carne para canhão, abastecido à conta de camponeses ignaros, gozaram durante décadas da aura romântica característica do perfeito idiota latino-americano.
A mesma aura que faz com que milhões de tontos ignorantes usem orgulhosamente a efígie de Che Guevara, e não alternem com outros de igual calibre e "coerência", como Pol-Pot, Hitler ou Beria.
O que há aqui de novo e que pode justificar o silêncio, é que à medida que as FARC apodrecem no seu veneno e se desfazem, começa a saber-se a verdade sobre a cooperação da esquerda latino-americana e europeia com o narcoterrorismo. O computador de Reyes tem sido uma cornucópia a debitar informação e compreende-se agora o banzé que Chavez e o seu títere equatoriano fizeram na altura.
Para além das ligações perigosas com Chavez e o Equador, sabe-se agora que o Partido de Esquerda Alemão, dirigido pelo inefável social-democrata , Oskar Lafontaine, colaborava com as FARC.
Há muita gente preocupada com o que ainda está por revelar.
O que talvez explique o silêncio comprometido.
O camarada Jerónimo, por exemplo, ainda não louvou a coerência revolucionária do camarada Marulanda.

Ah, o sucessor de Marulanda, parece ser um velho comunista, conhecido sobretudo por ter executado dezenas dos seus próprios homens, por traição "revolucionária".
É assim que se quebram os queixos à reacção.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Turbo

"Ciência" em circuito fechado.

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Territórios ocupados

Vai aqui uma discussão recorrente sobre os "territórios ocupados".
Esta discussão assenta sobretudo na ignorância e na má-fé dos "apoiantes da causa palestiniana" (eufemismo politicamente correcto para "ódio aos judeus")

Back to the basics.

Israel foi vítima de agressão árabe na Guerra dos Seis Dias. Travou uma guerra defensiva.
O Direito Internacional é claro como a água: se o agressor tivesse sido Israel, a ocupação dos Golan, Sinai, Margem Ocidental e Gaza, seria ilegal, tal como seria ilegal a instalação de colonatos.
Como vítima da agressão, a posição israelita é completamente diferente. Se não existir tratado de paz, a soberania continuada e é perfeitamente legal, desde que os indígenas não sejam prejudicados.
De facto a soberania israelita sobre os territórios foi benéfica. Basta ver a evolução do nível de vida das populações de 1948 a 1967 , e de 1967 a 1994 ( e o modo como caíu a pique em Gaza e na Margem Ocidental, assim que passaram para o controle da AP)

Logo após a guerra, Israel propôs a devolução dos territórios em troca da paz formal. As nações árabes rejeitaram a oferta, como aliás já tinham rejeitado outras, desde 1948.
Israel poderia ter anexado os territórios, se lhe aprouvesse, mas decidiu não o fazer, porque queria usá-los como arma negocial. Queria entregá-los e troca de tratados de paz.
O que acabou por fazer com o Egipto, em Camp David. Neste acordo, Sadat rejeitou receber Gaza de volta, preferindo que os palestinianos se mantivessem sobre soberania israelita. No tratado de 1994, com a Jordânia, o Rei Hussein excluiu expressamente das negociações a Margem Ocidental.
Não a queria de volta.

A 4ª Convenção de Genebra refere a proibição de mandar para o exílio populações conquistadas e de instalar populações conquistadoras, se as terras tiverem sido adquiridas numa guerra OFENSIVA.
Mas esta guerra foi DEFENSIVA.
Claro que para os "apoiantes da causa palestiniana", este tipo de distinções são irrelevantes.
A má-fé é como uma máquina de terraplenar.

domingo, 25 de maio de 2008

Turbo

Phoenix Mars Lander - transmissão directa aqui. Chegada, dentro de 1h47m.

Aterrou!


Veículos que não circulam vão passar a pagar imposto por contribuirem para o aquecimento global.

Mentir até cheirar a esturro.

O silêncio dos empertigados.

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sábado, 24 de maio de 2008

Estratégia Islâmica

Há 2 meses, o mandato do Special Rapporteur (SR) para a promoção e protecção da liberdade de expressão e opinião, do anedótico Conselho das Nações Unidas para os Direitos Humanos , foi alterado de forma radical, por proposta da Organização da Conferêrencia Islâmica (OIC)
Assim sendo, o SR tem agora a tarefa, não de vigiar e reportar as limitações à liberdade, mas sim o seu "abuso", nomeadamente em relação à religião islâmica, como consta expressamente do texto.
Um organismo concebido para vigiar a repressão da liberdade de expressão, terá doravante de a promover.
Não se trata de um movimento desenquadrado e avulso. O documento foi concertado e preparado ao milímetro pela OIC, no seguimento de uma estratégia de restauração da Umma, que se pode ler aqui, mas que já vem de trás.

Em 2000, a ISESCO (versão islâmica da UNESCO), deu à estampa a Estratégia da Acção Cultural no Ocidente .
O texto, publicado antes do 9/11, destina-se aos islâmicos das 2ªs e 3ªs gerações de imigrantes, aqueles que, por toda a Europa, estão na vanguarda da violência contra as sociedades que os acolhem.
Trata-se de um programa de controlo totalitário que pretende regular todos os aspectos da vida do jovem islâmico, impondo uma total submissão. Não são meros conselhos...são deveres religiosos, porque a “acção cultural é um acto de adoração”.
Após as partes genéricas com retórica redonda, destinada a prestar tributo à correcção política, o texto ganha substância e esclarece que a relação com os países de acolhimento consiste sobretudo em aproveitar as múltiplas vantagens do Ocidente.
Garante a “ superioridade moral e a discernibilidade “ muçulmanas e apresenta o Islão como uma alternativa às esperanças outrora depositadas no comunismo.
“A consciência crescente da importância do Islão e o seu papel como uma opção cultural e intelectual...excita muitos sectores no Ocidente, particularmente em consequência da regressão de grandes doutrinas ideológicas ”.
Criticando violentamente a globalização capitalista (mais um ponto comum à esquerda e à extrema-direita), insinua que o islamismo poderá vir a ser a solução: “espera-se pela emergência de um novo poder mundial, levantando-se contra o poder que actualmente domina a ordem mundial” (leia-se, os EUA).
Enquanto se espera pela vitória, deve-se proteger os muçulmanos da “filosofia positivista e herética” do Ocidente, porque “a arrogância do Ocidente atingiu o seu apogeu” (ou seja, está a caminho da decadência. Curiosamente Chavez diz exactamente o mesmo do "Império").
A Estratégia visa instaurar uma contra-sociedade muçulmana no seio do Ocidente que seja impermeável às tentativas de assimilação.
Porque o Ocidente quer “dissolver a personalidade da criança muçulmana através da destruição dos valores que ela trouxe da família e da sua cultura de origem”, torna-se necessário “imunizar o imigrante contra a perversão” da cultura ocidental.
Impõe-se assim exigir e negociar a aplicação da sharia nos países de acolhimento, como se viu recentemente no Reino Unido
Face à concertada estratégia islamista, a esquerda continua a ignorar a ameaça vital e prefere dedicar-se a "causas fracturantes", a criticar o "Bush e o Blair" e a repetir pela enésima vez a catilinária dos "voos da CIA" e de "Guantanamo", etc, enfim qualquer coisa que seja pretexto para berrar o ódio ao único país que percebeu o alcance da ameaça e lhe tem movido uma guerra global.
Como é lógico, não se tem conhecimento de uma única manifestação organizada pela esquerda contra o terrorismo islâmico e contra aqueles que explícita e repetidamente têm dito que querem atacar e têm atacado a civilização a que pertencemos. Pelo contrário, o Dr Miguel Portas vai a Beirute prestar vassalagem a Nasralah e por cá, comunistas e bloquistas desfilam juntos, de punho revolucionário erguido, berrando que "somos todos Hezbolah".
Há tempos, pouco antes de morrer, o filósofo Fernando Gil diagnosticou a imensa amálgama totalitária que une hoje o anti-semitisno, o antiamericanismo, a ideologia de esquerda e o islamofascismo, e denunciou a má-fé da esquerda europeia como o fenómeno que subjaz a essa amálgama.
No limite considerava que é a ausência de projectos e a tentação do abismo que conduz a esquerda para o regaço dos maiores inimigos da nossa civilização.

Não, não é anti-semitismo. É anti-Americanismo.


O Primeiro-Ministro Israelita, Ehud Olmert, tem sido interrogado por alegada corrupção quando ainda era Mayor de Jerusalém. Ao que consta, Ehud Olmert terá recebido do empresário Norte-Americano Morris Talansky (também ele judeu), cerca de 100.000 dólares para supostos fins eleitorais. A polícia Israelita acusou Ehud Olmert de fraude, abuso de confiança e irregularidades no financiamento de campanhas eleitorais.

A polícia de Israel faz actualmente o seu trabalho, que é investigar. Não existiu a imunidade política bem característica no Médio Oriente. O próprio Primeiro-Ministro não impediu a acção da polícia. Israel confirma-nos, e os Israelitas também, sejam eles árabes, judeus ou muçulmanos, dia após dia, que o seu país é verdadeiramente democrático, ao contrário daquilo que muitos amigos da "causa Palestiniana" fazem parecer em diversos órgãos de comunicação social ocidentais.

