Vai aqui uma discussão recorrente sobre os "territórios ocupados".
Esta discussão assenta sobretudo na ignorância e na má-fé dos "apoiantes da causa palestiniana" (eufemismo politicamente correcto para "ódio aos judeus")
Back to the basics.
Israel foi vítima de agressão árabe na Guerra dos Seis Dias. Travou uma guerra defensiva.
O Direito Internacional é claro como a água: se o agressor tivesse sido Israel, a ocupação dos Golan, Sinai, Margem Ocidental e Gaza, seria ilegal, tal como seria ilegal a instalação de colonatos.
Como vítima da agressão, a posição israelita é completamente diferente. Se não existir tratado de paz, a soberania continuada e é perfeitamente legal, desde que os indígenas não sejam prejudicados.
De facto a soberania israelita sobre os territórios foi benéfica. Basta ver a evolução do nível de vida das populações de 1948 a 1967 , e de 1967 a 1994 ( e o modo como caíu a pique em Gaza e na Margem Ocidental, assim que passaram para o controle da AP)
Logo após a guerra, Israel propôs a devolução dos territórios em troca da paz formal. As nações árabes rejeitaram a oferta, como aliás já tinham rejeitado outras, desde 1948.
Israel poderia ter anexado os territórios, se lhe aprouvesse, mas decidiu não o fazer, porque queria usá-los como arma negocial. Queria entregá-los e troca de tratados de paz.
O que acabou por fazer com o Egipto, em Camp David. Neste acordo, Sadat rejeitou receber Gaza de volta, preferindo que os palestinianos se mantivessem sobre soberania israelita. No tratado de 1994, com a Jordânia, o Rei Hussein excluiu expressamente das negociações a Margem Ocidental.
Não a queria de volta.
A 4ª Convenção de Genebra refere a proibição de mandar para o exílio populações conquistadas e de instalar populações conquistadoras, se as terras tiverem sido adquiridas numa guerra OFENSIVA.
Mas esta guerra foi DEFENSIVA.
Claro que para os "apoiantes da causa palestiniana", este tipo de distinções são irrelevantes.
A má-fé é como uma máquina de terraplenar.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
65 comentários:
Duvidas:
"O Direito Internacional é claro como a água: se o agressor tivesse sido Israel, a ocupação dos Golan, Sinai, Margem Ocidental e Gaza, seria ilegal, tal como seria ilegal a instalação de colonatos.
Como vítima da agressão, a posição israelita é completamente diferente. Se não existir tratado de paz, a soberania continuada e é perfeitamente legal, desde que os indígenas não sejam prejudicados."
Poder-me-ia dizer qual em que artigo se suporta para chegar a esta conclusão?
"A 4ª Convenção de Genebra refere a proibição de mandar para o exílio populações conquistadas e de instalar populações conquistadoras, se as terras tiverem sido adquiridas numa guerra OFENSIVA"
E também o artigo para sustentar esta afirmação. Neste caso até verifiquei a proibição mas não existe nenhuma referência à questão de uma guerra ofensiva como você descreve.
Alguém me explica de forma consensual qual era o povo que habitava a zona que agora se chama "Israel" e a "faixa de gaza" e "cisjordânia" ????
Eram os Hebreus? Eram os Filisteus? Os do Reino da Judeia? ai ai ai ai que confusão a minha Jesus Cristo... andam a enganar-me!
Stran, não lhe vou traduzir o Direito Internacional relevante, e muito menos explicar-lhe a letra e o espirito das leis.
Até chamar "territórios ocupados" aquelas zonas, já é duvidoso. Marrocos ocupa o Saahra Ocidental e não lhe chamam "território ocupado". Gdansk, Curilhas,Cachemira, etc,etc. Só Israel tem "territórios ocupados". E curiosamente, só Israel foi atacado.
Uma designação neutra e lógica seria "territórios disputados". Mas o que está em causa é tudo menos a lógica. É o ódio e a cegueira passsional, o velho monstro do anti-semitismo a mostrar a venta hedionda, os cornos milenares. Você provavelmente acha-se um gajo esclarecido e nem entende que está apenas a dançar ao toque de caixa do mais velho condicionamento : o ódio ao judeu.
Caro Vicissitude, a sua pergunta é retórica e revela toda a ignorância em que assenta.
Antes de 1967, tanto Gaza como a Cisjordânia estavam ocupados pelo Egipto e pela Jordânia.
Quem ali vivia eram árabes e judeus.
O território era inglês, já tinha sido turco, franco, árabe, romano, judeu, etc,etc.
O povo mais antigo da zona é o judeu. Milhares de ano antes dos árabes.
E se descer mais fundo no tempo, descobrirá que já ali houve cro-magnons, dinossauros, trilobitas, etc,etc.
Qual é para si o tempo que interessa?
Já agora, e Portugal?
Iberos? Celtas? Godos? Romanos? Árabes? Marroquinos? Lusitanos? Castelhanos?
Qual escolhe?
"Stran, não lhe vou..."
Gosto quando começa assim, significa que não tem argumento para sustentar o que disse.
As minhas duvidas não apareceram de nenhum "velho monstro do anti-semita" mas de quem duvida do que o Lidador afirma perentoriamente. Sei que à sua volta não está habituado que o ponham em causa.
Assim continuo na duvida onde é que se suportou para efectuar tão fortes afirmações.
"Até chamar "territórios ocupados" aquelas zonas, já é duvidoso."
Julgo não ser assim tão duvidoso. Aquando da constituição do Estado de Israel foi delimitado a fronteira daquele país e os montes golãs não estavam incluidos, ou seja ocuparam aquele território logo a designação correcta é territórios ocupados.
Julgo que nem Israel tem duvida em considerar os montes golãs território ocupado. A sua manutenção é uma questão a que Israel e à Siria diz respeito e tem mais haver com uma questão estratégica do que ambição de tornar aquele território israelita.
Julgo que concordaria comigo que caso existisse um acordo de paz (algo improvável) e esse acordo fosse cumprido (algo impossível) que Israel abandonaria os territórios, não concorda?
"e nem entende que está apenas a dançar ao toque de caixa do mais velho condicionamento : o ódio ao judeu."
E isso em oposição a um sentimento islamofóbico que você sente?
Deveria sair da sua visão monocromática e reparar que também você comete erros e quem os aponta não é um bicho papão comunista, mas uma simples pessoa que gosta que ao menos a posições contrárias sejam honestas...
Stran, não lhe vou traduzir o Direito Internacional relevante
Que não seja por isso, eu traduzo.
A aplicação das Convenções, assim como a conclusão dos acordos que houver, não afectarão o estatuto legal das Partes em conflito. Nem a ocupação de um território nem a aplicação das Convenções e deste Protocolo afectarão o estatuto legal do território em questão.
Se não existir tratado de paz, a soberania continuada e é perfeitamente legal, desde que os indígenas não sejam prejudicados.
Mentira.
Nem a ocupação de um território nem a aplicação das Convenções e deste Protocolo afectarão o estatuto legal do território em questão.
A 4ª Convenção de Genebra refere a proibição de mandar para o exílio populações conquistadas e de instalar populações conquistadoras, se as terras tiverem sido adquiridas numa guerra OFENSIVA.
Mas esta guerra foi DEFENSIVA.
Mentira.
A má-fé é como uma máquina de terraplenar.
Verdade. E a mentira também terraplena bem.
E isso em oposição a um sentimento islamofóbico que você sente?
Meu caro Stran, não se preocupe.
Acha que o nosso lidador se apercebe disso? Aquilo é muita penitência acumulada.
Israel foi atacado cobardemente por vários países em várias guerras desencadeando uma legítima autodefesa. Fugiram com o rabo entre as pernas e agora querem que tudo volte a ser como era antes .. à borla. Não sou de opinião a devolver os Montes Golã nem quaisquer outros territórios para uma Palestina que afinal é territorialmente a Jordânia. De qualquer forma também vou pedir à Santa Casa o dinheiro que apostei no Totoloto.
