Teste

teste

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Homossexualismo na C.M.Lisboa

O homossexualismo é um conjunto de atitudes e atos tendentes a previligiar, proteger e promover a homossexualidade e os homossexuais.

Numa recente campanha da ILGA com o apoio da C.M.Lisboa foram afixados em diversos espaços publicitários municipais (e de graça) cartazes com a imagem de uma mulher que abraça maternalmente uma criança; pode ler-se no cartaz a pergunta:
“Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?”

Esta é uma pergunta homossexualista numa campanha homossexualista. Destina-se a promover a imagem do homossexual e é um dos primeiros passos na tentativa de mobilizar favoravelmente a opinião pública acerca da adopção de crianças por homossexuais.

Além de homossexualista a pergunta é também estúpida em si mesma porque os filhos gostam naturalmente sempre das mães mesmo em ambientes de negligência maternal (e excluindo obviamente os casos de maus tratos que são a excepção que confirma a regra). Qualquer criança responderia “sim” à pergunta, provavelmente mesmo nem sabendo o que é que quer dizer “lésbica”.

Ora, existe um conjunto de muitas outras perguntas estúpidas que podiam ter estar no lugar daquela no cartaz e em que a resposta da criança seria também sim. Por exemplo:
- se o chocolate que desapareceu tivesse sido roubado pela tua mãe e não pelo gato mudava alguma coisa?
- se a tua mãe achasse que o Vale e Azevedo devia voltar a ser presidente do Benfica mudava alguma coisa?
- se a tua mãe se recusasse a dormir com o teu pai mas tivesse 2 (dois!!!) namorados no emprego e de quem gostasse mesmo fosse do tio Fernando mudava alguma coisa?
- se tivesse sido a tua mãe a esquecer-se de comprar as prendas e não o Pai Natal, mudava alguma coisa?
- se a tua mãe tivesse votado no Sócrates em 2009 mudava alguma coisa?

No meio de tanta pergunta estúpida possível, porquê aquela pergunta estúpida do cartaz? Porque é que as mães homossexuais têm privilégios promocionais pagos pela CML e as mães distraídas, as mães devassas ou as mães com QI anormalmente baixo não têm? A reposta é simples: homossexualismo.

41 comentários:

Anónimo disse...

hahaha excelente post :D

Eu infelizmente ando a ficar homofóbico por ter começado a frequentar um ginásio.

1o descobri que alguns dos vidros fuscos que separam os duches foram raspados com uma moeda ou algo do género, para se poder ver "quem" está nas outras divisões. Depois já presenciei atitudes nos chuveiros pouco éticas, como brasileiros a comentarem uns com os outros que andam "á procura de sabonete" pulando de chuveiro em chuveiro e pessoal a cantar american boys e ladies ga-gas enquanto tomam banho em conjunto com outros homens...

Sinto que me estão a impor algo com que eu não tenho problema nenhum mas não gosto. ora se eu não imponho nada a ninguém, quer seja a nível politico, religioso ou sexual, é óbvio que exijo o mesmo respeito.

Sinto-me uma minoria que cada vez tem menor possibilidades de se defender..

Bob

RioD'oiro disse...

“Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?”

Outras boas perguntas:

1 - Se as tuas mães fossem lésbicas, mudava alguma coisa?

2 - Se os teus papás fossem gays mudava alguma coisa?

No caso do cartaz, a ter apenas uma foto deveria ser:

3 - Se uma das tuas mães lésbicas se separasse da tua outra mãe, lésbica, mudava alguma coisa?

José Gonsalo disse...

Se este (hilariante!) post mudar alguma coisa...

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto disse: ”O homossexualismo é [um] conjunto de atitudes e atos tendentes a previligiar, proteger e promover a homossexualidade e os homossexuais.,”

Não creio que seja bem isso! Caro Paulo Porto, vou-lhe contar uma história verdadeira.

Há uns bons 15 anos atrás estava eu em minha casa a ver um filme na televisão juntamente com a minha filha e o meu filho. O meu filho, que na altura devia ter 7 anos de idade, ouve a uma certa altura durante o filme uma palavra (HOMOSSEXUAL) que desconhecia e lança a pergunta: o que é.....?

Enquanto eu pensava numa maneira de responder à questão de forma que o puto percebesse – isto durou 3 segundos - a minha filha, que na altura tinha 12 anos, respondeu quase imediatamente de forma simples e sucinta: SÃO HOMENS QUE GOSTAM DE OUTROS HOMENS.

O puto ouviu, disse tá bem em direcção da irmã e continuou a ver o filme como se nada tivesse acontecido – e realmente nada aconteceu! Para ele homossexualidade naquele momento era apenas o elo que lhe faltava para continuar a seguir o enredo do filme…

A velocidade de resposta da minha filha e o poder de encaixe do meu filho tem simplesmente a ver com o facto que ambos, ao contrário da minha pessoa, não terem sido educados num país conservador pela padralhada Salazarista. De outra forma teriam as mesmas taras e preconceitos que eu tenho…

Paulo Porto disse...

Caro CDR,

Peço-lhe que entenda este "homossexualismo" na acepção política do termo, como uma forma de designar o tratamento previligiado, a discriminação positiva dos homossexuais.

De resto acredite que pouco me importa quem é ou não é homossexual. A única coisa que incomoda é que venham exigir direitos especiais ou exigir tratamentos especiais.

Stran disse...

"A única coisa que incomoda é que venham exigir direitos especiais ou exigir tratamentos especiais."

E que tal exemplificar onde é que se exigiu isso?

Paulo Porto disse...

@stran

No caso, realmente, foi feito um pedido. Suponho que a exigência tivesse vindo sob a forma de acusação de homofobia se a Câmara tivesse dito que um homossexual é como outra pessoa qualquer, portanto, quem quer publicidade, paga-a.