Convém recordar que o antigo Presidente da República (2000-2007), o Sr. Moshe Katsav, também foi julgado por vários crimes (assédio sexual).

Que importância têm estas suspeitas?

Teoricamente, estas suspeitas relançam as esperanças do Likud, liderado pelo antigo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Situado num espectro político mais à direita (comparando com o Kadima de Ehud Olmert), o Likud é o mais que provável vencedor das próximas eleições legislativas Israelitas (se estas forem antecipadas, algo que é muito provável face à alegada fraude de Olmert, a vitória virá mais cedo). Segundo algumas sondagens, 62% dos Israelitas são a favor da demissão de Olmert e 51% querem eleições antecipadas.

Relembro que o Kadima formou-se no ano de 2005, quando Ariel Sharon, juntamente com outros membros do Likud, decidiram deixar o partido, numa tentativa desesperada de levar para a frente o plano de retirada da Faixa de Gaza, bloqueado pelos membros mais à direita do Likud. Rapidamente, o Kadima recebeu outros intelectuais: incluindo membros do Partido Trabalhista, como o actual Presidente Israelita, Shimon Peres.

Como vemos, a legitimidade de Ehud Olmert para encetar negociações com o governo Sírio, tendo em vista a resolução da questão dos Montes Golan, é praticamente nula. Ainda para mais quando o próprio Ehud Olmert confessou, numa entrevista, que Israel iria fazer "dolorosas concessões".

Netanyahu tem-se aproveitado disto tudo para subir nas sondagens. O próprio Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, está a lucrar com a situação.

É uma questão de tempo até isto dar para o torto. Se bem conheço Netanyahu (o primeiro Primeiro-Ministro Israelita que nasceu depois da formação de Israel), ele vai jogar com toda esta situação, tentando inviabilizar a todo o custo as manobras de Ehud Olmert com os Sírios. Os Montes Golan são muito importantes para Israel e não é do agrado para a maioria dos Israelitas devolver os Montes sem qualquer tipo de contrapartidas. Os Golan custaram muitas vidas, muito esforço.

Mais que o patriotismo, o que aqui conta é a água.
A água que provem do Lago de Tiberíades. O acesso às águas do Jordão. Israel quer continuar com poder na região, os Sírios não deixam. É provável que nem Olmert resolva este problema.

A demografia dos Montes Golan também é um caso bicudo. Muitos judeus fixaram-se nos Montes Golan, depois da conquista deste território durante a Guerra dos Seis Dias, sendo agora cerca de 16.500. Os restantes habitantes são Drusos (19.300) e muçulmanos (2.100). Cerca de 30% dos Drusos já têm nacionalidade Israelita. Os restantes não têm nacionalidade Israelita, mas podem vir a ter, embora muitos deles não queiram.

Parece relativamente consensual que todos vivem melhor sob jurisdição Israelita. A maioria dos habitantes dos Montes Golan preferia ser Israelita mas vive no medo de o dizer e de requerer a nacionalidade. Isto porque seriam perseguidos pelos pro-Sírios. Já para não falar no que aconteceria a estas pessoas caso os Montes fossem devolvidos à Síria...

Mais a sul, foram descobertos mísseis anti-tanque e lançadores de rockets numa escola em Sajaiya, no norte de Gaza.

Ninguém na imprensa Europeia relatou a descoberta. O nosso Público, apostado em defender a "Causa Palestiniana", apenas dá notícia aos macabros raides aéreos Israelitas.

Não, não é anti-semitismo. É anti-Americanismo.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Túnel ou toupeira do Ministério das Finanças?

Há uns 20 anos, estando as ruas de Lisboa atafulhadas em carros, criaram-se faixas de Bus. Entrava em acção o "primado do transporte público sobre o individual" e o estúpido militante babava-se.

Há uns 10 anos, estando as ruas de Lisboa atafulhadas em carros, acabaram-se praticamente com as faixas Bus e colocaram-se parquímetros. Entrava em acção o "primado do transporte público sobre o individual" e o estúpido militante babava-se.

Hoje fala-se em aumentar o preço do estacionamento e em colocar portagens à entrada das cidades. Será o "primado do transporte público sobre o individual" e o estúpido militante voltará a babar-se.

Sendo anteriormente algo que não se pagava e nada de substancial tendo sido alterado, que distingue o pagamento do estacionamento de um imposto? Já sei: a EMEL emprega muita gente. Mas haverá real produtividade nesse "trabalho"?

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O estado, por via das polícias, sempre assistiu os automobilistas em casos de acidentes sem danos pessoais. Pretende-se agora que sejam as companhias de seguros a garantir esse serviço que, de uma forma ou outra será paga pelo automobilista directamente à companhia de seguros. A vir a ser assim, esse pagamento será ou não um imposto? Virá o estado a atenuar algum outro imposto face à mais que evidente necessidade de se virem a aumentar os prémios?

...

A semana passada o Prós & Contras andou às voltas com o preço dos combustíveis.

Um dos intervenientes, José Horta, secretário-geral da APETRO, fartou-se de levar porrada por causa dos altos preços dos combustíveis. Foi argumentando como podia, sempre afirmando que os preços à saída da refinaria eram idênticos aos dos outros países europeus. Mas a maioria dos restantes intervenientes batia sempre na mesma tecla: as petrolíferas são responsáveis por uma boa parte dos aumentos.

Bem, eu não sei se são ou não são, mas pareceu-me que a determinada altura, já farto de dar a entender o que todos pareciam não querer perceber, José Horta deixou escapar um lamento:



Nada aconteceu na sala. Nem Fátima Campos Ferreira, sempre pronta a uma ou outra ferroadazita nos “interesses instalados”, se manifestou.

Mas então, quem deve pagar as infra-estruturas, o estado ou os privados?

Pensarão os estúpidos militantes que o automobilista não acabará por pagar o túnel com juros da banca e tudo? Quantos mais casos haverá?

Então e qual a real carga fiscal total? Na estatística, inclui-se este novo canal de cobrança de impostos a que se chama, “contrapartidas”? Pagamos impostos apenas ao estado ou pagamos também a inúmeras outras empresas? Estão os governos autorizados a alijar, a privados, o pagamento de obras e posterior cobrança ao cidadão, coisa que supúnhamos estarmos a pagar, pelo IRS ou outros impostos, directamente ao estado?

Onde vai isto parar? Porque não obrigar cada grande superfície a construir uma escola? Porque não obrigar cada cadeia de grandes superfícies a construir uma universidade ou uma linha de caminho de ferro, ou outra coisa qualquer?

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Jogo entre intelectuais



PS: reparem no aquecimento de Karl Marx;
PS nº2: ia jurar que Karl Marx ia recomendar a atribuição de 1 bola para cada jogador...

Não aprendem

Contrariamente a um mito urbano que por aí circula, não foi o marxismo e os seus adocicados sucedâneos (socialismo, etc) que inventaram o Estado-Providência, mas sim o autoritário Bismarck, mais tarde imitado na América.
Após a 2ª Guerra Mundial parecia que se tinha descoberto um autêntico ovo de colombo. Morria-se cedo, nascia-se muito, e enquanto as economias cresceram a ritmos nunca vistos e as pirâmides demograficas se mantiveram esbeltas e aguçadas, o sistema era bom e cresceu para cima e para os lados.
Na Europa o Estado, em vez de se manter apenas como um esqueleto que garantisse a segurança e arbitrasse os conflitos de interesses, como defendiam os pouco excitantes liberais,
transformou-se num mastodôntico organismo.
Toda a gente parecia satisfeita, a social-democracia prosperou e o futuro estava à mão.
Infelizmente, como previnem os liberais, não há almoços grátis, nem bela sem senão, nem rosa sem espinhos e essas coisas. Aos poucos foram sendo pontapeados os princípios racionais pelos quais se pauta o comportamento económico dos indivíduos. Num ambiente de benévolo paternalismo estatal, a maioria de pessoas passou a achar , e bem, que a melhor maneira de prosseguir os seus objectivos económicos, não era pelo esforço individual, mas pela reivindicação na esfera política, reclamando as melhores fatias do bolo redistributivo.
Quando as coisas correm bem, o sistema funciona e quem mais berra, mais mama.
O pior é quando a economia não cresce e a demografia inverte as pirâmides.
Num belo dia o bolo deixa de chegar e a berraria aumenta de todos os lados. Postos à míngua, os especialistas da pedincha tendem a atropelar tudo à sua frente para, chantageando e reivindicando, garantir para si uma fatia maior que as dos outros.
As “soluções” da esquerda utópica são conhecidas: os ricos que paguem a crise, isto é, vá-se buscar mais farinha aos gajos que parecem ter mais (o sistema bancário, o “grande capital”, enfim, os belzebus habituais), para "redistribuir".
Claro que em nenhum momento lhe passa pela cabeça (isto no pressuposto optimista de que esquerda tem cabeça...há gente de alto gabarito que garante que a esquerda é do coração) que o pérfido “grande capital”, além de distribuir muita farinha e açúcar aos seus empregados, e criar capital para outros investirem, pode muito bem abrir um armazém num país com gente mais racional e declarar aí os seus lucros, se aqui lhe forem demasido ao bolso.
Infelizmente os adeptos do estado social, ainda não perceberam que o dito cujo, longe de ser a solução para o problema, é o verdadeiro problema, e persistem na boçalidade socialista, atribuindo aos demónios “neoliberais” (da mesma forma que as mães invocam a “cuca”) os problemas com que se defrontam.
No fundo desagua-se sempre no camarada Jerónimo: se alguma coisa corre mal, a culpa nunca é de quem faz asneira, mas do mafarrico de serviço: ontem chamavam-lhe “capitalismo”, agora preferem chamar-lhe “neoliberalismo”.
Esta malta não aprende.....