O maior palestiniano, adorado quase como deus( sem Maomé saber, claro) Arafat, nasceu no Cairo muito antes do Estado de Israel (anos 30).
O Islão conquistou com assaltos, roubos, violações, assassinatos o território que é hoje todo o Médio Oriente.
A palestina foi sucessivamente ocupada, sendo que o último ocupante-nada meigo, por sinal-foram os Turcos Otomanos.
Mas só agora se fala de "territórios ocupados" por Judeus, no rescaldo como se diz muito bem, de guerras defensivas.
Ramallah era + de 90% Critã em 1948.Com a invasão de mouros, a coacção permanente, a violência velada e efectiva, os boicotes económicos levaram à figa dos Cristãos e a trnsformação de Ramallah em quase 100% muçulmana.
Mas em Israel vivem UM MILHÃO de árabes, com direitos políticos, sendo representados no Knesset.
Alguém imagina Judeus a viver em Gaza ou na Cisjordânia?
"O povo mais antigo da zona é o judeu. Milhares de ano antes dos árabes."
Eu já percebi que o-lidador sofre de um grave problema mental.
Se referi HEBREUS E FILISTEUS é porque me referia à época da divisão da Tribo.
Não me respondeu a nada, limitou-se a copiar do Wikipedia e a passar atestados sobre o domínio do Estado de Israel.
Queria saber se os povos que MAIS tarde adoptaram o Islão, pertenciam a alguma ramo dos HEBREUS ou dos Filisteus. Ou da grande tribo, ou da Judeia ou do raio que os parta.
Não quero saber se Israel actualmente é ou não atacado ou se a culpa é da administração do REINO UNIDO durante o Laurenço das Arrábias...
Quero é saber a génese...
«Quem ali vivia eram árabes e judeus» bbrrrr... o-lidador dá nervos.
NÃO INTERESSA O ACTUAL CONFLITO, mas sim os povos da região antes da administração ROMANA!
osátiro disse...
Ramallah era + de 90% Critã em 1948.Com a invasão de mouros, a coacção permanente, a violência velada e efectiva, os boicotes económicos levaram à figa dos Cristãos e a trnsformação de Ramallah em quase 100% muçulmana.
Mas em Israel vivem UM MILHÃO de árabes, com direitos políticos, sendo representados no Knesset.
Alguém imagina Judeus a viver em Gaza ou na Cisjordânia?
Muito bem osátiro.
E o que aconteceu em Ramallah está a acontecer actualmente no Líbano!!! Volto a repetir, não se trata de uma questão territorial mas sim teológica… Basta dar uma olhadela num Atlas e ver a diferença entre o império árabe e o quintal que representa Israel
meu caro sátiro, no dia em que seguir o prumo de uma discussão do princípio ao fim sem se desviar logo ao primeiro parágrafo para os árabes, os muçulmanos, os comunistas, Estaline, Mao, Pol Pot, a corte do costume, a cúpula do Vaticano levanta voo. E então perante o milagre talvez se sinta à vontade para começar a variar um pouco os temas e falar, sei lá, sobre passarinhos, a ria de Aveiro, a broa de milho em extinção.
Não é que eu não goste de ler sempre as mesmas coisas sobre os mesmos de sempre, lá isso gosto, as obsessões alheias são um must.
E agora que já desabafou sobre o tema que o traz aperreado, a Convenção de Genebra permite ou não permite a apropriação de território por meio da guerra?
ML,
"Meu caro Stran, não se preocupe.
Acha que o nosso lidador se apercebe disso? Aquilo é muita penitência acumulada."
Concordo 100% com o que disse...
Vicissitudes:
"NÃO INTERESSA O ACTUAL CONFLITO, mas sim os povos da região antes da administração ROMANA!"
Afinal a história das trilobites não era descabida de todo.
.
Não me interessa a mim; para mais todos sabemos que o Estado de Israel abusa e a América é um Estado Nazi que ditribui propaganda às gentes indefesas e os torna capitalistas.
Tenho um primo que foi à América e diz que lá todos andam de cartolas e são gordos. A América faz-me sofrer desde cedo e sofro de taquicardia também por culpa da América.
Mas, e realmente saber que povos lá havitavam? Se Hebreus se Filisteus, se ambos... um tanto difuso não acha lidador?
Meus caros, tenham calma. As excitações fazem mal às úlceras, garantia o meu avô, que preferiu morrer de cirrose.
A ver se nos entendemos:
A Carta das Nações Unidas proibe as guerras de agressão das quais, em consequência da sua ilegalidade, não pode resultar qualquer situação legal.
A 4ª Convenção de Genebra refere-se a situações legais. Fala de poderes ocupantes e dos direitos destes e das populações mas, como é lógico, a partir de um pressuposto de legalidade, isto é, o de que a guerra que determinou a ocupação, não foi uma guerra de agressão.
Tem de ser assim. Caso contrário a 4ª Convenção de Genebra estaria a reconhecer direitos legais originados num acto ilegal.
Os territórios de Gaza e Margem Ocidental, estavam de facto ilegalmente ocupados pelo Egipto e pela Jordânia, que agiram à revelia da Carta das Nações Unidas em 1948.
Israel tornou-se poder ocupante em 1967 mas numa situação estranha em que não havia nenhum legal detentor dos direitos sobre o território: os estados arabes derrotados não o eram e não havia nenhum Estado Palestiniano, na veradde nem nenhuma nação palestiniana, e menos ainda uma identidade palestiniana, que só se forjou em oposição a Israel.
Quanto aos Golan, Israel manteve-se legitimamente como ocupante (aqui sim, é força ocupante), porque tecnicamemnte está ainda em guerra com a Síria. Não foi assinado nenhum tratado de paz ( a Síria recusou), mas apenas umas tréguas.
Israel pode anexar o território, se quiser.
Afinal de contas, a União Indiana anexou Goa, Damão e Dio, numa guerra de agressão e toda a gente acha naturalíssimo.
Caro Vicissitude, os palestinianos são árabes. Vieram da Arábia, como o próprio nome indica , seguindo a espada do profeta e aos poucos foram correndo com os locais, reduzidos a cidaãos de segunda ou obrigados a fugir. Por que razão acha que há tantos judeus e libaneses espalhados pelo mundo?
Nem sequer é nada de novo. Os marroquinos originais, os berberesm, com os quais partilhamos muitos genes, estão hoje reduzidos a meia dúzia de gatos pingados, nas faldas do Atlas, arredados por um a imensa maioria árabe que hoje ali habita.
Repito: Então e Olivença, hmmm?! E Badajoz, hein?!
"palestinianos são árabes."
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Lidador aconselho vivamente a ler e estudar melhor a matéria; está redondamente enganado.
Os palestinianos não são árabes...
"Os palestinianos não são árabes... "
Eu já os tinha achado um bocado parecidos com os madeirenses.
.
Ok, vicissitude, você lá sabe e acredito que saiba muito.
Tidavia é a própria Carta Nacional Palestiniana que define palestinianos como : "those Arab nationals who, until 1947, normally resided in Palestine"
De resto começa assim, logo no Artigo I:
"Palestine is the homeland of the Arab Palestinian people; it is an indivisible part of the Arab homeland, and the Palestinian people are an integral part of the Arab nation"
Qual é parte de arab people, arab homeland, arab nation, etc, que você não percebeu?~
Mas pronto, se você diz que não, recomendo-lhe que vá lá ensinar aos palestinianos o que realmente são.
Fazem falta génios como você, conhecedores da verdadeira verdade.
http://www.yale.edu/lawweb/avalon/mideast/plocov.htm
"Os territórios de Gaza e Margem Ocidental, estavam de facto ilegalmente ocupados pelo Egipto e pela Jordânia, que agiram à revelia da Carta das Nações Unidas em 1948."
Novas duvidas: quando foi determinado o Estado de Israel, não foram determinadas as suas fronteiras? Esta incluiam ou não a faixa de Gaza e a Margem Ocidental?