Ainda assim trata-se de homossexualimo porque as lésbicas tiveram tratamento previligiado, preferencial, face a outros sub grupos de mulheres sem absolutamente qualquer motivo que justifique o previlégio que não seja a orientação homossexual.

Stran disse...

@PP,

Aquele espaço utilizado pela ILGA já foi utilizado por outras associações. Trata-se de um procedimento normal, e não excepcional, como está implicito.

Ou seja a ILGA apenas teve direito àquilo que todos os outros movimentos civicos já têm direito.

Uma vez mais gostava de que me desse um exemplo do que tentou sustentar no seu post.

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto disse: "homossexualismo" na acepção política do termo, como uma forma de designar o tratamento previligiado, a discriminação positiva dos homossexuais.”

E você acha que os homossexuais em Portugal já não precisam destes favores políticos, porque do Minho ao Algarve já está tudo emancipadíssimo? Possível, mas custa-me a crer…

No tempo em que eu vivia em Portugal o facto de uma mulher ser divorciada era o suficiente para ser suspeita, e olhe que eu não vivia no Portugal profundo! Por outro lado, isto passava-se há mesmo muito tempo…

Em abono de Portugal devo dizer que por volta dos anos 90, estando de férias em Portugal, fui até ao terreno baldio onde eu costumava jogar à bola (a dinheiro) com os índios do meu bairro. Qual é o meu espanto que vejo rapazes com raparigas a jogar futebol, e sarrafada sem dó nem piedade! No meu tempo isto era inimaginável, as raparigas quase que ninguém as via. Mas não tinham véu e algumas até já usavam mini-saia…

Paulo Porto disse...

@CDR
Portugal é um dos poucos países em que o casamento homossexual está legalizado. Parece-me tudo bastante favorecido.

Em todo o caso, esse não é o meu ponto. A questão é que os homossexuais não devem ser favorecidos nem desfavorecidos, a respeito de favores devem ter os que a generalidade das pessoas têm

Anónimo disse...

Mas o tratamento preferencial esta no casamento, como questão política

Há razões porque o casamento hetero sempre foi hetero, ao longo da historia entre homem / mulher , monogamico, e o homosexual nunca foi valorizado pelas diferentes civilzações que passaram por este planeta e o praticaram e / ou toleraram. As razoes a favor de ser vantajoso do ponto de vista social o casamento entre pessoas do mesmo sexo são muito frágeis a não ser invocar o interesse dos próprios e porque se amam, e o estado deve regular esse amor, o amor justifica que o estado formalmente lhes conceda o mesmo instituto juridico dos heterosexuais no acesso a esse contrato. A verdade é que esta moda tornou-se realidade. Em frança, alemanha , inglaterra tem outro nome como devia ter de facto, mas se queriam regular esse amor deviam pedir ao estado um instituto próprio e não chamar-lhe casamento porque coisas diferentes objectivamente e subjectivamente não são iguais, apesar de nos querermos fazer com que formalmente sejam, ou haveria um certo preconceito em identificar esse instituto como sendo dos homosexuais e portanto vamos indistintamente meter tudo no mesmo saco.

Há razões históricas e biologicas que estão na génese da instituto do casamento civil, as razões naturais da existência da conjugalidade entre homem e mulher, coisas naturais derivadas digamos de um “direito” natural, os estados limitaram-se a reconhecer isso porque viram vantagens nisso, e porque não os outros tipos de familia terem direito ao casamentos também ? Vejamos, as uniões homossexuais, recuando até as sociedades mais antigas em que até eram bem vista ou pelo menos não desestimuladas tal como na grécia antiga nunca se transformaram em casamento, porque seria? Existiriam razões publicas para tal acontecer? existiriam razões de interesse público para que as uniões homosexuais se transformassem também em casamento? Não existiam nem existem essas razões de interesse público, porque os homosexuais, só tem para invocar interesses privados e individuais, o amor e a consequente regulação dessa afectividade. Por isso não existe direito para satisfazer interesses privados ou criar ou reinvindicar que exista uma instituição jurídica que regule a sua forma concreta de amor e de afectos. Os institutos juridicos existem, e para que existam o estado tem que reconhecer que tem que haver razões privadas e razões de interesse público gerais e para toda a sociedade.

Se virmos bem há vantagens públicas derivadas das relações heterossexuais e do casamento, que os homosexuais acharam por bem reinvindicar para si também . Sendo assim quais são as vantagens públicas da inclusão e reformulação do conceito casamento dando as relações homossexuais um caracter jurídico?. O unico motivo que se invoca é o direito à felicidade individual, o amor, e isso basta para tal? Não basta. Para isso pode se criar legislação própria somente para esse grupo. Porque é que este grupo não reinvindicou isso? Pretende a dissolução no meio dos heterosexuais para diluir a homosexualidade, pensam os homossexuais obter maior dignidade do que aquela que já tinham casando-se civilmente.

O casamento tem uma definição, é (era) hetero, e refere-se a complementaridade sexual natural homem/ mulher e as vantagens dai advindas para a sociedade, foi juridicamente institucionalizado pelos Estados porque entenderam como bom a protecção destes relacionamentos heterosexuais e as suas consequências naturais para a sociedade, não existe qualquer vantagem para a sociedade na existência de relacionamentos homossexuais.

Não existe descriminação nos homosexuais nem desigualdade, so existe desigualdade no tramento desigual daquilo que é igual, o que não é o caso nos homos e heteros, a nossa constituição proibia a descriminação com base na orientação sexual, empregos carreira etc e quanto a contituição da familia era regida pelo artigo 36 com base na heterosexualidade ninguém estava impedido de casar so o podendo fazer com alguem do sexo oposto.

ml disse...

