A questão dos minaretes vista pelo jornalista ANDERS WELLEBEEKE, que não me parece ser um perigoso islamófobo…
A proibição dos minaretes é justa ou não?
No Domingo passado os suíços votaram a proibição dos minaretes. Muitos europeus seguiram o referendo, que se assemelha bastante a uma confrontação directa entre o Ocidente e o Islão. Uma pequena Clash of Civilizations.
A campanha para a proibição, conduzida pelo partido de direita Volkspartei, foi dura. Ao longo das estradas foram colocados enormes cartazes com minaretes que tapam a visão da bandeira suíça – entre os minaretes uma mulher vestida de burka.
Os socialistas suíços, furiosos contra esta campanha, consideram-na xenófoba. O patronato está preocupado com a exportação dos seus produtos. Antevêem uma situação idêntica à da Dinamarca: boicotes comerciais.
Mas o campo do SIM tem o apoio das femininistas. Que consideram os minaretes símbolos de ‘dominância machista’. Parece que este argumento foi bastante receptivo para muitas mulheres. Que já perceberam que não podem esperar grande coisa do Islão.
A essência da questão, SIM ou NÃO à colocação de minaretes, não é fácil de responder. O SIM ou o NÃO dependem da interpretação do próprio Islão – é o Islão uma religião ou um regime político?
No primeiro caso os muçulmanos poderiam perfeitamente apoiar-se no direito de liberdade religiosa para a construção de templos religiosos. E neste caso a proibição de minaretes seria anti-democrática.
Mas para quem considera o Islão uma doutrina política o SIM é evidente. Porque razão conceder a uma doutrina, que é adversa à democracia e ao sistema jurídico vigente (com a sua sharia), o direito de colocar os seus símbolos? O comunismo durante o período da Guerra Fria tão pouco tinha esse direito?
Também eu fiquei durante bastante tempo indeciso sobre este assunto. O Islão além de aspirações religiosas tem também aspirações políticas, e este último aspecto forma um perigo eminente para a existência das nossas sociedades, nomeadamente para o nosso modo de vida ocidental e para as nossas instituições democráticas. Visto isto inclino-me para o SIM.
Mas mesmo assim é possível dizer algo em prol de um voto no NÃO. Se os muçulmanos não subscreveram as aspirações políticas do Islão e, à maneira ocidental, limitarem as suas práticas religiosas à esfera privada, podem perfeitamente fazer um apelo à liberdade religiosa.
No entanto, é necessário formular aqui uma importante reserva. É preciso que os muçulmanos não interpretem liberdade religiosa de forma unilateral. A liberdade religiosa não é apenas válida para eles, também é para os não-muçulmanos. Porque se a coisa não funcionar para os dois lados, também o Islão (não-político) é uma bomba que pode fazer explodir o nosso sistema pluralista.
E precisamente este conceito, de reciprocidade religiosa, que parece não existir no mundo muçulmano. Na Arábia-Saudita é proibido pregar o cristianismo. No Egipto os Coptas (cristãos ortodoxos do Egipto) sofreram razias anti-cristãs durante o referendo suíço. É mais que claro: reciprocidade religiosa é no mundo islâmico inexistente. Será que os muçulmanos ocidentais são muito diferentes? Esta é a questão que muitos ocidentais se colocam.
Tendo em conta todas estas coisas não nos resta outra alternativa senão apoiar o voto SIM - proibição dos minaretes.
O melhor seria instituir um moratório à liberdade religiosa para o Islão. Esta liberdade devia ser protelada até ser claro que o Islão abraçou este princípio (reciprocidade religiosa) e que o implementou de forma convincente na prática. Isso significa autorização da construção de igrejas na Turquia e na Arábia-Saudita e a emancipação dos Coptas no Egipto.
Nos últimos anos a elite progressista da Europa vem especulando bastante sobre a aparição de um Islão europeu ou ocidental. Mas devido à influência dos meios modernos de informação e da constante imigração em massa isto parece-me impossível sem mudanças fundamentais no seio do mundo islâmico. Um moratório ocidental à liberdade religiosa do Islão seria um dos poucos meios existentes para pressionar o mundo islâmico.
A proibição dos minaretes, por muito que custe ao nosso carácter liberal, parece-me lógica e necessária.
No Domingo passado os suíços votaram a proibição dos minaretes. Muitos europeus seguiram o referendo, que se assemelha bastante a uma confrontação directa entre o Ocidente e o Islão. Uma pequena Clash of Civilizations.
A campanha para a proibição, conduzida pelo partido de direita Volkspartei, foi dura. Ao longo das estradas foram colocados enormes cartazes com minaretes que tapam a visão da bandeira suíça – entre os minaretes uma mulher vestida de burka.
Os socialistas suíços, furiosos contra esta campanha, consideram-na xenófoba. O patronato está preocupado com a exportação dos seus produtos. Antevêem uma situação idêntica à da Dinamarca: boicotes comerciais.
Mas o campo do SIM tem o apoio das femininistas. Que consideram os minaretes símbolos de ‘dominância machista’. Parece que este argumento foi bastante receptivo para muitas mulheres. Que já perceberam que não podem esperar grande coisa do Islão.
A essência da questão, SIM ou NÃO à colocação de minaretes, não é fácil de responder. O SIM ou o NÃO dependem da interpretação do próprio Islão – é o Islão uma religião ou um regime político?
No primeiro caso os muçulmanos poderiam perfeitamente apoiar-se no direito de liberdade religiosa para a construção de templos religiosos. E neste caso a proibição de minaretes seria anti-democrática.
Mas para quem considera o Islão uma doutrina política o SIM é evidente. Porque razão conceder a uma doutrina, que é adversa à democracia e ao sistema jurídico vigente (com a sua sharia), o direito de colocar os seus símbolos? O comunismo durante o período da Guerra Fria tão pouco tinha esse direito?
Também eu fiquei durante bastante tempo indeciso sobre este assunto. O Islão além de aspirações religiosas tem também aspirações políticas, e este último aspecto forma um perigo eminente para a existência das nossas sociedades, nomeadamente para o nosso modo de vida ocidental e para as nossas instituições democráticas. Visto isto inclino-me para o SIM.
Mas mesmo assim é possível dizer algo em prol de um voto no NÃO. Se os muçulmanos não subscreveram as aspirações políticas do Islão e, à maneira ocidental, limitarem as suas práticas religiosas à esfera privada, podem perfeitamente fazer um apelo à liberdade religiosa.
No entanto, é necessário formular aqui uma importante reserva. É preciso que os muçulmanos não interpretem liberdade religiosa de forma unilateral. A liberdade religiosa não é apenas válida para eles, também é para os não-muçulmanos. Porque se a coisa não funcionar para os dois lados, também o Islão (não-político) é uma bomba que pode fazer explodir o nosso sistema pluralista.
E precisamente este conceito, de reciprocidade religiosa, que parece não existir no mundo muçulmano. Na Arábia-Saudita é proibido pregar o cristianismo. No Egipto os Coptas (cristãos ortodoxos do Egipto) sofreram razias anti-cristãs durante o referendo suíço. É mais que claro: reciprocidade religiosa é no mundo islâmico inexistente. Será que os muçulmanos ocidentais são muito diferentes? Esta é a questão que muitos ocidentais se colocam.
Tendo em conta todas estas coisas não nos resta outra alternativa senão apoiar o voto SIM - proibição dos minaretes.
O melhor seria instituir um moratório à liberdade religiosa para o Islão. Esta liberdade devia ser protelada até ser claro que o Islão abraçou este princípio (reciprocidade religiosa) e que o implementou de forma convincente na prática. Isso significa autorização da construção de igrejas na Turquia e na Arábia-Saudita e a emancipação dos Coptas no Egipto.
Nos últimos anos a elite progressista da Europa vem especulando bastante sobre a aparição de um Islão europeu ou ocidental. Mas devido à influência dos meios modernos de informação e da constante imigração em massa isto parece-me impossível sem mudanças fundamentais no seio do mundo islâmico. Um moratório ocidental à liberdade religiosa do Islão seria um dos poucos meios existentes para pressionar o mundo islâmico.
A proibição dos minaretes, por muito que custe ao nosso carácter liberal, parece-me lógica e necessária.
78 comentários:
Quanto à reciprocidade não há nada como a resposta do Putim ao rei Saudita que queria construir uma mesquita em Moscovo.
Propunha-se o Putin a começar e acabar uma igreja ortodoxa das mesmas dimensões em Riad.
A resposta já se sabe qual foi.
Curiosamente, foi nos cantões alemães que se verificou a maior percentagem de votos contra os minaretes. Nos cantões franceses (onde a influência tolerante calvinista é maior) a maioria votou a favor dos ditos.
Já sobre o simbolismo militar (!?) dos minaretes muçulmanos também podíamos argumentar que deviam ser proibidos por lembrarem símbolos fálicos. Com tais argumentos, não há lógica/história que resista...
anónimo de 30.11 às 20:43: «não há nada como a resposta do Putim ao rei Saudita»
Precisamente. É que os russos ainda não sofrem da ‘doença’ do politicamente correcto – diria mesmo que são terrivelmente incorrectos…
@ hv: «Com tais argumentos, não há lógica/história que resista...»
Na realidade os únicos argumentos que contam são: “a liberdade religiosa devia ser protelada até o Islão abraçar o princípio de reciprocidade religiosa e implementar de forma convincente na prática [entre outras muitas coisas] a autorização da construção de igrejas na Turquia e na Arábia-Saudita e a emancipação dos Coptas no Egipto.”
E para demonstrar (como se isso fosse necessário!) que o Islão ainda está muito longe de entender o que é ‘reciprocidade’, ou ‘igualdade de tratamento’, foi antes de ontem chicoteada uma rapariga (cristã!!!) na capital do Sudão porque o comprimento da saia não passava do joelho…
Aqui o linquezinho: http://www.dailymail.co.uk/news/worldnews/article-1231442/Christian-girl-16-gets-60-lashes-wearing-indecent-knee-length-skirt-Sudan.html
HV:
"Nos cantões franceses (onde a influência tolerante calvinista é maior) a maioria votou a favor dos ditos."
Poderia alternativamente ter dito:
Nos cantões franceses onde a tendência suicida é maior ...
ou
Nos cantões franceses onde se faz figura de trouxa com extrema facilidade ...
ou
Nos cantões franceses onde há uma incompreensível tendência para se ser ingénuo ...
CdR:
A decisão dos suiços aos suiços cabe (o povo tem sempre razão, não é verdade?). Já relativamente ao argumento do cronista holandês é, no mínimo, absurdo. A liberdade de culto na Holanda não tem de ser igual à (não) liberdade de culto na Arábia Saudita. Estamos a falar de um estado democrático versus um estado autocrático. A menos que queiramos fazer da Holanda um país sem Islão, como o Wilders. Isso seria andar 70 anos para trás...
HV:
Os suiços dos cantões franceses são todos uns idiotas.
Caro Carmo da Rosa
Excelente texto. De uma forma resumida, sem grandes floreados, explicou muito bem as bases do problema (reciprocidade, o Islão enquanto sistema politico).
Quanto ao anónimo das 20:43: desconhecia esse episódio, mas adorei a resposta do tovarich Putin.
Caro Carmo da Rosa
Excelente texto. Resumido e sistemático. Refere bem a base do problema entre Islão e Ocidente: a falta de reciprocidade; a promiscuidade entre politica e Islão...
Também gostei da resposta do Putin ao rei saudita.
Pessoalmente sou muitíssimo permeável a tudo o que seja limitar a expansão das religiões para o domínio da vida civil, seja lá o que for. Já me basta não poder fazer nada com o raio do campanário da igreja quase em frente da minha casa em Lisboa e que não me deixa dormir em paz. De noite mal os ouço, mas a partir da madrugada é um desatino. Devíamos fazer como a população de uma aldeia sueca ou norueguesa, já não sei, que interpôs recurso em tribunal para calar os sinos, que os símbolos religiosos de uns não têm nada que incomodar todos os outros. Não me lembro também qual foi o resultado.
Penso que os minaretes terão a mesma função, acrescentar barulho a barulho, e a ideia seria ir acabando com o ruído e não aumentá-lo.
No entanto, este caso não é igual ao véu nas escolas francesas. Aí é uma imposição abusiva aos usos e costumes dos países de acolhimento, que vedam a toda a gente a entrada de lenços, chapéus, bonés em certos edifícios públicos como escolas e tribunais. Outra situação ainda mais abusiva é pretender andar na rua, espaço público, de cara tapada, quando a identificação directa é exigida a qq cidadão, sabe-se lá quem vai debaixo daqueles panos. Ou ainda, na Suíça exactamente, pretender que as meninas tenham aulas de educação física em espaço separado dos rapazes. Depois de tantas décadas de guerrilha institucional, era o que faltava que as escolas públicas voltassem ao gineceu por imposições religiosas ou culturais.
Por outro lado, onde vejo a histeria da ultradireita e da extrema-direita (qual será a diferença?) a conspirar – e cá vai mais uma conspiração para a colecção deste blogue – primeiro salto rapidamente para o lado oposto por uma questão de higiene, depois se verá com mais calma se há por ali qq coisita. Normalmente não, é tudo para deitar fora.
O presidente, o governo, as igrejas suíças e principalmente o lobby dos negócios estão aterrados e não consta que uns e outros sejam da esquerda permissiva.
O governo e os lobbies, já se sabe porquê, afinal a clientela é incolor, insípida e inodora e no dinheirinho então é que não se nota mesmo nem o credo nem a ideologia. Uma chatice só.
As igrejas protestantes, católica e judaica tb já estão a ver o filme todo, ‘hoje eles, amanhã nós, é só tomarem-lhes o gosto que com o tempo apanhamos todos pela mesma medida’. Já sabem do que a casa gasta, quase todos passaram por proibições semelhantes e não há assim tantos anos.
Pelo sim pelo não, ninguém dentro do establishment tem muita vontade de ir atrás das agendas dos incendiários. Afinal trata-se de um país sem grandes problemas no horizonte dada a origem europeia da maioria dos seus imigrantes muçulmanos, com uma cultura comum à dos restantes europeus e pouco dada a mesquitas. Mas o rolo compressor da direita, ultra ou extrema conforme o gosto, não olha a estas minudências. Se não a deixam entrar pela porta, tenta a janela da arrecadação ou do galinheiro.
Sei não, dom Carmo, mas desconfio que isto ainda vai dar muitas voltinhas até à palavra final, se é que algum dia lá chega. O governo já fala em um ano, no mínimo, mais o Tribunal dos Direitos Humanos, mais a constituição, mais não sei o quê, parece-me que está a tentar ganhar tempo.