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Turbo

Ele há coisas do camandro. Pensava eu que o BE era dado a coisas girinas giras, tais como discriminação positiva ...

Alguém me explica porque, por exemplo a TSF, se farta de chamar "ataques racistas" aos assassinatos têm ocorrido na África do Sul? Que 'raça' ataca que outra 'raça'?

Mais um balde de água fria no "aquecimento global" - via Mitos Climáticos.

A Quercus defende que todo o estacionamento em Lisboa seja reservado a quem o possa pagar. Dar-se-á o caso de estar a retribuir o subsídio de 2.000.000€ que o Estado, via Caixa Geral de Depósitos, lhe concedeu?

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terça-feira, 20 de maio de 2008

Os EM

Conheço dois tipos de estúpidos: os que nascem estúpidos e os estúpidos militantes (EM).

Naturalmente estúpido é aquele a quem a natureza ou os genes dos antepassados, pregou uma partida.

A generalidade dos naturalmente estúpidos que conheço são esforçados e conseguem quase sempre atingir um qualquer patamar, forçando-se numa luta corpo a corpo com o aprender. Essas pessoas merecem-me toda a consideração e encaro o meu esforço a favor deles como uma obrigação.

Os EM são uma outra espécie, aparentada às carraças.

Como os cães, os EM reagem a estímulos condicionados. Por exemplo, a frase “obriguemos o capital a pagar impostos” provoca-lhes um orgasmo. Entregam-se a infinita conversa sobre os malefícios do capital e acedem aos mais grunhentes orgasmos passando ao lado do facto de se tratar de um puro acto masturbatório. No mundo real, aquele em que, entre outros, os estúpidos naturais procuram levar por diante a sua vidinha, as reacções são as do homem que de vez em quando, petisca um prato de caracóis.

Quando um qualquer iluminado aplica impostos às empresas, o resultado é sempre e apenas um: todo e qualquer cidadão irá pagar, chapa batida, directamente da carteira, a verba que irá ser triturada em parte incerta.

No caso de uma empresa multinacional se a coisa se complica e o volume de vendas baixa em resultado do aumento de custos de produção, a empresa procura melhores ares deslocalizando-se.

A palavra deslocalização provoca rosnadelas em virtude de ser capaz de gerar azias aos EM. Por um lado potencia a qualidade dos orgasmos, por outro anula-os ao perceberem que algo correu ao arrepio das suas certezas.

Como suores, afloram os “argumentos” segundo os quais os preços de produção em nada interessam porque “produto nacional” tem outro substrato (como os “produtos naturais”). Habituados a frequentar lojas de luxo, os EM ignoram que as lojas de produtos chineses estão cheias de gente que não sente qualquer arrepio pelo que compra. São pessoas que, não tendo qualquer problema em misturar-se com os naturalmente estúpidos, vão tentando de igual forma levar a bom termo a sua vidinha.

Ás empresas que apenas trabalham para o mercado nacional, há duas preocupações. A primeira, a de perceber se o dito imposto (ou norma imposta que tenha custos) é mesmo para cumprir.

Quando qualquer norma imposta (ou imposto) a uma empresa não é globalmente cumprida, a coisa turva-se, levando a melhor quem consegue passar ao lado. O EM rejubila, apontando ao bicho homem as imperfeições da praxe, mas é insensível à quantidade enorme de alarvidades legislativas que se não adaptam ao mundo real. Não é de estranhar essa insensibilidade porque brota habitualmente de cabeças orgasticamente iluminadas.

Se a coisa não é para cumprir as empresas que tentam manter a legalidade fecham, levantando nuvens de despedimentos, e com elas novas perplexidades em matéria de orgasmo.

Se a coisa é para cumprir, fazem-se contas e repercute-se a despesa extra sobre o produto final que será pago, adivinhe-se por quem.

Mas tributar o lucro das empresas, tributar o lucro dos capitalistas, (do “grande capital” como os EM gostam de referir) é sempre conversa da praxe a favor, evidentemente, dos “desfavorecidos”, daqueles em que “nunca ninguém pensa”.

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Chavez e a Colômbia

Para além do anacronismo ideológico, do folclore e dos desbragamentos de Chavez, algo de mais profundo e antigo está a levedar na América do Sul, com epicentro na relação entre a Colômbia e a Venezuela.
A dissolução da Grande Colômbia, realidade nacional arquitectada por Simon Bolívar, reduziu a Colômbia às suas dimensões actuais e deixou em aberto os seus limites com a Venezuela.
Este magma histórico está sempre presente e o choque ideológico tende a aquecê-lo.
Temos assim um conflito entre um caudilho truculento e populista, que pretende “libertar os povos” do imperialismo, e conduzi-los a utopias ignaras que a história do sec XX já derrotou, e um líder conservador, aliado de Washington, e que tem uma visão mais pragmática e bastante menos escatológica do mundo.
O presidente colombiano tem boas credenciais. Conseguiu em poucos anos salvar a Colômbia do colapso para o qual deslizava por via de uma criminalidade rampante assente no narcotráfico e na indústria dos sequestros. Reduziu as FARC a um grupo anacrónico e acossado de narcoterroristas, e estendeu aos poucos a presença da lei e da ordem a todo o território; desmobilizou os paramilitares e, com a ajuda americana, criou um Exército profissional e eficaz

Para Chavez a Colômbia é algo muito difícil de digerir. A megalomania de Chavez e as suas ambições revolucionárias, são detidas logo na fronteira por um regime intratável e cujo poder é sólido e discreto. Daí à tentação de usar as FARC como instrumento de subversão e veículo de expansão ideológica, foi um passito de criança que Chavez deu sem hesitar, deslumbrado talvez pelo equivalente do seu aliado iraniano, relativamente ao Hezbolah, ao Hamas e a outros proxies.
Chavez está a jogar um jogo perigoso, e as recentes declarações de Interpol, provando para lá de toda a dúvida, o apoio de Caracas a uma organização terrorista e criminosa, pode ter sérias consequências financeiras para a Venezuela, economia completamente dependente do petróleo.
A economia é, de resto, o grande calcanhar de Aquiles de Chavez, como antes o foi para todos os utópicos em missão.
Tal como Mugabe, Chavez estabeleceu um regime socialista de preços controlados.
Provocou, como vem nos livros que Chavez nunca leu, um aumento astronómico do mercado negro e um lucrativo contrabando com os países fronteiriços. A produção petrolífera desce ininterruptamente desde há vários anos e o investimento estrangeiro atingiu níveis calamitosamente baixos.
Os venezuelanos não têm acesso aos produtos básicos e em certas zonas a popularidade de Chavez está a cair a pique, apesar da demagogia palavrosa com que satura os media.
Os colombianos riem-se e aproveitam. Um litro de gasolina, custa 4 cêntimos na parte venezuelana da fronteira e vende-se do outro lado a 80. O prejuízo é todo para Caracas, já que se trata de um preço subsidiado e o governo da Colômbia esfrega as mãos de contentamento, uma vez que cobra imposta sobre as vendas e na prática está a drenar para os seus cofres, dinheiro do baú chavista.
Segundo vários especialistas, milhões de litros de gasolina passam a preço de uva mijona, da Venezuela para a Colômbia e Chavez está de cabeça perdida com a situação.
Enfim, velhas guerras entre a estupidez e o pragmatismo.
Sinal dos tempos é o perfil subitamente baixo de Cuba, num gritante contraste com o folclore dos tempos de Fidel.

O CHÁ (VERDE) É QU'INSTRÓI, O ISLÃO É QU'INDUCA...

A análise mais ouvida na blogosfera holandesa da corda sobre a insólita prisão do cartunista Gregorius Nekschot, é que se tratou de um ‘presente’ do primeiro-ministro (JP Balkenende) e do ministro da justiça (Hirsch Ballin) à comunidade muçulmana pelo facto de esta se ter comportado de maneira exemplar - não ter provocado distúrbios nem ter incendiado carros ou edifícios!!! - depois da exibição do filme Fitna de Geert Wilders.