Anónimo, tudo isso do valor social do casamento era muito bonito na época em que haver família implicava casamento. Os filhos nascidos fora dele ficavam pura e simplesmente registados como ‘de pai incógnito’. Mesmo quando reconhecidos, os pais não podiam sequer impedir que fossem considerados bastardos. ‘Ilegítimos’, era mais suave. Love child, à inglesa.
Hoje a organização da sociedade e, desde logo, o estado, dispensam essas formalidades e o que prevalece é o valor social do agregado, independentemente do seu registo em cartório.

O casamento formal está esvaziado do seu anterior conteúdo sendo indiferente, para a boa saúde e coesão da malha social, o estado civil de cada uma das figuras paternas. Limita-se a ser pouco mais do que o acto público do reconhecimento de uma relação afectiva, pelo que não tem qualquer lógica que continue a negar-se o acesso a todos os cidadãos que o pretendam, com base em pressupostos que já não existem.
Se der uma vista de olhos pela história do casamento nas sociedades ocidentais, verá que não passavam de instrumentos multifuncionais, vantajosos para todos menos para os nubentes. Esses não eram aí perdidos nem achados e a sociedade lavava as mãos por cima da afectividade e do amor, fosse entre os casais fosse entre pais e filhos. Útil, não necessariamente agradável.

Tudo mudou, é uma questão de tempo e de tempos, e nem adianta espernear, pura reacção ao inevitável. Em Portugal, dos países mais conservadores, a taxa de nupcialidade desce de dia para dia e, que eu saiba, a conjugalidade mantém-se inalterável, faz parte da nossa programação genética.
Não falo na cerimónia religiosa, obviamente, aí as igrejas têm todo o direito de ditar as regras e depois que se entendam com o rebanho.

Caro anónimo, não se trata de transigência por parte das sociedades ou dos estados - ou, como dizem os pregadores da moral e boas práticas, de dissolução de valores, bla bla - mas sim de que cada um vive no seu tempo, e os direitos e felicidade individuais sobrepõem-se à manutenção da pureza inexistente de qualquer instituição. As sociedades, e os estados como seus executores, só cedem quando reconhecem que se esgotou o papel para o qual as instituições foram criadas – às vezes lá é preciso um empurrãozinho para os mais teimosos - e o casamento tornou-se socialmente irrelevante, reduz-se a praticamente um espaço afectivo. E afectos temos todos, hetero e homossexuais.

Renato Bento disse...

"e os direitos e felicidade individuais sobrepõem-se à manutenção da pureza inexistente de qualquer instituição."

Roubaram o nick à ml ou é impressão minha?

ml disse...

Roubaram o nick à ml ou é impressão minha?

E porque é que lhe parece isso?


PS: tenho que fazer prova de vida?

Carmo da Rosa disse...

Paulo Porto disse: "A questão é que os homossexuais não devem ser favorecidos nem desfavorecidos,"

E você acha que eles são favorecidos?

Anónimo disse...

(“tudo isso do valor social do casamento era muito bonito na época em que haver família implicava casamento.”)

Ainda é, e é isso que o estado tem que preservar sob pena de erosão da sociedade em individualismos, aliás os defensores dos gays não conseguem provar como duas mulheres ou dois homens se reproduzem, a não ser nas mulheres recorrer a um laboratorio, o que devia ser proibido, este tipo de concepção devia ser só para casais casados ou vivendo em união de facto, e financiada pelo estado para estes casais, e não qualquer gata pingada que decide ir ao “supermercado”. Quanto aos homosexuais só mesmo praticando a imoralidade e cometendo adultério, ou seja, agora vou abandonar a minha condição de homosexual para assegurar descendencia, ou então “erradamente” eram casados e “descobriram” a homosexualidade mas entretanto ja tinham descendencia. O caso é que falando de um sexualismo “puro” e é este que interessa, casar para constituir familia a partir dai, o saldo populacional é sempre negativo, pois trata-se de familias estéreis por natureza, que vão sempre buscar um elemento de fora adoptado para constituir familia ja que eles por si não conseguem formar uma familia genética, proveniente de um tronco comum, uma familia natural, biologica, e génetica com a transmissão de património biologico com tudo que isso implica. O certo é que por morte dos adoptantes há sempre menos dois no saldo populacional. Nunca um estado pode contar com estes estratos populacionais para promover por exemplo politicas demograficas ou outras, dai que o seu nteresse publico e para o estado seja nulo, como tal o estado não tem nem devia ter que regular este tipo de relacionamentos só porque as pessoas se amam, há um direito a felicidade individual?. Eu sei que a onda de muita gente é promover a familia de afectos em detrimento da familia natural, biologia, e afectiva, são ondas, só que essas ondas desestruram não por acaso o verdadeiro conceito de familia e casamento,e tem mesmo issso em vista: - transformar em igualdade relações que são diferentes, quer objectivamente (homem /mulher e homem / homem ou mulher / mulher) quer subjectivamente (o pressuposto potencial reprodutivo da sociedade): aumento do preconceito homofobico, Criar uma igualdade artificial através de leis, segurança e estabilidade da família e defesa da procriação, adulterar o conceito de casamento etc. etc.

Anónimo disse...

Os interessados na defesa dos interesses gays e da igualdade dos direitos civis, que esteve na base da decisão do governo são semlhantes aos da decisão da apa, não tem nada a ver com questões igualdade descriminação ou moralidade, mas sim com uma questão politica, é so isto, uma decisão politica, e tal como a apa estava dominada e controlada pelos lobys gays, a nossa ar de momento esta dominada pelos que defendem os interesses dos gays, e esta igualdade, que diga-se é uma igualdade de origem marxista, todos diferentes todos iguais,é a maior machadada na justiça que em questões de igualdade manda tratar analogamente casos iguais e diferentemente casos diferentes, o que este pessoal quer é meter tudo no mesmo saco, mesmo que objectivamente ( homem / homem e mulher / mulher é diferente de um casal homem mulher, e subjectivamente , capacidade procriativa e regenerativa da sociedade) sejam diferentes e potencialmente diferentes as suas capacidade naturais.mas isso para este pessoal não interessa, a igualdade ou principio com origem marxista de sermos todos iguais mesmo que diferentes aplica-se a mesma bitola, e como há poder para mudar isso politicamente que interessa os principios morais ou cientificos, para que discutir isso.

