
Jimmy entra na sala de aula. Ao ver em cima da mesa fotografias de escanzelados presos de um campo de concentração, cadáveres empilhados e comboios abarrotados exclama: “Outra vez a merda da conversa sobre o Hitler?”
[A Segunda Grande Guerra faz parte da memória colectiva da Holanda, e o tema faz parte do currículo do ensino. Nas escolas há palestras sobre o assunto, convidam-se historiadores ou sobreviventes da guerra e organizam-se excursões a campos de concentração. Mas nos últimos anos a crescente presença de alunos muçulmanos dificulta bastante esta tarefa didatico-histórica. Há mesmo escolas que evitam falar no assunto na presença de alunos muçulmanos! Porque estes, inflamados pelo conflito israelo-palestiniano, mandam-se ao ar e fazem um chinfrim desgraçado, tornando estas aulas impossíveis... - cdr]
Voltando às fotografias. A ideia é os alunos dizerem o que vêem. “Anorexia” sugere uma rapariga!”. “Não é nada, é uma mulher judia, porque eles matavam os judeus”, responde um rapaz. Outro agarra numa fotografia e diz “este é o Hitler, não é, o fundador da Segunda Guerra Mundial, era um gajo marado dos cornos, mais não é preciso saber.”
Na Holanda [tal como em Portugal, cdr] os professores queixam-se constantemente que a tarefa da escola não é educar crianças - isso é a tarefa dos pais – mas sim ensinar…
Como aparentemente este problema parece não ter solução, foi recentemente criada em Amesterdão uma Escola (secundária profissional) Especial - Plus-school - em que precisamente se dá prioridade à educação. Esta escola está orientada para alunos que já foram expulsos de todo o tipo de ensino. São alunos que já esgotaram todas as possibilidades (e não são poucas) do sistema. Esta será a última. A partir de aqui vão ser treinados para um emprego modesto, a alternativa é a delinquência. E a delinquência, segundo o relatório do WRR (Instituto Científico de Apoio ao Governo), vai custar mais dinheiro ao Estado que a intensiva e caríssima assistência que esta escola oferece.
95% dos alunos são estrangeiros. Metade são marroquinos. Um em dez já tem um filho. 75% tem cadastro. Metade foram maltratados em casa. 75% usa drogas.
Segunda-feira. Primeira lição dum projecto sobre a Segunda Guerra Mundial. A jovem professora de calças de ganga explica: Depois da Primeira Grande Guerra a Alemanha teve que ser castigada. A economia desmoronou-se, havia pobreza e desemprego. O que fez Hitler? “Pôs-se aos berros” diz um dos alunos. Outro, “Deu a culpa aos Judeus.” Porquê? Pergunta a professora. “Porque eram ricos e não tinham olhos azuis.” A Segunda Guerra Mundial, diz a professora, surgiu por causa de preconceitos. Vocês podem-me dar um exemplo de preconceito? “É sempre a culpa dos marroquinos” diz um aluno. Precisamente, exclama a professora. As pessoas partem de estereótipos. Porque razão é que isso é perigoso? A professora não espera pela pergunta: Porque depois as pessoas são mal vistas. Uma rapariga preta diz: “A culpa é mas'é dos marroquinos! Eles que parem de andar a roubar!” “Nada disso” diz um rapaz, “agora os judeus fazem o mesmo aos palestinos.”
A professora intervém: Vamos falar disso na próxima lição.
8 comentários:
Claro está, caro Carmo da Rosa, minha própria patetice - no caso francês - por misturar pano grande [burka] e pano pequeno [só na cabeça]!!
Que se dirá da complexa segunda guerra mundial?! Estudar as causas e consequências do ato de roubar e de matar em larga escala exige elevado grau de competências que a "cultura de massas" não alcança.
Caro [C.R.]
Uns amigos meus Portugueses desistiram de uma viagem á Holanda devido ao facto de terem passado pelo seu Blog e ficaram com a ideia de que Amesterdão estava infestado de Marroquinos que não só matavam pessoas como roubavam violavam e eu sei lá que mais.
Moro nesta cidade há muitos anos estou reformado a minha mulher faleceu e sozinho estou. Tenho poucos amigos e estes são pessoas de uma certa idade e ficaram bastante assustados.
Não se importa de me fazer um jeitinho e escrever qualquer coisa sobre os Marroquinos assim um pouco, nem que seja mentira, mais leve, agradecia-lhe o favor.
Espero que eles depois mudem de ideias
e venham.
Agradecido
"era um gajo marado dos cornos"
Li muito depressa o seu texto (estou na hora do almoço), mas gostei desta descrição do Hitler.
A frase:
Alla u akbar
É mais um insulto a maomé e àqueles coisos todos.
maomé disse que o seu allah era único.
Mas aquela afirmação quer dizer que allah é grande.
Quando se diz que algo é grande está-se a fazer uma comparação e numa comparação há mais do que uma entidade.
Logo allah não era único.
Os maometanos repetem essa frase vezes sem fim e nos sítios mais altos.
Isto é mais uma prova de que maomé andava todo atarantado e pelo diabo dominado, e seus seguidores, idem idem aspas aspas.
Nas religiões monoteístas, islão não é religião ou se o é é a do diabo, também pode haver um pouco esse problema, mas sempre se pode dizer que como o Bom Deus se manifesta nas pessoas, aquela frase até pode fazer sentido.
Atenção que isto é teologia amadora.
Os eruditos que expliquem melhor, se o souberem, porque por vezes grandes sábios grandes ignorantes.
Estamos sempre a aprender.
O Bom Deus ou seja lá o que for é infinito em boa informação.
AB
CdR:
Aquilo que descreve é o que se passa na generalidade nas escolas secundárias portugueses e entre os alunos pertencentes a turmas do mesmo tipo - e não só (oh!, não só...!). A diferença é que aqui a coisa passa sobretudo pelos problemas criados pelos jovens descendentes dos provenientes de Cabo Verde e Angola (os da Guiné S. Tomé e Moçambique vão escapando, na generalidade) e a questão do racismo. De resto...
E Nausicaa, o problema não reside, penso eu, na promoção de uma cultura de massas, mas no que - convenientemente ou por burrice ou tacanhez ou tudo isso junto - se entende que ela deve constituir.
Rais parta os árabes.
Aqui onde vivo é mais os pretos, as moscas e o cheiro a catinga. Que chatice! Ah é verdade, sou transmontano e vivo na Cova da Moura.
Caro anónimo:
Aromas, cada um tem aquele que lhe foi dado. Com os hábitos, é outra conversa. E haverá muito a conversar.
Bom, não sejamos totalmente injustos: também há pretos e árabes de hábitos limpinhos e bem cheirosos.
Enviar um comentário