A esquerda estúpida caracteriza-se por achar normal que 2-2=4.
Vejamos Marcos Perestrello, insigne deputado do PS.
A gasolina não é cara, é barata, porque noutros países é mais cara. Está muito cara, não porque a tributação seja alta, mas porque as petrolíferas estão a levar coiro e cabelo.
Mas Perestrello tem uma solução: aplicar mais impostos às petrolíferas. Dessa forma, a gasolina que já é mais barata do que deveria ser, vai ficar ainda mais barata.
Há por aí umas coisas eStran_has que estão imbuídas desta lógica.
As "energias alternativas" não são viáveis. Para não dar muito nas vistas anuncia-se, sistematicamente, que há já uma apreciável capacidade instalada de 1.100MW, e que esta capacidade dá para alimentar isto e mais aquilo.
Dá para alimentar...
Daria. Daria, não fosse dar-se o caso de custar 10x mais que as convencionais mesmo sem ter em conta que tem apenas um rendimento médio de uns 25% (com muito boa vontade). Na verdade, o rendimento do sistema tende a baixar quando mais é preciso: no pico do verão e do inverno.
Mas é fundamental que assim seja, de outra forma seria desnecessária a aplicação de impostos sobre as fontes convencionais de energia, impostos aliás, que “viabilizam” a utilização das “renováveis”.
E quanto mais impostos se aplicarem, mais “viáveis” serão as “renováveis”. Aliás, Perestrello foi eleito pelas “renováveis” para defender os seus melhores interesses contra a ganância da população que teima em reclamar que paga a gasolina demasiado cara.
Actualização:
Um leitor deixou em comentário este link, que também pode ser consultado em PDF.
No EcoTretas, há uma tabela esclarecedora sobre o custo dos vários tipos de fontes de energia.
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It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
69 comentários:
Sobre o bluff que é a energia eólica, aconselho a leitura deste artigo:
http://www2.inescporto.pt/use/noticias-eventos/nos-na-imprensa/energia-eolica-nao-e-competitiva.html
Caríssimos:
Ecologia não é igual a esquerda e enquanto a Humanidade assumir uma postura antropocêntrica, esquecendo-se de que é apenas mais uma espécie, há já mais de 10 mil anos que rompeu o equilíbrio com o ecossistema e que o planeta é, em cada geração (de todos os seres vivos) "emprestado" pela geração seguinte, nunca chegaremos à Noosfera (vide Teilhard de Chardin).
Cumprimentos a todos
P.S.: Caro DLM, o post sobre heterofobia já ia saindo. A temperatura já é a correcta, a não ser que esteja à espera de alguma marcha em particular.
As energias renováveis são de facto uma miragem. O fotovoltaico não tem rendimento superior a 17% e só coloca uma coisa destas quem não tem um palmo de testa mas lhe sobra muito telhado e conta bancária. Quanto às eólicas são seguramente rentáveis se pusermos o pessoal do PCP, Bloco de Esquerda, Verdes, 4 biliões de chineses que vivem na pobreza e escravatura e restantes palermas a soprar ou dar à manivela. São além disso intermitentes e a eólica está já quase limitada pela capacidade da rede de distribuição (não dimensionada para este tipo de geração). Mas há muita investigação, como tenho dito, para ser feita nestas energias que serão sem dúvida cada vez mais importantes.
«Aliás, Perestrello foi eleito pelas “renováveis” para defender os seus melhores interesses contra a ganância da população que teima em reclamar que paga a gasolina demasiado cara»
Lá vêm as teorias da conspiração. Daqui a bocado estamos a falar do edifício nº 7 do WTC.
A. R.
"O fotovoltaico não tem rendimento superior a 17%"
O rendimento só tem significado porque para se gerar o suficiente para um apartamento são necessários uma boa mão cheia de m2.
Mesmo assim, provavelmente, a superfície de telhado de uma casa de 2 pisos (duas famílias) seria suficiente para alimentar as casas.
O problema, de facto, é o custo das células por KW. Aqui poderá, com economia de escala, haver espaço para se conseguirem melhores preços.
A electrónica referente ao ondulador (a 'caixinha' que transforma corrente contínua em alterna), não é um problema.
A médio prazo eu apostaria mais nas fotovoltaicas. Os moinhos, são devaneios de D. Quixote.
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Coisas eStran_has (muito bom) é alguém que afirme o seguinte:
"As "energias alternativas" não são viáveis."
Acabe por dizer o seguinte:
"O problema, de facto, é o custo das células por KW. Aqui poderá, com economia de escala, haver espaço para se conseguirem melhores preços."
"A médio prazo eu apostaria mais nas fotovoltaicas"
Meu caro RoD será que já está imbuido da lógica que considera tão eStran_ha?
Stran,
Arredonde lá os vértices dessa cabeça quadrada. O que está escrito é:
"A médio prazo eu apostaria mais nas fotovoltaicas"
Médio prazo - percebe?
Apostaria - percebe?
Significa que agora não é viável, mas pode (ou não) vir a ser, mas que me parece ser a via mais prometedora.
Ainda não percebeu? Se não percebeu, relaxe. Nunca virá a perceber.
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Meu caro RoD,
""As "energias alternativas" não são viáveis.""
Esta frase implica que não o serão no futuro, para querer demonstrar a ideia o não são agora mas que poderá existir essa possibilidade deverá incluir a palavra "ainda".
Portanto alise os seus pêlos azuis, relaxe e respire fundo. Aprenda um pouco como se transmite uma ideia correctamente de forma não se contradizer no futuro.
Assim escusa de ter que evitar uma discussão por não ter resposta às questões colocadas...
Stran, você é mesmo bronco.
Quando se diz, não são, quer dizer-se que não são. As energias instaladas 'não são', e, pelos preços das que no futuro previsível venham a ser instaladas, não são (de todo).
Neste momento as energias alternativas não são economicamente viáveis.
O raciocínio idiota do Stran faz com que não se possa, por exemplo, dizer: "não chove", porque o Stram pode sempre dizer que, perante "não chove ainda" há uma contradição.
Leia o que está escrito, se não for capaz de perceber o sentido de cada coisa, não se preocupe. Experimente ler livros do Pato Donald que, provavelmente, estão ao seu alcance.
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hÁ uma coisa que tens de entender, não podes escrever um artigo e depois ires te refugiar apenas às palavras. Existe algo que parece que tu não entendes que é o contexto e todo o teu artigo está orientado para dares a noção de que as energias renováveis não são solução, não no sentido de por agora mas num sentido continuo.
Até na tua explicação actual não consegues transmitir essa ideia sem utilizar "Neste momento" para conseguires transmitir a ideia de possibilidade de solução futura que tu não transmites de todo no teu artigo.
Ao menos tem a coragem de assumires a tua posição ou de assumires o teu erro. É que para alguém que começa com palavras tão contudentes depois acaba por sair sempre de mansinho de uma discussão...
Stran,
Já lhe disse que quem me trata por tu sem que eu o conheça de lado algum é mandado levar na bilha.
As "alternativas" não são solução neste momento nem no futuro previsível.
Claro que há casos em que são solução, como por exemplo pontos em que a solução clássica é extremamente dispendiosa.