E depois temos por exemplo estas aberrações decisórias mas legais.

("Un partido político formado por pedófilos no puede ser prohibido porque tiene los mismos derechos a existir que cualquier otro partido y está protegido por las libertades democráticas, ha sentenciado un juzgado holandés)

É só isto que tenho a dizer sobre o assunto. Cada um tem a sua opinião a minha para além destas é que eles não são mais nem menos que os heterosexuais vivendo em união de facto quanto a direitos pelos quais ja estavam abrangidos, a legislação das uniões de facto incluia-os mas pelos vistos não chegava pois então pedissem mais legislação e dessem um nome a essa legislação que não casamento. O unico motivo que se invoca é o direito à felicidade individual, o amor, isso não é motivo, não existe direito para satisfazer interesses privados ou criar ou reinvindicar que exista uma instituição jurídica que regule a sua forma concreta de amor e de afectos, o interesse do ponto de vista social é nulo, cada um viver como quer e com quem quer esta mas não devem ser satisfeitas reinvindicaçoes de direitos e partir dessa posição sem relevancia social. É era preciso atacar o instituto da familia de casamento essa instituição burguesa.

Entretanto procura-se acabar com uma “descriminação” concedendo o casamento e cria-se outra, não podem adoptar o que da um casamento de primeira e um casamento de segunda, como querendo insinuar ou dizer que o ambiente em que os catraios possam crescer não é muito adequado ao seu desenvolvimento por exemplos de vida, que contam muito no desenvolvimento da personalidade tanto como os afectos, e se a criança for heterosexual vai ter que imitar os exemplos de vida de terceiros renegando ou crescendo em conflito com os da sua propria “familia adoptante”.

Anónimo disse...

(“Os filhos nascidos fora dele ficavam pura e simplesmente registados como ‘de pai incógnito’. Mesmo quando reconhecidos, os pais não podiam sequer impedir que fossem considerados bastardos. ‘Ilegítimos’, era mais suave. Love child, à inglesa.”)

So mais uma coisa para terminar, pois este argumento também é mais que batido, é claro que no antigo regime, havia muita coisa mal na legislação da familia, a mulher estava submetida ao homem pelo casamento, e era considerada inapta para muita coisa sem a autorização do marido era uma sociedade mais ou menos “patriarcal”. Não podia montar negócios sem autorização empregar-se , ir ao estrangeiro, os filhos eram legitimos , ilegitmos,germanos, unilaterais, recuando um pouco mais no tempo do estado novo, até as professoras primárias e enfermeiras tinham que pedir aprovaçao para casar e a vida do noivo era espiolhada para ser aprovado o pretendente, procurava- se dar uma moralidade pública hipócrita.

Tudo isso foi corrigido, o instituto do casamento manteve-se não foi preciso destrui-lo para ele continuar a existir, e porque? Porque o estado não precisou de destrui-lo por funcionar mal em alguns direitos e para reformular tudo de novo, porque a sua base é de ordem natural a união e a conjugalidade homem / mulher. Quem não concordava e não queria casar, pois começou por viver em união de facto e criou assim uma situação social real e nova, relevante e reprodutiva ao lado da do casamento e de interesse social. O estado teve que proteger e foi protegendo através de legislação referente a esta nova realidade, mas não destruiu o conceito casamento adulterando a sua génese e simbologia. Como se pode ver não é por as coisas no passado funcionarem mal que não se puderam corrigir sem as adulterar, esta é uma nova onda e situaçoes que deviam ser tratadas como as uniões de facto ou então com outro nome mas nunca casamento.

RioD'oiro disse...

CdR:

"E você acha que eles são favorecidos?"

A mim parece-me que a natureza já os 'favoreceu'. Isto cheira tudo a compensação pelo 'favorecimento'.

ml disse...

Ainda é, e é isso que o estado tem que preservar sob pena de erosão da sociedade em individualismos, aliás os defensores dos gays não conseguem provar como duas mulheres ou dois homens se reproduzem

O que estou a dizer é outra coisa e não tem nada a ver com esses considerandos. Digo que, se é indiferente constituir família fora ou dentro do contrato formal, é um absurdo defender a singularidade do casamento com esses pressupostos. E que mesmo falando sob o ponto de vista do tal sexualismo puro, família é onde o homem quiser, com casamento ou sem ele e o estado está-se verdadeiramente nas tintas para a modalidade que cada um escolhe.

Estado esse que não destruiu o conceito casamento adulterando a sua génese e simbologia porque não só nunca o faria espontaneamente – o estado limita-se a ir atrás quando as instituições já não servem o objectivo a que se propuseram - como não foi preciso fazê-lo, a própria evolução social se encarregou disso.
Hoje o casamento resume-se ao que já disse antes, ritualização de uma situação afectiva. Pergunte-se a quem apenas juntou os trapinhos sem mais nada se se sente menos família do que os que subiram ao altar de véu, grinalda e cartola.


Guião:

O casamento é hoje um contrato de conservação e ampliação de propriedades e bens?
O casamento é hoje um pacto de alianças e poder entre famílias?
O casamento é hoje a Pordata oficial dos tempos antigos?
O casamento tem hoje o exclusivo da procriação reconhecida socialmente?
O casamento tem hoje o exclusivo da célula familiar ratificada social e politicamente?
O casamento tem hoje o papel de assegurar a sobrevivência das mulheres e das crianças?
A organização do estado apoia-se exclusivamente na rede social criada pelas famílias formalmente estabelecidas?
O casamento é hoje uma plataforma estável onde o estado possa assentar de forma duradoura a malha social?