E porquê?, pergunta a nossa ingenuidade.
Business, as always.
(cont.)
(cont.)
Estou-me nas tintas para a reciprocidade religiosa nos outros países, sejam eles qual forem. O olho por olho e dente por dente não funciona entre países civilizados, isso é para os que ainda vivem num estado pré-jurídico. O camarada Putin anda muito ‘recíproco’ mas ainda há pouco tempo andava era de olho em quem frequentasse as igrejas para os incluir na lista negra. Depreendo que agora lhe caia bem a respeitabilidade cerimoniosa que lhe dá o bispo ortodoxo. Mas para uma federação com 8 000 mesquitas, seis das quais em Moscovo, acho que fez bem não permitir nem mais uma. Só quando a Arábia Saudita aceitar a construção de 8 000 catedrais ortodoxas, seis das quais terão que ser mesmo em Riade.
É assim que se faz a história dos santos, quase sempre grandes pecadores convertidos.
@ hv: «….o povo tem sempre razão»
E sempre unido é imbatível… No pasaran!
@ hv: «A liberdade de culto na Holanda não tem de ser igual à (não) liberdade de culto na Arábia Saudita.»
Ele diz:
”Porque razão conceder a uma doutrina, que é adversa à democracia e ao sistema jurídico vigente (com a sua sharia), o direito de colocar os seus símbolos? O comunismo durante o período da Guerra Fria tão pouco tinha esse direito?”
Mas imaginemos que a Europa comece realmente a interessar-se pela sorte dos cristãos que vivem nos países muçulmanos e resolve lançar este ultimato ao mundo muçulmano: ou vocês tratam decentemente os cristãos na vossa terra ou a gente fecha todas as mesquitas e não entra nem mais um Corão (sob pena de 2 anos de cadeia!) nas nossas fronteiras…
(Claro que isto por enquanto ainda é difícil de imaginar porque uma grande parte da esquerda – e mesmo alguma direita - não está muito interessada na desgraça alheia, sobretudo quando a desgraça não leva a marca ‘made in USA of made in Israel’…)
Mas caso o meu cenário se tornasse realidade, inshallah, creio que seriam os próprios muçulmanos residentes na Europa a pressionar os seus governos e o restante mundo muçulmano para facilitar a vida aos seus cidadãos que não vão à missa do Alá.
@ hv: «A menos que queiramos fazer da Holanda um país sem Islão, como o Wilders. Isso seria andar 70 anos para trás...»
Isto seria um grande passo em frente: uma Europa sem fascismo, sem comunismo e sem o Islamismo (o pior deles todos…)
P.S. Mas com moeda única.
Ml: "As igrejas protestantes, católica e judaica tb já estão a ver o filme todo, ‘hoje eles, amanhã nós, é só tomarem-lhes o gosto que com o tempo apanhamos todos pela mesma medida’. "
Gostei dos seus comentários. Em muitos aspectos concordo consigo.
CArmo da Rosa:
"Isto seria um grande passo em frente: uma Europa sem fascismo, sem comunismo e sem o Islamismo (o pior deles todos…)"
Sim, seria excelente. MAs cheira-me a utopia!
"
"A menos que queiramos fazer da Holanda um país sem Islão".
Fazer da Europa um continente sem Islão, seria bom para todos. O Islão é uma dinossauro, mas um dinossauro que acredita que navega em águas propícias.
Como diz o Cdr, uma Europa sem Islão, sem Comunismo, Fascismo e, acrescento eu, sem Socialismo, é a uma Utopia que vale a pena sonhar.
As outras religiões podem e devem estar presentes, são coisas privadas, fazem falta a muita gente.
O que me faz impressão é que um europeu, alguém que vive num continente que a ferro e fogo decantou um sistema politico que privilegia a liberdade, o bem-estar, o direito, etc, e que remeteu a religião para a esfera privada, após sangrentas guerras religiosas, considere que erradicar uma religião totalitária e agressiva, é "retroceder 70 anos".
Não é efectivamente uma questão de reciprocidade, mas de salvaguarda da identidade e de travão ao actual maior inimigo externo da Europa, o Islão.
O minarete não é algo de meramente religioso, ao contrário do que supõem certos ignorantes «bem-pensantes» - o minarete é, também, um símbolo político, de supremacia. De acordo com a charia, o minarete tem de ser mais alto do que qualquer edifício não muçulmano. Por alguma razão até já a direitista-moderada Angela Merkel declarou que não se pode deixar construir-se em Colónia um edifício muçulmano mais alto do que a famosa catedral local... não é por acaso. É porque a senhora sabe o significado simbólico que a torre islâmica tem para a comunidade muçulmana. Sabe por isso qual a mensagem que se envia ao mundo islâmico inteiro com a permissão do minarete: a Europa deixa-se invadir, a Europa quer ser islamizada, a Europa reconhece passiva e implícitamente a superioridade moral e religiosa do Islão.
É também uma questão de identidade: o minarete altera essencialmente a estética urbana europeia, logo, afecta-lhe gravemente a identidade, pois que esta passa obrigatoriamente pela imagem: pela auto-imagem, enfim, pela estética. Não é admissível que em parte alguma do continente europeu, o europeu tenha, na sua própria terra, de viver num quotidiano de aspecto islamizado, como se vivesse já em terra alheia.
Isso é obsceno e só pode ser permitido ou até incentivado por «gente» profundamente invertebrada, ou não fosse a Esquerda «anti-racista» e universalista a concretização máxima, até este momento da História da Humanidade, da Traição ao Ser, o culto do pária, do sem-raça, também a militância pelo masoquismo étnico. Em suma, a descida do humano a um nível infra-humano, infra-animal até, pois que em parte nenhuma do mundo animal se observa comportamento tão aberrante.
CdR, Lidador, etc...
Se alguma superioridade moral existe na Europa em relação a países ditatoriais e autocráticos essa é precisamente a da tradição democrática, humanista, tolerante e laica que existe na maioria dos seus estados. Impedir uma religião de manifestar-se por meros critérios políticos ou estéticos é discriminatório e revela uma xenofobia inaceitável com que nenhum europeu democrata pode concordar. Exigir a países ditatoriais que respeitem a lei da reciprocidade é completamente idiota, assim como é idiota pensar que todos os europeus são cristãos. Outro disparate. Como se a Europa não tivesse na sua origem religiões e culturas diversas. Essa do continente branco, ariano e puro, foi tentada há setenta anos pelo Adolfo e terá ainda os seus adeptos, mas já foi chão que deu uvas...
O mal não está na forma (os minaretes) mas no conteúdo. É aí que deve ser feita a selecção. Só os burros é que olham para o dedo que aponta para a lua.
@ ml: «Pessoalmente sou muitíssimo permeável a tudo o que seja limitar a expansão das religiões para o domínio da vida civil, seja lá o que for.»
idem.
@ ml: «…Já me basta não poder fazer nada com o raio do campanário da igreja…» e «… Penso que os minaretes terão a mesma função, acrescentar barulho a barulho»
Concordo, mas em só em parte. Porque a única coisa, mas mesmo a ÚNICA coisa que aprecio no Islão, é precisamente o chamamento (em ‘cante jondo’) para a reza através de um muzim do alto de um minarete.
Imagine o simpático (e útil) que seria, se a Igreja Católica tivesse a sensatez de retirar dos campanários o chato e monótono sino que tanto a incomoda – fundindo-o para fazer canhões para voltar a combater….os infiéis (what else!) - substituindo-o por um belo ‘castrato’ (originários das melhores famílias) que doravante nos acordaria suavemente aos Domingos de manhã cantando a Stabat Mater do Pergolesi alternando com a Ave-Maria de Schubert…
Muito mais bonito, muito mais didáctico, muito mais cultural e mais barato que a construção do CCB…
@ ml: «…uma imposição abusiva aos usos e costumes dos países de acolhimento,»
O Islão todo ele é uma imposição abusiva aos usos e costumes de todos os países e de todas as culturas. O Islão faz tabula rasa de todos os costumes e, por causa das cócegas, começa a história no ano domine de 570 (nascimento de Maomé) depois de Cristo. É evidente que não pode impor tudo de uma vez – os muçulmanos não são completamente idiotas, têm também um sentido estratégico da política.
@ ml: «….onde vejo a histeria da ultradireita e da extrema-direita»
Cara ml, onde a senhora vê histeria da direita eu vejo absentismo da esquerda! Que culpa é que a direita tem, que a esquerda, depois da queda do muro, tenha ficado tão abalada que perdeu completamente o norte? E quando abre a boca é apenas para criticar os americanos, Israel, o capitalismo e defender o Islão?
@ ml: «O governo e os lobbies, já se sabe porquê, afinal a clientela é incolor, insípida e inodora e no dinheirinho então é que não se nota mesmo nem o credo nem a ideologia. Uma chatice só.»
Pecunia non olet! E assim é que deve ser, por isso é que o capitalismo é o sistema mais humano, mais cosmopolita, mais multiculturalista, mas também mais hipócrita. Porque razão é que você julga que o Ocidente atura um assassino da pior espécie como Kaddafi? (Na realidade ele é o único responsável pela morte de 270 pessoas em Lockerbie) Porque a Líbia tem gás e petróleo. Se o Sócrates matasse alguém num acidente de trânsito durante férias em Inglaterra seria mais mal tratado que Muammar Al Kaddafi, porque Portugal não tem petróleo – só tem o Cristiano Ronaldo…
@ ml: «Afinal trata-se de um país sem grandes problemas no horizonte dada a origem europeia da maioria dos seus imigrantes muçulmanos, com uma cultura comum à dos restantes europeus e pouco dada a mesquitas. Mas o rolo compressor da direita, ultra ou extrema conforme o gosto, não olha a estas minudências.»
É verdade, os muçulmanos suíços até não são dos piores, e parece que em todo o território suíço só há 4 minaretes. Mas o povo - que você designa por extrema ou mesmo ultra-direita quando opta por caminhos que não fazem parte da parafernália esquerdista – está perfeitamente ao corrente do que se passa nos países vizinhos e prefere prevenir que remediar…
@ ml: «…O olho por olho e dente por dente não funciona entre países civilizados, isso é para os que ainda vivem num estado pré-jurídico.»
Precisamente, não entre países civilizados, mas o olho-por-olho-dente-por-dente talvez funcione no contacto entre países civilizados e outros ……..menos civilizados. Como você diz e muito bem: em estado pré-jurídico. Ou seja, a ‘sharia’ que nos querem impor devagarinho….
Caro Holandês Voador:
"O paradoxo da tolerância.
A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se concedermos uma tolerância ilimitada, até aos que são intolerantes, se não estivermos dispostos a defender a sociedade tolerante contra o avanço dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles (será destruída).
Karl Popper "
É mais ou menos isto. Bonzinhos? Pode ser. Mas tótós é que não.
@ ejsantos: «uma Europa sem fascismo, sem comunismo e sem o Islamismo. Sim, seria excelente. MAs cheira-me a utopia!»
Eh pá,
You may say I’m a dreameeeeeeer,
But I’m not the only oneeeeeeeeee…
@ Caturo: «Não é efectivamente uma questão de reciprocidade, mas de salvaguarda da identidade...»
Caro Caturo, a reciprocidade só serve aqui para demonstrar, de forma simples e clara, que o Islão só está disposto a fazer exigências, mas não cede um milímetro. E neste caso uma exigência de reciprocidade poderia ter, quem sabe, uma função didáctica!
Estou de acordo consigo no que diz respeito à salvaguarda da nossa identidade, sabendo de antemão que o Islão tem uma grande dificuldade em aceitar outras identidades – sim aceita, mas sendo eles a mandarem, tratando os outros como dhimmis, como cidadãos de segunda.
Também estou de acordo que um minarete para a maioria dos muçulmanos seja algo mais do que arquitectura. Também não é por acaso que o primeiro-ministro turco, Recip Erdogan, num poema afirmou: “As mesquitas são os nossos quartéis, os minaretes as nossas baionetas, as cúpulas os nossos capacetes, os crentes os nossos soldados.”
Resposta genial de um comentador num blog holandês: “Pelos vistos os suíços apenas querem a proibição do uso de armas… »
Não estou de acordo consigo sobre a estética. Do ponto de vista estético um minarete pode ser bem mais bonito que por exemplo uma torre eólica! E teoricamente, ou seja, despido da ideologia salafista actual, o minarete poderia perfeitamente existir ao lado de catedrais - sem que os europeus se sintam islamizados…
Caro Caturo, eh pá você começou muito bem o seu comentário mas lá para o fim, e na minha MODESTA opinião, perde-se um pouco lá com a história das raças e dos infra-humanos e infra-animais – é pena!
É que eu assim fico na dúvida se pertenço aos infra-humanos ou aos infra-animais e, nesta confusão toda, ainda dou em infra-muçulmano…. Sallah malikoum.
@ hv: «Impedir uma religião de manifestar-se por meros critérios políticos ou estéticos é discriminatório e revela uma xenofobia inaceitável com que nenhum europeu democrata pode concordar.»
Sim, impedir uma religião é discriminatório! Mas tu partes de uma (falsa!?) premissa: para ti o Islão é uma religião como qualquer outra! Mas o autor do texto - e a minha pessoa - acha que não! E não é o único. É aqui que a porca torce o rabo. Enquanto isto não for esclarecido, não tem sentido bater nas xenofobias, no fascismo nos arianos e no Hitler.
«….se não estivermos dispostos a defender a sociedade tolerante contra o avanço dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles»
Eduardoopice, o Karl Popper disse isto? A partir de hoje passa a ser da corda! Mas o seu resumo não está nada mau “Bonzinhos? Pode ser. Mas totós é que não…”, é uma excelente adaptação para a malta nova compreender rapidamente filosofia.
Senhor dom Carmo, como calcula não partilho, nem mais ou menos, da sua visão catastrofista. Não porque ignore que homem prevenido vale por dois, mas tb nunca vi apagar fogo com gasolina. Nem eu, nem pelos vistos o establishment europeu, que anda todo nervoso só com a ideia de perder, além dos ditos negócios, largas fatias de imigração. E pior do que os políticos, meros pontas de lança, os do business andam ainda mais stressados. Serão todos apreciadores do canto jondo e da estética dos minaretes?
É que a escolha nem sequer é animadora: correr alguns riscos controlados ou definhar e desaparecer. Demograficamente e economicamente. Como dizem os americanos, encontramo-nos entre ‘a rock and a very hard place’. Foi o que vi nas palavras de pânico dos governantes suíços, que só não choraram em frente das câmaras porque de latinos já pouco têm. Mas parece-me que farão o pino nas pontas das unhas para limitar os estragos.