Pessoalmente não estou muito de acordo com a analogia que este autor, Stoethaspel, faz entre cristãos e muçulmanos mas no entanto creio que dá uma ideia bastante clara das apreensões cá da praça…

Na minha opinião é inevitável constatar que na Holanda nenhum outro grupo étnico é tratado com tanta deferência como os muçulmanos. Cada vez com mais frequência sinto um sentimento de vergonha quando falo com amigos estrangeiros. Sobretudo quando durante a conversa fica bem claro que em relação a surinamenses, indonésios, antilhanos, e mais tarde em relação aos trabalhadores [italianos, portugueses e espanhóis, trad.] que imigraram para a Holanda nada lhes caiu do céu e tiveram que lutar por cada milímetro de respeito que obtiveram. Também os filhos (com quem eu cresci) se bateram para conseguir um pouco de espaço vital.

Mas hoje em dia estamos confrontados a muçulmanos, dos quais grande parte não faz nenhum, que exigem o mesmo respeito apenas pela sua presença. E, quando não o obtêm rapidamente, utilizam todo o tipo de meios de coacção para o obter. Ameaçam com distúrbios ou usam e abusam do termo descriminação porque sabem que há sempre holandeses com tremeliques que cedem ao seu blufpoker, apesar de irem a jogo com péssimas cartas. Porque na realidade, o que é que eles têm para oferecer?

Porque razão não posso dizer acerca dos muçulmanos o mesmo que digo acerca dos cristãos? São, salvo raras excepções, seres indignos por causa da própria natureza da sua religião, mentir com todos os dentes. Porque impuseram a si próprios um regime existencial que nenhum ser normal pode satisfazer, e ainda por cima são uns egoístas que se querem fazer passar por filantropos.

Retirem-lhes o prémio que eles pensam receber no céu por uma vida de virtudes cá na terra, e verão que poucos cristãos estarão dispostos a sacrificar-se neste mundo. Não há cristãos que professem a sua fé sem esperar receber algo em troca. O cristianismo não é um exercício teórico de humanitarismo, é a prática de uma ideologia individual que leva à suprema recompensa: O Paraíso. O crente é um egoísta, e se o crente nega este facto, mais uma razão para ter cuidado com ele…

Tudo isto são coisas que facilmente podem ser ditas aos cristãos, sobretudo quem, como eu, faz parte da seita. Não se trata de dizer mal dos nossos, trata-se de higiene mental. De uma necessidade. Fica a pergunta: porque razão não se pode dizer as mesmas coisas sobre os muçulmanos?

A resposta é simples e é colocada no imperativo, no estilo do antigo testamento: Não insultarás o Islão. Os muçulmanos estão acima do resto graças a uma meticulosa política de tolerância, e assim temos actualmente na Holanda um grupo de pessoas que à mais pequena crítica ameaçam com violência. Na minha opinião os muçulmanos são tal e qual como os cristãos. De pouco confiança, mentirosos e o melhor que temos a fazer é evitá-los.

Mas na Holanda não temos essa liberdade. Não temos a liberdade de não respeitar o muçulmano ou a sua religião. Somos obrigados a levá-los a sério e a respeitá-los da mesma maneira, deixa cá ver, como se respeita um ser de grandes préstimos para a humanidade, como Albert Einstein. Somos obrigados a ouvir na televisão as patacuadas de chalados como o íman Abdul-Jabbar van de Ven ou do idiota do íman Fawaz que nem sequer sabe falar holandês e cochichar: o chá (verde) é qu’instrói, o islão é qu’induca…

Esta semana foi preso o cartunista Gregorius Nekschot. Gregorius é um herege profissional e como tal sente a necessidade de atacar implacavelmente todo aquele de quem não gosta. Coisa que eu aprecio. Sejam cá cristãos, muçulmanos, pretos frustrados com uma obsessão acerca da escravatura ou cientistas do aquecimento global que se passaram da bola, tem que ser possível fazer piadas sobre esta gente senão ainda acabamos por acreditar em histórias da carochinha…

(Publicado no blogue Frontaal Naakt no dia 17 de Maio de 2008.)

1968

Atenção, que cada um das partes (1ª e 2ª parte de um mesmo programa) tem cerca de 50 min de duração.



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sábado, 17 de maio de 2008

2-2=4

A esquerda estúpida caracteriza-se por achar normal que 2-2=4.

Vejamos Marcos Perestrello, insigne deputado do PS.




A gasolina não é cara, é barata, porque noutros países é mais cara. Está muito cara, não porque a tributação seja alta, mas porque as petrolíferas estão a levar coiro e cabelo.

Mas Perestrello tem uma solução: aplicar mais impostos às petrolíferas. Dessa forma, a gasolina que já é mais barata do que deveria ser, vai ficar ainda mais barata.

Há por aí umas coisas eStran_has que estão imbuídas desta lógica.

As "energias alternativas" não são viáveis. Para não dar muito nas vistas anuncia-se, sistematicamente, que há já uma apreciável capacidade instalada de 1.100MW, e que esta capacidade dá para alimentar isto e mais aquilo.

Dá para alimentar...

Daria. Daria, não fosse dar-se o caso de custar 10x mais que as convencionais mesmo sem ter em conta que tem apenas um rendimento médio de uns 25% (com muito boa vontade). Na verdade, o rendimento do sistema tende a baixar quando mais é preciso: no pico do verão e do inverno.

Mas é fundamental que assim seja, de outra forma seria desnecessária a aplicação de impostos sobre as fontes convencionais de energia, impostos aliás, que “viabilizam” a utilização das “renováveis”.

E quanto mais impostos se aplicarem, mais “viáveis” serão as “renováveis”. Aliás, Perestrello foi eleito pelas “renováveis” para defender os seus melhores interesses contra a ganância da população que teima em reclamar que paga a gasolina demasiado cara.


Actualização:

Um leitor deixou em comentário este link, que também pode ser consultado em PDF.

No EcoTretas, há uma tabela esclarecedora sobre o custo dos vários tipos de fontes de energia.

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Clima e esquerda assustadiça (ora)

A nova esquerda está razoavelmente enamorada de Gore, conveniente profeta do clima, e pouco discreto plagiador das teses nazis de Heidegger.
Apesar de ser americano, não porque tenha sido derrotado pelo tenebroso e estúpido Bush (estúpido por definição, claro, e não há licenciaturas e mestrados em Harvard e Yale que possam desmentir tal Verdade Revelada).
Ok, concedo que também será um bocadinho por isso.
Mas a verdadeira razão, a da Bayer, aquela que nem às paredes se confessa é que a teoria do “global warming”, (entretanto travestida em “climatic change”, logo que se descobriu que havia tantos locais a arrefecer como a aquecer e que a coisa tinha séculos pela frente), permite culpar o homem, esse belzebu, e, ó felicidade, o “capitalismo selvagem”
É a tábua de salvação da esquerda, órfã ideológica e reduzida às gesticulações do “contra” após o funeral do “socialismo real”.
As revelações do Jeremias do séc. XIX são um autêntico albergue espanhol. Dão para tudo, sobretudo para condenar a pérfida “globalização neoliberal”, vagamente responsável pelo crescimento sem precedentes da economia mundial e pelo facto de centenas de milhões de seres humanos terem descolado da pobreza absoluta, nomeadamente na Ásia.
Que não é só o Gore, rejubilam os rouxinóis. O IPCC carimba e o IPCC é grande, não há outro Deus que não o IPCC e Gore é o seu Profeta.
Os seus relatórios assentam em papers de milhares de especialistas e políticos.
Como eles são seleccionados, não se sabe bem, mas parece que a imparcialidade e o cepticismo científicos não são o critério prevalecente porque, enfim, não faz sentido recrutar ateus para difundir o evangelho.
Tantos “especialistas” por metro quadrado, tornam livre e irresponsável a asneira e o rigor fica um bocado para 2º plano, perante a paixão doutrinadora e a dinâmica do cardume.
Os crentes, esses não se preocupam com minudências do género de informar no 3º Relatório que o ano mais quente do séc. XX foi o de 1998, quando afinal parece que foi o de 1934, etc.
Enfim, peanuts!
O que conta é que a esquerda, desconcertada com o êxito da liberdade económica e da globalização, encontrou nesta bíblia um abrigo à medida, e uma nova “causa”, porque esta malta não funciona sem “causas” e convém de vez em quando disfarçar o antiamericanismo pavloviano por detrás do manto diáfano das "causas".
Assim, graças a uma ONU cada vez menos credível e a um profeta esperto que nem um alho, a esquerda tem nova bandeira, brande os punhos internacionalistas, e exige que sejam tomadas medidas para o nosso bem, medidas que nos vão ao bolso, que nos limitam a liberdade, que nos fazem reféns do medo e que exigem sobretudo uma “acção concertada”, novo eufemismo para a velha receita da planificação centralizada, menu habitual, que deu sempre pratos indigestos, mas desta vez com ingredientes de muito difícil desconstrução.
Quando se juntava ao prato coisas vagas como o “imperialismo”, o “grande capital”, o “neoliberalismo” e patati patatá, a malta olhava de esguelha, resmungava e ia até ao bar petiscar uns tremoços, emborcar um fino e ver o Benfica.
Agora não.
Agora, cada vez que chover demais ou de menos, fizer um frio de rachar ou uma caloraça tropical, lá está o dedinho do Gore a berrar que a culpa é do “climatic change”, logo do capitalismo, logo da globalização, logo do Bush, logo dos americanos.
Todos os caminhos vão dar a Roma, mas este é do caraças, porque não pode ser desmentido. Se aquecer, o Gore, dedinho espetado, a dizer “eu não vos dizia?”. Se não aquecer, o Gore aparece também a fazer cafuné na nossa cabeça, que vamos muito bem porque estamos a fazer o que ele mandou.
Se não podes com eles, junta-te a eles, parece ser a máxima de Sarkozy, que resolveu entrar no folclore, prestou a sua homenagem ao Profeta Gore, com fanfarras e luzes e, logo a seguir, garantiu que a França vai continuar a apostar cada vez mais no nuclear, coisa que o Gore acha mal, e a esquerda festiva e anti-tecnológica abomina.
Ou muito me engano, ou o capitalismo vai, não tarda muito, ganhar umas massas à conta desta nova bandeira folclórica tal como fez com o merchandising do Che.