O resto é moralismo que não me interessa minimamente, cada qual tem direito ao seu e isso nem sequer contesto.

Carmo da Rosa disse...

Ai ml, como estou contente que tenha voltado para colocar esta história dos casamentos de forma eficiente em pratos limpos, e, como de costume, muito bem escrito e, ao contrário deste nosso anónimo grande-amador-dos-grandes-discursos, com os devidos parágrafos para se poder ler...

Eu ainda pensei fazer umas perguntas um tanto ou quanto indiscretas ao nosso anónimo sobre as suas preferências relacionadas com o sexozinho, mas como agora você também está presente eu vou esperar até a ml ir de férias…

ml disse...

Ora, sr. Carmo, não seja tão modesto.

Há muita gente que se esquece, ou não sabe, que a génese e simbologia da família se limitava a um pacto social e político de compra e venda de esposas. Tudo com a bênção do poder espiritual, claro, que as mulheres não tinham alma nem querer. E na verdade muitos homens também não, todos estavam amarrados às necessidades da época.

Não estou a julgar esses tempos, longe disso, apenas a anotar o absurdo de se querer justificar o século XXI com a organização social da Idade Média.

Anónimo disse...

(“O que estou a dizer é outra coisa e não tem nada a ver com esses considerandos. Digo que, se é indiferente constituir família fora ou dentro do contrato formal, é um absurdo defender a singularidade do casamento com esses pressupostos. E que mesmo falando sob o ponto de vista do tal sexualismo puro, família é onde o homem quiser,”)

Não precisa recuar nem ir aos tempos antigos, estamos a falar de homosexualidade e heterosexualidade e do interesse e relevancia que isso tem para o estado e sociedade, e se se deve equiparar. A ml acha que sim, mesmo que não tenha nada a ver uma coisa com outra, uma é basica para a renovação da sociedade, outra não. Nem sequer se reproduz, por isso isto que diz é que é absurdo (“e é indiferente constituir família fora ou dentro do contrato formal”) claro que é, mas isso é para os heterosexuais, porque estes nucleos familiares homosexuais que estão reinvindicativos e de que estamos falando nem sequer podem por eles mesmos constituir familia dentro ou fora do contrato formal, portanto porque ter acesso a esse contrato que se destinava a regular outro tipo de situaçoes. È irrelevante ir buscar a evolução do casamento nunca encontra essa variante no casamento incluindo a homosexualidade.

(“O resto é moralismo que não me interessa minimamente, cada qual tem direito ao seu e isso nem sequer contesto.”)

É provavel que seja moralismo mas a realidade esta a dar razão aos moralismos

Estes construtivistas legislativos actuais ainda não viram, A família é o pilar de todas as civilizações. Remova a família, e a sociedade fica sem a protecção contra a sua desintegração. A família não pode ser alvo de legislações ou ser lançada fora da existência sem profundas consequências. Ela serve não somente como unidade social viável, mas também como incubadora moral e social para as gerações vindouras, Só o egocentrismo de certas minorias sexuais socialmente irresponsáveis, agitando sistematicamente o papão de imaginárias homofobias pensa o contrário. A estrutura da família mudou radicalmente. Devido ao movimento em direção ao individualismo egoismo, a família esta a ser desestruturada. As taxas de divórcio são astronômicas, a taxa de fecundidade em muitos países está abaixo do nível de reposição de 2 crianças por família.Todos os governos veem o problema só os construtivistas não.


As crianças pagam um alto preço pelo declínio da familia natural. A falta de estabilidade familiar tem sido apontada constantemente por pesquisas como um factor decisivo em um variado espectro de comportamentos que influenciam directamente a capacidade estudantil, incluindo prejuízos emocionais e psicológicos, comportamentos anti-sociais, abuso de drogas, e gravidez na adolescência. As pesquisas dizem que as crianças de lares desestruturados têm mais hipoteses de ter depressão, ansiedade e baixa auto-estima, especialmente entre adolescentes. O movimento homossexual descaradamente rejeita a definição tradicional de casamento como a união de um homem e uma mulher. Esse movimento vê a desconstrução do casamento homem mulher, como um importante passo para conseguir a aceitação social completa, mas existem laços sociais que um ser humano nunca pode anular durante a sua vida, são os laços familiares e genéticos podemos anular um negócio privado mas não podemos nunca anular o facto que constitui uma paternidade.

Considerando isto é claro que os homosexuais como estereis que são, não devem ter acesso ao casamento mas sim a outro tipo de contrato ou legislação especifica para eles, e não há nenhuma discriminação, o principio da não discriminação apenas impõe que se tratem igualmente situações semelhantes. Resultaria diminuição da coesão e responsabilidades sociais e familiares, como ja vem sendo legisladas, individualismo, isolando cada um na sua ilha, niilismo, relativismos morais, o casamento destinado à satisfação hedonista dos parceiros homosexuais, sem responsabilidades nem fardos com filhos, etc.

Anónimo disse...

(“Há muita gente que se esquece, ou não sabe, que a génese e simbologia da família se limitava a um pacto social e político de compra e venda de esposas. Tudo com a bênção do poder espiritual, claro, que as mulheres não tinham alma nem querer. E na verdade muitos homens também não, todos estavam amarrados às necessidades da época.

Não estou a julgar esses tempos, longe disso, apenas a anotar o absurdo de se querer justificar o século XXI com a organização social da Idade Média.”)

