O Alberto João quer o dinheiro que lhe tiraram, as agências de rating não acreditam nas calhandrices do Engenheiro (?), o Comissário Almúnia grita mata, o Mário Crespo berra esfola, a Manuela Moura Guedes enfia-lhe umas farpas afiadas, o Pateta Alegre anda desembestado a zurrar cavalidades à frente de todos os microfones que lhe metem à frente, o ministro das Finanças engana, mas não se engana, porra que é demais, basta de campanhas negras, um homem (?) não aguenta.
O governo tenta não fazer nada, para passar desapercebido, o que se calhar até não é mau de todo, enfim sente-se um ambiente de fim de ciclo.
Sócrates, depois de ter colocado o barco em rota de colisão com o desastre, quer ser o primeiro a abandonar, está só à procura de um pretexto, os ratos sobrevivem sempre e há suculentos pedaços de queijo à espera, estão aí Guterres e Barroso para o demonstrar.
O Primeiro Ministro atingiu há muito o seu nível de incompetência ( provavelmente quando era um técnico manhoso numa autarquia) e por isso mesmo, para mal de nós todos, foi sendo catapultado sucessivamente para cima, como o Sr Peter explicou.
Num país decente, teria ido parar há muito a Pinheiro da Cruz, ou teria atingido o topo da carreira a vender cobertores na Feira da Asseiceira.
Em Portugal deu em Primeiro-Ministro, o que diz muito da nossa inteligência, embora nada de particularmente agradável.
E agora?
Agora, depois de 5 anos de demagogia e asneiras, tocam as sirenes, a rataria quer fugir e tudo lhe serve como tábua de salvação, incluindo o Dr Alberto João.
Ah, e tal que estamos em contenção e não se pode devolver a massa ao Dr Alberto.
E logo a seguir, toma lá o dobro para o José Eduardo dos Santos, um pobretanas.
Esquizofrenia?
Pior, estupidez e falta de vergonha.
Num minuto Sócrates afirma querer credibilizar o país junto dos mercados e transmitir confiança, e no minuto seguinte desata aos pontapés nos mercados e grita que a bola é dele e que se os outros meninos não jogarem como ele quer, se vai embora e leva a bola.
A culpa?
A culpa , se não é órfã, não é dele.
É do "neoliberalismo", dos "mercados", do Cavaco, da "crise", dos outros.
Ele, nada.
Ele apareceu lá no Governo para ver a bola e por lá ficou. Responsabilidades, nenhumas, a escola guterrista segue e soma, parece o Néné, sai do jogo imaculado. Mas ao menos o Néné marcava golos, ao passo que o morcão é pior que o cão do hortelão, não deixa comer as couves e ainda por cima lhes caga em cima.
Agora que a coisa cheira mal, quer fugir. O problema é que o país não pode fugir do barco. O país é o barco e o que está a acontecer é um naufrágio anunciado.
Mas a culpa é nossa.
Ninguém nos mandou meter ao leme de um porta-aviões, um gajo cujas qualificações para o cargo eram umas voltas a pedalar numa andorinha, numa tarde de Verão e que não só pedala mal, como larga traques a cada pedalada.
Abençoados os pobres de espírito.
3 comentários:
"Abençoados os pobres de espírito"
Estamos no Reino dos Ceus?
Ora, foda-se para esta cambada de criminosos que nos governa. O dinheiro do Estado é de nós todos.
Belo texto!
Não sei de que estavam à espera... é só mais miséria, estavamos mal, voltaram a fazer o mesmo, estamos muito pior.
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