Caso não, não estava previsto a criação de um Estado palestiniano?
A soberania desses territórios, antes era de quem?
Meu caro, os árabes recusaram a Partilha decidida pela ONU e não constituram nenhum Estado, porque acreditavam que lhes seria fácil destruir o estado de Israel. Sete exércitos arabes lançaram-se sobre Israel logo após a independência.
É conveniente recordar aqui frases de dirigentes muçulmanos logo após a aprovação pela ONU da partilha da Palestina, para saber do que se está a falar:
1º ministro sírio: Ergam-se e eliminem o flagelo sionista.
Rei da Arábia Saudita: Que importa perdermos 10 milhões de pessoas se eliminarmos os judeus? Vale a pena.
Xeque Al-Banah (o teólogo onde bebe Bin Laden), chefe da Irmandade Muçulmana: Os árabes devem aniquilar os judeus. Encheremos o mar com os seus corpos.
Haj Husseini, mufti de Jerusalem e tio de Arafat: Matem os judeus. Matem-nos a todos!
Secretário-Geral Liga Arabe: Esta guerra será de extermínio e de massacres....
Perderam e com a derrota algumas terras. Mas em Fevereiro de 1949, em Rodes, Israel prontificou-se a devolver as terras da Partilha que tinha ocupado na batalha, se os árabes assinassem um tratado de paz.
Os árabes rejeitaram a proposta porque isso equivaleria a reconhecer Israel.
Até 1967, tanto a faixa de Gaza como a Margem Ocidental estiveram sob ocupação egípcia e jordana, sem que esses países permitissem a criação do estado palestiniano, mantendo os refugiados encerrados nos campos
Os árabes da palestina estão a sofrer as consequências das suas escolhas e das escolhas dos seus irmãos árabes. Podiam ter feito outras, várias vezes nestas últimas dezenas de anos.
Podiam por exemplo ter constituído o seu estado na mesma altura em que Israel constituiu o seu.
Mas optaram por tentar destruir Israel.
Arafat podia, em 2000, ter seguido o caminho da paz, aproveitando a boa fé negocial de Barak.
Recusou e preferiu militarizar a intifada.
São escolhas, não são inevitabilidades. São os palestinianos que escolhem dar tiros, pôr bombas em cafés, lançar foguetes, ensinar crianças a matar-se, etc.
Ninguém os obriga a seguir esse caminho. Têm alternativas.
Se escolhem de um determinado modo, têm de assumir as responsabilidades das consequências das suas escolhas e deixar de culpar os outros.
É assim a vida da gente crescida.
Estimado lidador, por esta não esperava mesmo, apanhá-lo a esticar mais ainda o laço em redor do pescoço. Julguei-o com algum jogo de cintura para desfazer o nó do gasganete.
Só mesmo uma cabeça tola e ignorante como a sua podia conceber que a Convenção de Genebra emitisse juízos sobre qualquer uma das partes beligerantes e legitimasse uma ocupação, fosse de que tipo fosse.
E que as dezenas de sanções condenatórias da ONU contra Israel assentassem em princípios contrários ao articulado legal da Convenção, que se orienta e remete para a própria Carta.
Carta essa que, vejo, foi agora retirada da proscrição a que geralmente é votada.
É não perceber sequer o espírito por detrás dos documentos. Está a milhas desse universo, só lhe ocorrem parvoeiras para dar a volta ao arrazoado que lhe correu mal.
Nem a 4ª Convenção nem os Protocolos partem de nenhum “pressuposto de legalidade” ou ilegalidade dos actos de qualquer das partes, apenas determina a não admissibilidade de mudança de estatuto do território ocupado. É completamente autónoma em relação às tartamudices que para aí escriturou e apenas se preocupa com a situação das populações civis de ambos os lados.
1. “Ataques” significa actos de violência contra o adversário, sejam eles ofensivos ou defensivos.
2. O provimento deste Protocolo, no que respeita a ataques, aplica-se a todos os ataques levados a cabo em qualquer território, incluindo o território nacional de uma das Partes do conflito mas debaixo do controle da Parte adversária.
E é assim neste tom neutro que se desenrola o articulado da Convenção. Basta ler, mas é para quem lê.
Mais simples do que isto só 'Os Lusíadas de Luís de Camões contados às crianças e lembrados ao povo' do João de Barros.
Fazem falta génios como você, conhecedores da verdadeira verdade.
Outros não fazem falta nenhuma, limitam-se a papaguear sempre as mesmas coisas que lhes caem bem e que compilaram em sebentas.
os palestinianos são árabes. Vieram da Arábia, como o próprio nome indica , seguindo a espada do profeta e aos poucos foram correndo com os locais, reduzidos a cidaãos de segunda ou obrigados a fugir.
Um novo estudo mostra que o perfil genético de judeus e árabes é quase igual e que ambos os grupos partilham antepassados pré-históricos comuns
Ha'aretz (2000). Excertos:
Cerca de 2/3 dos árabes israelitas e árabes dos territórios e uma proporção similar de judeus israelitas são descendentes de antepassados pré-históricos comuns que viveram no Médio Oriente no Neolítico, há cerca de 8 000 anos.
Estas são as conclusões de um estudo recente conduzido por uma equipa internacional dirigida por Prof. Ariella Oppenheim, geneticista sénior no departamento de hematologia da Universidade Hebraica e do hospital Hadassah de Jerusalém.
Prof. Oppenheim afirma que o resultado do estudo - a publicar em breve na ‘Human Genetics’ – ‘é consistente com a documentação existente, segundo a qual os árabes são descendentes de uma população muito antiga do país, e que uma larga proporção foram judeus que se converteram ao Islão depois de o Islão ter chegado a Israel, no séc. VII.
“Jews and Arabs Share Recent Ancestry”, Science Now (American Academy for the Advancement of Science, October 30, 2000).
Lá se lhe vão as tretas atrás da espada do profeta e dos judeus convertidos.
Eu já os tinha achado um bocado parecidos com os madeirenses.
meu caro dentinho, errou mas por pouco. O grupo de contraste usado no estudo genético que menciono acima foram os galeses.
Ml quanto à 4ª Convenção de Genebra e à Carta das Nações Unidas, lamento informá-la que a sua opinião é apenas a sua opinião e que para além dela, nenhum facto concreto ou sequer alguma razoabilidade lhe permitem ser tão assertiva nas baboseiras que derrama.
Há um pressuposto de legalidade na Convenção, queira você ou não queira. Nem podia ser de outro modo.´Mutatis mutandis é exactamente o mesmo princpio que leva a que sejam consideradas nulas em juizo, provas obtidas ilegalmente.
Se discorda, faça uma manif ou lavre o seu protesto. O mundo não é como você gostaria que fosse e isso é injusto.
Quanto à genética, recomendo-lhe que vá rapidamente ter com os palestinianos para os informar das extraodinárias descobertas do professor Openhaim. É que parece que eles se consideram árabes e não descendentes de Matusalém.
E acham os judeus, porcos. ( A si tb a acham porca, mas você não parece importar-se)
Deixe-me todavia ajudá-la a perceber mais coisase de caminho alfinetar essa empáfia que a incha e que a não deixa virar o pescoço para ver tudo o que há para ver. Há para aí um estudo que mostra que somos todos aparentados com os bosquímanos, razão pela qual temos tb o direito de reivindicar a Namíbia e o Calahari.
Ou, mais para trás ainda, descendemos do mesmo tronco de que descenderam os chimpanzés, razao pela qual os devemos expulsar dos ramos.
Se formos ver bem, parece que os trilobites tb foram nossos antepassados...
Ãsim sendo,você não é apenas tonta..é tonta furiosa.
A doutrinação acertou-lhe em cheio...
Tolices e mais tolices, como seria de esperar de quem não leu a Convenção. Nem muitas outras coisas, mas isso são outros quinhentos.
A ONU precisa de contratar os seus serviços de constitucionalista sempre que promulgar qualquer sanção contra Israel. Fata-lhes o seu traquejo inteligente para os orientar no respeito pelos próprios princípios.