Das igrejas, olhe, nem falo. Até os sapatinhos Prada do Vaticano empalideceram.
Aguarde-se antes de se arquivar, porque os ficheiros ainda vão ser alterados. Tem acontecido na Irlanda, é só uma questão de afinar a máquina.
Ah, bom, business é business e é bom para a Europa, até com o Kadafi, que mantém dois suíços retidos na Líbia por causa das vigarices do filho.
Mas sabe que todos os negócios, sejam com quem forem, têm um livrinho rectangular, alto e estreito, para registar os activos e os passivos?
Como pensa passar por cima disso? Convencer o outro contratante a abdicar das contrapartidas?
Já percebi que por aí talvez não, o seu apego ao Lennon You may say I’m a dreameeeeeeer, é muito elucidativo.
Mas os dreamers não eram a gente dos amanhãs que cantavam? Os moinhos de vento são muito românticos, muito wanna be, mas não nos tiram dos apertos. O que nos tira dos apertos é elaborar sobre o que é e não sobre visões pessoais.
Já lhe falei dos bombeiros incendiários, não falei? Ateiam fogos por amor às chamas e pela aclamação como heróis, mas entretanto ficou tudo reduzido a cinzas. Ainda estamos para ver quem é que perdeu o norte, se quem com mangueiras e tanques consegue apagar as labaredas, ainda que com algumas chamuscadelas, se quem corre atrás do bombeiro incendiário.
E por ultra e extrema-direita não me refiro aos votantes naturalmente receosos, mas aos profissionais da exploração dos medos.
PS: dispenso o canto dos castrati, dom Carmo. Além de não apreciar o falsete, preferia era mesmo dormir.
Gostei dos seus comentários. Em muitos aspectos concordo consigo.
Abrimos uma garrafita de champanhe, ejsantos?
Tchim tchim!!! :)
Caro HV, ainda bem que coloca a questão da tolerância.
Sim, tem razão, nós somos tolerantes, e chegámos lá porque as guerras religiosas nos fizeram dar com os burros na água.
E sim, devemos tolerar até os intolerantes, e penso que não duvida que o Islão é intolerante, mas só até ao ponto em que os ntolerantes, não constituam um perigo imediato para a sobrevivência da igual liberdade.
Se a acção dos intolerantes coloca OBJECTIVAMENTE em causa o exercício da tolerância, a acção é categoricamente imperativa.
Mas o que você deixou subentender, é algo ainda mais perigoso, porque parece pretender que a subjectividade determine o que é intolerante ou não. No seu caso, parece apenas considerar “intolerantes” as opiniões que não lhe agradam.
E isso revela que basicamente você é bastante intolerante.
Aliás como a esquerda de um modo geral, porque acredita que tem a razão do seu lado.
Pol Pot é um caso típico...mas posso-lhe enumerar muitos mais casos.
"mas o olho-por-olho-dente-por-dente talvez funcione no contacto entre países civilizados e outros ……..menos civilizados"
Observação muito pertinente, meu caro.
Estou a escrever um trabalho sobre "Guerra Assimétrica", e o ponto é mesmo esse, os países ocidentais usam regras de "cavalaria" que os seus inimigos declarados encaram como fragilidades, como ventres moles, nos quais se deve espetar a espada.
As nossas limitações éticas e morais só são recíprocas em conflitos entre culturas homogéneas.
É por isso justamente que os muçulmanos colocam objectivos militares em escolas, hospitais, etc.
Isso só funciona, porque SABEM, que nós não usamos a Lei de Talião.
Por enquanto...porque quando se colocar a questão da sobrevivência, as regras e os imperativos morais são apenas "gotas de tinta no papel" (estou a citar Amadinejad, que interpreta assim a Lei Internacional)
@ ml: «…como calcula não partilho, nem mais ou menos, da sua visão catastrofista. Não porque ignore que homem prevenido vale por dois, mas tb nunca vi apagar fogo com gasolina.»
Acha que dou uma visão catastrofista do assunto? Até a compreendo, não há qualquer semelhança em Portugal e apesar de você estar bem informada, não há nada como ver com os próprios olhos. De qualquer maneira nunca disse, nem quero dar a entender, que o Islão já está às portas de Viena! Apenas me limito a avisar a malta, e até tenho o cuidado de escolher textos bastante moderados… Porque sei que nestas coisas a verdade por vezes é tão absurda que se torna difícil de tragar.
Nunca viu apagar fogo com gasolina! Nunca viu ao vivo, mas em documentário certamente que já viu. Como é que julga que os Nazis foram derrotados entre 1940 e 1944? Não foi com conversas amenas ao luar enquanto ouviam Bach!!!
@ ml: «…os do business andam ainda mais stressados. Serão todos apreciadores do canto jondo e da estética dos minaretes?»
Não, os do business estão apenas stressados por causa do business, por causa dos contratos com o Dubai, Líbia e Arábia Saudita. O que é perfeitamente normal, estão apenas preocupados com a continuidade das suas empresas – é o papel deles.
@ ml: «…pânico dos governantes suíços, que só não choraram em frente das câmaras porque de latinos já pouco têm. Mas parece-me que farão o pino nas pontas das unhas para limitar os estragos.»
Mais uma vez, fazem o papel deles, limitar os estragos diplomáticos que não favorecem o negócio. Mas porque razão quer você proibir as mentes livres - que não estão em vias de negociar um contrato a curto prazo com a Líbia – de chamar os bois pelo nome e dizer que foi o Kaddafi que deu ordem para matar 270 pessoas em Lockerbie? Porque razão é que a Ayaan Hirsi Ali (que sofreu bastante debaixo da pata do Islão) não pode dizer que o Maomé é, segundo os nossos actuais critérios, um pedófilo? Porque razão é que o cineasta Theo van Gogh não pode fazer um filme sobre a forma como o Islão trata as mulheres, quando isso é moeda corrente no país onde ele vive? Porque razão é que o Wilders, que corre o risco de ser assassinado a qualquer momento, não pode fazer um filme (FITNA) que nada mais é que uma compilação das barbaridades do Islão que vemos diariamente no telejornal? Porque razão é que um cartoonista de política não pode retratar o Maomé com uma bomba nos cornos, quando os seus seguidores todos os dias colocam bombas? Porque razão……
@ ml: «…E por ultra e extrema-direita não me refiro aos votantes naturalmente receosos, mas aos profissionais da exploração dos medos.»
Ufa, já estou mais descansado! Sou apenas um votante receoso vítima dos profissionais da exploração do medo…
Mas entre os profissionais do medo, que você não poupa, e os ingénuos irresponsáveis que você ignora, mas que nos querem levar ao matadouro, estende-se uma enorme massa cinzenta que não percebe muito bem porque razão é que um Deus domesticado, tolerante e tranquilo tem que ser substituído por um Deus sanguinário, intolerante e agressivo…
"...sua visão catastrofista. "
??!!
Aquilo que damos por garantido pode ir ao ar num instante. Conseguimos criar aqui no Ocidente o Estado LAico, a Separação de poderes e o Estado de Direito. Agora por politiquice.correcta não defendemos as nossas grandes conquistas.
ejsantos
«Essa do continente branco, ariano e puro, foi tentada há setenta anos pelo Adolfo e terá ainda os seus adeptos, mas já foi chão que deu uvas...»
Foi e pelos vistos continua a ser, visto que não apenas o referendo suíço, mas também várias sondagens de opinião, bem como a ascensão dos partidos nacionalistas, mostram que afinal a salvaguarda da identidade europeia só é odiada pela elite pária, a do coro de castrati que recita de cor e salteado a ladainha do anti-racismo...
«Sim, tem razão, nós somos tolerantes, e chegámos lá porque as guerras religiosas nos fizeram dar com os burros na água»
Não, já éramos tolerantes antes das guerras religiosas - antes até da imposição do Cristianismo.
Foi o Cristianismo que trouxe à Europa o vírus da intolerância doutrinal em larga escala; todavia, a natureza europeia acabou por suplantar esta influência nefasta, pelo menos até certo ponto, visto que a elite intelectual reinante é muito especificamente «cristã» na sua intolerância ideológica.
Agora, vem a segunda leva de imperialismo espiritual intolerante: o Islão, de raiz tão ou mais semita do que o Cristianismo, o Islão, que atrai a simpatia não apenas das minorias étnicas que vivem no Ocidente e nutrem ressentimento pelos Europeus, mas também pela elite reinante, que, dominada pelo amor ao Outro, ao alienígena, está sempre disposta a dar a outra face ao agressor e vê no abracinho fraterno dado aos muçulmanos a melhor maneira de acabar com a guerra no mundo e fomentar a miscigenação em larga escala.
Agora, quanto às guerras contra o Islão... na Europa foram sobretudo defensivas, como o foram na Índia, onde os Hindus também conseguiram geralmente levar de vencida as hordas de Mafoma. E se não fossem estas guerras religiosas contra o Islão, hoje toda a Índia, as Balcãs, a Europa Central, a Ibéria e provavelmente a França, e talvez mesmo toda a Europa, estariam agachadas perante Meca... Não fosse a vitória às portas de Viena de Áustria contra os Turcos (que estará lendariamente na origem do croissant, duas coisas boas numa), não fosse a revolta dos Sérvios, dos Gregos, dos Búlgaros, não fosse a vitória dos Francos, comandados por Carlos Martel, contra a invasão mourisca em Tours, e, finalmente, e mais simbolicamente, não fosse a Reconquista, o continente europeu estaria maioritariamente, senão na totalidade, sob o jugo dos escravos de Alá. Viva pois a guerra religiosa...
Caro Carmo da Rosa, pelos vistos neste tema concordamos no essencial. Parece-me contudo que não percebeu por duas vezes o que eu quis dizer.
Assim, no que à reciprocidade diz respeito, acho bem que se ponha a nu, sem margem para dúvidas, a diferença entre o Islão e o Ocidente. O primeiro comentador do tópico, que refere a resposta de Putin, mostrou-o bem. E é deveras útil que essa abissal distância seja bem salientada, e esteja sempre presente, que é para depois não vir a politicagem correcta do costume gabar a moderação e a tolerância «da maioria dos muçulmanos», como se os muçulmanos intolerantes fossem uma pequenita minoria microscópica...
O que eu quis dizer foi que a tónica, para os Europeus, deve estar na Identidade, não na reciprocidade. Porque mesmo que os muçulmanos aceitassem a construção de grandes catedrais no seu território, eu continuaria a não querer minaretes em solo ocidental.
E daqui passa-se para a segunda incompreensão da sua parte - porque quando falei em estética não me referia a questões de gosto, mas de, repito, identidade. Rosto, cara («cara» de «face», não o tratamento à brasileira, entenda-se). Não interessa se o minarete é bonito ou feio. Eu também posso gostar de contemplar um templo japonês, mas não quero as aldeias portuguesas a encherem-se de edifícios religiosas nipónicos. É uma questão, repito, de auto-imagem.
Ou nunca ouviu ninguém dizer que «ai nós os Ibéricos devemos muito aos mouros por causa do Alhandra e tal, e as casas algarvias, prontos, é isso, como lhe estamos a dever isso eles são parte da nossa identidade e vai daí temos de ser amigos deles e deixá-los entrar...»?
Cuidado com as ingenuidades.
«É que a escolha nem sequer é animadora: correr alguns riscos controlados ou definhar e desaparecer. Demograficamente e economicamente.»
Economicamente? Pois, nem é nada verdade que o mundo continue a ser economicamente liderado pelo Ocidente, pois não...
Demograficamente? Demograficamente, a continuação da imigração não europeia é o caminho mais certo para a aniquilação da identidade. Porque a Europa faz-se com Europeus, não com alienígenas naturalizados a quem a elite quer dar o bilhete de identidade «europeu». Encher a Europa de imigrantes árabes/africanos/afins a pretexto de «combater o problema demográfico», é como pegar numa garrafa de whiskey meio cheia, preencher o que lá falta com água e depois continuar a dizer que é uma garrafa de whiskey. Que o rótulo está lá, isso está, mas pouco importará a quem gostar realmente da bebida original aí anunciada...
Por conseguinte, ainda que fosse possível preservar, ou até aumentar, a prosperidade económica europeia com base na imigração, aplicar-se-ia ao resultado de tal solução uma velha piada: «a operação foi um sucesso, mas o paciente morreu».
Porque não há Europa sem Europeus.
E não é europeu - português, grego, inglês, russo, sueco - quem quer ou quem «gosta» da Europa. É europeu quem pode - quem herda pelo sangue (um)a identidade europeia. Um cão nascido num estábulo não passa por isso a ser um cavalo. Um árabe nascido em França nunca será francês.
Não é por isso europeu quem a elite reinante quiser considerar europeu. Pegar num nigeriano que corre bem e dar-lhe um b.i. europeu é o tipo de ideias aberrantes que só agrada a quem pensa que pode forçar a natureza humana e acabar com as barreiras intransponíveis, em nome do bastardo, pária, no fundo neo-cristão, ideal da «humanidade sem fronteiras», ou seja, a espécie humana descaracterizada e mergulhada na lama da indiferenciação.
"Não, já éramos tolerantes antes das guerras religiosas"
Não Caturo, as guerras religiosas foram resultado da intolerância religiosa, como é evidente.
"Foi o Cristianismo que trouxe à Europa o vírus da intolerância doutrinal em larga escala"
Não sei..a história antiga é pouco documentada, mas dou de barato que os monoteísmos são propensos ao totalitarismo. Se acreditamos que só há um Deus e que é o nosso, é provável que isso crie um bom caldo de cultura para a intolerância.
Todavia os aenglish chacinaram os bretões, os romanos chacinaram os judeus, etc.
Ignoro se as religiões célticas, germânicas ou nórdicas eram pacíficas e tolerantes, mas as sagas que nelas se baseiam, são todas guerreiras ( e belas, quem não gosta do Anel dos Nibelungos, das Valquírias, de Siegfried, de Odin, da Valhalha, etc?)
"o Islão, de raiz tão ou mais semita do que o Cristianismo"
O que entende por "raiz semita"?
" elite reinante, que, dominada pelo amor ao Outro, ao alienígena, está sempre disposta a dar a outra face ao agressor e vê no abracinho fraterno dado aos muçulmanos"
Não creio que seja o "amor ao outro", mas sobretudo o complexo de culpa, o ódio a si mesmo, o niilismo. A esquerda politicamente correcta não anda de braço dado com o Islão, por amor, mas por ódio a si mesma.