É verdade e se isso servia os interesses de quem casava qual o problema? O problema é outro, e porque não ter assim a aliança marxistas feministas como é da praxe
O declínio da família não é um acidente. O marxismo vem trabalhando no sentido da completa destruição das instituições mais básicas da civilização ocidental já há mais de 150 anos. O marxismo prometeu que no seu “paraíso” terrestre a instituição do matrimônio iria rapidamente desaparecer. Os comunistas culpam o casamento pelas “prisões” que ligam os homens à moralidade burguesa que obstrui a felicidade terrena. No “Manifesto Comunista”, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels escreveram que a família burguesa iria desaparecer, que isso era só questão de tempo. Os marxistas historicamente sempre temeram a família porque ela é um centro de poder rival dos marxistas.


William Z. Foster que foi secretário geral do Partido Comunista Americano no seu livro, “Toward Soviet América”, escreveu que a liberdade da mulher americana era um mito. Ou ela era uma parasita burguesa, ou uma escrava oprimida. Foster também disse que tudo que uma mulher fazia em sua casa era inútil, e gerava insatisfação pessoal.


Mas não é por acaso que os movimentos feministas de mentalidade esquerdista se inspiram nesta ideologia “emancipadora e libertadora” da mulher e dos outros grupos sociais


Diz engels
"De acordo com a teoria materialista, o móvel essencial e decisivo a que obedece a Humanidade na sua história é a produção e a reprodução da vida imediata. Por sua vez, este móvel divide-se em duas partes: de um lado, a produção dos meios de existência, de tudo o que proporcione alimento, vestuário, habitação e utensílios domésticos e, de outro lado, a produção do próprio homem, a reprodução da espécie. As instituições sociais sob a as quais vivem os homens em determinada época estão em intima relação com estas duas espécies de produção, o trabalho e a família.

Quanto menos desenvolvido está o trabalho, mais restrita a quantidade dos produtos do trabalho e menor a riqueza da sociedade, a ordem social está mais subordinada aos laços de consanguinidade".

Pois porque não também incluir nesta materia os homosexuais .

Ena pa mas onde é que ja isto vai para quem não tem argumentos validos para justificar a inclusão e o interesse do estado pelos homosexuais no contrato casamento, é preciso sim discutir a origem e proveito ou não proveito do casamento.

stran disse...

"Ena pa mas onde é que ja isto vai para quem não tem argumentos validos para justificar a inclusão e o interesse do estado pelos homosexuais no contrato casamento, é preciso sim discutir a origem e proveito ou não proveito do casamento"

Com tanto texto ainda não vi foi um argumento para que seja o estado a definir o que é familia, ou colocando de uma forma mais formalista, a justificar porque é que este tipo de contrato é o unico cuja combinação de género é permissa para poderem aceder a este contrato?

Anónimo disse...

(“Com tanto texto ainda não vi foi um argumento para que seja o estado a definir o que é familia,”)

Não me diga que não sabe o que é o contrato casamento, isso não tem nada a ver com as pessoas gostarem umas das outras,o estado não tem nada a ver com o amor e a afectividade entre as pessoas, quando tiver então estamos mal. Então tem que ir saber o que é o casamento e os direitos e deveres que dai derivam, desse contrato, filiação, alimentos,relaçoes de parentesco, deveres e direitos conjugais, relaçoes patrimoniais, relaçoes em relação a sociedade e a terceiros como credores e responsabilidade pelas dividas, enfim uma panoplia que estou a aprender por aqui deve mesmo ficar ao criterio de cada um decidir o que é a familia.

O que eu não vi foi um argumento com pés e cabeça que justifique o tratamento de igualdade do que é desigual. Quer objectivamente quer subjectivamente, e dada a sua irrelevancia social a não ser o interesse dos próprios .não sendo do interesse do estado em justificar a inclusão pelo facto de se amarem e terem direito a sua felicidade individual. Eu também queria ter muitos direitos para a minha felicidade individual mas o estado não mos reconhece.

ml disse...

A família é o pilar de todas as civilizações.
O declínio da família não é um acidente.


Claro que é o pilar, nem precisa de ser demonstrado.
E...?
Declínio? Onde? Eu vejo é jovens saírem de casa dos pais cada vez mais cedo para formarem uma nova família, quando há poucos anos só o faziam na altura em que assinassem o contrato. E vejo divorciados e viúvos que voltam a constituir família com ou sem papéis (mais sem eles do que o contrário) quando antes ficavam isolados nas suas casas ou em casa dos filhos para o resto dos dias.

E quanto à protecção da família, nunca, mas nunca em época alguma, houve a protecção de que hoje se dispõe, cada qual desenrascava-se como podia. E essa protecção é dada não só através de dinheiro vivo e de facilidades na obtenção de bens e cuidados (o que faz com que a direita espume com o ‘desperdício’), como na atenção por parte de equipas jurídicas e assistenciais que acompanham as famílias mais débeis económica e socialmente.
Que mais quer? Um assistente social em cada casa?


É verdade e se isso servia os interesses de quem casava qual o problema?

Exactamente, é esse o meu ponto. Se o casamento serve os interesses de todos os que querem casar, qual o problema? Está lá, sirvam-se.


quem não tem argumentos validos para justificar a inclusão e o interesse do estado pelos homosexuais no contrato casamento

Nos dias de hoje o estado não tem interesse nem deixa de ter na inclusão de quem quer que seja no contrato de casamento, por isso socialmente não descrimina ninguém e as famílias seguem a sua vidinha com ou sem papéis.
Não ver isto é um problema seu, e fá-lo perder tempo a discutir antiguidades e velharias, mas isso é lá consigo.


O marxismo vem trabalhando no sentido da completa destruição das instituições mais básicas da civilização ocidental já há mais de 150 anos.

Anónimo, para teorias da conspiração sou toda ouvidos, porque estou com um problemazito.
Já sei que o lobby gay, mais o lobby judaico, mais o lobby marxista, mais o lobby da finança, mais o lobby ateu e intelectual (que, não sei como, confesso, para muita gente é um lobby único) tomam conta do mundo e vou ter mesmo que recorrer a eles. Tenho ali uma gaveta que não consigo abrir e a eles basta-lhes um telefonema para que o meu assunto se resolva.
Estão em todas.

ml disse...