Acredito que ainda esteja atordoado com a notícia que lhe dei. Que chatice, uma coisa sabida há oito anos, os historiadores seguem essa linha e só agora o avisam.
Compreendo pois a inutilidade pateta do que diz entre Quanto à genética e A doutrinação acertou-lhe em cheio... Reacção pavloviana às contrariedades.
Mas já sabe, não preciso de repetir. Entre o que os cientistas descobrem e o que o seu racismo obsessivo lhe sopra ao ouvido, eu prefiro a sua simplicidadezinha ingénua.
Caro Lidador,
"Meu caro, os árabes recusaram a Partilha decidida pela ONU e não constituram nenhum Estado..."
Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel.
Existe uma soberania e não é respeitada por Israel. Ao contrário do queria dar ideia Israel é força ocupante naqueles territórios (o que era o que estava em questão).
Depois o que fez foi apenas apontar os motivos pelos quais Israel não abdica do controlo daquela região, mas isso a nada diz respeito relativamente à questão de força ocupante ou mesmo à questão da legalidade da existência de colonatos.
De resto ML já comentou muito bem esta situação, uma vez mais faço minhas as palavras de ML.
P.S. ML, devo referir "a" ML ou "o" ML?
P.S. ML, devo referir "a" ML ou "o" ML?
Caro Stran,
Como dizem os franceses 'voilà une question à cent-balles', e já que estamos em maré de indiscreções, seria possível também saber o grupo genético da(do) ML…
Stran:
"
"Meu caro, os árabes recusaram a Partilha decidida pela ONU e não constituram nenhum Estado..."
Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel.
"
Estamos em Agosto, está um Sol radioso, não há nuvem no horizonte, e é meio dia.
Stran vasculha a semântica da frase anterior, deslinda a cifra sulfurosa, e revela a 'verdade': troveja, e as nuvens são tão densas que até parece noite.
.
"Stran vasculha a semântica da frase anterior, deslinda a cifra sulfurosa, e revela a 'verdade': troveja, e as nuvens são tão densas que até parece noite."
Se não tem nada a acrescentar a um debate porque é que insiste em se intrometer?
Stran,
Tenho a liberdade de me intrometer, ou não, sempre que entender, como aliás tem o Stran.
Eu sei que é difícil perceber, mas se insistir em ler o Tio Patinhas, há esperança.
.
Correcção:
maré de indiscrições
RoD,
"Tenho a liberdade de me intrometer, ou não, sempre que entender, como aliás tem o Stran."
Eu não disse que não tinha, apenas gostava de saber o que impele uma pessoa a se intrometer numa discussão, sem no entanto querer debater o tema, apenas para insultar (e antes que lhe surja alguma duvida também tem toda a liberdade para tal).
Já agora inove um pouco as suas frase, só lhe ficava bem. Já que não é para discutir tente inovar um pouco, isto é se for capaz disso ou não lhe causar muitos "rangimentos"!
Caro Carmo,
Aguardo pela sua resposta ao meu comentário sobre o multiculturalismo...
"Já agora inove um pouco as suas frase, só lhe ficava bem."
Não fica não. Inovar sobre conceitos antigos é novo-riquismo.
A burrice é mais velha que a mais velha profissão do mundo.
..."debater o tema"...
O Stran não debate, apenas desconversa. De vez em quando sou acometido a lar-lhe trela, portanto ...
Se conseguir explicar onde vê:"Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel." na frase "Meu caro, os árabes recusaram a Partilha decidida pela ONU e não constituiram nenhum Estado..."
.
"Se conseguir explicar onde vê:"Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel." na frase "Meu caro, os árabes recusaram a Partilha decidida pela ONU e não constituiram nenhum Estado...""
Na palavra "Partilha"... Ou estou muito enganado ou na criação do Estado de Israel aqueles territórios não faziam parte do território israelita.
Logo é território não pertencente ao Estado de Israel. E também julgo que esses territórios na altura da "Partilha" estavam destinados a um Estado Palestiniano, algo que existe presentemente. Ou seja aqueles territórios são do Estado Palestiniano e não do Estado de Israel, logo posso afirmar que "Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel."
Desta vez eu faço o desenho:
"Partilha" --» implica que o terreno foi dividido --» por dois estados --» Israel e Palestina --» os terrenos em causa estavam destinados à Palestina --» "Ou seja aqueles territórios não pertencem a Israel."
Existe uma soberania e não é respeitada por Israel.
Stran, sem sombra de dúvida. Só uma cabecinha tonta concebe a ideia de poder persuadir alguém de que a ONU persegue Israel há décadas por má fé. Vão secretários gerais, vêm secretários gerais, assembleias que se renovam e a má fé não descola daquele edifício.
E o mesmo para o choradinho da hostilidade dos media e da opinião pública, uma conspiração à escala planetária. Um jornalista apara o lápis em Roma, um lapão pára o trenó e desata a denegrir Israel.
Israel foi fundado por uma resolução da ONU, só avançou depois do Truman ter aberto o sinal verde e os limites do território ficaram bem claros. Todas as sanções ao longo das décadas têm sido invariavelmente motivadas por abusos que transgridem a Convenção de Genebra, que por sua vez remete à Carta da ONU:
- ocupação de território que não lhe pertence
- tratamento desumano das populações dos territórios ocupados
- agressões a territórios vizinhos
O prezado lidador começou por apresentar a teoria da clareza da água, de que a Convenção de Genebra legitima explicitamente a ocupação do território. Foi tão azarado no tiro que, por acaso, a não admissibilidade da mudança de estatuto legal de territórios ocupados até é das poucas situações concretas que ficou bem expressa, já que praticamente 99,99 % do texto trata das populações.
Agora já se contenta com um líquido mais pardacento, ‘um pressuposto de legalidade’ no articulado da IV Convenção.
Enfim, não tem remendo e é isso que faz o encanto do que escreve, a trafulhice costurada pelas pontas. Uma espécie de patchwork verbal, umas coisas combinam outras não.
Sou a ml.
---------------------------------
seria possível também saber o grupo genético da(do) ML…
sr. carmo, gostaria muito de satisfazer essa sua curiosidade mas não sei que lhe dizer.
Ora faça lá as contas.
Nasci no norte de pai e mãe, avós, bisavós, ... e com ascendência galega num dos ramos. Pelas minhas contas, terei numa percentagem variável mas incógnita de genes celtas, iberos, latinos, suevos e/ou visigóticos, judeus, mediterrânicos, árabes. Pelo menos. Também consta que os vikings e os fenícios andaram por aqui, mas quanto a isso já não posso dizer nada porque é tudo muito nebuloso.
Um grupo genético portuguesinho da silva.
"Alguém me explica de forma consensual qual era o povo que habitava a zona que agora se chama "Israel" e a "faixa de gaza" e "cisjordânia" ????"
Diga-me em que altura que eu clarifico-lhe as ideias. A primeira grande machadada nos judeus foi com as invasões Babilónicas, no século VIII a.C. Mas mesmo depois daquela que foi chamada como I Diáspora, os judeus continuaram a ser maioria. Os judeus foram sempre MAIORIA até ao aparecimento do cristianismo (falo obviamente na generalidade. Haviam zonas em que não-judeus eram maioria).
"Eram os Hebreus? Eram os Filisteus? Os do Reino da Judeia?"
Os Hebreus eram árabes e os judeus. Posteriormente a palavra foi adaptada para os judeus somente.
Os filisteus foram uns invasores Europeus que ocuparam as zonas costeiras, mais ao menos aquilo que hoje é a Faixa de Gaza. A Judeia foi o nome dado posteriormente pelos Romanos a uma das zonas da Palestina (a central, onde se situava Jerusalem). A Samaria, a Galileia, a Judeia e a Edomeia foram o fruto das divisões dos Romanos naquela zona. Todas elas eram habitadas por judeus e árabes. Crê-se que a região da Edomeia (correspondente à zona sul do Neguev) era a única zona de maioria árabe.