CARTUNISTA PRESO EM AMESTERDÃO...



O cartunista Gregorius Nekschot (nome de guerra) foi preso na terça-feira em Amesterdão e teve que permanecer durante 1 dia e meio na cárcere!!!


Segundo o Ministério Público os seus desenhos são insultuosos para muçulmanos. A polícia revistou a casa do cartunista e levou algum material, nomeadamente o seu livro Nekschot: Misselijke Grappen (piadas repugnantes, red.) assim como o seu computador.


Gregorius Nekschot (nick), odiado por uns e amado por outros, é um jovem bastante simpático e bem falante a quem fui apresentado há uns anos atrás numa festa do blogue Frontaal Naakt onde ele publica muitos dos seus desenhos. Já publicava no site de Theo van Gogh, que era um grande admirador de Gregorius.


Ainda não se sabe precisamente de onde partiu a acusação que deu origem à prisão do cartunista. Sugere-se o íman Abdul-Jabbar van de Ven - holandês que se converteu ao Islão aos 14 anos e que em 2004 afirmou num programa da televisão que do fundo do seu coração desejava que Geert Wilders morresse de cancro daqui a dois anos - que fez uma queixa contra o artista em 2005. A queixa, 3 anos depois, pode estar na origem desta prisão e da busca da casa do cartunista.


quinta-feira, 15 de maio de 2008

Voos secretos

Ouvi hoje numa rádio qualquer que Ana Gomes apoia uma intervenção militar em Myanmar para forçar a entrada de ajuda humanitária.

Será mesmo verdade? A ser, por voos legais ou secretos?

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Cá está:
É tempo de a comunidade internacional - através da ONU, das ONGS humanitárias e dos media internacionais - entrar de roldão na Birmânia.
Entrar de roldão: uma nova estratégia multilateralista de paz.

Bem diz Fernando Martins no Cachimbo de Magritte:
Sempre me pareceu haver qualquer coisa do presidente George W. Bush na deputada Ana Gomes!
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Parabéns, Israel

Vontade, organização, perseverança, resistência, inteligência, coragem, amor-próprio. Com a congregação destas qualidades humanas se iniciou em 1948 um Estado num lugar inóspito e pobre, a terra de Israel. Foi atacado por vizinhos com exércitos muito mais numerosos e, contrariando as probabilidades, venceu, como David a Golias. Com aquelas mesmas qualidades humanas, Israel passou em sessenta anos do nada a uma das mais importantes potências científicas e militares do mundo.



Israel é hoje terra de progresso, cultura, tolerância, pluralismo, democracia e liberdade, afinal os condimentos que são simultaneamente a razão do seu sucesso e a motivação dos ódios dos seus inimigos, sejam eles vizinhos ou mais afastados.

A guerra promovida pelos inimigos de Israel faz-nos chegar quase sempre, ou só, as imagens de um conflito. Esquecido ou ignorado fica o lado progressivo e feliz daquele lugar.

Israel é um bastião do Ocidente rodeado por vizinhos corruptos e medievalescos e sob sua constante ameaça. Esperemos que um dia os seus inimigos permitam que seja também um lugar de paz.

Até lá, e em defesa da Liberdade, os inimigos de Israel são também nossos inimigos.

Israel declarou a sua independência neste dia há sessenta anos, coincidindo com a antecipação da saída das forças britânicas.

Longa vida a Israel.

"Viva la muerte"?

An entire generation pumping gas, waiting tables; slaves with white collars. Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history. No purpose or place.

No mundo grego a unica imortalidade que se almejava era o nao esquecimento do nome, os homens morriam, as comunidades eram eternas, a cristandade inverteu a ordem, a unica coisa que tinham de fazer era dar meia volta, o mundo chega ao fim, o homem terá vida eterna. Hoje, oh merdosos homens, o mundo chega ao fim e vós com ele, comprem e serao felizes! O tempo é dos filisteus, e só os filisteus se varejam por ai felizes, paz às suas almas, "o devir nao tem objectivo", para lá do filintismo, andamos todos a torcer por uma equipa de que nao fazemos parte, iludidos, porque precisamos de ilusoes, a verdade é tragica - Nietzsche explicou - e o criminoso, verme que nega a ortodoxia ou escolhe uma das tribos que promete a felicidade terrena, ou sente uma violenta atracçao pelo niilismo. A nossa vontade, citando Nietzsche, "prefere querer o nada mais do que nao querer". Havera certamente um prazer orgastico em assentar as nadegas in the front row seats of the Theater of Mass Destruction. Pois mais do que ao nao-ser brindemos ao fim da historia, ao fim da dialectica hegeliana, ao pó que tudo isto será um dia. Mais do que à redençao do "eterno retorno", corramos pela condenaçao ao nihil. Procuravam um homem novo? ei-lo. Um revolucionario sem causa, sem familia, sem deus, sem patria ou classe. Um homem da multidao, sem multidao. Um novo abismo pessoal, sem pathos ou logos, mas com uma proairesis transformada em lista de compras. Uma nova comunidade, um grupo de uma unidade, um lider e um seguidor, a voz que manda é a voz que obedece, a voz que vai genuflectindo respeitosamente espera pela voz de um tirano que esmaga homens, "o espirito do mundo a cavalo", " a alma universal num unico ponto do espaço". Em vez de um super-homem, quedamos no sub-homem, sabe que o aborrecimento existencial em que o meteram nao tem qualquer meta ou finalidade e flagela-se por isso. Eis a sua tragedia, nao há soluçao alguma ou palavra de consolo para o seu desespero. Estamos sozinhos, é cada um por si, e só o nada tem sentido.

Which is worse, hell or nothing? Burn the museums, wipe your ass with the Mona Lisa. This way, at least God will know your name.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Eu cá tinha uma ideia melhor..


O Bispo de Leiria-Fátima apelou para que a Europa "reparta a abundância com África".

Eu cá tinha uma ideia melhor: em vez de andarem a fazer igrejas no valor de 80 milhões de euros (há quem diga que foi bem mais...), que tal dar esse dinheiro para ajudar África? Que tal utilizar as avultadas quantias de dinheiro que obviamente o Santuário de Fátima faz (será que chegam aos milhares de milhões de euros?), para ajudarem os Africanos? Que tal permitirem o uso do preservativo e da pílula para ajudarem os Africanos?

A Igreja Católica acha-se, de certa forma, a única e "verdadeira" ajudante dos Africanos. Pois claro, os estados estão movidos por interesses, a Igreja Católica não...

Não estou, com isto, a menosprezar o trabalho dos missionários, das irmãs e dos padres em África, nem a ajuda que a Igreja dá, mas é preciso ter lata para se dizer certas coisas.