Já a extrema-direita, aliada conjuntural desta esquerda (partilha com ela o ódio aos judeus, a aversão ao liberalismo, a entronização do Estado, o repúdio pelo capitalismo, etc), tem de facto afinidades com o islão.
Adolfo Hitler era aliado dos muçulmanos, o Grande Mufti de Jerusalem era conselheiro do Tio Adolfo, e as SS tinham mesmo duas Divisões muçulmanas, com imans regimentais e tudo.
"Agora, quanto às guerras contra o Islão... na Europa foram sobretudo defensivas"
Concordo. Os cristãos nunca tentaram ocupar Meca, embora um chefe cruzado, no tempo dos Reinos Francos, tenha esboçado essa ideia ( teria sido uma óptima ideia)
"Viva pois a guerra religiosa..."
A cruzada não foi essencialmente religiosa, uma vez que o cristianismo não preve a guerra religiosa ao contrário do Islão. Foi uma guerra defensiva, que só foi possível porque os povos europeus tinham uma pertença cristã. Se não tivessem essa identidade, não teriam concertado esforços comuns face ao Islão.
É aliás por isso que é preocupante que a Europa não tenha quaisquer valores superiores, para além das normas positivadas.
Muita gente estará disposta a morrer pelo seu país, mas morrer pela Europa não me parece que haja...
Vá lá, prezado, não se baralhe outra vez. ‘O Anel dos Nibelungos’ é de Wagner, os bárbaros escreveram apenas ‘Os Nibelungos’, uma saga e não uma ópera. Parece que no tempo deles não havia, sei lá.
Adolfo Hitler era aliado dos muçulmanos, o Grande Mufti de Jerusalem era conselheiro do Tio Adolfo, e as SS tinham mesmo duas Divisões muçulmanas, com imans regimentais e tudo.
E olhe que de cristãos... cof... cof... cof... e de budistas... cof...cof... cof...
Ainda hei-de investigar que raio de religião tinha o Mussolini, ou os austríacos, ou os irlandeses, ou os croatas ou os camisas-qq-coisa dos vários países europeus, ou os japoneses. Ou ainda o Ford, o Prescott Bush e a listinha do costume. E até judeus, mas isso já uma outra história, bastante mais compreensível à luz da sobrevivência.
Como sempre acontece, aliás. Os aliados são conjunturais, as religiões e ideologias não valem um chavo nos conflitos.
"Os aliados são conjunturais, as religiões e ideologias não valem um chavo nos conflitos"
É uma tese.
Que,se fosse boa, explicaria porque razão a ex-Jugoslávia se cindiu em fronteiras totalmente religiosas, com os apoios a seguirem a mesma clivagem.
Gente com a mesma língua, da mesma etnia...
Sérvios ortodoxos apoiados pela Rússia, Grécia etc.
Croatas católicos apoiados pela Alemanha.
Bósnios muçulmanos apoiados por turcos, árabes, etc
Três países da NATO a apoiarem três entidades diferentes.
Como é que a sua tese explica isto?
Mera coincidência?
Suspende-se a tese?
Sim, é verdade que no conflito final em Sarajevo, a luta já teve também contornos geopolíticos, com o Ocidente ( tirando a Grécia) a apoiar os muçulmanos.
É que a luta para os americanos, já não tinha a ver com os "nossos", mas com a contenção da Rússia...
Quanto ao Wagner, ainda bem que gosta.
Tem de ir um dia visitar o Castelo de Neuschwanstein, na Baviera, para ver o que o fez o LUis II...
de chamar os bois pelo nome e dizer que foi o Kaddafi que deu ordem para matar 270 pessoas em Lockerbie?
Carmo,
Acho que sabe que está claramente a caricaturar quando diz que a questão é esta. Evidentemente, a liberdade para dizer o que for do Kadhafi ou para fazer cartoons não deveria ter mais nenhum limite excepto os que estão previstos pelos sistemas legais de cada país. E sim, é inadmíssivel que essa liberdade possa ser curvada por interesses religiosos ou de outra ordem.
No entanto, o referendo da Suíça, como já foi dito noutros locais, visa retirar um direito a uma minoria que é mantido pela maioria. E o problema é precisamente esse: há assuntos que não são referendáveis (o casamento homossexual é outro exemplo óbvio, dado que existe uma limitação aos direitos de uma minoria) sob pena de transformar a democracia numa ditadura da maioria.
Para exemplificar, ainda que a maioria dos portugueses ache que os neonazis ao estilo do caturo constituam um grupelho residual de gente nada recomendável, não seria tolerável referendar se lhes deveríamos dar o mesmo tratamento que o senhor do bigodinho (que o caturo e amigos apreciam) deu aos judeus.
Ah, e não se esqueça das tropas mouras do Franco, que entravam sem cerimónia nas igrejas e chacinavam os cristãos lá dentro.
Uma chatice, a história anda sempre a trocar-nos as voltas.
Foi uma guerra defensiva, que só foi possível porque os povos europeus tinham uma pertença cristã.
De vez em quando lá vêm uns laivos de tentativa de acerto, mas acaba sempre ao lado. É claro que a religião é o melhor combustível e código de pertença, quando funciona. Agora já não, o cristianismo e as suas subdivisões passaram rapidamente a chacinar-se uns aos outros e entre si. E também não foi uma 'guerra defensiva' numa região que estava pacificada e sem conflitos à vista, mas mais uma reconquista de territórios indispensáveis à expansão marítima e assim mesmo ficou chamada. Depois cada cooperante ficou com um bocadinho de terra e desse modo se formaram os reinos onde antes imperavam apenas os visigodos.
Nada mau, pois não? Não porque uns fossem cristãos e os outros serracenos, mas porque eram essas as circunstâncias. Se queriam dominar o território tinham que marchar contra o obstáculo, tal como Afonso Henriques marchou contra a mãe, o primo, a família toda. Penso que não eram muçulmanos, não sei.
Quanto ao Wagner, ainda bem que gosta.
Ah, prezadíssimo, esta pequenina frase é a sua verdadeira pegada genética. Não responde à questão, tenta safar-se dela que nem o diabo da cruz e orientar a fuga para rumos mais favoráveis. Olhe, involuntariamente fez uma boa síntese da estratégia dos conflitos.
As clivagens na Jugoslávia, como acabou por concordar, são como as clivagens em qq parte do globo, na Federação Russa, em África, na guerra civil americana, nas Cruzadas. Cherchez la femme, como nos recomenda o charme francês.
o Maomé é, segundo os nossos actuais critérios, um pedófilo
É verdade, as crianças, especialmente as meninas, passaram muito. Só no séc. XII a igreja católica deu um ar da sua graça e estabeleceu os mínimos de 12 anos para o casamento das meninas e 14 para o dos rapazes. Mas nem sequer era determinante, se as famílias o decidissem podiam casá-los antes. Há registos de padres que, condoídos com esta miséria, faziam campanha pelo impedimento de casamentos antes dos 7 anos. Sete aninhos como mínimo e com a bênção da igreja!
Só podemos é imaginar o que estas crianças passaram ao longo dos séculos. Normalmente os maridos eram bastante mais velhos, o que agravava a ofensa.
Uma das minhas bisavós ainda não tinha catorze anos quando se casou, o marido era homem quase feito, para a época. Eram casados com todos os matadores, meteu igreja e tudo. Dizia a minha mãe que, quando chegava a casa, o meu bisavô ia à procura dela, na brincadeira com as amigas.
Bom, afinal os serracenos estão ou não estão às portas de Viena? Pelo menos há pouco tempo ainda não se viam as tendas, hoje não sei.
Os incendiários, sr. Carmo, sempre apostaram na agitação e precisam das mãos ocupadas. São pouquinhos mas barulhentos.
Durante muito tempo atiravam apenas aos judeus, mesmo já depois da guerra e com os judeus reduzidos a uma mão-cheia. Parece que desapareceram misteriosamente, não se sabe ainda hoje onde se meteram tantos milhões deles. Cá para mim só uma linha de montagem poderia ter dado o acabamento final a tanta gente, mas insistem que não, que morreram espontaneamente ou emigraram.
OK, seja, se existe a partenogénese não custa nada perceber a tanatogénese.
Bom, sem nunca largarem de olho os judeus, seguiram-se os pretos que começaram a arribar por cá. Ainda limparam as botas a uns tantos, que eram muito inestéticos, perigosos e assim. Eu já andava um bocadinho receosa com o passo seguinte, sou fisionomicamente do tipo mediterrânico e não loira de olhos azuis, e não sabia bem para que lado a agulha iria virar. Uuuuufa, apareceram os árabes e muçulmanos, que por enquanto os vão entretendo. Que se conservem vidrados nessa gentinha toda, sr. Carmo, nunca se sabe quando chega a hora de partirem para outra.
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Aquilo que damos por garantido pode ir ao ar num instante.
Também é verdade, mas para isso não precisamos de terceiros, nós próprios damos conta do recado.
Caro ejsantos, pense lá o que quiser que não retiro a garrafita de champanhe. Para mim, é mais uma tese das que costumam ocorrer no fim de século, a sensação de desgraça iminente. Atrasou-se uns anos mas ainda chegou a tempo de satisfazer os aderentes e cumprir o programa.
O Islão provavelmente ultrapassará o cristianismo nalguns países, mas é por preguiça dos cristãos, tal como os católicos irlandeses só estão à espera de superar o número de anglicanos para tomarem conta do governo.
A solução até é fácil, é só querer, e espero que os aflitos sejam os primeiros a avançar com contributos.
«Ainda limparam as botas a uns tantos, que eram muito inestéticos, perigosos e assim. Eu já andava um bocadinho receosa com o passo seguinte, sou fisionomicamente do tipo mediterrânico e não loira de olhos azuis, e não sabia bem para que lado a agulha iria virar.»
Sim, isso é verdade. Aliás, consta que Rudolf Hess, com olhos e cabelo castanhos, voou para o Reino Unido precisamente para fugir aos campos de concentração. O próprio Hitler, sendo relativamente baixo e de cabelo preto, já tinha lá uma cela reservada, ao lado da cela do ainda mais moreno Mussolini, e do igualmente escuro Franco, por isso é que suicidou. Ele e os milhares de soldados espanhóis, bósnios, ucranianos, indianos, que lutaram pelo Eixo nas SS. Pois foi...
«Só no séc. XII a igreja católica deu um ar da sua graça e estabeleceu os mínimos de 12 anos para o casamento das meninas e 14»
Pois. Mas a igreja não o fazia por seguir um qualquer modelo histórico-religioso. Casar aos 12 ou aos sete anos não era nenhuma imitação de um modelo.
O caso do Islão é um bocadito diferente... Maomé é considerado como o homem perfeito. Perfeito em todas as épocas e tempos. Logo, tudo o que ele fez está certo, pedofilia e assassínio de poetas incluído.
Agora, é preciso ir explicar aos milhões e milhões de muçulmanos pedófilos, ou que aceitam a pedofilia, que Maomé naquela parte do casamento com Aisha era só um homem do seu tempo, e hoje pensa-se de maneira diferente... força nisso.
«E também não foi uma 'guerra defensiva' numa região que estava pacificada e sem conflitos à vista,»
Foi, foi uma guerra defensiva, visto que os conflitos nunca acabaram na zona de fronteira, ou não fossem as fronteiras do Islão tão sangrentas como fortes sejam as hostes de Mafoma. Foi uma guerra defensiva porque se tratava de tomar de volta território roubado.
«mas mais uma reconquista de territórios indispensáveis à expansão marítima e assim mesmo ficou chamada»
Não, nem eram necessárias à expansão marítima, nem ficaram assim chamadas.
«Nada mau, pois não? Não porque uns fossem cristãos e os outros serracenos, mas porque eram essas as circunstâncias. Se queriam dominar o território tinham que marchar contra o obstáculo, tal como Afonso Henriques marchou contra a mãe, o primo, a família toda. Penso que não eram muçulmanos, não sei.»
Não eram não, e todos eles o sabiam. Por isso é que, por mais rancores e rivalidades que existissem entre Portugueses e Castelhanos, nunca se confundiram essas rivalidades com o grande inimigo. Nunca Portugal, ou Castela, ou qualquer outro reino ibérico, se juntou à Moirama para combater outro reino ibérico.
Porque nessa época havia alguma lucidez, sabia-se quem era o inimigo, não se embarcava em relativismos baratinhos e propositadamente confusionistas...
"Não, já éramos tolerantes antes das guerras religiosas"
«Não Caturo, as guerras religiosas foram resultado da intolerância religiosa,»
Sim, mas eu não disse isso. O que afirmei foi que ANTES do Cristianismo não havia essa intolerância religiosa.
"Foi o Cristianismo que trouxe à Europa o vírus da intolerância doutrinal em larga escala"
«Não sei..a história antiga é pouco documentada, mas dou de barato que os monoteísmos são propensos ao totalitarismo. Se acreditamos que só há um Deus e que é o nosso, é provável que isso crie um bom caldo de cultura para a intolerância.»
Sim, no essencial é mais ou menos isso. Mas não é só uma questão de monoteísmo. Monoteístas também os parses são e raramente se mostraram intolerantes.
O problema maior está mesmo no universalismo totalitário: em achar que se tem o direito de impor ao mundo a sua verdade, seja monoteísta ou ateia.
«Todavia os aenglish chacinaram os bretões,»
Mas por conquista territorial, não para lhes destruírem a religião...
«os romanos chacinaram os judeus,»
Idem. Os Romanos até permitiram a existência do Judaísmo, desde que os Judeus não se revoltassem.
«Ignoro se as religiões célticas, germânicas ou nórdicas eram pacíficas e tolerantes, mas as sagas que nelas se baseiam, são todas guerreiras»
Mas desde quando é que o guerreiro é religiosamente intolerante? Há aí valente confusão de conceitos.
"o Islão, de raiz tão ou mais semita do que o Cristianismo"
«O que entende por "raiz semita"?»
Origem étnica. Maomé é árabe, Jesus é judeu, ambos semitas, portanto; Alá=Jeová é um Deus semita.
" elite reinante, que, dominada pelo amor ao Outro, ao alienígena, está sempre disposta a dar a outra face ao agressor e vê no abracinho fraterno dado aos muçulmanos"
«Não creio que seja o "amor ao outro", mas sobretudo o complexo de culpa, o ódio a si mesmo, o niilismo.»
Sim, sem dúvida, o etno-masoquismo, o complexo de culpa herdado do Cristianismo. Mas também o amor ao «Outro», ao estrangeiro, ao alienígena, determinante na mentalidade anti-racista.
«A esquerda politicamente correcta não anda de braço dado com o Islão, por amor, mas por ódio a si mesma.»