Vicissitude(s) você nunca poderá falar destes 3 nomes ao mesmo tempo. Surgiram em épocas diferentes por razões diferentes.
No início, e é isto que a maioria dos historiadores advogam, quem habitava a área juntamente com judeus eram árabes não muçulmanos (ainda não existia o islamismo) que praticavam pequenas religiões circunscritas às suas tribos.
Com a segunda diáspora (algures depois no século I d.C), as coisas inverteram-se. Os cristãos começaram a aparecer, os romanos apertaram ainda mais o cerco.
Quando apareceu o Islamismo a maioria dos árabes ainda não convertidos ao cristianismo tiveram a sua religião.
Zona com os romanos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:
First_century_palestine.gif
Zona 1000 anos antes de Cristo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:
Levant_830.png
Para que se perceba mais ou menos a questão, passe por aqui (até nem está mauzinho):
http://en.wikipedia.org/wiki/United_Monarchy
http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_ancient_
Israel_and_Judah
"According to the Bible, the children of the patriarch Jacob (Israel) united to form the Kingdom of Israel. It is believed that this happened around 1025 BCE. Samuel anointed Saul ben Kish from the tribe of Benjamin as the first king of the Israelites, supposedly in 1020 BCE. It was his successor, David c.1006 BCE, who was responsible for consolidating the monarchy and creating the first Hebrew state."
"David, the second King of Israel, established Jerusalem as Israel's national capital 3,000 years ago"
http://en.wikipedia.org/wiki/
Image:Davids-kingdom.jpg
Stran:
A Palestina é uma invenção muito posterior à criação do estado de Israel.
O problema da Palestina foi criado porque os estados árabes vizinhos 'convidaram' os árabes do território israelita a sair dali para que eles pudessem exterminar os israelitas mais facilmente.
Israel avisou-os que se ficassem seriam defendidos como qualquer outro israelita, se partissem, ficavam por conta própria e não voltariam.
Os que ficaram ainda lá vivem, em liberdade. Os que partiram, ficaram encravados. A Israel não voltam e mais ninguém os quer. Mais ninguém os quer porque convém ter uma arma de arremesso contra Israel.
Só muitos anos depois da partida dos árabes que habitam a eventual futura Palestina se começou a ouvir falar em Palestina.
Israel nunca poderá receber no seu território quem partiu para facilitar o 'trabalho' aos inimigos de Israel.
Se os vizinhos de Israel aceitam, ou não, a existência de Israel, é, em primeiro lugar, um problema deles. Israel está no seu legítimo território, cuja história de conflito remonta às trilobites.
Se você alinha na história dos "verdadeiros" donos do território, vai acabar a discutir as guerras do câmbrico: dão para todos os gostos.
...
Eu parece-me que o Stran não lê com o devido cuidado o que se escreve. O que não sei é se se trata de falta de tempo ou estupidez militante.
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Israel está no seu legítimo território, cuja história de conflito remonta às trilobites.
meu caro dentinho, Israel está no seu legítimo território - e está, sem qualquer dúvida, o delimitado pelas fronteiras definidas aquando da fundação do estado - por validação da ONU e nada mais.
Essa ideia das legitimidades míticas é não só perigosa como felizmente não reivindicada por ninguém para além de um período razoável, a não ser neste caso muito sui generis e que foge a toda a lógica histórica.
Se todos os povos pegassem nas certidões de habitabilidade e desatassem a desalojar quem lá está, não sei onde iríamos nós parar. Todo o mundo seria redesenhado, os norte e sul-americanos não índios entrariam em diáspora, os australianos idem aspas, e nós talvez escapássemos porque tivemos a inteligência dos povos muito antigos de fazer um melting pot com quem apanhávamos à mão.
Mas os ingleses, os jutos, os francos, os lombardos, os alamanos, voltariam de certeza lá para os confins da Europa onde continuariam a comer carne crua e deixariam os pobres celtas romanizados em paz. Que não se sabe se estariam seguros, sempre havia de aparecer alguém de ranking mais antigo. Os turcos também teriam que levantar a tenda, golpear a cara e voltar lá às estepes asiáticas.
A new brave world, talvez não fosse má ideia recomeçar de novo.
E além disso, meu caro dente, embora isso pareça uma novidade por estas bandas, os israelitas e os palestinianos têm uma origem e casa comuns, o que determinou os caminhos divergentes foram as sucessivas conversões a outras religiões.
Até o idio... o Bush mostra ter conhecimento disso, ao referir há uns anos que 'todos os filhos de Abraão merecem a paz'.
Tenho cá uma desconfiança de que se baseava mais na Bíblia do que em verdadeiro conhecimento, mas a verdade é que os vários estudos genéticos comprovam o que já era conhecido.
Assim sendo, voltamos à estaca zero. Uns já tinham partido, outros estiveram sempre lá.
Não partiram voluntariamente?Provavelmente não, os primeiros a enxotá-los foram os romanos, mas como dizia o poeta
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Life is hard.
ML,
"'todos os filhos de Abraão merecem a paz'. "
O Hamas não a quer nem acha que outros a mereçam e executa sumariamente quem pense de outra forma, seja palestiniano ou árabe em geral.
Basta, aliás, perceber que de cada vez que um idiota líder muçulmano cai da cadeira logo outro se apronta a assumir o protagonismo. Até o Kadafi já foi o salvador das arábias.
Um das formas de manter as hostes calmas aponta para a criação de um inimigo comum. As várias estirpes de árabes odeiam-se mutuamente.
Alguém se convence que Israel é o verdadeiro problema daquelas paragens?
Quando os vizinhos de Israel avisaram os palestinianos que deveriam sair de Israel (para facilitar a 'limpeza' do território, avisaram também que aqueles não saissem seriam exterminados como qualquer outro israelita.
A velha máxima sob a qual ou estás connosco ou serás exterminado.
Ver agora os que saíram suspirar, junto à fronteira, pelas 'suas' oliveiras e culpar Israel por não poderem lá voltar, é caricato (sendo trágico).
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caro dente,
É uma interpretação da história recente, a sua, mas que não está sequer em consonância com o ordenamento jurídico pelo qual nos regemos e que não pode levar em consideração minudências de interpretação dúbia como 'eu quis e tu não quiseste, agora sou eu quem não quer'.
E sabe que por muito que nos desagrade admitir individualmente tudo aquilo que colectivamente aceitamos, é isso que nos distingue dos tempos em que andávamos de varapau na mão a disputar território.
As últimas sanções da ONU no que respeita expressamente aos Montes Golã são bastantes recentes, 2006.
-Reafirmando o princípio fundamental da inadmissibilidade da aquisição de território pela força, de acordo com a lei internacional e a Carta das Nações Undidas;
-Sublinhando a ilegalidade da construção de colonatos e outras
actividades nos Golã sírios desde 1967;
etc. O rosário do costume. Portanto, não me parece que a comunidade jurídica enquanto consciência colectiva esteja muito disposta a aceitar histórias alternativas dos acontecimentos. Isso é muito jeitoso para discutir em blogues mas não transforma Israel num estado mais respeitável.
O curioso é que o próprio Truman previu, de certa maneira, o que iria acontecer ali, apesar de ter, de modo aparentemente inexplicavel à luz dos interesses americanos na época, viabilizado o estado de Israel. Era um homem que tinha sobre os judeus a pior das opiniões, mas em política não se vai atender a estados de alma.
No entanto, quando [os judeus] têm poder físico, financeiro ou político, nem Hitler nem Estaline os batem em crueldade ou tratamento desumano dos desgraçados. (Truman Diaries)
Quando transcrevi a afirmação do idiota foi simplesmente para mostrar que até ele, sempre dos últimos a encaixar qualquer novidade que não lhe seja particularmente favorável, mostra que conhece alguma coisa da história da região.
Reitero o meu diagnóstico de má-fé. Repare-se como os "apoiantes da causa palestiniana", interpretam a legitimidade histórica e geográfica:
Israel não tem legitmidade porque viviam ali árabes há 60 anos(na verdade viviam tb judeus, mas adiante).