O Stran é burro, mas isso é problema seu.
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"Já lhe disse que quem me trata por tu sem que eu o conheça de lado algum é mandado levar na bilha."
Podes fazer o quiseres que isso pouco me afecta. Da outra vez respondi-te e pedi-te desculpas por não saber que tinhas essa filosofia. No entanto se queres respeito tens de aprender a respeitar os outros. Portanto espernei à vontade e lança o que julgas ser "insultos" pavorosos ou se preferires resume-te ao teu silêncio de criança "mimada"! A escolha é, e como sempre foi, toda tua.
"As "alternativas" não são solução neste momento nem no futuro previsível.
Claro que há casos em que são solução..."
Pois, a tua lógica distorcida é dizer que "não há solução, mas há solução".
Mas para conseguires compreender que acabas de cometer uma incoerência era exigir muito de ti. Descansa que não farei isso, já verifiquei que sempre que tento tu ficas exausto e não consegues responder...
Stran, seu idiota.
Você tenta, sistematicamente, refugiar-se na sua leitura aparvalhada e andar à volta dela como forma de dar a impressão que tem algo a dizer. Você é uma barata tonta.
Você não tem absolutamente nada para dizer e é incapaz de contrapor algum argumento que não ande à volta de coisas que você diz encontrar e que não estão no que escrevo.
Se eu quisesse ter dito que você insiste que eu disse, teria escrito: ""As "energias alternativas" nunca serão viáveis.""
Vá levar na bilha.
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oh rod, vai pó caralho! sim, TU rod... vai apanhar nessa cloaca. e vá. faz cócórócóco, faz!
"Se eu quisesse ter dito que você insiste que eu disse, teria escrito: ""As "energias alternativas" nunca serão viáveis.""
Pois nem disseste que nunca são viáveis, nem disseste que são viáveis. Ou seja apenas escreveste um artigo inconsequente que serve apenas para deitares cá para fora todo o teu ódio perante o teu "Adamastor".
Caso quisesses escrever algo de mais util então terias tomado uma posição, mas não, preferes refugiar nas semi-palavras, o que apenas demonstra uma actitude cobarde de quem não tem coragem de explicitar uma posição.
O M.P. também não disse que "Dessa forma, a gasolina que já é mais barata do que deveria ser, vai ficar ainda mais barata." No entanto tu escreves como ele defendesse isso.
É por isso que peguei nesse exemplo, na tua própria contradição, pois não tens maneira de argumentar de forma racional que não passe com o teu muito tipico, "és burro" ou "vai levar na bilha" ou o "tu não entendes" como se pudesse encontrar alguma lógica racional naquilo que escreves.
Utilizas o teu espaço simplesmente para insultar e depois feita "cinderela" ficas todo ofendido por alguém te tratar por "tu"!
Stran.
O Perestrello diz, a certa altura:
"Porque há um imposto que reverte em benefício de todos".
Já percebe a ligação a "Dessa forma, a gasolina que já é mais barata do que deveria ser, vai ficar ainda mais barata."?
O que é benefício de todos? Ficar mais cara?
.
RoD,
""Porque há um imposto que reverte em benefício de todos"."
"O que é benefício de todos? Ficar mais cara?"
Vou-lhe explicar então o que quer dizer essa frase:
Quando quer dizer que o imposto reverte em beneficio de todos está a falar do proprio modelo de Estado. Quer dizer que aquele imposto que é pago pela população reverte para termos Hospitais Publicos, Educação, Segurança Publica entre outras que é algo que toda a população beneficia.
Agora já entendeu a explicação e o porquê da sua ligação ser abusiva?
"Quer dizer que aquele imposto que é pago pela população reverte para termos Hospitais Publicos, Educação, Segurança Publica entre outras que é algo que toda a população beneficia."
E para TGVs, submarinos, estádios de futebol, frotas de automóveis novos bi-anualmente para os Srs Directores do BP, reformas de deputados após 12 aninhos servindo-se do povo... errrr... ao serviço do povo, etc etc.
Enfim, tudo coisas essenciais e sem as quais não conseguiríamos a reconhecida qualidade de vida que, quase milagrosamente, consegue ser paga pela baixíssima carga fiscal que suportamos.
D'OH!... :)
"E para TGVs, submarinos, estádios de futebol, frotas de automóveis novos bi-anualmente para os Srs Directores do BP, reformas de deputados após 12 aninhos servindo-se do povo... errrr... ao serviço do povo, etc etc."
J. Doe algumas coisas que nomeias são propriamente estratégicas e não de aproveitamento, no entanto compreendo o que queres dizer. No entanto a solução não é baixar os impostos pois esses projectos/politicas manter-se-iam.
Uma acção dessas apenas afectaria os mais desprotegidos. Primeiro tens de anular esses projectos (ou não investir) e depois com a folga orçamental previsível é que poderás baixar os impostos (sem ser necessariamente o da gasolina).
O problema é que demasiadas pessoas criticam e poucas fazem algo para modificar (eu incluido).
RoD:
Lê esta noticia
http://edition.cnn.com/2008/US/05/19/pickens.qa/index.html
"J. Doe algumas coisas que nomeias são propriamente estratégicas e não de aproveitamento"
Caro amigo,
"Estratégico" é o palavrão da moda para tentar justificar o injustificável.
Tal como aqui na barraca ando há muito tempo a dizer a mim mesmo que o tal LCD de 42'' é "estratégico", nem assim me consigo auto-convencer que vale os 1500 € que custa, até porque as TVs "velhotas" lá vão funcionando. E por acaso até os tenho... a pronto e, mensalmente, ainda sobra para outro se for preciso. Mas é a diferença entre ser eu, do meu bolso, a pagar o que compro ou mando fazer e atirar com a conta para cima de outros, que nada poderão dizer em contrario ou esquivar-se à factura. ;)
Não há nada de "estratégico" numa porcaria dum TGV, (ou num aeroporto de raiz fechando um que, melhor ou pior, ainda vai funcionando), que nos custará não só os olhos da cara como não há maneira de esconder que será sempre deficitário. Já nem falo nos custos de implantação. Só os de exploração, com o deficit que acarretam, chegam para assustar quem o vai ter de pagar. A única "justificação" que para ele se encontra é a vaidade no lançamento da "1ª pedra" e a maquilhagem das contas publicas pelos empregos temporários que criará, enquanto não chegar a factura final. E por aí fora...
Num sitio, que nem País é como já lá dizia o outro, onde o Estado extorque 60% do que se produz e, segundo estudo publicado (de memória), espatifa cerca de metade deste valor a "trabalhar" para ele próprio, a única estratégia viável, possível e urgente seria por um fim imediato a este desperdício monstruoso.
E o resto são tretas... :)
Primeiro a questão de investimento estratégico:
Os investimentos que fala são estratégicos, pode é concordar ou não na estratégia em que assentam.
Já fui defensor de ambos, no entanto devo dizer que a cada dia que passa estou cada vez mais ceptico.
Os transportes são fundamentais num mundo aberto e globalizado, e nesse sentido dever-se-á analisa-los e farão sempre parte de uma estratégia de desenvovimento.