Islão e democracia

Na rua islâmica predominam os regimes ditatoriais, e é preciso fazer prodigiosas piruetas intelectuais para não relacionar o facto com a religião em si.
O Islão não parece ser apenas uma religião como as outras. Desde o berço está estreitamente comprometida com a política e o Profeta era ele mesmo um chefe político, militar e religioso.
Um Califa.
Poderá o Islão algum dia dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?
No cristianismo não foi fácil. A Cidade de Deus só se separou da Cidade do Homem após séculos de violentas confrontações.
O Islão não logrou essa evolução e o problema parece estar justamente na sharia, uma fonte de direito anti-democrática e absolutista, porque não é “feita” pelos homens, mas sim directamente outorgada por Deus. A sharia assenta numa visão do mundo que pressupõe governantes autocráticos e súbditos submissos (Islão significa “submissão”).
Dispensa pois o conceito de "cidadão".
É a sharia que exorta à jihad para expandir o Islão; é a sharia que determina a diferença de privilégios entre muçulmanos e não muçulmanos numa sociedade por ela regida; é a sharia que fundamenta a discriminação entre homens e mulheres e as sentenças de morte por apostasia ou blasfémia.
Para avançarem no caminho da modernidade, os muçulmanos teriam de rejeitar a sharia, coisa que não parecem ter nenhuma intenção de fazer
Kemal Ataturk, o fundador da Turquia moderna, ele próprio um autocrata impiedoso, compreendeu o fenómeno e não só adoptou o direito romano, como proibiu as manifestações públicas da religiosidade islâmica e chegou ao extremo de mudar o alfabeto de arábico para latino.
A receita é tão fácil de formular como difícil de aplicar.
No Médio Oriente as fortes pertenças tribais tendem sempre a desembocar em soluções que variam entre o centralismo tirânico, a pulverização do poder até à célula tribal, com o Islão sempre como pano de fundo. O terreno não é de modo algum propício ao constitucionalismo, ao estado de direito, à cidadania, à igualdade de géneros e outros requisitos de uma moderna democracia liberal.
A nível global, a ideologia islamista, que alguns já classificaram de islamofascista, define a democracia como o principal inimigo do Islão, recusa os pressupostos da modernidade e preconiza um regresso às imaginárias glórias do passado, pela reafirmação da sharia.
E neste aspecto, tanto Bin Laden, à boa cheia, como o 1º ministro turco, com mais subtileza, tanto os radicais como os “moderados”, procuram o mesmo: uma ordem centralizada e anti-democrática.
Os islamistas consideram que a democracia é incompatível com o Islão. Hassan Al Banna definiu-a mesmo como “uma traição aos valores islâmicos". Yusuf al-Qaradawi, o iman residente da Al-Jazeera, convidado de honra de algumas luminárias da esquerda europeia e que dardejou fatwas sobre o Pokemon, considera que as eleições são “heréticas”.
Apesar disso, os islamistas não hesitam em usar o formalismo democrático para legitimar o seu poder aos olhos da esquerda mundial. O Hamas ganhou eleições e não falta na esquerda quem, por esse facto, considere esta organização terrorista como interlocutor válido, como se os votos lhe tivessem reconstruído o hímen.
O que a esquerda não entende, porque ignora o conceito de Taqyya, é que a paródia democrática, longe de mostrar que os islamistas se renderam subitamente aos valores democráticos, indica, isso sim, a sua extraordinária flexibilidade táctica,
Erdogan, 1º ministro da “democrática”, Turquia, num momento de descontracção verbal, não o podia ter dito melhor “A democracia é como um autocarro. Quando chegas ao teu destino, sais"

Do socialismo

Cá está. Estes dois, socialistas dos 4 costados, são ainda mais iguais que os outros. Que giro.

Será que eu poderia ficar isento de pagamento de impostos se perguntasse aos outros portugueses se se importariam? Talvez até se pudesse fazer um referendo.

O nosso 1º não tem vergonha na cara.

[Via Blasfémias]

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terça-feira, 13 de maio de 2008

Ratificação do Tratado de Lisboa (atraso: 4 dias)

A aprovação do Tratado de Lisboa por via parlamentar na generalidade dos países europeus é um exercício notável de desonestidade protagonizado pela maior parte dos políticos europeus.

No passado dia 9 foi a vez do PR ratificar o tratado. No breve discurso, uma frase que ressalta: “O Tratado de Lisboa é uma grande oportunidade e um grande desafio à vontade política dos líderes europeus. O seu sucesso exige determinação política e convergência de esforços entre os líderes dos Estados membros e das instituições europeias.”

Portanto, para Cavaco, isto do TL e do seu sucesso é coisa que tem a ver com os políticos e não os indivíduos. Sem dúvida que tem razão. Aliás já se tinha percebido que era assim; tanto em Portugal, como em quase todos os países europeus, os políticos tiveram medo dos seus próprios povos e optaram por jogar seguro, isto é, à porta fechada


A verdade é que há fortíssimas razões para dizer NÃO ao Tratado de Lisboa:
- o TL reforça os poderes das instituições de Bruxelas que já fazem cerca de metade das Leis que vigoram em cada Estado Membro sem possibilidade de oposição dos parlamentos nacionais;
- o TL faz baixar a novas caves o nível da democracia do agregado europeu ou, melhor dito, o poder dos cidadãos de cada país de viver segundo as suas escolhas e não segundo as escolhas de um diretório político supranacional que a maioria desconhece e pelo qual não se interessa;
-o TL contém mecanismos legais que permitem por aprovação maioritária o alargamento dos poderes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu sem necessidade de novos acordos ou tratados.

O Tratado de Lisboa vai contra a democracia e contra a liberdade das nações e dos indivíduos da Europa. Por essa via, o Tratado de Lisboa é anti-europeu.

Para acabar, um exercício de antevisão. a UE como projeto político falhará, tal como falharam todos os projetos de aglomeração política do continente no passado – Roma, Carlos Magno, Napoleão, Hitler. A via natural da Europa é a diversidade e não a uniformidade. A União Europeia é uma antítese da Europa.

SOCIALISMO VERSUS CAPITALISMO


Uma homenagem à excelente analogia de Luis Oliveira, publicado no dia 11 de Maio, com a sua escolha do genial diálogo do filme Life of Brian, onde se demonstra o que realmente é feito para melhorar a nossa ‘bidinha’ e que as pessoas (sobretudo à esquerda) têm tendência para esquecer…

Isto lembra-me automaticamente uma definição muito gira de Capitalismo que li há tempos num blogue holandês da autoria de Daniel T. Boom:

Graças ao Capitalismo têm hoje milhares de pessoas um nível de vida que há cem anos atrás era privilégio de alguns ricos.

E do mesmo autor traduzi uma curta análise sobre a superioridade moral do Capitalismo!!! Eu, que sempre pensei que neste capítulo o Socialismo era imbatível, que tinha o monopólio da superioridade moral, começo a duvidar…

A superioridade moral do Capitalismo provém do simples princípio que toda a gente é igual à sua conta bancária. Quer isto dizer que toda a gente tem (um determinado) valor, mesmo aqueles que têm a conta abaixo de zero: porque pagam juros. Não se pode exterminar pessoas em larga escala, porque isso corresponde ao maior pecado que se possa imaginar num sistema capitalista: desperdício de capitais.

Além disso, devido às desigualdades inerentes ao sistema, as pessoas tentam criar bem-estar e enriquecer. Um idiota com uma boa ideia, e milhões de pessoas vão ter o proveito. Vão ser criados postos de trabalho, e o capital adquirido com a boa ideia vai ser por sua vez gasto. Com isso cria-se mais postos de trabalho e mais bem-estar.

Há quem diga que o Socialismo é melhor porque todas as pessoas são iguais. Mas esqueceram-se de lhes perguntar: iguais a quê?
Num sistema socialista o individuo não é nada, e é a isso que todas as pessoas são iguais: A NADA…

A consequência disto é que o sistema socialista pode sacrificar nas calmas um enorme número de pessoas numa guerra ou para defender um ideal. As pessoas não contam, as massas não são nada, é tudo subordinado ao magnífico e sublime ideal. Não é por acaso que o único produto em que a União Soviética podia competir (mal) com o Ocidente era o armamento.

Outro efeito secundário do sistema capitalista: hoje em dia já não se morre necessariamente de HIV. E porquê?
Porque a indústria farmacêutica, em grande parte americana, pode ganhar rios de dinheiro com o desenvolvimento de medicamentos.

No século 19 já o Eça, que era visionário, tinha, nas Cartas de Inglaterra, um pensamento muito parecido sobre o colonialismo inglês:

(…) o seu esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização anglo-saxónica. O mal não é grande quando eles operam sobre a Zululândia e sobre a Cafraria, nessas vastidões da Terra Negra, onde o selvagem e a sua cubata mal se distinguem das ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga quando eles [ingleses] a refundem para a fazer à sua imagem. Vestir o desventurado rei negro Cetewayo como eles agora fizeram de coronel de infantaria; obrigar os chefes dos Basutos a saber de cor os nomes da família real inglesa, são talvez actos de despotismo, mas não deterioraram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de ideia. Para Cetewayo, que andava nu, uma fardeta, mesmo de infantaria, não faz senão vesti-lo; e é indiferente que dentro do crânio dos Basutos haja só fórmulas de invocação ao manipanso, ou também nomes de príncipes da Casa de Hanover.



segunda-feira, 12 de maio de 2008

Lockdown

Valerá a pena ler este artigo sobre "educação moderna".

Não tarda muito seremos mais broncos que a generalidade dos chineses, mas quereremos ainda ganhar como nababos. Cá pr'a mim teremos azar.

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O Horror!