Por outro lado,se os judeus , usando o mesmo argumento, invocam a legitimadade de há 2000 anos, então já não vale.
Se invocam a legitimidade de há 10 anos, tb não vale.
Ou seja, a legitimidade é datada. A verdadeira, a única, em todo o fluir do tempo, é aquela de há 60 anos.
Não a de há 3000, 2500, 2000, 500,150, 200, 15, 10, 8, etc.
Não!
A única, gravada em pedra, é a de há 60 anos.
Porquê?
Ignora-se, mas estou seguro que os "apoiantes da causa palestinana" saberão explicar.
E já agora, explicar tb porque razão os árabes da palestina (que, sabe-se agora, não são árabes, apesar falarem árabe, parecererm árabes, cheirarem a árabes, agirem como árabes e se considerarem como árabes) não constituiram o seu estado em 1948. Nem em 1949, nem em 1950, nem em 1951, nem em 1952, 53, 54,5,56,57,58,59......
E explicar tb porque razão o Hamas tem escrito na sua Constituição que o seu objectivo é TODA a Palestina ( na qual inclui Telaviv, Haifa, etc)
Venham de lá essas explicações, para aumentar a nossa cultura geral.
P.S. De resto mantém-se a questão de fundo: Israel estendeu a soberania a esses territórios porque foi atacado a partir deles e quem o atacou AINDA NÃO ASSINOU NENHUM TRATADO DE PAZ. Porque não quis!
Israel está pois legitimamente nesses territórios, tal como terá toda a legitimiadde em atacar Gaza e manter a faixa sobre ocupação, uma vez que sofre ataques diários vindos de lá.
Tal como a Espanha teria direito a ocupar Elvas, se de lá fossem lançados rockets sobre Badajoz, sem que a autoridade portuguesa o impedisse.
É assim que a coisa funciona.
O meu vizinho atira pedras para o meu telhado, a polícia não vem, ou não existe, eu, se tiver uma caçadeira, entro na casa do vizinho e mantenho-me´lá até ter garantias de que não há mais pedras.
"Portanto, não me parece que a comunidade jurídica enquanto consciência colectiva "
Mais uma bostada da ML. Vamos lá, intervale.
As resoluções da ONU não são tomadas pela "comunidade jurídica", mas pela "comunidade política".
É por votos e consoante as conjunturas. E os países muçulmanos têm uma força do caraças.
Até conseguem resoluções a exigir a limitação da liberadde de expressão, no que toca à religião islâmica.
P.S. Já agora, admiro o súbito respeito pelas "resoluções da ONU", que interessam, ao mesmo tempo que se berra contra a "ocupação " do Iraque, que está mandatada exactamente por resoluções da ONU, incluindo votações UNANIMEs do Conselho de Segurança.
A má-fé é assim.
Estúpida e sempre em pé.
Ml, desculpe,mas não posso deixar de comentar a sua aderência entusiasmada à opinião de Truman sobre os judeus.
Se pretende demonstrar que na América existe antisemitismo, não necessita de ir tão longe. O famoso Charles Lindbergh até foi condecorado por Hitler e antes da 2ª Guerra os judeus eram mais ou menos vistos como os negros...gente pouco recomendável.
Se ler uns livros de Phillip Roth, terá magníficos insights para estas questões.
Quanto ao Estado de Israel, olhe que não foram os EUA que deram a mão à criança quando os àrabes atacaram.
Foi a URSS que abasteceu de armas o jovem estado, através da República Checa.
Eu sei que a ML, lá na sacristia da "causa palestiniana", ouve história contrafactual mas recomendo-lhe que não engula tudo o que lhe metem na boca sem ao menos mastigar.
E, citações por citações, deixo-a aqui com uma de Hitler com a qual TRuman teria concordado e a ML tb, evidentemente, a avaliar pelo que aqui escreve.
“Passarão os séculos, mas nas ruínas das nossas cidades e monumentos, renovar-se-á o ódio contra aqueles que são os verdadeiros responsáveis por isto: o judaísmo internacional!”
“Não deixei ninguém em dúvida de que, se os europeus estão a ser mais uma vez tratados como meros activos transaccionáveis nas mãos da conspiração financeira e monetária internacional, então a responsabilidade pelo massacre deve ser assacada aos verdadeiros culpados: os Judeus!"
Berlim, 29 April, 1945, 4 a.m.
http://www.hitler.org/writings/last_testament/
(Adolf Hitler, My Political Testament)
.....Quanto ao Estado de Israel, olhe que não foram só os EUA que deram a mão à criança quando os àrabes atacaram.
Foi a URSS que abasteceu de armas o jovem estado, através da Checoslováquia....
As resoluções da ONU não são tomadas pela "comunidade jurídica", mas pela "comunidade política".
Estimado lidador
É o único detalhe que tem a contrapor depois de confrontado com as mentiras sistemáticas em que assenta a sua argumentação?
A ONU ao invocar o direito internacional assenta as suas resoluções na 'comunidade política' ou na 'comunidade jurídica'?
Não confunda essa cabecinha tonta e ignorante aquilo que é com aquilo que gostaria que fosse.
Ml, desculpe,mas não posso deixar de comentar a sua aderência entusiasmada à opinião de Truman sobre os judeus.
Vai o prezado lidador desculpar-me também, mas como o conheço amante da precisão e do rigor em qualquer discussão, começaria por lhe dizer, se não ofender a sua aversão ao desperdício de palavras, que não é 'aderência' mas 'adesão'. 'Aderência' é para os pneus à estrada.
Desculpas aceites, agradeço a compreensão e prossigo com a constatação de que só mesmo uma pessoa racista como o meu caro lidador aplicaria aos outros os mesmos instrumentos com que olha o mundo.
Daí a inutilidade dos seus últimos comentários, que não resultam de qualquer linha de raciocínio enquadrado na discussão, mas de uma obsessão persistente que se acentua ao ritmo da escassez de argumentos. Os estados de alma a substituir a razão.
Obsessão essa que não lhe permite sequer descodificar, letra após letra, sílaba após sílaba, o conteúdo de uma frase.
Eu refraseio como fez João de Barros a 'Os Lusíadas' para que se tornassem entendíveis às crianças e rememorados pelo povo: ainda hoje não se sabe ao certo, certo, porque é que o Truman, contra as opiniões peremptórias do estado maior, dos conselheiros (à excepção de um), dos gabinetes, das forças armadas, dos interesses no Médio Oriente, da firme intenção americana de não beliscar os árabes, viabilizou o estado de Israel, para mais sendo ele um homem profundamente anti-semita.
Este último aspecto tem a importância de fazer retirar, da análise dos motivos prováveis, uma possível simpatia com a causa judaica, que obviamente não existia.
Chega ou já tem matéria suficiente para mais um ataque de verborreia inútil?
E não é que eu não goste do verde, mas numa cara nunca fica com um aspecto muito saudável.
E lá vem a Rússia, o Estaline e a corte subterrânea. Provavelmente o Truman mudou de nacionalidade no leito de morte, por isso transitamos rapidamente para o outro lado do mundo.
Se não consegues aguentar-te no balanço, assobia.
ML:
"A ONU ao invocar o direito internacional assenta as suas resoluções na 'comunidade política' ou na 'comunidade jurídica'? "
Esta é extraordinária. Até parece que a ONU é formada por juízes.
A ONU decide o que quiser baseada no que quiser, mesmo que decida que os caracóis devem ser pastados tendo em atenção a legislação referente à reciclagem de pneus.
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Esta é extraordinária.
Também acho extraordinária. Principalmente por haver direito internacional a fazer jurisprudência.
Creio que sejam juristas a produzi-la. Pelo menos a mim nunca me pediram que eleborasse lei nenhuma.
Denominam-se fontes do DI os modos pelos quais a norma jurídica se manifesta, isto é, os factos e actos que produzem uma norma jurídica internacional.