O TGV, por exemplo, julgo que ganha importância com o previsivel aumento do petroleo, e julgo que é positivo uma ligação entre Lisboa e Madrid. Poderá aumentar a mobilidade e diminuir a nossa posição periférica. Julgo é que é desnecessário as outras ligações num país tão pequeno.
Quanto ao aeroporto é vital que ele saia de dentro de Lisboa. Não só porque limita em muito a sua capacidade de expansão como o torna "perigoso" e ineficiente. Também não sei se a solução era a melhor mas algo teria de ser feito.
O pior é que tanto num caso como noutro em que existiu muita discussão publica ninguém discutiu qual a estratégia de funcionamento de ambos. Que tipo de funcionalidade é que serve o N.A.L.? Será que está pensada a criacção de um hub competitivo internacionalmente? O TGV não poderia terminar no N.A.L.?
Parece-me que embora relevantes estes projectos estão a ser criados como foi o complexo de Sines e outros idênticos, sem uma estratégia concertada com outras áreas de desenvolvimento, e que no final a sua mais importante funcionalidade será a de "a vaidade no lançamento da "1ª pedra" e a maquilhagem das contas publicas pelos empregos temporários que criará..."
"Mas é a diferença entre ser eu, do meu bolso, a pagar o que compro ou mando fazer e atirar com a conta para cima de outros, que nada poderão dizer em contrario ou esquivar-se à factura"
Não se pode esquecer é que fomos nós, como um todo, que mandamos fazer. Temos de ser mais responsáveis e exigentes na altura das eleições, participar mais activamente na politica para que deixemo-nos de desperdiçar recursos. A culpa não é dos politicos, é nossa!
"...fim imediato a este desperdício monstruoso..."
Nisto eu concordo, todo o desperdicio deve ser eliminado!!!
De imposto justo em imposto justo, "redestributivo" e outras canalhices, foram os impostos crescendo até se chegar ao ponto em que o país se começou a comer a ele próprio.
Quando um organismo se come a ele próprio, tende para zero.
Quanto ao kamone, veremos se ele monta a turbina onde não há vento. E veremos se ele a vai produzir ao custo a que temos pago as 'nossas' (sem aspas - vão ser pagas com língua de palmo).
Voltando à canalhice dos impostos, o nosso Perestrello acha-se o iluminado capaz de decidir onde é de bem torrar o dinheiro dos outros. É apenas mais um, entre largas centenas ... milhares de canalhas. Perante o buraco negro para onde ele, como outros, nos tem arrastado, acena com a solução compensatória ... mais buracos negros.
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"...Perestrello acha-se o iluminado capaz de decidir onde é de bem torrar o dinheiro dos outros..."
Sabes o que é democracia?
Meu "caro" RoD se se julga tão iluminado em gestão pública porque é que não vai montar um partido e tentar ir para a politica? O que eu julgo interessante é que beneficia do que considera "De imposto justo em imposto justo, "redestributivo" e outras canalhices" mas consegue mesmo assim reclamar.
Uma coisa é a eficiência do Estado, outra bem diferente é discutirmos que "um imposto que reverte em benefício de todos" e outra ainda diferente é a base de incidência dos impostos.
A expressão que transcreveu do deputado é em si inócua, uma verdade obvia e que não acrescenta nada per si. Todos os impostos para o estado servem na sua essência para beneficiar todos, visto que é isso mesmo que é o Estado!
Quanto ao americano parece que ele não seguiu a sua aposta (lol)!!!
"Não se pode esquecer é que fomos nós, como um todo, que mandamos fazer"
Era bom que isso tivesse acontecido mas, infelizmente, tal só sucede nas verdadeiras Democracias.
E numa Democracia digna desse nome se alguém é eleito com um determinado programa eleitoral ou o cumpre ou justifica, sem qualquer margem para duvidas, porque é que se vai desviar do que se propôs fazer e para o qual foi mandatado, assumindo integralmente as consequências pela resposta dos mandantes. E um programa eleitoral é um todo. Não são só alguns pontos, ao acaso.
Haverá aqui alguma semelhança, mesmo ligeira, com a nossa realidade? :)
É que eu também adoro desembrulhar brinquedos novos e detesto pagar a conta deles, mas não me passa pela cabeça separar as duas situações.
Já em Portugal, à conta dum tal "regime do cheque em branco", pode-se inventar o que se queira, por mais inverosímil que seja, sem nunca ter que responder pelos resultados, ou pela falta deles, pois haverá sempre quem se desembrulhe com a conta e ainda vá aplaudindo sob o coro sincopado do "Foi azar!" ;)
"Já em Portugal, à conta dum tal "regime do cheque em branco", pode-se inventar o que se queira, por mais inverosímil que seja, sem nunca ter que responder pelos resultados, ou pela falta deles..."
Concordo plenamente com esta parte, mas continuo a reforçar a ideia, a culpa maior é nossa. Nós assitimos a isso e não se faz nada.
É o Sindrome do Sebastianismo no seu melhor. Ficamos sempre à espera que alguém resolva os problemas por nós.
A democracia depende dos cidadãos, mais do que os politicos. Se nós enquanto cidadãos deixamos que se continue a fazer politica da forma desonesta como é feita então não podemos esperar nada melhor.
Ou seja no fundo todas as criticas aos politicos nada mais são do que criticas a nós próprios e todos, sem excepção, de uma forma ou de outra tem a sua quota de culpa.
P.S. O bom exemplo do "cheque em branco" que todos endossamos é a forma como discutimos os diversos problemas. Normalmente só se inicia uma discussão quando já não há nada a fazer...
Stran:
"O que eu julgo interessante é que beneficia do que considera " ...
Essa é muito gira. Girina, mesmo. Beneficio de quê?
Não formo um partido por várias razões. 1º, não gosto. 2ª, prefiro fazer outras coisas, entre as quais, colocar orelhas de imbecil a quem acha que vivo às costas do estado.
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Stran:
"um imposto que reverte em benefício de todos"
O imposto que, seja qual o valor, reverte sempre em "benefício" de todos.
Uma espécie de masturbação mental.
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"Ou seja no fundo todas as criticas aos politicos nada mais são do que criticas a nós próprios e todos, sem excepção, de uma forma ou de outra tem a sua quota de culpa."
Caro amigo,
Se acha que tem alguma culpa no "estado a que isto chegou" isso é lá consigo.
Da minha parte a única coisa a anotar é ter emigrado tão cedo que ainda tinha os olhos tapados e não ter resolvido esse "problema" quando chegou a altura de decidir se voltava ou não.
Partidos? Mais partidos? Está a falar daqueles clubes de interesses que, não respondendo perante nada ou ninguém e com a alimentação garantida pelo "grande bolo sem responsável", querem o poder para o repartirem "melhor" na velha tradição portuguesa do "quem parte e reparte..."?
Se não podes vencê-los junta-te a eles? Não me goze! :)
Doe
Concordo em absoluto consigo em tudo o que expôs e defendeu. Apenas tenho que discordar do seu desencanto quanto aos sistema partidario. Não há outra maneira, isto é, outra maneira boa, de agir politicamente que não seja através de partidos.