Por ambos, em grande parte.
«Já a extrema-direita, aliada conjuntural desta esquerda (partilha com ela o ódio aos judeus,»
Nem sempre.
«a aversão ao liberalismo, a entronização do Estado, o repúdio pelo capitalismo, etc),»
Nem sempre.
Nada disso é determinante na extrema-direita. Há extremo-direitistas socialistas e extremo-direitistas liberais.
«Adolfo Hitler era aliado dos muçulmanos,»
Mas o grande combate à islamização no Ocidente é feito pelo BNP, pelo Vlaams Belang, pelo PVV de Wilders, pelo SverigaDemokraterna, etc..
«Foi uma guerra defensiva, que só foi possível porque os povos europeus tinham uma pertença cristã. Se não tivessem essa identidade, não teriam concertado esforços comuns face ao Islão.»
É pura especulação. Os hindus não tinham identidade cristã e também travaram a hoste de Mafoma.
«No entanto, o referendo da Suíça, como já foi dito noutros locais, visa retirar um direito a uma minoria que é mantido pela maioria»
Não, não visa nada disso.
E não visa pura e simplesmente porque essa minoria não tem, à partida, esse tal direito, visto que essa minoria não é dona ou herdeira do país. Essa minoria não tem pois o direito de alterar a identidade do país que a acolheu, muito menos de aí disseminar símbolos do seu poder, como é o caso do minarete. Foi mesmo contra isso que o Povo se pronunciou - o referendo da Suíça foi simplesmente a voz do Povo Suíço, ou seja, dos donos legítimos do país. E é por isso que as elites reinantes, párias por natureza, apátridas por militância, estão tão nervosas com o resultado: porque nada lhes é mais adverso do que a verdadeira voz do Povo. Para esta elite, o Povo é uma coisa gira mas só quando está caladinho e domesticado, ou quando se pode falar em nome dele, sem no entanto o deixar falar directamente, ui, isso é perigoso... Porque, com o povo caladinho, sem se poder pronunciar, os sérgiopintos podem impunemente atribuir ao povo as ideias que quiserem, como um ventríloquo a fazer «falar» um fantoche. Que foi o que este sérgiopinto aqui fez, ao atribuir ao povo a opinião que eles, sérgiopintos, queriam que o povo tivesse dos «nazis». Por isso é que os sérgiopintos, enquanto batem nos respectivos peitinhos como se de peitaças se tratassem e clamam defender a Democracia!!!!, proíbem por outro lado a existência de partidos «nazis», não vá o Povo, enfim, enganar-se, cof, cof, porque o Povo é soberano!!!!!, o Povo é quem mais ordena!!!!!!, mas só se não votar contra a opinião dos sérgiopintos...
A chatice é que às vezes o Povo fala mesmo com a sua própria voz – e nessa altura cai o Carmo e a Trindade, como agora se vê no «escândalo» do referendo suíço. Caem sobretudo as mentiras dos sérgiopintos, fica à vista que aquilo que os sérgiopintos dizem que o Povo pensa e aquilo que o Povo realmente pensa, são duas coisas bem diferentes. E os sérgiopintos e respectivos donos sabem bem disso, por isso é que nunca gostaram de referendos...
"Origem étnica."
O semitismo não é étnico. É linguístico.
". Os hindus não tinham identidade cristã e também travaram a hoste de Mafoma."
Mas tinham uma identidade hindu.
O que lhe estou a dizer é que não existia uma identidade europeia, pelo que se não houvesse uma "cristandade", os povos europeus tinham-se acomodado ao poder islâmico e era cada um por si.
Foi o cristianismo, queira-se ou não, que travou o Islão.
Era a única "pertença" aglutinadora de todos aqueles povos ( e ainda hoje é....)
E eu não sou cristão, atenção....
«"Origem étnica."
«O semitismo não é étnico. É linguístico.»
O linguístico nunca é puramente linguístico. E quanto mais para trás no tempo, mais a língua corresponde à etnia. Mas faça coro com o politicamente correcto, se quiser.
". Os hindus não tinham identidade cristã e também travaram a hoste de Mafoma."
«Mas tinham uma identidade hindu.»
Diversificada no seu seio. O «Hinduísmo», como um bloco, é em grande parte uma visão ocidental.
«O que lhe estou a dizer é que não existia uma identidade europeia, pelo que se não houvesse uma "cristandade", os povos europeus tinham-se acomodado ao poder islâmico e era cada um por si.»
É uma especulação como outra qualquer, mais uma vez. Acresce que algumas das derrotas mais decisivas da Moirama foram perpetradas por gente etnicamente una, como foi disso exemplo a batalha de Tours, em 732. Os Francos não precisaram de se aliar a ninguém para derrotar os norte-africanos sediados na Ibéria.
«Era a única "pertença" aglutinadora de todos aqueles povos ( e ainda hoje é....)»
Não, hoje já não é.
O semitismo não é étnico. É linguístico.
Siiiiiiiiiiiiiiiiiim, prezado, ora diga lá, sou toda ouvidos. Então qual é a origem étnica de ambos?
O facto de haver um tronco linguístico comum entre hebreus e árabes não lhe faz soar uma campainha nessa cabecinha, nem que no mínimo seja para espevitar a curiosidade?
Cada cavadela sua minhoca, que quer que lhe faça?
Só continua a admirar-me como se mete em cavalarias altas sem qq preparação para isso.
@ Caturo: «… no que à reciprocidade diz respeito, acho bem que se ponha a nu, sem margem para dúvidas, a diferença entre o Islão e o Ocidente.»
Caro Caturo, a diferença e o problema da reciprocidade entre o Islão e o Ocidente é posta a nu pelo menos 3 vezes no artigo inicial do jornalista holandês! E nem foi preciso ele abordar a história das raças, dos infra-humanos e dos infra-animais… É obra, não acha?
Mais uma vez:
Porque razão conceder a uma doutrina, que é adversa à democracia e ao sistema jurídico vigente (com a sua sharia), o direito de colocar os seus símbolos?
A liberdade religiosa não é apenas válida para eles, também é para os não-muçulmanos. Porque se a coisa não funcionar para os dois lados, também o Islão (não-político) é uma bomba que pode fazer explodir o nosso sistema pluralista.
Na Arábia-Saudita é proibido pregar o cristianismo. No Egipto os Coptas (cristãos ortodoxos do Egipto) sofreram razias anti-cristãs durante o referendo suíço.
@ Caturo: «… O que eu quis dizer foi que a tónica, para os Europeus, deve estar na Identidade, não na reciprocidade. Porque mesmo que os muçulmanos aceitassem a construção de grandes catedrais no seu território, eu continuaria a não querer minaretes em solo ocidental.»
Sim, mas como não há identidade europeia, pelo menos não no sentido rácico que você quer dar à coisa, ficamo-nos pela reciprocidade, e não é nada mau. Você vê a coisa assim como uma troca de produtos por produtos, porque não entende o significado político e social que é a Arábia-Saudita conceder a construção de catedrais no seu território! Isso implicaria uma grande transformação prévia do Islão! Algo como o papa num grande linguado em público (na varanda do vaticano) com o Rob Williams para popularizar a aceitação dos homossexuais no seio da Igreja…
@ Caturo: «… a segunda incompreensão da sua parte - porque quando falei em estética não me referia a questões de gosto.»
Peço imensa desculpa, mas em português, quando se fala em ESTÉTICA significa bonito ou feio e normalmente com referências a questões de gosto! Que você queira meter a IDENTIDADE em todo lado – até no café – tem a minha bênção, mas por favor, não culpe a minha falta de compreensão…
@ Caturo: «… E não é europeu - português, grego, inglês, russo, sueco - quem quer ou quem «gosta» da Europa. É europeu quem pode - quem herda pelo sangue (um)a identidade europeia. Um cão nascido num estábulo não passa por isso a ser um cavalo. Um árabe nascido em França nunca será francês.»
Triumph des willens:
Poder é uma coisa muito diferente de herdar! No herdar não há esforço nenhum – herda-se apenas. No querer ser, apesar do sangue não ser o original, o ‘bom’, há esforço, há uma vontade consciente e inabalável de abraçar uma nova identidade. Quem é mais português? Um pária (filho legítimo de portugueses) que prefere falar inglês, que se veste à punk alemão (ou usa keffiya palestino) ouve música anglo-saxónica, bebe quoctéis e come sushimi, ou um ucraniano que aprendeu a língua de Camões, faz umas pegas em Vila Franca, dá-lhe no tinto que é uma fervura, canta o fado que nem o Marceneiro e pelo menos uma vez por ano vai à Mealhada comer leitão e beber frisante?
Quem é que é mais português? Qual deles está em melhores condições de garantir a continuidade da raça, e também as memórias gloriosas
daqueles Reis que foram dilatando a Fé, o Império, e as terras viciosas de África e de Ásia andaram devastando, e aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando…
Quem, cona da mãe?
PS. peço imensa desculpa pelo vernáculo, mas são os efeitos do uísque - uma pequena concessão da minha parte à minha forte identidade lusitana – mas a 2200 km da pátria não é fácil arranjar um bom bagaço a estas horas…
@ Sérgio Pinto: «… No entanto, o referendo da Suíça, como já foi dito noutros locais, visa retirar um direito a uma minoria que é mantido pela maioria. E o problema é precisamente esse: há assuntos que não são referendáveis (o casamento homossexual é outro exemplo óbvio, dado que existe uma limitação aos direitos de uma minoria) sob pena de transformar a democracia numa ditadura da maioria.»
Caro Sérgio Pinto,
Respondo com as palavras do autor do texto:
”…quem considera o Islão uma doutrina política o SIM é evidente. Porque razão conceder a uma doutrina, que é adversa à democracia e ao sistema jurídico vigente (com a sua sharia), o direito de colocar os seus símbolos? O comunismo durante o período da Guerra Fria tão pouco tinha esse direito?”
Este também é precisamente o problema – quando se considera o Islão uma doutrina política e não mais uma religião como outra qualquer…
@ Sérgio Pinto: «… Para exemplificar, ainda que a maioria dos portugueses ache que os neonazis ao estilo do caturo constituam um grupelho residual de gente nada recomendável, não seria tolerável referendar se lhes deveríamos dar o mesmo tratamento que o senhor do bigodinho (que o caturo e amigos apreciam) deu aos judeus..
Primeiro que tudo, nem na Suíça nem na Holanda a maioria dos habitantes quer dar aos muçulmanos o mesmo tratamento que o senhor do bigodinho deu aos judeus…
E a seguir acho que se os comunistas se podem exprimir livremente em Portugal, e muitos deles, ainda hoje, não se distanciaram devidamente dos ‘Gulags’ e dos ‘killing fields', em que critério nos basear para proibir o Caturo de ventilar - ainda por cima bem escrito - a sua opinião sobre identidade e raças?
O único critério que vejo é que tanto os comunistas, como o Caturo e o Islão, todos eles defendem ideologias que querem acabar com a democracia parlamentar. Talvez seja isto um critério!!!
@ ml: «… especialmente as meninas, passaram muito. Só no séc. XII a igreja católica deu um ar da sua graça e estabeleceu os mínimos de 12 anos para o casamento das meninas e 14 para o dos rapazes..»
Minha cara senhora,
Este hábito rotineiro de avançar com os ‘nossos’ defeitos de há 500 anos atrás para desculpar o Islão actual, é, além de injusto em relação ao Novo Testamento, é, neste caso preciso, um absurdo!
Não se trata de criticar o Maomé pessoalmente por um hábito ancestral e tribal, mas sim da POSSIBILIDADE de criticar a prática actual copiada do Maomé. Coisa que nós, e em relação aos nossos defeitos, como sabe, podemos fazer nas calmas, mas a Ayaan, pela mesma atitude tem a cabeça a prémio.
@ ml: «… Eu já andava um bocadinho receosa com o passo seguinte, sou fisionomicamente do tipo mediterrânico e não loira de olhos azuis, e não sabia bem para que lado a agulha iria virar. Uuuuufa, apareceram os árabes e muçulmanos, que por enquanto os vão entretendo.»
Por enquanto são os árabes e os muçulmanos que se vão entretendo com as loiras de olhos azuis – e não o contrário, como sugere! Mas também acontece se entreterem com as irmãs ou com as mães a manter (a tiro e à facada) os tais hábitos ancestrais e tribais nas nossas cidades, e quem paga os danos é o contribuinte. Porque a Arábia-Saudita apenas quer subsidiar minaretes.
ML disse..."pense lá o que quiser que não retiro a garrafita de champanhe."
OK Cara. Se bem que preferiria um bom tinto...
MAs a cavalo dado não se olha o dente.
«Caro Caturo, a diferença e o problema da reciprocidade entre o Islão e o Ocidente é posta a nu pelo menos 3 vezes no artigo inicial do jornalista holandês! E nem foi preciso ele abordar a história das raças,»
Pois, mas eu não abordei a história das raças para falar da reciprocidade, mas sim para falar da identidade e sobretudo dos que a querem destruir ou negar. Porque o que realmente interessa é a identidade, não é a reciprocidade.
Não se baralhe.
«Sim, mas como não há identidade europeia,»
Há identidade europeia sim,
«pelo menos não no sentido rácico que você quer dar à coisa,»
existe e existe exactamente, e a começar, pelo sentido rácico que eu vejo «na coisa» e você não quer ver.
«ficamo-nos pela reciprocidade,»
Não, não nos ficamos pela reciprocidade, porque isso é aquilo a que se chama adiar o problema e, no fundo, entregar o ouro ao bandido. Por mais estranho que isto possa parecer a um universalista como você, nós também temos um ser, não são só eles. E é o nosso ser que para nós deve estar acima de tudo.
E é dar provas de miopia grave pensar que se pode enfrentar o Islão sem se ter uma identidade forte.
«Você vê a coisa assim como uma troca de produtos por produtos,»
Porra, você é que vê a coisa assim como uma troca de produtos por produtos, ou tiro por tiro, ele dá um tiro e você dá também, ele não se esconde atrás de uma colunas de cimento, logo você também não, em nome da reciprocidade, só que ele tem um colete à prova de bala e você não, além de não ter reparado nesse pormenor, pelo que ele ficará de pé e você não. Você centra tudo na questão da troca por troca - mas não percebe que, para «negociar» como deve ser, precisa de ter em primeiro lugar um bom pé de meia.
Em suma, e para falar na sua linguagem de maneira a que entenda, a coisa é simples: se quer reciprocidade, comece pelo essencial - eles têm uma identidade, logo, você também tem que ter uma coisa assim, como você diria.