Os conceitos de acto ilícito (violação de uma norma jurídica) e de sanção (penalidade imposta em conseqüência do acto ilícito) existem no DI...
A ONU decide o que quiser baseada no que quiser
Provavelmente, mas não me parece que o faça. Se conhece as resoluções contra Israel, verá que tem sempre o cuidado de as basear no direito internacional.
Ficou no tinteiro ...
O Tribunal Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Tem sede em Haia, na Holanda.
Fundado em 1946, a sua principal função é a de deliberar sobre disputas a ele submetidas por Estados e dar conselhos sobre assuntos legais a ele submetidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas ou pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou por agências especializadas autorizadas pela Assembleia da ONU, de acordo com a Carta das Nações Unidas.
Obrigada ML pelo esclarecimento e peço-lhe desculpa pois julgo que já a tratei por "o".
Infelizmente não tenho tempo para comentar muito, mas meu caro Lidador:
"Israel não tem legitmidade..." esqueceu-se de escrever legal, que é o que está a ser debatido! Pelo menos foi como você fundamentou a sua posição e o que vimos foi que ao contrário do que defende não existe nenhuma fundamentação legal.
"Já agora, admiro o súbito respeito pelas "resoluções da ONU", que interessam, ao mesmo tempo que se berra contra a "ocupação " do Iraque, que está mandatada exactamente por resoluções da ONU, incluindo votações UNANIMEs do Conselho de Segurança.
A má-fé é assim.
Estúpida e sempre em pé."
E já agora qual a sua posição relativamente às resoluções da ONU? É contra, é a favor, ou sente um "respeito pelas "resoluções da ONU", que interessam, ao mesmo tempo que se berra contra" as que não lhe interessam.
Pense bem na sua resposta e não se esqueça que "A má-fé é assim.
Estúpida e sempre em pé."
ML:
"tem sempre o cuidado de as basear no direito internacional. "
Nem que seja no direito criado pela precedência.
No Conselho de Segurança, desde que estejam de acordo, decidem o que quiserem invocando, se necessário for, as boas práticas da plantação de cebola.
Pelo que vejo, o DI, é apenas uma ferramenta de negociação usada só e apenas se convier (a cada um dos membros).
O CS é um bicho político. Da negociação resulta o que tiver que resultar e o DI é usado como ornamento. Sempre assim parece ter sido e suponho que assim continuará a ser (futuro previsível).
Em último caso lança-se mão da interpretação do direito.
'Neste caso, parece ao Concelho que a interpretação pertinente aponta no sentido de ...', estou eu a ouvi-los.
.
Na verdade, ml, contrapus bastantes detalhes e não é educado acusar-me a mim pela sua incapacidade para os apreender.
Se apenas uma ideia penetrou a carapaça óssea que tem sobre as meninges, a culpa não é minha...é justamente da espessura da carapaça.
Quanto a isso apenas lhe posso expressar as minhas condolências.
"A ONU ao invocar o direito internacional assenta as suas resoluções na 'comunidade política' ou na 'comunidade jurídica'? "
Que eu saiba a ONU não é uma pessoa. Não é tbr um ente com consciência própria e muito menos assenta o que quer que seja. Não tem sequer cu, para se assentar.
É uma burocracia (em cujos intestinos este seu amigo já andou, apesar de não lhe ter visto o cu). As resoluções não são tomadas por juízes ou especialistas de direito, mas sim pelos votos de dezenas de maduros que representam países.
O facto de você achar que uma resolução aprovada com o voto por exemplo, da Coreia do Norte, ou da Birmânia, ou de Cuba, ou de dezenas de pequenos matumbos, é um documento da mais alva brancura jurídica quando está de acordo com os seus preconceitos e ódiozinhos, diz bem da má-fé que a faz saltitar de asneira em asneira.
Sabe, ML, as Nações Unidas não são sequer um organismo democrático, a carta das Nações Unidas não é democrática, e muito menos um documento com validade jurídica universal que disponha sobre os direitos subjectivos dos povos . Nem todos os membros são iguais, perante um poder que os submete, porque simplesmente esse poder não existe.
É uma pura associação de estados que a ela aderem voluntariamente ou não e mantém incólumes as suas prerrogativas internas. E os “aristocratas” apenas aderem a ela quando os seus interesses vitais não ficam inibidos. Têm direito de veto, porque é impensável uma força que os possa coagir a conformar-se a soluções que não aceitam.
Ainda não chegámos á paz perpétua kantiana e o mundo é o que é.
A Suiça, por exemplo, pertence à ONU há pouquíssimo tempo e qq país pode estar fora, se lhe apetecer.
O DI por seu lado, é uma rede diáfana, com mais buracos que tecido, que se aplica quando calha.
Como dizia Aron " As relações entre estados sempre foram e, no essencial continuam a ser, de natureza hobbesiana: canhões apontados ás fronteiras uns dos outros. Pode-se deplorar o facto. Mas não se pode fingir que não é assim.”
"que não é 'aderência' mas 'adesão'. 'Aderência' é para os pneus à estrada. "
A sua opinião é respeitável, mas infelizmente não consta que a ML tenha sido nomeada suprema guardiã da verdade dicionária.
E nos dicionários todos parece que os palermas que os escreveram acham que se trata de sinónimos. Por exemplo, tenho aqui um antigo de Augusto Moreno que garante isso mesmo.
É verdade que o brilho do DR Augusto Moreno é puro negrume face à sua magnitude de estrela de 1ª grandeza, mas pronto. Eu fico-me com o Dr Mreno.
Ou, como diria o Anthony de Mello:
"O que é apego? Um estado emocional de aderência causado pela crença de que sem alguma coisa particular ou alguma pessoa você não consegue ser feliz."
A ML, fará tb como bem entender. Reconheço-lhe liberdade para isso. E reservo a minha para longe do seu alcance. Há pequenos Pol Pot por aí a cirandar, de régua na não…
" só mesmo uma pessoa racista como o meu caro lidador"
Não se sente compelida a demonstrar o meu putativo "racismo"?
Tem provas que demonstrem o meu ódio ao Eusébio?
Ao Obikuelo? À Sara Tavares? Á Naomi Campbel? Á
Ao meu antigo comandante de Companhia...aos centenares de negros que já comandei e ensinei.
Ao meu especial amigo F, cuja alcunha é “Chinês”, por evidentes razões?
Aos meus antigos professores de Matemática e Probabilidades, ambos indianos?
Ou será que precisa de um homem de palha que se adapte aos seus ignaros preconceitos?
Ou será que considera “racista” quem se atreva a opinar sobre as raças?
Quanto ao resto, lamento verificar que Hitler tinha razão. Apenas se enganou no tempo. Ele previa séculos. Bastaram anos.
Cara ML,
Peço desaculpa por estar completamente offtopic mas o meu grupo genético, como o seu, também é muito portuguesinho da silva, só lhe falta, pelo menos ainda não encontrei, a componente judaica.
Por falar em judeus tenho uma pequena observação/pergunta sobre o que disse há pouco:
Quando transcrevi a afirmação do idiota foi simplesmente para mostrar que até ele, sempre dos últimos a encaixar qualquer novidade que não lhe seja particularmente favorável, mostra que conhece alguma coisa da história da região.
No entanto, quando [os judeus] têm poder físico, financeiro ou político, nem Hitler nem Estaline os batem em crueldade ou tratamento desumano dos desgraçados. (Truman Diaries)
E conhecer algo da história da região resume-se ao habitual anti-semitismo visceral, tão salonfähig até ao holocausto, que se prologou pelo século vinte para chegar agora, graças aos muçulmanos, quase intacto ao nosso século?
Meu caro dentinho, se continua a escalada nesse sentido não tarda incluir os tribunais nacionais dos países vários nessa balda jurídica.
Que a ONU não decide a olho – já lhe mostrei que não.
Que a ONU não faz decorrer estas suas resoluções da comunidade política mas da comunidade jurídica internacionalmente reconhecida – já lhe mostrei que sim.