Stran
Essa sua opinião de que todo o dinheiro cobrado em impostos é bem cobrado e que, para cumulo, é bem aplicado, não é apenas uma questão de crença, talvez seja sobretudo uma questão de ingenuidade.
Para não fazer exercícios mais longinquos, olhe para este governo que cobra mais impostos que nunca. Diga-me o que melhorou em termos sociais no país? Nada, antes pelo contrário. Isto para quem achar que o modelo "mais impostos = mais benefícios sociais" funciona. Para quem achar que este modelo é uma falacia, como eu, então ainda pior.
Paulo,
O sistema partidário é irrelevante para o problema que se nos apresenta. Existem partidos tanto nas democracias consolidadas como em algumas das piores ditaduras à face da terra. Não é por aí.
O problema por cá é mesmo deste sistema apelidado de Democracia mas que dela só tem o nome.
Porque uma Democracia, para o ser, implica um sistema de "checks and balances" em tempo real, funcional e efectivo e não os simulacros que por cá existem. O Tribunal de Contas é uma irrelevância, o Presidente da Republica um adorno e o Parlamento uma anedota. E nada disto mudará por si só pois quem o poderia fazer são exactamente os mesmos que o montaram tal como está e dele gozam.
A própria inercia deste sistema partidocratico chega para que ele funcione por si só sem precisar dos governados para nada.
(Rever o mais recente exemplo ilustrativo da inercia desta partidocracia com a Eleições Intercalares para a CML.)
http://www.autarquicas.mj.pt/autarquicas2007/R110600.html
Inscritos 524248
Votantes 192460
PS 56751
(...)
B.E. 13133
Lotação do Estádio da Luz: "Mais de 65.000 lugares sentados e cobertos."
Consequências práticas: ZERO.
(Tudo contentinho como se nada disto fosse relevante). :)
Paulo,
"Essa sua opinião de que todo o dinheiro cobrado em impostos é bem cobrado e que, para cumulo, é bem aplicado, não é apenas uma questão de crença, talvez seja sobretudo uma questão de ingenuidade."
Julgo que acertou na mouche. Mas essa ingeniudade/crença acontece quanto ao conceito em si e não quanto à realidade. O que quero dizer é que julgo que o conceito dos impostos têm uma determinada função (função essa que discordamos) e que essa função é benéfica (caso não considerasse isso seria contra obviamente).
Se for ao meu blogue, clickar num link de "Orçamento de Estado 2008" e analisar os meus artigos verificará que a minha posição é contrária ao de acreditar que "todo o imposto é bem aplicado". O ano passado, aquando da discussão do OE tentei analisar algumas rubricas para verificar aonde é que vão os nossos impostos.
Muito do nosso dinheiro é mal gasto e o esforço deveria ser em tornar o Estado mais eficiente.
Por exemplo para mim é incompreensivel que o Ministério da Educação tenha um departamento Estatistica quando o próprio Estado tem o INE, ou julgo que não é de todo necessário a existência de tantos cargos politicos no poder local (e mesmo na Assembleia).
Ou seja, julgo que ambos defendemos que existem muitas oportunidade de poupança no Estado. A nossa maior divisão é relativo ao que fazer com essas poupanças.
Doe,
Não deixo de concordar com o Paulo. A democracia é a melhor forma de organização politica e julgo que quão maior for a participação na politica melhor é a democracia. Ou seja o seu (e meu) afastamento do mundo politico (a minha unica participação é nas eleições) nada mais faz do que contribuir para a má qualidade da mesma.
Acredito (e pode chamar-me ingenuo) que a maioria dos cidadãos é honesto e responsável pelo que um maior envolvimento dessas pessoas faria com que o próprio sistema melhorasse.
Por exemplo grande parte das nossas opções fica limitada por não sermos militantes de um partido. Em Portugal negligenciamos as eleições para líder partidário quando são elas que mais determinam os actores politicos. Se tivessemos o habito de votar internamente num partido talvez as soluções que depois são apresentadas nas eleições legislativas fossem mais competentes.
Julgo que o primeiro passo para a melhoria da nossa democracia passa por uma maior participação na mesma, e por um sistema de informação mais forte. Julgo que é inaceitável que um cidadão português não tenha acesso às contas publicas de uma forma rapida e eficaz. Se eu quero saber quanto um presidente de camara gasta em "viagens" ou "refeições" deveria de o conseguir de uma forma rápida e prática.
O nosso contributo é possível, e até desejável, mas tal não significa que seja fácil ou que implique uma mudança rápida.
RoD,
"Essa é muito gira. Girina, mesmo. Beneficio de quê?"
A estrada e o passeio por onde você passa foi paga por quem?
A segurança que você tem é paga por quem?
(São apenas dois exemplos...)
Stran:
"A estrada e o passeio por onde você passa foi paga por quem?
A segurança que você tem é paga por quem?"
Refere-se às estradas que deveria ter pelo que pago e não tenho?
Refere-se aos impostos que pago na gasolina que consumo nas auto estradas e pelas quais pago portagem?
Refere-se à segurança que faz com que tenha receio de sair à noite?
Refere-se à segurança que permite que gangs entrem em esquadras e espanquem quem lá está dentro?
.
Caro RoD,
Não mude a questão que lhe foi colocada.
A questão é se usufrui ou não.
Não é saber qual o seu nível de usofruto que deseja...
Doe
Portanto, e aproveitanto o seu raciocínio, o problema não é tanto da democracia mas da partidocracia que tomou conta da maioria dos países democráticos. Mas existem lugares em que não é assim.
Stran
Bom, então, caro Strang, abandone a ingenuidade que reconhece que pode realmente ter, e dará por si como um liberal dos quatro costados.
Vejamos. Vc diz que adota o conceito "+impostos = +benefícios sociais" mas reconhece que na prática o conceito não funciona. Correto. O pensamento liberal é isso mesmo. Em especial o ressurgimento do liberalismo e o seu sucesso no mundo, há cerca de 30 anos atrás - o neoliberalismo. O liberalismo não assenta em teorizações baseadas no 'bom selvagem', até porque o 'bom selvagem' só existia mesmo na cabeça de Rosseau, em mais lado nenhum. O liberalismo assenta na natureza tal como ela é, com os seus méritos e desgraças. Quando um Estado tem demais, ele usa o excesso em proveito dos detentores do poder e para compra de votos. Logo, para que o Estado e os estadistas não sejam corruptos, nada como terem apenas o suficiente para cumprirem as funções básicas do Estado.
Quanto ao dinheiro que fica nos nossos bolsos e não é destinado em impostos para o Estado esbanjar ou comprar votos, esse por regra é usado pelas pessoas em consumo, que por sua vez potencia a atividade económica, logo o desenvolvimento de novas tecnologias, mais e melhores empresas, emprego. O ressurgimento da economia mundial, e não apenas no ocidente, é sobretudo uma consequência desta lógica económica liberal.
E então, Stran, já lhe podemos dar as boas vindas ao clube?
Enganei-me a escrever o nome do JJ: Rousseau.
Começo pelo fim:
"E então, Stran, já lhe podemos dar as boas vindas ao clube?"