E porque a conversa já vai longa e não tenho nada a crescentar, vou acabar como comecei.

O casamento é uma instituição respeitável que o estado patrocina, e bem, e que hoje se limita a ritualizar e tornar publicada e pública uma relação afectiva.
Não faz, portanto, sentido nenhum querer ver nele o que já não é e continuar a elaborar sobre o seu estatuto como se fosse uma outra coisa.

Vai ver que ainda chega à conclusão de que o que separa as minhas ideias das suas se resume a uma questão moral.

Anónimo disse...

Ml deixemo-nos de tretas. A minha posição esta mais que explicada.

Temos modelos de familias diferentes ok. Então qual a logica de equiparar os homos aos heteros querendo estes o mesmo instituto juridico?

Olhando para o assunto de uma forma objectiva, tirando toda a porcaria muitas vezes apregoada, concluímos que não estão em causa nem direitos fundamentais nem discriminações inaceitáveis, que muitos parecem interessados em fazer parecer, concluimos que tudo é uma questão de concepção. O casamento como de facto é, ou seja, reflectindo a união entre um homem e uma mulher. É so isto que esta em causa. Uma relação entre um homem / mulher é, necessariamente, diferente de uma relação entre dois homens ou duas mulheres. É diferente a todos os níveis antropológicos, filosóficos, sociológicos, etc. etc. Estes dois tipos de relação têm que ter obrigatoriamente, direitos e deveres diferentes sem que isso encerre qualquer descriminação, uma criança é tratada diferente de um joverm ou este de um velho.

Duas coisas que são diferentes e de forma diferente. é absurdo trata-las igualmente tanto assim é que os defensores dos gays, são os primeiros a apelidar este novo conceito de “casamento homossexual” . A sociedade organizou-se , espontaneamente, em família que é pre-juridica ao estado, e daí tenha surgido o casamento. A família é a base e o equilíbrio da sociedade, e o garante da sua continuidade. Modificando aquilo que é o casamento, o acto que oficializa publicamente a relação entre um homem e uma mulher e que os apresenta, perante a sociedade, como uma família apta, entre outras coisas, a procriar, tem consequências. Esta proposta de lei é um autêntico disparate. Um atentado social a todos os níveis.

("Vai ver que ainda chega à conclusão de que o que separa as minhas ideias das suas se resume a uma questão moral.")

Uma questão moral? no lo creyo de certeza que não leu o mmeu comentario ao Stran, direitos e deveres não são propriamente uma questão moral.


abra as gavetas todas e veja que tudo começou mais ou menos em 1973 depois da decisão da apa sobre a homosexualidade,conspiraçoes? ah não esqueça os lobbys gay a ilga por exemplo e como era aquele deputado do ps eleito so para este fim.ai os lobbys

Carmo da Rosa disse...

@ RioDoiro disse: ”A mim parece-me que a natureza já os 'favoreceu'. Isto cheira tudo a compensação pelo 'favorecimento'.”

Como, são mais bonitos que os heterossexuais? A segunda frase não percebi!

ml disse...

Temos modelos de familias diferentes ok. Então qual a logica de equiparar os homos aos heteros querendo estes o mesmo instituto juridico?

Cá para mim, está simplesmente a raciocinar ao contrário. Se temos modelos de famílias diferentes, qual alógica de deixar um único modelo de fora?

E com esta me vou que se faz tarde. A roda continua a rodar.

Carmo da Rosa disse...

@ ml: ”Não estou a julgar esses tempos, longe disso, apenas a anotar o absurdo de se querer justificar o século XXI com a organização social da Idade Média.”

ml, retirando algum oportunismo político assinalado pelo Paulo Porto, na minha MODESTA opinião creio que você com esta frase conseguiu sintetizar toda esta discussão.

Anónimo disse...

(“Temos modelos de familias diferentes ok. Então qual a logica de equiparar os homos aos heteros querendo estes o mesmo instituto juridico?

Cá para mim, está simplesmente a raciocinar ao contrário. Se temos modelos de famílias diferentes, qual alógica de deixar um único modelo de fora?”)

Porque voce não entende a base do problema, o tratamento com justiça exige o tratamento igual de coisas iguais e o tratamento desigual do desigual, o contrário é que é injustiça, e pode significar tratamento de privilégio ao incluir em tratamento igual quem objectivamente e subjectivamente é desigual

Depois diz isto:

(“O casamento é uma instituição respeitável que o estado patrocina, e bem, e que hoje se limita a ritualizar e tornar publicada e pública uma relação afectiva.”)

O instituto do casamento é o contrário disto, as pessoas podem ir la por causa da relação afectiva mas os direitos são pre-existentes a relação afectiva, são potestativos, não podem ser modificados temos por exemplo o caso da filiação.O estado não tem nada a ver com afectividades ou amores das pessoas mas com direitos e deveres por isso é que os homo não acrescentam nada pelo contrario.

Enfim paremos por aqui porque não adianta nada ao assunto.

ml disse...

Sr. Carmo, chamem-lhe oportunismo, eu chamo-lhe oportunidade.
Por mim estou muito grata ao oportunismo-barra-oportunidade que forçou os países a alterar a legislação sobre o estatuto das mulheres. Quem está na mó de baixo preocupa-se menos com vocabulário e mais com as ofensivas de que quem está na mó de cima.

Olhe aqui algumas oportunistas.

http://images.pearsoned-ema.com/jpeg/large/9781408228234.jpg

http://vig-fp.pearsoned.co.uk/bigcovers/0582298113.jpg

Carmo da Rosa disse...

ml disse: "Quem está na mó de baixo preocupa-se menos com vocabulário e mais com as ofensivas de que quem está na mó de cima."