Que a ONU é um grupo de gente avulsa que se serve de um tribunal fantasma para tomar decisões aleatórias – para isso não tenho resposta porque decorre de meras convicções políticas em tudo contrárias à prática conhecida.
Tanto quanto sei, tirando um certo grupo ideologicamente definido e sobretudo aperreado devido à questão israelo-palestiniana, a ONU é um organismo respeitado, acatado e invocado em alegações um pouco por todo o mundo.
Umas franjas acusam-na de pró-árabe, outros de pró-americana, o que quer dizer que deve ser isenta.
prezado lidador
A sua questão com os dicionários não é de agora e, com algum azar, só tem tido acesso a testemunhos invariavelmente ou incorrectos ou desactualizados. E como o Moreno já morreu há uns anitos valentes, o melhor é verificar se o José Pedro Machado entretanto não actualizou o dicionário.
E por acaso, do ponto de vista de falante da norma portuguesa, até acho que o Anthony Mello foi bem traduzido para o português do Brasil. É preciso é entender as palavras para além da mera junção de consoantes e vogais.
E então vou para o mais recente prontuário publicado em Portugal.
Erros mais frequentes
ADERÊNCIA
Dif. de adesão.
As palavras 'adesão' e 'aderência' são muitas vezes consideradas sinónimas, pois ambas exprimem a ideia de ligação. Utilizam-se, no entanto, em contextos diferentes.
Por exemplo, deverá dizer-se «a adesão do público português aos filmes», e não “a aderência do público aos filmes”.
Não seja tolo. Para quem já andou aqui inflamado de bandeirinha a aclamar o reconhecimento por parte do direito internacional da ocupação dos Montes Golã, até desaguar na negação cega da legitimidade dos decisores jurídicos, vai um longo caminho.
É assim a aldrabice, estatela-se com estrondo.
Não se sente compelida a demonstrar o meu putativo "racismo"?
Qualquer espelho o demonstra melhor do que um argumento, mas também se pode fazer uma repescagem do que por aí tem escrito. E não se trata de meras opiniões políticas como no caso das censuras a Israel, mas de juízos derrogatórios enquanto povo ou cultura. Mas isso é consigo e com o Truman, funcionam perfeitamente como siameses.
Fica-lhe muito bem trazer na lapela esses nomes que vão do Eusébio a um séquito de professores, qualquer racista exibe uma boa colecção deles. Até o Mário Machado e aqueles artolas que foram julgados pela morte de um cabo-verdiano no Bairro Alto têm uma agenda muito compostinha de personalidades. E como não conheço um português que não tenha um amigo de origem judaica, deduzo que qualquer crítico de Israel fica ilibado da para si autogratificante denúncia de anti-semita, desde que apresente uma lista de nomes.
A lucidez não é o seu forte, senão interrogava-se sobre o que o leva a essa obsessão acusatória.
Se por acaso um dia tiver acesso aos ficheiros da Inquisição ou aos mais recentes da pide, talvez passe a refrear-se um pouco mais. Isto se o verde já tiver passado a uma cor mais apresentável, enquanto o filtro não for retirado até o texto mais claro fica ilegível.
Ah, já fazia aqui falta uma recomendaçãozita de leitura do Roth e, principalmente, a citação do Aron. Já não ouvia falar dele há uns tempos, tem estado doente, suponho. Transmita-lhe as minhas melhoras e que volte ao volume anterior de citações.
E o homem de palha também não vai ficar de fora. É uma aquisição recente mas revela já uma boa produtividade.
sr. carmo
Quem disse dos judeus o que Maomé não disse do toucinho (acho que não me vai acontecer nada de mal por nomear este nome em vão) foi o Truman, e ainda não me apercebi que o idio... o Bush pense do mesmo modo. Mas não sei, o outro também o escondeu até ao fim, só a descoberta dos diários há 4 ou 5 anos é veio baralhar ainda mais a compreensão do problema.
De qualquer modo, acho prematuro acusá-lo já de esticar o anti-semitismo até aos séc. XXI.
Como o Truman morreu em 72, porque não esperar, digamos, pelo menos que o idiota bata as texanas para ver se também deixou algum rascunhozito inconfessável?
Quanto aos genes que lhe listei, foi um mero cálculo de probabilidades, mas se continua a espicaçar-me a curiosidade meto-me nas minhas tamanquinhas e vou tirar-lhes o retrato.
ML:
"nessa balda jurídica"
Apenas balda. Jurídica, é um ornamento.
"Que a ONU não decide a olho"
Qual olho qual carapuça. Decide de acordo com a negociação possível face ao interesse particulares de cada um. A invocação da coisa jurídica mantém as MLs do planeta na "linha oficial da fé", como as beatas carpideiras depois de irem ao confessionário.
"a ONU é um organismo respeitado, acatado e invocado em alegações um pouco por todo o mundo."
Pode até dizer o mais respeitado. Percebe porquê? Lembre-se dos padres.
.
A invocação da coisa jurídica mantém as MLs do planeta na "linha oficial da fé", como as beatas carpideiras depois de irem ao confessionário.
E não só. Os beatos bem desesperam pela protecção da 'linha oficial da fé', como se vê aqui, mas a fé escorraça-os.
Concede-lhes apenas uma meia absolvição, a Resolução 181, mas sob condições draconianas.
Estão verdes, não prestam. Se estivessem maduras beijavam de joelhos as sotainas dos padres.
Um pouco ff-topic, mas verdade.
Há muita discussão, mas uma coisa é certa,se houvesse dois ou mais maomés, berravam com toda a força que o islão era paz, mas andavam por todos os meios em guerra uns aos outros até que ficasse só um, tal como no mundo de alá
Cara ML,
Escrevi ao Pat Condell a comunicar-lhe que traduzi mais um video-blog dele para português e ele, como de costume, agradeceu-me e disse-me que aproveitou finalmente dar uma olhadela pelo Fiel Inimigo. Disse que o nível é bastante razoável mas que os artigos deviam ser acompanhados de mais fotografias. Reparou numa pessoa (ML) que escreve muito bem mas a quem ele gostaria de comunicar o seguinte:
Chegou a hora de abrir a boca, Portugal. Chegou hora de parar de se lamentarem e de se queixarem dos americanos por cinco minutos e mostrar finalmente um pouco de carácter, apenas uma vez. Ou queremos passar o resto da vida escondidos como ratos assustados por um punhado de beatos violentos que acham que têm o direito de nos apontar do dedo e nos decretar como é que devemos viver: o que podemos e não podemos fazer, dizer e pensar?
Carmo:
"...Portugal..."
Portugal ou Europa?
Sr. Carmo
Quando tiver oportunidade agradeça por mim ao Pat Condell e aproveite para lhe comunicar, por favor, que como prova de consideração lhe ofereço um par de óculos progressivos e uma visita guiada por este blogue.
Compreendo que a leitura dos posts o induza sistematicamente em erro. Qualquer pequena contrariedade de opinião sobre o sol da terra 2 ou os territórios ocupados dá origem a uma chuva de imprecações e de slogans que só acalma ao 25º dia. Um visitante apanhado no meio da enxurrada não tem assim de repente a noção do que por aqui se diz. E como o missal é pobrezinho e poucos os salmos, as homilias são bem rentabilizadas e repetidas até ao osso, independentemente da opinião que lhes deu origem.
Mas como também me parece um homem lúcido, talvez que com um pouco mais de atenção e tempo ele saiba distinguir entre o que os comentadores dizem e a agitação obsessiva de alguns bloguistas.
E para finalizar ele que note, por favor, que me limito a comentar o que outros escrevem. E que não sou eu quem, 20 anos depois, anda a desperdiçar energias com os malefícios da União Soviética, Estaline, Pol Pot, Mao (este é muito importante, não esquecer o Mao) e mais recentemente o Hugo Chávez. Mas este até está bem, ainda mexe e faz mexer, só que ainda não me apercebi de que ande de turbante na cabeça ou vestido de jilaba.
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