Julgo que não.
Julgo que no seu comentário estão dois temas diferentes:
- o desperdicio no Estado: aqui concordo consigo o Estado não deve desperdiçar nem um cêntimo do dinheiro que recolhe;
- o papel do Estado: aqui discordo de si. A figura de Estado minimo não se adequa ao que defendo (esta é uma discussão completamente diferente e que se quiser retomarei no próximo ccomentário).
Exemplificando as nossas visões comuns e diferentes:
Imaginemos que cada cidadão paga 100 Eur de impostos, ambos concordamos que desses 100 eur apenas 70 Eur são utilizados para funções que o Estado tem actualmente e ambos concordamos que deverá ser eliminadas as actividades que gastam os outros 30Eur.
Onde discordamos é no que fazer a esses 30 Eur que estão agora disponíveis.
- Eu sou apologista de reforçar os beneficíos sociais.
- Você é apologista de reduzir os impostos na porporção dos 30 Eur (além de defender a redução de mais uns 20 Eur por causa da exitinção de algumas funções do Estado).
"...esse por regra é usado pelas pessoas em consumo, que por sua vez potencia a atividade económica, logo o desenvolvimento de novas tecnologias, mais e melhores empresas, emprego. O ressurgimento da economia mundial, e não apenas no ocidente, é sobretudo uma consequência desta lógica económica liberal."
Em jeito de nota final, julgo que a realidade não é assim tão simples como essa lógica implica (esta logica implica em si uma lógica também muito ingénua)
"+impostos = +benefícios sociais" mas reconhece que na prática o conceito não funciona. Correto
Caro Paulo,
E conclui isso com base em quê?
Contrariamente ao que diz, as receitas fiscais em %PIB são, em Portugal, relativamente baixas: 37% em 2006, abaixo da média da Zona Euro e da UE-27 (ambas acima dos 41%) e muito atrás dos dois primeiros classificados (Dinamarca e Suécia, com cerca de 50%). Não me vai dizer que não nota diferença entre os benefícios socias existentes nos dois primeiros países da lista e Portugal, pois não?
Ao mesmo tempo, a cantilena do peso asfixiante dos impostos leva um rombo...
(P.S. Os números indicados provêm do Eurostat.)
Faltaram-me estas duas passagens:
Em especial o ressurgimento do liberalismo e o seu sucesso no mundo, há cerca de 30 anos atrás - o neoliberalismo.
(...)
O ressurgimento da economia mundial, e não apenas no ocidente, é sobretudo uma consequência desta lógica económica liberal.
Não tenho a certeza do que pretende dizer com isto, mas se há aqui implícita uma qualquer ideia de uma nova era dourada de crescimento económico graças ao neoliberalismo, acho que se está a meter num caminho muito pantanoso.
Stran,
"Acredito (e pode chamar-me ingenuo) que a maioria dos cidadãos é honesto e responsável pelo que um maior envolvimento dessas pessoas faria com que o próprio sistema melhorasse."
Também acredito nisso mas o sistema que faz escola em Portugal não está preparado nem interessado na participação activa dos cidadãos. O "povão" serve como arma de arremesso entre os partidos e fonte de financiamento, através dos impostos. Para tudo o mais o dispensa e desaconselha mesmo a sua participação.
Paulo,
"Mas existem lugares em que não é assim."
Existem sim, embora cada vez menos.
Stran:
"Não é saber qual o seu nível de usofruto que deseja... "
Outra imbecilidade: pago 100 e apenas 10 são gastos no que efectivamente pago. O Stran quer saber do nível de usufruto.
Bom, dos 90 que são torrados sabe-se lá onde, usufruo 0. Mas não sou só eu que nada usufruo. Ninguém mais usufrui da verba que pago e que é torrada, exceptuando os comedores de torradas.
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RoD,
Não se misture em debates paralelos pois isso só gera confusão.
1. Você não sabe se paga 100 ou 10 pois o exemplo que dei é em média.
2. Nada usufruir é bem diferente de usufruir pouco, ou seja ao admitir que usufrui 10 acabou por responder (finalmente) à questão.
3. Todo o Estado implica impostos. Portanto a questão que coloca em nada tem a ver com o papel do Estado mas sim onde é que gasta os impostos (quer seja de direita ou de esquerda os "torradores" continuam a existir). A não ser que seja anárquico (modelo sem Estado), qualquer modelo que advogue implica imposto...
Stran,
"Não se misture em debates paralelos pois isso só gera confusão."
Misturo-me sempre que quiser e me apetecer. O Stran tem a mesma liberdade.
Não se faça de desentendido.
"Você não sabe se paga 100 ou 10 pois o exemplo que dei é em média"
O que escrevi qualquer pessoa percebe. O Stran nunca percebe, mas isso é problema seu.
Eu pago 100 e esse dinheiro é torrado de forma que apenas 10 são usufruidos por mim ou por qualquer pessoa seja em que campo for.
Eu pago 100 e 90 são torrados. Torrados, percebe? Torrar dinheiro e gasta-lo sem que algo de útil a quem quer que seja daí advenha.
Há uns idiotas que acham que se devem pagar impostos e que nada deve ser posto em causa porque é cobrado com boas intenções e porque alguém há-se usufruir.
O problema é que não quero ver os meus 90 usufruidos por comedores de torradas. Percebe agora, ou tenho que lhe fazer um desenho.
Tente ler livros do Pato Donald. Talvez compreenda 50% do que lá está escrito. E tem bonecos e tudo.
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RoD:
"Imaginemos que cada cidadão paga 100 Eur de impostos, ambos concordamos que desses 100 eur apenas 70 Eur são utilizados para funções que o Estado tem actualmente e ambos concordamos que deverá ser eliminadas as actividades que gastam os outros 30Eur."
"aqui concordo consigo o Estado não deve desperdiçar nem um cêntimo do dinheiro que recolhe"
"Se for ao meu blogue, clickar num link de "Orçamento de Estado 2008" e analisar os meus artigos verificará que a minha posição é contrária ao de acreditar que "todo o imposto é bem aplicado"."
e depois de ler isto você escreve:
"Há uns idiotas que acham que se devem pagar impostos e que nada deve ser posto em causa porque é cobrado com boas intenções e porque alguém há-se usufruir."
(pelo menos tenha a coragem de ser directo!!!)
Stran:
"(pelo menos tenha a coragem de ser directo!!!) "
Você é de compreensão lenta. Depois do que eu já lhe chamei diz que não tenho coragem de lhe chamar o que quer que seja?
"Há uns idiotas que acham"
Por acaso não estava a pensar em si, veja lá como as coisas são. Embora me pareça que a carapuça também lhe serve perfeitamente.
Veja lá se adivinha a quem me referia.
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Stran
“Onde discordamos é no que fazer a esses 30 Eur que estão agora disponíveis.
- Eu sou apologista de reforçar os beneficíos sociais.”
Essa dos ‘benefícios sociais’ é um peditório para o qual vc já está demais e com resultados negativos, tristes.