«porque não entende o significado político e social que é a Arábia-Saudita conceder a construção de catedrais no seu território! Isso implicaria uma grande transformação prévia do Islão!»
Você é que de modo algum começou sequer a perceber o que é realmente crucial. Mas eu quero lá saber da transformação prévia do Islão. Eu não quero um Islão transformado, não quero também um Islão europeizado, eu quero é distância de tudo o que é islâmico e semita em geral. Pelo mesmo motivo que também não queria que o Cristianismo se tivesse ocidentalizado.
«Peço imensa desculpa, mas em português, quando se fala em ESTÉTICA significa bonito»
Está desculpado, mas eu até expliquei o que queria dizer. Bonitos há muitos, mas de géneros diferentes. Até dei o exemplo dos templos japoneses nas aldeias portuguesas, será difícil perceber?
«Que você queira meter a IDENTIDADE em todo lado»
Não é eu querer - é ela existir. Mas se acha que um templo japonês não destoava na aldeia de Monsanto, isso é lá consigo. Mas há quem não goste de salsadas e diluições mundialistas. Quem gosta, que vá para o Brasil ou para Cabo Verde.
«Triumph des willens:»
Não. A willens é porreira para um gajo se conseguir levantar da cama à sete da manhã, mas não dá para tudo.
«Poder é uma coisa muito diferente de herdar!»
Exacto.
«No herdar não há esforço nenhum – herda-se apenas.»
Correcto.
O Ser não precisa de esforço para existir.
«No querer ser, apesar do sangue não ser o original, o ‘bom’, há esforço, há uma vontade consciente e inabalável de abraçar uma nova identidade.»
Só que a identidade não se abraça. Nem se conquista. Herda-se. Claro que há aqueles que pensam que são candeeiros, e outros que resolvem começar a transformar o corpo para se parecerem com répteis, mas isso não faz deles verdadeiros candeeiros ou répteis, respectivamente.
E, se fizesse, então a aberração, se já é grande, seria então completa.
«Quem é mais português? Um pária (filho legítimo de portugueses) que prefere falar inglês, que se veste à punk alemão (ou usa keffiya palestino) ouve música anglo-saxónica, bebe quoctéis e come sushimi, ou um ucraniano que aprendeu a língua de Camões, faz umas pegas em Vila Franca, dá-lhe no tinto que é uma fervura, canta o fado que nem o Marceneiro e pelo menos uma vez por ano vai à Mealhada comer leitão e beber frisante?»
O primeiro, sem margem para dúvida, embora o segundo possa ser integrado em Portugal, visto que é de raça branca europeia.
Ser português não é como ser do Benfica. Isto aqui não é um clube, é uma nação. É a tal «coisa», sabe, aquela que você não compreende. Quem anda muito por fora às vezes sofre disso. Uma nação é uma família maior. E um irmão canalha e egoísta é sempre um irmão, nunca deixará de o ser. O melhor amigo é que de um dia para o outro pode passar a ser um estranho, quando não um inimigo.
«Quem é que é mais português? Qual deles está em melhores condições de garantir a continuidade da raça,»
Continuidade da raça - o primeiro, literalmente falando.
«e também as memórias gloriosas
daqueles Reis que foram dilatando a Fé, o Império, e as terras viciosas de África e de Ásia andaram devastando,»
Pois, mas uma nação não é isso. Portugal já era nação antes da dilatação da fé e do Império, antes de chegar às terras viciosas de África e de Ásia.
«Quem, cona da mãe?»
Mas ainda há dúvidas, caralho?
«PS. peço imensa desculpa pelo vernáculo,»
Continua desculpado. Claro que esse arroubo de portugalidade verbal não compensa o resto, mas enfim, siga.
Este também é precisamente o problema – quando se considera o Islão uma doutrina política e não mais uma religião como outra qualquer…
Seria tão válido atribuir esse estatuto de doutrina política a essa religião como a várias outras: basta pensar em países em que a Igreja Católica andou de braço dado com fascistas; ou dizer que devíamos impedir os judeus de ter sinagogas porque têm ministros de extrema direita; ou... ou...
Note, estou-me borrifando para qualquer religião e acho que o Estado faria lindamente em proibir símbolos religiosos em qualquer edifício público, tal como acho intolerável que alguém ande tapado da cara aos pés ou que os direitos de qualquer pessoa num país democrático possam ser diminuídos em nome de uma qualquer tradição religiosa.
Já o acto de referendar direitos básicos me incomoda um bom bocado, bem como retirar direitos a terceiros que queremos conservar para nós me incomoda um bocado.
Primeiro que tudo, nem na Suíça nem na Holanda a maioria dos habitantes quer dar aos muçulmanos o mesmo tratamento que o senhor do bigodinho deu aos judeus…
E alguém disse o contrário?
E a seguir acho que se os comunistas se podem exprimir livremente em Portugal, e muitos deles, ainda hoje, não se distanciaram devidamente dos ‘Gulags’ e dos ‘killing fields', em que critério nos basear para proibir o Caturo de ventilar - ainda por cima bem escrito - a sua opinião sobre identidade e raças?
Não sei se foi da hora, mas acho que você se baralhou um bocado no final. Onde é que disse que se devia proibir o caturo de se exprimir?
E eu nada tenho a ver com apoiantes de gulags, como você bem sabe.
O exemplo pretendia apenas ilustrar uma coisa que me parece óbvia: aceitar que, por hipótese, 2/3 da população referendassem (e aprovassem) o extermínio do outro 1/3 não seria um primor democrático.
Caturo,
Eu de si não espero que perceba a diferença entre a democracia e a sua negação. Você achará que o facto de o Hitler ter sido eleito legitima tudo o que ele fez aos judeus, eu não. Ontem, a exploração do medo apontando o dedo aos judeus, hoje a mesmíssima exploração mas apontando o dedo aos portugueses de tom de pele que lhe desagrade, aos muçulmanos e aos imigrantes. Fósseis...
P.S. Cumprimentos ao seu ídolo Mário Machado. A cela tem estado ao gosto dele?
Este hábito rotineiro de avançar com os ‘nossos’ defeitos de há 500 anos atrás para desculpar o Islão actual, é, além de injusto em relação ao Novo Testamento, é, neste caso preciso, um absurdo!
Sr. Carmo, ponha de lado esse whiskey marado, antes que seja tarde, e diga-me qq coisa que eu mando-lhe uma garrafinha de aguardente de alambique nacional. Se há coisa a que tenho ódio é à pedofilia, mesmo que, como se diz, fosse na altura uma coisa 'dos tempos', não se chamasse assim e tivesse o beneplácito das famílias. Em todas as épocas houve gente que a considerou um crime contra as crianças, basta ver a atitude dos padres que lhe mencionei e não por acaso, o que mostra que o entendimento da situação não era tão pacífico como se quer fazer crer.
Quero lá saber do Maomé, para mim ele e os descendentes levam pela mesma medida que a igreja católica, que por acaso era nem mais nem menos do uma instituição de peso que regulamentava a vida social e moral das pessoas. Se ainda hoje preferem tolerar e varrer para baixo do tapete, que se diria anteriormente com a cobertura ou indiferença da opinião pública. Imagino a vida dos seminaristas, crianças que iam de pequeninos para as ordens.
Se lhe citei a situação aqui no ocidente é porque é a que conheço melhor, no Japão ou nas Arábias posso presumir mas não sei detalhes. E até lhe acrescento que em Portugal, até ao séc. XIX/XX, as coisas continuaram muito pretas para as meninas, o caso da minha bisavó é apenas um entre milhares.
Há uns anitos acompanhei a rebeldia de uma ciganita de 12 anos contra a família que a queria casar dentro das 'tradições'. Conseguiu protelar porque tinha uma mãe relativamente moderada – muito relativamente, mesmo -, mas perdeu a luta ao fim de uns tempos. Hoje tem 16 anos, está casada e em vez de estudar anda a vender pelas feiras. Encontrei-a, perguntei-lhe directamente como era, e não lhe vou dizer a resposta. Fiquei eu a precisar da aguardente que tinha reservada para si.
Não extrapole o que é inextrapolável, nem tudo o que os incendiários lhe dizem é para acreditar.
Sérgio Pinto,
Ficou com a farpa bem enfiada, acusou o toque e, como de costume, completamente destituído de argumentos - como se não bastasse a já conhecida ausência de vértebras - tenta desviar a conversa para a acusação baratinha. Enfim, vindo de quem vem é o costume. Com a demagogia mais ridiculamente desonesta, vem comparar a preservação de um direito fundamental do Povo em não ter estruturas estranhas em sua própria casa, comparar isto com o extermínio de outro Povo. Na opinião dos sérgiopintos e afins, não querer minaretes é como chacinar milhões de pessoas. Se eu não quiser que um vizinho me entre em casa para colocar na minha parede um quadro do seu gosto, é como se lhe matasse a família toda, argumentariam os sérgiopintos. Depois é gentinha como você que se queixa da relativização do alegado holocausto...
Ou seja, a alienação universalista e a aberração anti-racista já chegam ao ponto de levarem a que se considere a legítima defesa identitária, no último reduto do homem europeu, como um crime - a legítima defesa como um crime. Isto é a guerra aberta à identidade europeia, a vontade de aniquilar de vez o rosto europeu, imbecilmente mal disfarçada de respeito pelos direitos humanos, coisa que de facto os sérgiopintos ignoram no essencial. Julgam é que aplicando o rótulo «Racista!!!» no seu tribunal do «santo» ofício, que isso justifica a supressão da liberdade alheia e a imposição ao povo do que quer que lhe passe a si e aos seus pela cabeça.
O giro é que nem sequer percebem que assim legitimam toda e qualquer ditadura - porque todo e qualquer ditador diz que suprime a liberdade do Povo «para bem do Povo», ou para defender um princípio qualquer que ele, ditador, julga superior aos outros. A variação, no caso, é que os ditadores do passado não tiveram a fineza de espírito de disfarçarem a ditatorial fuça com uma mascarilha democrática... mascarilha que, no seu caso, só convence os seus.
«P.S. Cumprimentos ao seu ídolo Mário Machado. A cela tem estado ao gosto dele?»
Não sei, não tenho o hábito de visitar cadeias. Portanto, se está tão interessado nisso, vá você perguntar-lhe, da próxima vez que lá for para falar com algum jovem negro criminoso daqueles que você defende em tribunal...
Cdr, não embirre com o caturo, porque ele diz coisas que, embora ofensivas de uma certa correcção política, vão ao osso do problema.
A questão da identidade é importantíssima embora ele a veja de forma algo redutora.
A identidade tem níveis de pertença.
Por exemplo, uma família.
Um clube.
Uma rua, um bairro, uma cidade, um distrito, um país, um continente, etc.
A identidade que para nós, ocidentais, é mais importante, aquele pela qual morremos, é o estado-nação.
E o estado-nação, é um compromisso intemporal entre os mortos, os vivos e os que hão-de viver.
Uma cultura com a qual nos identificamos e queremos manter.
Nesse sentido, por exemplo a Europa tem uma cultura oficial que implica um repúdio pela nação e pelo orgulho que ela inspira. Ser-se "patriota", é, em certos meios, pouco "chique", até reaccionário.
Curiosamente, os islamistas encaram tb no estado-nação como uma obra de Satanás.
Precisamos de um absoluto, porque depois da morte de Deus, e das ideologias redentoras que o substituíram por algum tempo, o único absoluto que temos é o Nada e a atitude suicida da esquerda politicamente correcta é, afinal, um ultimo assomo de transcendencia de alguém que perdeu toda a fé e não consegue suportar o luto. Uma embriaguez da morte, muito parecida com a do bombista suicida, e provavelmente é tb por isso que a esquerda não consegue disfarçar a simpatia com o islamismo.
Penso que temos de regressar ao estado-nação, e o Cdr sabe bem que quanto mais tempo se está fora, mais se agudiza a nostalgia dos cheiros, das cores, das pedras , enfim, das origens, de uma pertença que é a única que sentimos como autêntica.
«Curiosamente, os islamistas encaram tb no estado-nação como uma obra de Satanás.»
De facto, islamistas, esquerdistas e cristãos são todos universalistas militantes...
Concordo com a descrição que dá da politicagem correcta, mas creio que lhe falta o essencial, o que a define, pelas próprias palavras desta Esquerda: o amor ao outro, ao alienígena, a xenofilia, mas uma xenofilia militante e tida como DEVER moral, herdeira, por isso mesmo, da mentalidade cristã.
Herdeira da mentalidade cristã também no que diz respeito à intolerância.
E porquê?
Porque o universalismo igualitário só pode gerar isso mesmo:
- quem pensa que todo o homem é igual, independentemente das fronteiras, e que por isso as fronteiras deviam acabar,
- e não tem dúvidas de que tem razão,
então é óbvio que vai tentar impor o seu pensamento a todo o mundo, custe o que custar, passe por cima do que for preciso passar, seja em nome da «salvação da alma» alheia, ou da imposição da «vontade de Deus», ou do «combate à tirania».
Caturo,
Lamento que ande com problemas de leitura "à lidador". A crítica, e é bastante óbvia dos comentários anteriores, refere-se à idiotice de se achar que tudo é referendável e que o facto de uma determinada opinião maioritária ser seguida a torna "democrática". Obviamente, não o é quando limita a igualdade de direitos dos cidadãos. E isso aplica-se tanto ao referendo na Suíça, como à proibição da eutanásia e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, como ao 'serviço' prestado pelo seu querido Adolfo.
Quanto ao resto do seu comentário é mais do mesmo. E, para ler a mesma coisa vezes sem conta já aí anda o lidador.
Lidador,
não embirre com o caturo
Les beaux esprits se rencontrent.
Les beaux esprits se rencontrent.
É interessantíssimo observar de camarote esta fiel escola de valores sólidos. Por um lado, a histeria de anti-semitismo a qq alusão à política criminosa de Israel ou ao pastelão ‘Um Violino no Telhado’. Ou até à gravata do Bíbi.
Por outro, a beatitude pela partilha da variante local de anti-semitismo.
O nosso amiguinho está a perder aquele fulgor missionário, não achas? Ou então quer é dar-me razão por vias travessas, as alianças são conjunturais e os princípios que vão pró diabo. Tanto se desgastou no púlpito para dar agora com os burrinhos na água.
Acho que vou rir-me um bocadinho a ver o Adolfito elevar-se da tumba. Se é que ele ainda anda ali pelo pátio do bunker, há quem diga que emigrou para a União Soviética e para isso eu já precisava da autorização do Putin.
As voltas que o carrossel dá, não admira que se fique um bocadinho tonto.