O Governo espanhol é um dos mais avançados do mundo, como assevera o Dr Mário Soares, e a igualdade de género é ali assunto sério.
Zapatero ainda não terá engravidado, mas fala-se à boca cheia de mulheres a passar revista às tropas enquanto dão à luz, e decretos governamentais proibem aos magalas o acesso às fotos e vídeos de mulheres-objecto (gajas boas e bem despidas, em português)
Um destes dias, a vice-1ª ministra, senhora de fraca prateleira, mas bastante iluminada, feminista e cheia de ideias laicas e avançadas, foi visitar o Níger, levando aos indígenas a resplandecência dos ideais zapateirais e multiculturais, sob o lema "Mujeres por un mundo mejor"Toda ela era sorrisos e compreensão quando a meteram na foto com o Mestre Bambo e uma trupe de mulheres, devidamente vestidas com o decoro que a sharia determina.
Como é visível nas imagens a Srª de La Vega, apesar de já não estar em condições de passear orgulhosamente a barriga, como a sua famosa colega, ostentava o ar sorridente e feliz de quem está entre os seus, no avançadíssimo patamar da Aliança das Civilizações, junto às demais fêmeas, sob a asa protectora do Professor Bambo.
Sacados os flashes, veio-se a saber que aquele mulherio todo não era afinal o Conselho de Ministros, mas tão só o harém do Professor Bambo.
A Srª de La Vega chocada pelo facto de a sua boa consciência igualitária a ter feito cair em tão desagradável situação, declarou-se «horrorizada».

Horrorizada porquê?
Porque foi abalroada, em directo e ao vivo, pelo paradoxo conceptual entre a tralha ideológica que uma certa esquerda gosta de ostentar nos níveis mais altos da estratosfera, e as complexas realidades da lama, onde poucas coisas se prestam à simplificadora arrogância moralista que caracteriza esta gente.
A Srª de La Vega foi ao Níger falar da igualdade dos géneros e levou na tromba com o verdadeiro conteúdo do relativismo cultural, acabando arrolada na foto de família do serralho do Prof Bambo.
Ela, parte de um governo que tem feito carreira atacando fanaticamente os “arcaicos” valores cristãos, e que faz manguitos ao Papa com o mesmo entusiasmo com que celebra alianças com os representantes do islamismo, recebeu ali um banho de realidade.
E, uma vez que estamos em desempenado clima da compreensão multicultural, já que a senhora se horroriza pelo facto de o Professor Bambo casar simultaneamente com várias jovens mulheres, seria interessante perguntar ao cromo se considera justificado esse “horror”, por parte de alguém que, no seu país, acha “moderno” e “avançado” que homens se casem com outros homens.

Distraídos

Relembrando a histeria da esquerda face ao Katrina, não posso deixar de notar o seu silêncio perante as autoridades de Myanmar.

- Não avisaram (não deixaram avisar) as populações da aproximação do problema
- Negaram as consequências
- Negaram inicialmente ajuda
- Negaram a entrada de apoio humanitário (pessoal)
- Aplicam autocolantes com nomes de generais locais à pouca ajuda que é distribuida
- Canalizam uma boa parte da ajuda para a estrutura de poder

Supõe-se que, no caso de Bush, a esquerda tenha entrado em parafuso por não se verificar qualquer dos itens acima.

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domingo, 11 de maio de 2008

O que é que o capitalismo alguma vez fez por nós?


Icebergs de idiotas

O “aquecimento global”, particularmente em função do fantasmagórico CO2, tem estado na moda e vive nele todo o tipo de fauna.

Há cientistas que estão convencidos que pode (no sentido real – pode ou não) haver alguma razão para preocupação, há cientistas (pseudo) que deturpam dados conscientemente, há eco-fascistas que se entretêm a espalhar o pânico vivendo preferencialmente à custa dele e, finalmente, jornalistas de “causas” que executam a “meritória” tarefa de serem correias de transmissão do eco-fascismo.

Ciclicamente surgem relatos em que as calotes polares estão a arder, perdão, a derreter. Pelo fim do verão, em cada hemisfério, surgem “gritos de alarme”, “derradeiros gritos de alarme”, anúncios de “febre planetária”, “afogamento de ursos”, “submersão de zonas costeiras”, etc.

Este ano não fugiu à regra e foi recentemente anunciado, em toda a comunicação social que, em termos de ária de gelo, se estavam a separar icebergs da calote polar sul a níveis “sem precedentes”.

Steve McIntyre entretêm-se a desmanchar parvoíces e volta a demonstrar que os idiotas do clima não fazem mais que procurar um dado, entre centenas de outros que os contradizem, para verborrar o fim do mundo.

Qualquer criatura percebe que quando se abordam problemas do planeta se têm que estudar dados de todo o planeta, quer em médias quer em totais, mas sempre de todo o planeta. Pode sempre encontrar-se um caso que se pretenda seja fundamentador de uma teoria qualquer, mas apenas um vigarista deveria ser capaz de o usar para convencer.

A verdade é que, desde 1979, ano do primeiro registo, houve mais icebergs (superfície total) em 1982, 1989, 1979, 1981, 1996 e 1986. 2008 aparece a seguir.

Descansem pois todos os ursos. Não morrerão afogados ainda desta vez.

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Actualização:

Esta, é muito interessante...

e esta também.

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sábado, 10 de maio de 2008

Guerrrra

O leitor menos dado à exegese bloquista não terá ainda reparado, mas fica agora a saber que os dirigentes máximos do BE têm uma fonética própria que parece funcionar como sinal iniciático, mais ou menos do mesmo modo que a exibição do sudário de Che Guevara define a pertença a um certo e determinado grupo, pouco dado ao uso da parte nobre do cérebro.
Admito que não costumo dar às homilias do Dr. Louçã a importância que inegavelmente merecem no capítulo do entretenimento, mau hábito que me tem feito perder alguns dos mais significativos contributos para a causa do humor nacional.
Mas quando o Dr. Louçã fala de guerra, as minhas orelhas reagem de uma forma já minuciosamente explicada pelo Dr. Pavlov.
Não porque a contribuição do Dr. Louçã para o avanço desta área do conhecimento seja extraordinária, pese embora ser filho de um almirante do Estado Novo, mas pela poderosa vibração linguo-palatal que imprime ao vocábulo, arrastando os vibrantes “rrrrrr”, numa indignadíssima “guerrrrrrra”.
Ora isto é novo.
Quando o Dr. Louçã fala pacatamente da questãozinha do Darfur, a guerra não vibra por aí além.
Mas quando se refere por exemplo à “Cimeira da Guerrrra”, a “guerrrrra” reverbera numa prolongada vibração que comunica aos embasbacados fiéis o quanto o Dr. Louçã se indigna com tão horrífico assunto.
Ao notar o fenómeno, pensei que fosse apenas um sotaque regional, como os “bbb” do Norte ou os “xxx” da Beira Alta.
Mas depois reparei que a vibração linguo-palatal só era usada em certas circunstâncias, de especial gravidade, e percebi que havia ali algo de profundo e inovador, talvez até uma verdadeira fonética da indignação, susceptível de inflamar os fiéis e os fazer comungar nos êxtases colérico-místicos do Dr. Louçã.
Há dias ouvi uma homilia do Dr. Pureza, (fui apanhado no carro de um amigo e não quis parecer mal-educado mudando de estação) e eis senão quando, a propósito de já não sei que importantíssimo assunto, o Dr. Pureza, arremeteu com uma formidável “guerrrrra” que, na minha opinião de entendido, está perfeitamente à altura das “guerrrras” do Dr. Louçã, chegando mesmo a superá-las em momentos de virtuosa execução.
Há assunto para uma tese.
Os dirigentes do BE parecem usar a vibração linguo-palatal em assuntos “guerrrrreiros”, da mesma forma que o Operário Jerónimo imita as mudanças de tom características do saudoso Dr. Cunhal.
Trata-se portanto, não só de uma mera fonética da indignação, como erradamente pensei a princípio, mas também da marca inconfundível dos líderes. Eu, se fosse o Dr. Louçã, mantinha o Dr. Pureza em rédea curta e sempre debaixo de olho.
Pelo menos até à próxima purga.

PIM FORTUIJN

6 de Maio. 6 anos depois da morte de Pim Fortuijn. Artigo escrito na altura e não publicado. Com 4 dias de atraso.

Os artigos que li em 2002 no Público e Expresso acerca da tragédia Pim Fortuyn eram francamente de pouca qualidade, mas justiça lhes seja feita, encontrei mais nuances na imprensa portuguesa do que pude ler na francesa. Comparando as referências ao assunto, os comentários do Le Monde eram aberrantes. Os franceses, como de costume, todos eles dominam a língua pátria até ao pretérito imperfeito do conjuntivo, citam com desenvoltura e orgulho os clássicos (deles), conhecem a história nacional em detalhe, mas fora das fronteiras do hexágono é o desconhecido, c’est l’Afrique. Precisamente a atitude que tanto criticam nos americanos…

Ora, isto não é muito grave, há coisas bem piores na vida, não tivessem os nossos jornalistas o hábito provinciano de repetir, por vezes literalmente, as asneiras da imprensa francesa.

O Jorge Almeida Fernandes, no Público do dia 19 de Maio de 2002, não é dos piores, até começa muito bem ao dizer: ‘que palavra usar para catalogar Fortuyn? extrema-direita? xenófobo Populista? reformador? Esta questão semântica tornou-se um assunto de estado.’ Depois cita o jornal holandês De Telegraaf: ‘é preciso rectificar no estrangeiro a ideia absurda de que Fortuyn e o seu grupo seriam comparáveis a Le Pen em França. (…) Um tal paralelo teria efeitos negativos sobre a imagem do nosso país no mundo.’