Vou dar-lhe três exemplos que me foram transmitidos por quem sabe da poda. Vc aparece num Centro da Segurança Social com 10 miúdos pequenos, diz que são todos seus filhos, faz uma caramunha descomunal e jura que espeta uma faca na assistente social se ela lhe recusar o rendimento mínimo garantido (que agora tem outro nome, ainda mais politicamente correto); a assistente social vai dar um parecer positivo e vc recebe mesmo o r.m.g. Depois chega cá fora, entrega os 10 filhos, sobrinhos e primos pequenos a um irmão ou primo que por sua vez vai à mesma assistente social, jura-lhe o bom uso ‘social’ da faca e também consegue o r.m.g. Do mesmo modo, alguém que é toxicodependente chega lá e diz que não pode trabalhar, que têm que lhe dar mesmo o r.m.g. porque senão vai ter de andar a assaltar, quem sabe até matar para comer, corrijo, TER de matar para comer, e também recebe o r.m.g. Entranto, uma mulher que é mãe divorciada ou solteira, que recebe €500/mês mas que não diz que vai matar nem promete facadas à assistente social, sai de lá com a resposta de que as disponibilidades não chegam para todos e que há quem precise mais do que ela. Assim funciona o Estado Social.
Portanto, atualmente os ‘benefícios sociais’ deveriam antes designar-se ‘subsídios de malandragem’. Mas vc acha que ainda é pouco e que o que é pago a mais para esbanjamento do governo central deveria antes ser desviado para aumentar o ‘subsídio de malandragem’. Ok, ainda não é desta que vc entra no clube. Vamos ter de esperar que vença a fase de ingenuidade da sua vida.
“Contrariamente ao que diz, as receitas fiscais em %PIB são, em Portugal, relativamente baixas: 37% em 2006, abaixo da média da Zona Euro e da UE-27 (ambas acima dos 41%) e muito atrás dos dois primeiros classificados (Dinamarca e Suécia, com cerca de 50%).”
Faltam três detalhes que mudam tudo.
-37% impostos/PIB em Portugal e com tendência para continuar a aumentar;
-50% impostos/PIB na Dinamarca e na Suécia e com tendência para diminuir;
- os 37% que os portugueses pagam pesam mais no nosso bolso que os 50% dos nórdicos dado que o valor bruto disponível após impostos é muito maior nos países do norte do que em Portugal.
“Não tenho a certeza do que pretende dizer com isto [sucesso do neo-liberalismo], mas se há aqui implícita uma qualquer ideia de uma nova era dourada de crescimento económico graças ao neoliberalismo, acho que se está a meter num caminho muito pantanoso.”
Penso que lhe pode ser útil ler e discorrer sobre isto: http://www.workforall.org/Who_is_WorkForAll.pdf
Aproveito para lhe pedir que me explique o que aconteceu na política económica chinesa para fazer com que o país cresça a ritmos nunca antes conhecidos na sua história.
S.Pinto
O comentário acima é dirigido a si. Por lapso, não o mencionei.
Caro Paulo,
-37% impostos/PIB em Portugal e com tendência para continuar a aumentar;
-50% impostos/PIB na Dinamarca e na Suécia e com tendência para diminuir;
É verdade que em Portugal tem aumentado, ainda que moderadamente (32,7% em 1995, 37% em 2006); no entanto, em Espanha passou-se praticamente o mesmo (33,6% em 1995, 37,3% em 2006), sem que isso os tivesse impedido de apresentar nos últimos 10 anos uma taxa de crescimento que é quase o dobro da nossa, o que tenderia a indicar que não será o nível dos impostos que nos sufocará.
Em relacão à Suécia e à Dinamarca, simplesmente não tem razão e o que diz é falso - o volume de impostos em % do PIB tem-se mantido relativamente constante apesar de várias oscilações pelo caminho (Dinamarca - 49,8% em 1995, 50% em 2006; Suécia - 49,7% em 1995 e em 2006). Os dados continuam a ser do Eurostat, mas como eu tenho isto em pdf não tenho nenhum link que lhe possa indicar. No entanto, se assim quiser, posso procurar o link original e indicar-lho, não será assim tão complicado.
O terceiro ponto que você refere é verdadeiro, mas conclui exactamente o quê daí? O meu comentário referia-se inicialmente ao facto de você refutar que mais impostos pudessem corresponder a mais benefícios sociais, o que não é necessariamente verdade.
Aproveito para lhe pedir que me explique o que aconteceu na política económica chinesa para fazer com que o país cresça a ritmos nunca antes conhecidos na sua história.
Paulo, naturalmente que eu não conheço a fundo todas as medidas empreendidas pela China, mas posso-lhe dizer que a ascensão ocorreu usando várias políticas que estão longíssimo das recomendações da ortodoxia neoliberal.
A título de exemplo, a taxa média ponderada de tarifas andava por volta dos 40% até 1995, o dobro do valor médio dos países em desenvolvimento e o quádruplo do valor médio dos países industrializados; em 1998, cerca de 1/3 da produção industrial e de 20% do PIB era proveniente de empresas exclusivamente estatais, valores superiores a praticamente todos os outros países do mundo; um dos sectores mais dinâmicos e distintivos da China eram as suas "Township and Village Enterprises", que não são propriamente um exemplo de transparência e direitos de propriedade bem definidos; o Bnaco Mundial estima que 2/3 da redução no número de chineses que vive abaixo do limiar de 1USD/dia que ocorreu entre 1981 e 2004 já tinha ocorrido em meados dos anos 80, ou seja, bem antes da fase de maior abertura, que se iniciou em meados dos anos 90, o que indicaria que a redução de pobreza não teve grande coisa a ver com integração na economia global ou com prescrições neoliberais. Concluindo, a China iniciou o seu crescimento no final dos anos 70, mas só muito mais tarde iniciou os sues processos de abertura e liberalização. Tal como aconteceu com muitos dos países actualmente desenvolvidos, e ao contrário dos mitos que circulam por aí, a abertura deu-se quando o crescimento era sólido e havia superioridade clara em determinadas áreas, dado que a fase inicial (também à imagem dos países agora desenvolvidos) foi caracterizada por políticas fortemente intervencionistas e proteccionistas.
Estes e outros aspectos são referidos, por exemplo, no "The two faces of Globalization", de Branko Milovanovic (Development Research Group, World Bank), no "Comments on 'Trade, Growth, and Poverty', by D. Dollar and A. Kraay", de Dani Rodrik (Harvard) ou no livro "Kicking Away the Ladder", de Ha-Joon Chang (Cambridge).
Agradeço o link que me enviou. Só o pude ler muito rapidamente e meio na diagonal (peço desculpa por isso, lerei com mais atenção quando tiver tempo), mas há desde logo uns comentários: é fácil 'demonstrar' praticamente tudo o que quisermos quando escolhemos casos para confirmar as nossas ideias 'a priori', daí que não me pareça muito adequado comparar a Irlanda e a Bélgica (por exemplo, podia pegar em países que seguiram os programas do FMI e que obtiveram maus resultados e comparar com um país que me desse jeito e chegaria à 'conclusão' que me fosse mais conveniente); de forma similar, usando uma simples regressão, também poderemos concluir que não há nenhuma correlação entre taxas de juro baixas e crescimento - no entanto, tendo em conta que as descidas da taxa de juro visam essecialmente estimular a economia, essas descidas ocorreriam em períodos de abrandamento, pelo que estariam naturalmente correlacionadas com baixo crescimento, ao invés das subidas da taxa de juro, que normalmente ocorrem em períodos de maior crescimento para limitar pressões inflacionistas e eventuais sobreaquecimentos da economia; é desonesto criticar o keynesianismo dizendo que surgiu noutro contexto, há 70 anos, sendo actualmente desadequado - não só poderíamos dizer algo de semelhante sobre o liberalismo (com a diferença de que o Adam Smith não morreu apenas há 62 anos), como a partir do keynesianismo surgiram outras correntes.