Sérgio Pinto,
Eu é que diria que o seu problema era «dificuldade de leitura», se não soubesse já que o seu problema é outro - dificuldade de resposta e consequente repetição da cartilha. Enfim, é o habitual descaramento esquerdista, desta vez em forma de queixume sobre o repetitivo da argumentação oponente, quando na verdade o que você faz é precisamente repetir a mesma ladainha beatamente igualitária, com a agravante de que o que repete já foi referido e deitado por terra.
Insiste na imbecilidade de dizer que o caso do minarete não é referendável, porque parte da degradante e repugnante ideia de que os imigrantes muçulmanos são cidadãos iguais aos indígenas suíços.
Não são.
Os únicos detentores da terra suíça são os Suíços: brancos francófonos e germanófonos.
Estes estão em sua própria casa - e em sua própria casa têm o sagrado direito de não querer ver edificações alienígenas, que, como agravante, são sinais de domínio político-religioso.
Por conseguinte, o seu argumento sobre a «limitação da igualdade dos direitos dos cidadãos» não se aplica a este caso.
E depois queixa-se você de ler sempre a mesma coisa... mas como quer você ler outras coisas se ainda nem aprendeu estas?
@ caturo: «…Porque o que realmente interessa é a identidade, não é a reciprocidade.»
A uns interessa a identidade, a si, e bastante, e a outros interessa a reciprocidade, neste caso o autor do texto. Porque não uma divisão de tarefas?
@ caturo: «Há identidade europeia sim, (…) existe e existe exactamente, e a começar, pelo sentido rácico que eu vejo «na coisa» e você não quer ver.»
Já percebi. A Europa é uma unidade rácica, no sentido em que é e sempre foi maioritariamente habitada por brancos (caucásicos). Passando por cima de todas as suas abismais diferenças de identidade, raça e sangue que não convém abordar senão alongaria demasiadamente este já longo comentário. Igualmente, a África é e sempre foi habitada maioritariamente por gente de raça negra. E você quer que esta situação se mantenha, mas a 100%, sem a mínima contaminação! Resumindo, não quer ver meia-dúzia de pretos a viver na Europa e quer todos os brancos que vivem em África de volta - a bem ou a mal!
Não vejo interesse nem vantagem nesta deslocação recíproca de pessoas de um lado para o outro, nem creio que você vai conseguir muitos adeptos (tanto brancos como pretos) para alimentar o seu passatempo preferido.
@ caturo: «…Por mais estranho que isto possa parecer a um universalista como você, nós também temos um ser, não são só eles. E é o nosso ser que para nós deve estar acima de tudo. E é dar provas de miopia grave pensar que se pode enfrentar o Islão sem se ter uma identidade forte.»
Universalista! Eu? Você é capaz de ter razão. É verdade que não ando pelas ruas de Amesterdão de capote alentejano, não durmo com um barrete de forcado (vermelho e verde) nem tenho um galo de Barcelos espetado no reverso do casaco…
Sou assim, nem peixe nem carne! É este o meu ser. Como vê, também tenho um ser, uma identidade, e dá perfeitamente para enfrentar o Islão. Pelo menos todos os meus amigos esquerdistas acham que sim! Até me confundem consigo! Não adianta nada eu dizer que não tenho uma suástica tatuada na pila, querem ver! Veja lá ao que isto chegou?
@ caturo: «Porra, você é que vê a coisa assim como uma troca de produtos por produtos, ou tiro por tiro, ele dá um tiro e você dá também»
Isso é uma caricatura daquilo que eu disse. Eu sei que você não gosta muito dos judeus e peço desde já desculpa pelo exemplo que vou utilizar, mas a troca (assimétrica) de tiros que houve há bem pouco tempo entre o Hamas e o exército de Israel em Gaza também me serve…
@ caturo: «Você é que de modo algum começou sequer a perceber o que é realmente crucial. Mas eu quero lá saber da transformação prévia do Islão. Eu não quero um Islão transformado, não quero também um Islão europeizado, eu quero é distância de tudo o que é islâmico e semita em geral. Pelo mesmo motivo que também não queria que o Cristianismo se tivesse ocidentalizado. »
Pronto, não se zangue, já percebi perfeitamente o que você não quer mas acho que é muita coisa! Você não acha que essa sua visão niilista e sem compromissos - atitude pouco portuguesa, certamente importada do estrangeiro - o vai isolar completamente da sociedade cristã (meia-semita) onde vive?
Não acha que já é tarde demais para geneticamente cantar “ó tempo volta pra trás”, quando se sabe que 23,6% de genes judeus (sefarditas) e 10,6% de magrebinos fazem parte da nossa (portuguesa) composição genética no norte do país. A sul a situação torna-se, para si, ainda mais conspurcada, mais dramática: 36,3% judeus e 16,1% de magrebinos.
@ caturo: «Até dei o exemplo dos templos japoneses nas aldeias portuguesas, será difícil perceber?»
Percebo perfeitamente e destoava sim senhora. Mas destoa tanto como ver jovens portugueses com suásticas tatuadas na nádega direita a brincar aos nazis alemães e a chatear africanos até as mães os chamarem para vir comer a sopa que está a arrefecer…
Quer você por ventura também deitar abaixo os chalés suíços que os nossos emigrantes aqui e ali mandaram construir com o suor dos seus rostos de tez morena e sangue de origem duvidosa?
@ Sérgio Pinto: «Seria tão válido atribuir esse estatuto de doutrina política a essa religião como a várias outras: basta pensar em países em que a Igreja Católica andou de braço dado com fascistas; ou dizer que devíamos impedir os judeus de ter sinagogas porque têm ministros de extrema direita; ou... ou...»
Atirar para o ar com termos fortes como “fascista” , “extrema-direita” por dá cá aquela palha não adianta nem atrasa a discussão e apenas semeia a confusão.
(Curioso que você nunca fala nos mesmos termos sobre a extrema-esquerda! Se o fizesse isso dar-lhe-ia um pouco mais de credibilidade.)
A essência desta discussão é saber se o Islão é uma ideologia ou uma religião como as outras. E para si, pelos vistos, é uma religião como as outras, por isso é contra a proibição dos minaretes. Mas em vez de o provar com argumentos, prefere, para equilibrar a balança, fazer uma comparação absurda com a religião judaica! Uma religião que nada tem de universal, diria mesmo que é racista, e ainda bem, assim por razões óbvias não nos chateia aos domingos de manhã.
Mas como Israel tem um ministro que você não gosta, cola-lhe uma etiqueta de mau (leia-se, não é de esquerda, leia-se, não é Árabe, leia-se, é judeu) e as sinagogas passam a ser, como por magia, viveiros de fanáticos que semeiam o terror diariamente um pouco por todo o mundo. Tal e qual como as mesquitas e as madraças…
Faz precisamente a mesma coisa em relação à Igreja Católica. “Andaram de braço dado com fascistas”. Ergo, para si o Vaticano são fascistas sanguinários que exigiram em 1979 numa ‘fatwa’ a cabeça do John Cleese por causa do filme The Life Of Brian! Em 2009, e postas as coisas nestes termos, você compreende bem - só não quer é dizer! - que um filme do mesmo género (The Life of Mohammed) ainda não é possível...
Sou de opinião que o Islão é uma ideologia perigosa e farto-me de apresentar argumentos, por isso, se você acha que não, e está no seu direito, prove isso com alguns argumentos em vez de chamar nomes…
@ Sérgio Pinto: «E eu nada tenho a ver com apoiantes de gulags, como você bem sabe.»
Acredito, mas para saber precisava de mais alguma informação da sua parte, não lhe parece? Uma atitude como aquela jovem funcionária do PCP, que apesar de ter estudado politicologia dizia não saber nada do muro e de outras chatices marxistas e nem sequer queria abordar assunto, parece-me suspeita.
«A uns interessa a identidade, a si, e bastante, e a outros interessa a reciprocidade, neste caso o autor do texto. Porque não uma divisão de tarefas?»
E porque não exprimir ambas as opiniões em vez de apenas uma?
«Já percebi. A Europa é uma unidade rácica, no sentido em que é e sempre foi maioritariamente habitada por brancos (caucásicos)»
Correcto.
«Passando por cima de todas as suas abismais diferenças de identidade, raça e sangue»
Nem por isso. Todas as nações europeias são de raça branca; a esmagadora maioria das nações europeias são indo-europeias; a cultura civilizacional é greco-romana de uma ponta à outra.
«Igualmente, a África é e sempre foi habitada maioritariamente por gente de raça negra. E você quer que esta situação se mantenha, mas a 100%, sem a mínima contaminação!»
Não falei em purezas, que purezas não existem em lado nenhum. Adivinha-se já onde é que vai parar o seu argumentário, mas desde já lhe corto as vazas.
«Não vejo interesse nem vantagem nesta deslocação recíproca de pessoas de um lado para o outro, nem creio que você vai conseguir muitos adeptos (tanto brancos como pretos) para alimentar o seu passatempo preferido.»
Pois, por isso é que os votos dos partidos «racistas» aumentam a olhos vistos em todo o continente... deve ser por haver cada vez mais gente a gostar do meu passatempo preferido e a repudiar uma das suas taras predilectas, ó Carmo da Rosa.
«Universalista! Eu? Você é capaz de ter razão. É verdade que não ando pelas ruas de Amesterdão de capote alentejano,»
Isso, faça-se desentendido e tente caricaturar o argumento do oponente - sem lhe responder, claro. Palavreado sem conteúdo, para variar pouco.
«Como vê, também tenho um ser, uma identidade, e dá perfeitamente para enfrentar o Islão»
A título individual, talvez, mas apenas a curto prazo. Não há nisso força para resistir logicamente a longo termo. E, pior, e isto é que interessa, isso que defende não serve para nada em termos colectivos.
«Não adianta nada eu dizer que não tenho uma suástica tatuada na pila, querem ver!»
Querem ver? Você lá sabe que amigos é que tem. Quem anda na companhia de esquerdistas é assim...
«Isso é uma caricatura daquilo que eu disse»
Não. É usar o seu exemplo contra si.
«Eu sei que você não gosta muito dos judeus e peço desde já desculpa pelo exemplo que vou utilizar, mas a troca (assimétrica) de tiros que houve há bem pouco tempo entre o Hamas e o exército de Israel em Gaza também me serve…»
Pois, mas tanto Judeus como muçulmanos têm protecções. Você é que não.
«Você não acha que essa sua visão niilista»
Erro crasso da sua parte - na verdade, a sua visão é bem mais niilista do que a minha: é o não ter identidade fixa, mas não querer a identidade alheia.
«sem compromissos - atitude pouco portuguesa, certamente importada do estrangeiro»
Outro erro crasso. Na verdade, os Portugueses autênticos, do Povo, são bem menos abertos ao alienígena do que certa elite quis fazer crer. De moço refalsado e de sangue misturado, livrai-nos Deus, como já ecoava Aquilino Ribeiro no «O Malhadinhas»...
«- o vai isolar completamente da sociedade cristã (meia-semita) onde vive?»
Ora aí é que bate o ponto, ou vai batendo, com cada vez mais força...
Mas qual sociedade cristã, Carmo da Rosa? Uma sociedade que se descristianiza a passo acelerado, onde há cada vez menos gente a assistir à missa, onde há cada vez menos gente a casar-se pela igreja, onde há cada vez menos gente a baptizar os filhos, onde há cada vez menos padres, onde as igrejas fecham umas a seguir às outras, onde o que a Igreja diz já não tem força de lei junto do Povo, pelo contrário, é derrotado em referendos?
Pense nisso. A Europa, embora esteja mortalmente ameaçada por dentro e por fora, segue, paralelamente, o seu caminho de regresso à sua própria natureza, e cada vez mais.
«Não acha que já é tarde demais para geneticamente cantar “ó tempo volta pra trás”, quando se sabe que 23,6% de genes judeus (sefarditas) e 10,6% de magrebinos»
Um estudo diz isso, mas um estudo altamente duvidoso. De resto, a população portuguesa ainda é maioritariamente europeia (é curioso, e significativo, que nunca os jornais falem do setentas por centos que não são nem «judeus» nem «árabes»...). Compreendo que para si e para os seus, seja porreiro tentar demover os Portugueses de serem «racistas», dizendo «olhem que já não vale a pena isso da raça, já temos x por cento de mistura, desistam, perdido por cem perdido por mil», mas nós dizemos o contrário: perdemos cem, mas ainda temos novecentos. Se a sua casa for assaltada e lhe roubarem o dvd, seguramente que o Cabo da Rosa vai passar a dormir de porta aberta, para lhe levarem a seguir o frigorífico, os móveis, a televisão. Eu não...
«Mas destoa tanto como ver jovens portugueses com suásticas tatuadas na nádega direita a brincar aos nazis alemães»
Está enganado. A Suástica é europeia e já aparecia nos castros, veja bem... de resto, nada do que é europeu nos é estranho.
E seguramente, mas seguramente, que um jovem com uma suástica tatuada na nádega direita é menos estrangeirado do que um idoso com idade para ter juízo que jura pela mãezinha que não tem uma suástica tatuada na pila e que faz questão de dizer que está em viagem, longe do País, para dar-se ares de ilustrado e tal.
«Quer você por ventura também deitar abaixo os chalés suíços que os nossos emigrantes aqui e ali»
Se acha que um chalé suíço está tão longe de uma aldeia portuguesa como um templo japonês, ou como um minarete, não vou perder tempo a convencê-lo do contrário. Está aquém de qualquer explicação...
@ Caturo: «E porque não exprimir ambas as opiniões em vez de apenas uma?»
O autor fala de reciprocidade e você fala de identidade: 1 + 1 = 2. Ai ai ai caríssimo Caturo, onde é que tínhamos essa cabeça – já estava rapada? Just kidding - durante as aulas de matemática?
@ Caturo: ”a esmagadora maioria das nações europeias são indo-europeias»
Sim, há c’anos, mas depois houve assim umas modificações, migrações, invasões e outras coisas que também rimam em “ões”, assim como colonialismo…
@ Caturo: «Não falei em purezas, que purezas não existem em lado nenhum. Adivinha-se já onde é que vai parar o seu argumentário»
Quando você diz - e ainda não o apanhei a dizer outra coisa, ou falar de outro assunto - que a Europa é para os brancos e a África para os pretos está então a brincar? Ou então isso é para si apenas uma questão estética! Em que ficamos?
E não é preciso adivinhar coisa nenhuma, você é tão explícito!
@ Caturo: «…por isso é que os votos dos partidos «racistas» aumentam a olhos vistos em todo o continente...»