Um assunto de estado foi a utilização diária, durante a campanha eleitoral de 2002, de calúnia contra Pim Fortuyn pela parte dos seus adversários políticos baseada em referências demagógicas à II Grande-Guerra, colocando Fortuyn automaticamente no campo Nacional-Socialista.

Alguns exemplos: Bas Eenhoorn (VVD-direita liberal) comparou Pim Fortuyn com Mussolini. Thom de Graaf (D66-centro esquerda) citou o diário da Anne Frank, ‘aconselhando-a’ a preparar desde já um quarto para refúgio. Ad Melkert (PvdA-social democrata), diz num comício ‘vamos para a cama com o Wim Kok e acordamos de manhã com o Le Pen’. Paul Rosenmöller (GL-esquerda verde) preparava uma grande manifestação contra o racismo (ler Fortuyn) para o dia 11 de Maio que depois foi anulada devido à morte de Fortuyn no dia 6 do mesmo mês. De qualquer forma, mesmo Rosenmöller deu acto de presença, com carinha de sacristão arrependido, no funeral do ‘fascista’, como aliás todos os líderes políticos nacionais.

É claro que depois da morte do homem a maioria começou a dar o dito por não dito, alegando que 'realmente foram feitas certas acusações injustas, mas no calor do debate eleitoral às vezes dizemos coisas que depois nos arrependemos!'
Ora, o que a imprensa estrangeira na sua maioria publicou e a portuguesa copiou, foram realmente apenas os arrependimentos...

E a acusação de ele utilizar apenas chavões populistas, como dizia o Expresso, é difícil de defender, visto Fortuyn ter todas as suas cogitações políticas publicadas e com propostas de solução. Afirmar que as ideias de Fortuyn são meras fantasias, politicamente pouco viáveis, é lícito, mas trata-se de especulação gratuita enquanto as ideias dele não tomarem a forma de política governamental.

Um dos cavalos de batalha de Fortuyn era, segundo ele, o lastimável estado dos serviços de saúde pública na Holanda: enormes listas de espera para operações. Coisa pouco digna de um país tão rico. O governo admitia em parte o problema, e prometia soluções com uma generosa injecção de capital. Fortuyn respondia ‘nem um tostão. Primeiro sanear a má administração dos hospitais e depois veremos’. Durante um destes debates, afirmou, com os exageros que lhe eram peculiar, que as listas de espera da Senhora Borst (Ministra da Saúde) causaram mais mortos que os ataques suicidas às “Twin Towers”. Logo a seguir a imprensa do contra titulava em letras garrafais: FORTUYN COMPARA MINISTRA COM BIN LADEN.

Os políticos acima referidos usavam e abusavam desta comparação menos feliz de Fortuyn como defesa para as declarações que mais tarde se arrependeram. ‘Ele não nos poupava e a gente tinha de responder’. Picante detalhe, logo a seguir à morte de Fortuijn foi publicado um relatório do Ministério de Saúde sobre as listas de espera e segundo o relatório, uma das causas das listas de espera era a má administração dos hospitais: administradores a dar com um pau e especialistas sem ter que fazer devido a um ‘planning’ deficiente.

Sobre a questão islâmica, diz muito bem Jorge Almeida Fernandes: ‘O conceito de raça é estranho a Fortuyn. Ele fala de religião como cultura.’ E de qualquer forma o Islão estende-se a todas as raças. Ele realmente disse, num livro publicado em 1997 e intitulado A Islamização da Cultura Holandesa, que o Islão é uma cultura retrógrada, mas esta afirmação está relacionada com a situação actual do mundo islâmico.

Provavelmente ele nunca teria abordado o tema se isto não fosse (de longa data) um entrave à integração das minorias muçulmanas na sociedade holandesa, acarretando enormes problemas ligados, entre outros, à criminalidade juvenil e ao terrorismo.

Citar Jean Tillie, fazendo uma absurda ligação entre o 11 de Setembro e problemas relacionados com a emigração, parece-me a mim, misturar alhos com bugalhos. Com ou sem 11 de Setembro, a falência do modelo multicultural holandês, é, apesar dos milhões que custa ao estado por ano, desde longa data, o calcanhar de Aquiles do modelo dos polders.

A vitória de Fortuyn nas eleições municipais de Roterdão fez Jorge Almeida Fernandes exclamar: – ‘uma nova extrema-direita xenófoba conquista 34% dos votos da cidade mais multicultural da Holanda’. Ora, dos 34% votantes, um terço eram estrangeiros! Sobretudo estrangeiros com pequenos comércios, fartos de a toda à hora do dia serem roubados por outros estrangeiros.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mais do “mesmo”


Esta abécula do 5dias interroga-se sobre como é que a mesma garrafa de vinho poderá algum dia ter custado 1,39 € no MiniPreço e ao mesmo tempo 2,50 € no Continente. Nunca na vida! Ora essa, se é “a mesma” garrafa! No máximo poderia ter custado 1,49€ no Continente. Quando muito 1,59€. Nunca mais de 2,39€. 2,50€? Fora de questão! Ver a caixa de comentários para ler este e outros hilariantes bitaites do autor.

Decretado por artes mágicas o preço máximo que a garrafa de vinho poderá algum dia ter custado no Continente, segue a lógica conclusão de que quando este anuncia uma promoção em que reduz o preço de 2,50€ para 1,25€ está a fazer “publicidade enganosa”. Ou mesmo “uma vigarice”.

Esta ignorância sobre o que justifica diferenças de preço para produtos fisicamente iguais e sobre o mecanismo de preços em geral, é típica dos esquerdistas tontos que pululam no 5dias. Para esta malta o conhecimento sobre temas económicos é coisa que não é bem vista. Não querem ser aprendizes de “exploradores”. Ou debater argumentos com a “direita economicista” (onde incluem o Sócrates). Preferem o bom do bitaite, baseado em duas ou três premissas de “espectro largo”, como se diz em farmácia: o patronato explorador dos precários, a aldrabice do sector privado, a santidade da coisa pública, etc. Os nossos leitores conhecem bem a ladaínha cripto-marxista.

Poderá a zurrapa do Minipreço custar o dobro no Continente? Porque não? Apesar de as características físicas do produto serem as mesmas, não se está a adquirir a “mesma” coisa nos dois sítios.

No Continente está a comprar também uma maior possibilidade de escolha, um ambiente mais agradável, mais empregados para o ajudar, a garantia de que o produto não estará esgotado, possibilidade de consultar anteriormente os produtos disponíveis no site do Continente e um largo etc. E isto paga-se, como é evidente.

Junte-se a isto a estratégia de “hard discount” do MiniPreço, que pratica margens mínimas e compra quantidades brutais de cada uma das poucas marcas que disponibiliza, obtendo assim descontos dos fornecedores, e facilmente se percebe que as “mesmas” duas garrafas são afinal muito diferentes!

Mas o que pode a análise económica contra a pulsão primária de chamar vigarista ao Belmiro, e de precaver as massas contra os perigos do capitalismo desenfreado? Nada, evidentemente.

Na minha opinião, vigarista é quem continua a tentar impingir uma ideologia falhada e re-falhada, que assassinou (e desgraçadamente continua a assassinar) milhões de pessoas inocentes.

Mas felizmente, ao contrário do que este pessoal julga (e este), as pessoas não são parvas nem se deixam vigarizar facilmente, e é por isso que o Continente tem mais clientes do que o Bloco.

Algumas palavras de Chomsky..


Na sequência desta postagem do lidador, trago-vos algumas palavras de Noam Chomsky, retiradas do seu livro "What we say goes":

"What about Hezbollah? First of all, as far as rockets are concerned, the United Nations (UN) keeps very careful records of what happens on the Israel-Lebanon border. The UN has registered hundreds of Israeli border violations, overflights, sonic booms, and other actions on essentially a daily basis."

"Hezbollah´s position is that it does not regard Israel as a legitimate state. It doesn`t think that Israel ought to exist. However, Hassan Nasrallah, has said repeatedly that Hezbollah will accept whatever the Palestinians accept. If the Palestinians accept a two-state settlement, Hezbollah won`t like it, but they will accept it. Incidentally, the Iranian position is exactly the same."

"(Ali Khamenei declared): (...) normalization of relations with Israel in a two-state settlement on the international border, in other words, the international consensus. (...) The only two major actors that do not accept this consensus are the United States and Israel."

"The issue of Hezbollah`s weapons goes back to the question: Does Lebanon deserve to have a deterrent to U.S.-Israeli aggression? The current invasion of Lebanon is the fifth in the last thirty years. Every one has been disruptive and violent. One of them (...) probably kills twenty thousand people. So, do they have a right to a deterrent? If nobody has a right to a deterrent against U.S.-Israeli aggression, the answer is clear: they don`t. The United States and Israel are allowed to invade anyone they like."
Noam Chomsky - "What we say goes", interviews with David Barsamian