RoD
"Embora me pareça que a carapuça também lhe serve perfeitamente."
Então explique lá como é que fundamenta esta sua frase à luz do que escrevi anteriormente.
Paulo Porto,
"Essa dos ‘benefícios sociais’ é um peditório para o qual vc já está demais e com resultados negativos, tristes"
Julgo que se analisar bem os indicadores verá que grande parte dos países mais desenvolvidos são os que têm fortes "beneficios sociais".
O exemplo que deu é de como o sistema pode funcionar mal. O mesmo também acontece com os impostos - "free riding" - mas não é por isso que é apologista de terminar a recolha de impostos...
Quanto à minha ingeniudade, ela é não é exclusivo de quem defende o estado social. Quem acredita que o mercado resolve todos os problemas da nossa sociedade também demonstra essa ingeniudade. Aliás Portugal está cheio de casos desses.
Dou só um exemplo: imigração ilegal. Quando se fala deste problema muitas pessoas olham para o Estado como o gerador desse problema, no entanto esquecem-se de que se existe imigração ilegal é porque existem empresas que lhes dão emprego. Ou seja é o "mercado" que cria e suporta este problema...
[Dou só um exemplo: imigração ilegal. Quando se fala deste problema muitas pessoas olham para o Estado como o gerador desse problema, no entanto esquecem-se de que se existe imigração ilegal é porque existem empresas que lhes dão emprego.]
E eu que pensava que havia imigração ilegal porque o estado não controla as fronteiras. Mas não. A culpa é das empresas e do mercado.
Quanto ao "problema" em si, era bom que todos os problemas do país fossem como este.
Tive uma ideia.
Uma "taxa de controlo de fronteira". Um eurito por mês a cada tuga.
Com o dinheiro obtido punha-se um português a cada km de fronteira com Espanha a controlar a cena. Só aí criavam-se logo 1200 postos de trabalho. Os imigras que não entravam e ficavam do outro lado a chuchar no dedo correspondiam a mais outros largos milhares de postos de trabalho salvos para portugueses (ou pelo menos UEicos).
A taxa de desmprego caía para 0%. O problema da imigração ilegal acabava. E o estado (e portanto o social) crescia que era uma coisa parva.
O que acha Stran, subscreve?
Caro Luis,
"E eu que pensava que havia imigração ilegal porque o estado não controla as fronteiras"
Claro que as "santas" das empresas nem contratam mão de obra ilegal nem nada, são umas "coitadinhas"...
Mas para si, sempre que existe um problema nesta sociedade a culpa é do Estado, quando acorda mal disposto, quando tem problemas de diarreia, quando chove, tudo é culpa do estado!
Quanto à questão da imigração ilegal o problema não se prende com
"A taxa de desemprego". Mas não deixa de ser curioso a sua colagem imediata da noção imigração ilegal --> Desemprego, será um preconceito seu?
LO, são sempre bem vindas as ideias para a criação de emprego. O Estado Social pode fazer muito. POr exemplo, uma técnica para acabar com o desemprego e alcançar o pleno emprego era pôr 50 % dos desempregados a abrir buracos e a outra metade a fechá-los. O Estado pagaria o salário, lá está, a tal função social, e haveria trabalho para sempre, porque haveria sempe buracos para abrir e para fechar.
E tudo com os nossos recursos.
Os soviéticos tentaram aplicar esta magnífica ideia lá nos Gulags, mas muito atabalhoadamente.
[Claro que as "santas" das empresas nem contratam mão de obra ilegal nem nada, são umas "coitadinhas"...]
As empresas empregam mão de bora "ilegal". E ainda bem, na minha opinião. Não são santas nem coitadinhas, querem obter benefícios pelo menor custo. Os imigrantes idem.
Mas, ou estou a ver mal a coisa, ou para haver essa contratação de mão de obra ilegal é preciso que ela tenha entrado no país.
O que achou da minha proposta?
[a sua colagem imediata da noção imigração ilegal --> Desemprego]
Então os ucranianos que andam para aí a fazer estradas e pontes e hospitais não andam a roubar os empregos aos tugas? Pensava que era esse o problema da imigração ilegal! Se não é isso, é o quê!?
[Os soviéticos tentaram aplicar esta magnífica ideia lá nos Gulags, mas muito atabalhoadamente.]
Em termos de bandalheira e desperdício o moderno "estado social" pede meças ao Gulag.
[quando chove, tudo é culpa do estado]
Não, quando chove durante o mês de Maio inteiro, a culpa é, como toda a gente sabe, do aquecimento global.
"As empresas empregam mão de bora "ilegal". E ainda bem, na minha opinião..."
Portanto você é apologista de que as empresas não cumpram as leis? Belo exemplo...
Quanto ao problema da imigração é uma questão social (são na sua maioria explorados e muitas vezes enganados - não recebem ordenado), vivem em más condições e são tratados de forma desigual, são marginais ao sistema, o que julgo não ser próprio de um país que se considere desenvolvido.
Depois além disso e noutro tema que talvez consiga compreender melhor, as empresas que as utilizam acabam por deturpar o mercado, tendo uma vantagem concorrencial ilegal.
[Portanto você é apologista de que as empresas não cumpram as leis?]
Não sou apoligista de nada. Constato que os mercados negros florescem sempre que o estado mete o bedelho onde não tem que meter.
[são na sua maioria explorados e muitas vezes enganados - não recebem ordenado), vivem em más condições e são tratados de forma desigual, são marginais ao sistema]
Bom, porque é que os deixam entrar, então? 1200 tugas/empregos e dava-se conta do recado. Teria de se aumentar também a Marinha. Ooops, esta é uma parta do Estado que não é bom aumentar. Quanto mais fragatas menos hospitais.
E já agora, sabendo os emigrantes que vão ser humilhados e ofendidos e explorados, poque é qeu insistem em vir?
[noutro tema que talvez consiga compreender melhor, as empresas que as utilizam acabam por deturpar o mercado, tendo uma vantagem concorrencial ilegal]
Assim mesmo é que é! Capitalismo desenfreado! Neoliberalismo selvagem!
"As empresas empregam mão de bora "ilegal". E ainda bem, na minha opinião..."
"Não sou apoligista de nada. Constato..."
Não só constata, incentiva também. O "ainda bem" não é nenhuma constatação...
Portanto para si as leis são para não se cumprir?
Você é liberal ou anárquico?
"E já agora, sabendo os emigrantes que vão ser humilhados e ofendidos e explorados, poque é qeu insistem em vir?"