Ó Caturo, eh pá isso é conversa de esquerdista!
Quem são os partidos racistas? Você, com essa sua obsessão das raças, nunca seria aceite no partido do falecido Pim Fortuijn, nem no LPF de Roterdão, nem no PVV de Wilders. Tenho muita pena, mas vai mesmo ter que ficar-se por aí, entre esses ‘untermensch’ meio-judeus e meios-mouros. Deixe lá, não é caso para suicídio, pelo menos tem bom tempo, bom vinho e como diz o Miguel Esteves Cardoso “Em Portugal não se come mal”.
@ Caturo: «…faça-se desentendido e tente caricaturar o argumento do oponente - sem lhe responder, claro. Palavreado sem conteúdo, para variar pouco....»
Aceito tudo: homossexualidade, esquerdismo, fascismo, islamismo, corcundas, mas você aqui não está a ser……… correcto.
Você, sem me conhecer, diz ‘en passant’ que eu sou UNIVERSALISTA. Assim, sem mais nem menos e sem sequer explicar porquê!!! Eu respondo que você é capaz de ter razão e que “não ando em Amesterdão de capote alentejano nem uso um galo de Barcelos no reverso do casaco.” Que mais quer?
Mas eu na altura não percebi – agora já entendo. É que para si ser UNIVERSALISTA é uma coisa má, que você vai distribuindo aqui e ali quando lhe dá na telha, precisamente como os esquerdistas fazem com CAPITALISTA ou PATRÃO…
Mas a questão fica pendente, será que sou UNIVERSALISTA? Não sei que lhe diga! Uns dizem que sim e outros dizem que sou muito portuguesinho da Silva. Depende muito de quem julga.
@ Caturo: «A título individual, talvez, mas apenas a curto prazo. Não há nisso força para resistir logicamente a longo termo. E, pior, e isto é que interessa, isso que defende não serve para nada em termos colectivos.»
Essas suas certezas puberais têm o charme discreto da autêntica burguesia portuguesa. Deixe a frase assim com está, não perca tempo com explicações, está bem escrita e é isso que eu gosto nos seus comentários, além do charme.
Eu disse:
«Sei que você não gosta muito dos judeus e peço desde já desculpa pelo exemplo que vou utilizar, mas a troca (assimétrica) de tiros que houve há bem pouco tempo entre o Hamas e o exército de Israel em Gaza também me serve…»
E você responde: «Pois, mas tanto Judeus como muçulmanos têm protecções. Você é que não.»
Sinceramente, esta resposta além de lhe faltar o charme habitual, não percebo rigorosamente nada!
@ Caturo: «Erro crasso da sua parte - na verdade, a sua visão é bem mais niilista do que a minha: é o não ter identidade fixa, mas não querer a identidade alheia.»
Tem toda a razão - não tenho identidade fixa (é como o telefone, já não faz falta) e não quero que me impinjam identidades alheias - mas só se nos limitar-mos ao seu passatempo preferido, a identidade.
@ Caturo: «Outro erro crasso. Na verdade, os Portugueses autênticos, do Povo, são bem menos abertos ao alienígena do que certa elite quis fazer crer. De moço refalsado e de sangue misturado, livrai-nos Deus, »
"Os portugueses autênticos, do povo e sem sangue misturado!"
Onde é que eles moram? Nos Montes Hermínios? Tenho muita pena mas com esse discurso vai mesmo ter que mudar de povo, se é que quer ter alguma audiência… Nunca ouviu falar nos brandos costumes do nosso povo?
@ Caturo: «Ora aí é que bate o ponto, ou vai batendo, com cada vez mais força... Mas qual sociedade cristã, Carmo da Rosa? Uma sociedade que se descristianiza a passo acelerado, onde há cada vez menos gente a assistir à missa, onde há cada vez menos gente a casar-se pela igreja, onde há cada vez menos gente a baptizar os filhos, onde há cada vez menos padres, onde as igrejas fecham umas a seguir às outras, onde o que a Igreja diz já não tem força de lei junto do Povo, pelo contrário, é derrotado em referendos?»
Mais uma grande frase, gostei.
E ainda gostei mais porque me dá razão – o que significa que nem sempre produzo erros crassos: porque além de brandos, os portugueses são cada vez menos almas-crentes-povo-rude, menos autênticos! Não dizia eu?
@ Caturo: «…
é curioso, e significativo, que nunca os jornais falem do setentas por centos que não são nem «judeus» nem «árabes»
No jornal onde eu li este estudo falavam também dos restantes 70%, mas não diziam que eram “PORTUGUESES AUTÊNTICOS DO POVO”. É verdade que essas duas raças (judeus e árabes) eram demasiadamente realçadas! Talvez para chatear a paranóia rácica dos que não gostam de judeus e dos que não gostam de árabes e dos que não gostam de ambos.
@ Caturo: «Se a sua casa for assaltada e lhe roubarem o dvd, seguramente que o Cabo da Rosa vai passar a dormir de porta aberta, para lhe levarem a seguir o frigorífico, os móveis, a televisão. Eu não...»
Roubar o dvd tudo bem. Mas se me roubassem o dvd e ainda por cima me chamassem ‘Cabo’ da Rosa então estaria o caldo entornado, levariam uma porrada nos cornos com um fueiro, e depois diria à polícia que o indivíduo caiu das escadas ao fugir…
@ Caturo: «A Suástica é europeia e já aparecia nos castros, veja bem... de resto, nada do que é europeu nos é estranho.»
Mas antes de aparecer nos castros já tinha aparecido na Índia, como símbolo da religião hinduísta, e também era conhecida e utilizada pelos budistas (como vê, os templos japoneses não são assim tão estranhos).
'Nada Europeu nos é estranho'. Sim, mas não creio que o tio Adolfo fosse tão… universalista como você pensa e o teria aceitado como ‘ubermensch’ assim com um sangue tão misturado.
@ Caturo: «E porque não exprimir ambas as opiniões em vez de apenas uma?»
«O autor fala de reciprocidade e você fala de identidade: 1 + 1 = 2. Ai ai ai caríssimo Caturo, onde é que tínhamos essa cabeça – já estava rapada? Just kidding - durante as aulas de matemática?»
Onde tínhamos, não, onde eu a tinha, porque a sua não estava lá seguramente. Além de não estar nas aulas de Aritmética, também se baldou forte e feio às aulas de Lógica. E não adianta justificar-se a dizer que foi de rapar a cabeça (pelos vistos pensa que a coisa tem esse efeito), que isso é mesmo interno.
Agora, repare, a mais simples exposição que é possível:
Eu falo de identidade. 1
O autor fala de reciprocidade. 1
Temos portanto duas (2) opiniões.
1 + 1 = 2.
Ora o carmo ou cabo ou cravo diz que só uma interessa.
Portanto:
2 - 1 = 1.
Está difícil? Peça que lhe expliquem.
«Sim, há c’anos, mas depois houve assim umas modificações, migrações, invasões e outras coisas que também rimam em “ões”,»
Sim, migrações quase todas indo-europeias...
«assim como colonialismo…»
Sim, e também isso está estudado - a influência negróide na Europa é mínima. Não influencia a sua identidade, a imagem de si mesma.
«Quando você diz - e ainda não o apanhei a dizer outra coisa, ou falar de outro assunto - que a Europa é para os brancos e a África para os pretos está então a brincar?»
Quando eu digo isso, presumo estar a falar para adultos, daqueles que sabem relativizar em vez de, como as crianças, ou os esquizofrénicos, reduzirem tudo a absolutos.
«Ou então isso é para si apenas uma questão estética! Em que ficamos?»
Ambas. Não há uma sem a outra.
«E não é preciso adivinhar coisa nenhuma, você é tão explícito!»
Sim, sou. Mas só para adultos, parece.
«Quem são os partidos racistas?»
"Racistas" - aqueles que, de entre os permitidos, exprimem repúdio pelo amado «outro», ou pela vinda do outro, de qualquer modo.
«Você, com essa sua obsessão das raças, nunca seria aceite no partido do falecido Pim Fortuijn, nem no LPF de Roterdão, nem no PVV de Wilders»
Está enganado. O próprio Wilders diz que há racistas/racialistas no seu partido.
De resto, está-lhe a escapar que interessa menos a real natureza desses partidos do que a vontade dos que neles votam. Ora se esses partidos são pintados como racistas, xenófobos, quase nazis, e mesmo assim crescem nas urnas de voto... deduza o resto. Já sei que a Lógica não é o seu forte, mas peça novamente a alguém que lhe leia isto mais pausadamente, a ver se percebe.
«Tenho muita pena, mas vai mesmo ter que ficar-se por aí, entre esses ‘untermensch’ meio-judeus»
Fale por si.
«Você, sem me conhecer, diz ‘en passant’ que eu sou UNIVERSALISTA. Assim, sem mais nem menos e sem sequer explicar porquê!!!»
Mas ainda é preciso explicar? Porra, que perda de tempo.
Obrigou-me a ir à procura desta parte, e essa sua atitude de fazer-se de novas contraria o civismo.
Cá vai:
«Sim, mas como não há identidade europeia, pelo menos não no sentido rácico que você quer dar à coisa, ficamo-nos pela reciprocidade,»
(...)
Quem é que é mais português? Qual deles está em melhores condições de garantir a continuidade da raça, e também as memórias gloriosas
daqueles Reis que foram dilatando a Fé, o Império,»
Está tudo dito. Nega a identidade, acha que uma Pátria é um clube, valoriza sobretudo a expansão da fé e do império - tudo taras decorrentes da mentalidade universalista.
«Essas suas certezas puberais»
Só dirá isso quem não tiver lido tudo o mais que escreveu para trás. Eu perco minutos a explicar-lhe o que está em causa, você responde o que responde, eu concluo o que a realidade mostra, e agora diz-me que estou a inventar certezas? Componha-se, carmo rosado, que isto assim não é um diálogo em condições, não se sai do mesmo lugar.
«Deixe a frase assim com está, não perca tempo com explicações, está bem escrita e é isso que eu gosto nos seus comentários, além do charme.»
Sim, no charme dou-lhe razão.
«Sinceramente, esta resposta além de lhe faltar o charme habitual, não percebo rigorosamente nada»
Em dois traços, que ainda estou a pouco mais de meio da resposta e já me encontro enfadado: judeus e árabes têm identidade, armas, gente, tiros, força. Você não tem o equivalente ao que os muçulmanos têm, pelo menos não no essencial - a identidade.
«Tem toda a razão - não tenho identidade fixa (é como o telefone, já não faz falta) e não quero que me impinjam identidades alheias - mas só se nos limitar-mos ao seu passatempo preferido, a identidade.»
Erro seu - você tem uma identidade, quer queira quer não. Lá que a rejeite, é outra coisa. Mas não tente ser candeeiro, chinês ou búlgaro nas obras porque não consegue.
«"Os portugueses autênticos, do povo e sem sangue misturado!"»
Alto, não ponha na minha boca coisas que eu não disse. Essa táctica da chamada falácia do homem de palha (atribuir ao oponente coisas que este não disse mas que são fáceis de rebater, para depois as rebater e parecer que argumentou) só serve para confundir e dar trabalho, e tornar o debate desinteressante.
Escapa-lhe mais uma vez a evidência de que para existir o branco, não tem de haver o puramente branco. Uma garrafa de whiskey em que caia uma gota de água não passa a ser whiskey com gelo. Raças puras não existem, mas raças, sem dúvida, existem.
«Tenho muita pena mas com esse discurso vai mesmo ter que mudar de povo, se é que quer ter alguma audiência…»
Está enganado. O Povo que é Povo continua a não querer a filha casada com um preto. Que nos meios em que você se move isso seja demonizado ou ridicularizado, só serve, neste caso, para iludir a visão que você tem do chamado «País Profundo».
«Nunca ouviu falar dos brandos costumes»
O que eu nunca ouvi, nem vi, foi qualquer demonstração de que querer continuar branco seja de algum modo contrário aos brandos costumes...
«gostei mais porque me dá razão – o que significa que nem sempre produzo erros crassos: porque além de brandos, os portugueses são cada vez menos almas-crentes-povo-rude, menos autênticos!»
Mas não menos «racistas», que curioso. Sobe o número de portugueses contrários à imigração.
O que, de resto, acompanha a geral tendência europeia...
«No jornal onde eu li este estudo falavam também dos restantes 70%, mas não diziam que eram “PORTUGUESES AUTÊNTICOS DO POVO”.»
Claro que não. Diziam uma treta qualquer a falar da pré-história, mas sem dar a entender claramente que o grosso da população portuguesa era, glup, cof, cof, ai rinite, abrenúncio, blasfémia, europeia...
«Talvez para chatear a paranóia rácica dos que não gostam de judeus»
Não. Foi para contentar a paranóia anti-rácica dos que querem ostentar gotas judaicas e árabes como sinal de distinção e ao mesmo tempo escudo contra os «racistas»... o truque desonesto do costume.
«Mas antes de aparecer nos castros já tinha aparecido na Índia, como símbolo da religião hinduísta, e também era conhecida e utilizada pelos budistas»
Mais me ajuda - é um símbolo ariano. Como saberá, o Hinduísmo é uma religião de origem árica, e o Buda, aliás, o príncipe Sidharta Gautama, era um verdadeiro ariano, da casta dos guerreiros (Kchátrias).
«(como vê, os templos japoneses não são assim tão estranhos)»
São estranhos são, que eu referia-me, não aos tempos budistas, mas sim aos templos xintoístas, ou seja, do culto aos Deuses e ancestrais do Japão...
«'Nada Europeu nos é estranho'. Sim, mas não creio que o tio Adolfo fosse tão…»
Sim, mas o Adolfo não é o pai dos arianos (se é seu tio, muito bem, mas olhe que é feio falar mal da família).
«universalista como você pensa e o teria aceitado como ‘ubermensch’»
Não sei nem me interessa... mas, já agora, se aceitou espanhóis e indianos, porque não aceitaria portugueses... como de facto aceitou, nas SS e também nos laboratórios do Dr. Mengele?
@ Caturo: «Ora o carmo ou cabo ou cravo...»
Caro Caturo, Carmo da Rosa, ao contrário de 'caturo', é o meu nome, sempre foi o meu nome e vai continuar a ser o meu nome, por isso, não se ponha com esses trocadilhos de chico esperto senão não lhe respondo - eu sei que você até não precisa de essas pirosidades...
Porra, não se ofenda. Não vê que da primeira vez me enganei e da segunda só gozei consigo por se ter atirado ao ar, mas ainda assim foi uma troça ligeira, breve, sem alcance insultuoso?
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