Você tem a imagem do imigrante "feliz" por poder trabalhar? É também apologista de que o "Trabalho liberta?"
[Portanto para si as leis são para não se cumprir?
Você é liberal ou anárquico?]
Já fui assalariado no mercado negro. A trabalhar para uma entidade estatal.
O estado (o tal que faz as leis) é, como se sabe, quem mais recorre a este tipo de mão de obra.
[Você tem a imagem do imigrante "feliz" por poder trabalhar?]
Sem dúvida. Feliz por ter um emprego que não teria na terra de origem. Por ganhar num ano aquilo que não ganharia durante 20. Por poder mandar dinheiro para a família qye ficou para trás. Qual é a dúvida?
[É também apologista de que o "Trabalho liberta?"]
Estas tácticas imbecis esquerdistas é uma coisa que lhes metem no biberão?
Já agora, sabe onde é que os nazis foram buscar a frase?
Mas o que me diz da minha proposat? Tentei ir o mais possível ao encontro das suas ideias.
1.O problema da imigração ilegal, nas suas várias vertentes, acaba (acaba a imigração ilegal).
2.Criam-se empregos.
3.Aumentam-se as funções do estado.
Que me diz?
Stan
O problema é que excesso de Estado resulta em abusos e deformações. O Stran diz-me que por regra não é assim, que isto é uma excepção. Infelizmente é a contrária que é verdadeira.
Por outro lado, eu não conheço ninguém que diga que o marcado resolve todos os problemas. Como sabe, a teoria do 'paraíso na terra' encontra-se mais à esquerda. Auilo que os liberais dizem é que um sistema económico liberal produz mais riqueza que qualquer outro e que a médio prazo contribui mais para a elevação do nível económico individual do que a subsídio-dependência ou a manutenção de realidades económicas irracionais.
S.Pinto
O capitalismo foi implantado na China, muito a medo, nos princípios dos anos 80. Inicialmente restringiu-se às regiões em torno de HK e Macau, pretendia-se preparar economicamente essas regiões para uma melhor absorção de HK na China. Além disso, Deng percebeu que o sistema da economia estatizada e centralizada mais depressa produzia fome do que riqueza e havia que fazer qualquer coisa. O sucesso foi de tal modo impressionante que não foi preciso muito para os dirigentes do PC perceberem que podiam transformar o país, melhor, permitir que o capitalismo transformasse o país na maior potência industrial do mundo. E efetivamente foi isso que aconteceu, o capitalismo transformou a China na mais eficiente fábirca mundial de produtos pouco qualificados. Graças ao mercado livre, a China cresce a ritmos nunca antes conhecidos.
O capitalismo na China tem uma característica particular: ele é sustentado por uma ditadura vermelha que impede a sindicalização, os seguros de acidentes de trabalho, os subsídios de desemprego, a assistência na doença. Os empregadores chineses não são obrigados a pagas encargos sociais, e os empregados não têm qualquer organismo estatal para onde possam descontar, ainda que voluntariamente, para poderem mais tarde beneficiar de reformas de velhice. As pensões são apenas para funcionários públicos e, claro, para os responsáveis do Partido Comunista.
Sobre a Espanha
O crescimento económico espanhol esteve ligado às políticas fiscais de contenção (tanto na cobrança como na distribuição) do Partido Popular. Em 2004 o PSOE ganhou as eleições no rescaldo do choque da mentira sobre a responsabilidade da autoria dos atentado bombista islâmico de Madrid. O PSOE fez o que o nosso Guterres fez por cá, isto é, com possibilidade de dar nas vistas pela distribuição de favores e subsídios, começou a fazê-lo, com largueza. Aquando das últimas eleições, já a direita apontava para os sinais evidentes de que a economia estava a ser sugada e que os factores que levaram ao crescimento económico já estavam ausentes. E a verdade é que o crescimento espanhol já está em quebra. Existem ainda outros elementos preocupantes, como o tal milhão de casas novas sem encontrar comprador. Escrevo tudo isto ainda que eu não tenha a menor simpatia pela pelas particularidades políticas da direita espanhola (mas só a espanhola).
Sobre as disponibilidades pós-impostos menores em Portugal do que em países com níveis de fiscalidade mais elevados.
Neste computador não tenho acesso os links com os mapas da OCDE. Em todo o caso tome o exemplo seguite
Colunas: País; Rendimento Médio Anual; Carga Fiscal; Disponibilidade pós impostos
A 40 50% 20
B 15 33% 10
'A' é o caso de um país com rendimentos e fiscalidade elevada; 'B' é o caso de Portugal com rendimentos e níveis de fiscalidade mais baixos.
O que está acontecendo com a carga fiscal em Portugal é o caso 'B'. Apesar de ser percentualmente menor, a verdade é que o rendimento disponível após impostos pode ser e em alguns casos é, metade do que fica disponível no bolso de um alemão ou de um dinamarquês.
Luis,
"Já fui assalariado no mercado negro. A trabalhar para uma entidade estatal."
Sim, mas não respondeu à questão de se é anarquico ou liberal. É que há primeira vista parece-me anárquico, só queria ter a certeza.
Quanto à questão do Estado, ao exemplo do que deu, concordo consigo, é um exemplo de como as pessoas que estão dentro do sistema politico são incompetentes e também elas a meu ver criminosas. Não é por o Estado fazer determinada coisa que isso passa a ser legitimo. Quem tem essas praticas deverá ser levado às autoridades competentes e punido.
"Já agora, sabe onde é que os nazis foram buscar a frase?"
Por acaso não, mas pela sua questão diria que terão sido os comunistas. Será que adivinhei?
Quanto à sua visão dos emigrantes, julgo que é um pouco distorcida. A "felicidade" que vê é uma ilusão. Só porque não têm melhores condições no seu país não significa que estejam contentes com o que têm. Não têm é outra opção...
Caro Paulo,
se explorar bem os comentários do Lidador e do RoD, julgo que eles partilham a visão de que "o mercado resolve todos os problemas". O proprio L.O. partilha dessa opinião.
"Como sabe, a teoria do 'paraíso na terra' encontra-se mais à esquerda."
Penso que não. Será que o que diz a seguir:
"Aquilo que os liberais dizem é que um sistema económico liberal produz mais riqueza que qualquer outro e que a médio prazo contribui mais para a elevação do nível económico individual "
não encerra no fundo a visão de "paraiso na terra". Pelo menos muitos defendem-no como tal.
Quanto à visão socialista julgo que o caso europeu não foi mal sucedido e não sei se em termos de bem-estar não batem os USA (em IDH alguns batem).
Quanto ao caso particular de Portugal julgo que mais do que o modelo é a nossa cultura e modo de operar que fazem com que as coisas não funcionarem. Julgo que era mais benéfico, em vez de andarmos a discutir ideologias (embora sejam muito importantes) era melhorarmos o que já existe e eliminarmos primeiros os desperdicios e as más práticas.
Voltando ao exemplo que lhe dei, Julgo que antes de discutirmos se o Estado deve ser de 100 ou 50, primeiro deverão ser eliminados os 30. Sem isso qualquer sistema em Portugal está condenado a falhar...
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