Tem toda a razão dona-ml-sufragette- après-la-lettre.

Y.....No pasaran.

Anónimo disse...

(“Por mim estou muito grata ao oportunismo-barra-oportunidade que forçou os países a alterar a legislação sobre o estatuto das mulheres.”)

O que eu não entendo é a mistura de conceitos, e o alargar isso ao campo dos homosexuais equiparando - os. E a argumentação que usam também é essa, das feministas e sufragistas, dando exemplos do passado como os casamentos mistos, o direito de voto,etc. acontece que os casamentos mistos são mistos mas heterosexuais, quanto ao resto:

O que é que um branco um preto ou um amarelo fazem de diferente uns dos outros enquanto seres humanos? Nada. A realidade jurídica pode valorizar e deve valorizar pela igualdade, não pela cor.

O que é que no voto uma mulher faz de diferente que um homem, e que não deva ser valorizado? Nada, por isso o voto com toda a razão foi estendido as mulheres

E podia continuar, são situações que do ponto de vista social não merecem nem mereciam não ser tratadas pela igualdade e descriminadas, algumas acabam a sua eficácia na realização do acto outras projectam potencialidades futuras.

Mas se só quer referir-se a mulher antes do 25 de Abril, de facto tem razão, havia coisas humilhantes e a mulher era tratada como uma pertença do marido, mas não é o caso da homosexualidade e casamento homosexual.

Carmo da Rosa disse...

Anónimo disse: ”O que é que no voto uma mulher faz de diferente que um homem, e que não deva ser valorizado? Nada, por isso o voto com toda a razão foi estendido as mulheres”

Pois, mas não foi ESTENDIDO DE MÃO BEIJADA como você sugere, estas coisas levaram o seu tempo, deram muito que falar, foi necessário convencer muitos homens e quase tantas mulheres!. E isto não foi tarefa fácil, porque os homens, neste particular, conseguem ser piores que a ml, mesmo com a evidência à frente do nariz não dão o braço a torcer…

Anónimo disse: ”a mulher era tratada como uma pertença do marido, mas não é o caso da homosexualidade”

É precisamente o mesmo caso, mas com justificações ligeiramente diferentes: a mulher era PERTENÇA, do marido; e a homossexualidade é uma DOENÇA, ‘curável’; segundo as mesmas pessoas que antigamente achavam que as mulheres eram atrasadas mentais e os índios não tinham alma e por isso eram bichos...

ml disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ml disse...

Caro anónimo, não estou a comparar funcionalidades sexuais mas situações de desvantagem e todos estes grupos sociológicos, pretos, mulheres e gays sabem melhor do que ninguém do que se trata.

O anónimo é que conduz toda a discussão para a procriação, como se ela estivesse em causa ou o casamento registado fosse o único lugar onde tudo se passa.
A reprodução está assegurada a 100% dentro dos parâmetros de vida actuais, os heterossexuais não deixam de fazer filhos só porque o vizinho do lado, gay, se casou com o namorado. A única coisa que muda é o volume de trabalho nos cartórios.


O que é que no voto uma mulher faz de diferente que um homem, e que não deva ser valorizado?

Mas os homens precisaram de milhares de anos para encaixar isso, hein? E mesmo assim teve que ser imposto a partir de cima, pelo maldito estado.
Vai ver que as situações até são paralelas e daqui a mais uns milhares vão ser capazes de entender.


Vá lá, vou dar uma de lidador sem maldrabices, mas acho que isso não existe.

NATAL
Nasce um Deus. Outros morrem. A Verdade
nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
e era sempre melhor o que passou.

Fernando Pessoa, Guardador de Rebanhos e outros Poemas

ml disse...

porque os homens, neste particular, conseguem ser piores que a ml

Neste particular e em tudo, benza-os deus. Deve ser por isso que as mulheres gostam deles, o instinto maternal também não falha.

Anónimo disse...

(“Caro anónimo, não estou a comparar funcionalidades sexuais mas situações de desvantagem e todos estes grupos sociológicos, pretos, mulheres e gays sabem melhor do que ninguém do que se trata.”)

Bem bem deixemos-nos de poesias. Há coisas que tem fundamento e há coisas que não tem fundamento, e não se mudam porque sim. No caso dos heterosexuais e homosexuais é o criterio de igualdade e potencialidade. O resto já expliquei porque tem fundamento mudar, não é uma questão de estar em causa a reprodução da especie valha-me deus para onde vai a coisa, é uma questão de ver as coisas como são.

Durante séculos, prevaleceu a tendência de não mudar, preservar as tradições, a ordem, os valores, o código de conduta e as instituições (família, matrimônio, autoridade, religião). Com regras fixas, não aceitando o efêmero, ansiando pelo perpétuo. Ao longo da adaptação humana, a velocidade de mudanças históricas é diferenciada em grandes épocas na pré-história, lentíssima era a época da sobrevivência do caçador-colector, na era agrícola lenta e constante, e na era Industrial rápida e crescente, havendo uma correspondência entre o ritmo da mudança e o modo de sobreviver de uma sociedade, este factor de mudança histórica tem por base o trabalho humano, um processo mutável ao longo da história. As sociedades em geral são conservadoras, e então se virmos as naçoes por exemplo, as nações de cultura islâmica buscam preservar ainda a mesma ordem social que foi instituída na antiguidade, impondo uma enorme resistência contra as actuais mudanças de costumes, em razão de não terem passado por uma história de desenvolvimento industrial, por isso o homem desempenhar outras tarefas e a mulher também, embora não tenha nada de novo, representa e representou uma alteração social. Não é isso nem era o que estava em causa no assunto.

(“O que é que no voto uma mulher faz de diferente que um homem, e que não deva ser valorizado?

Mas os homens precisaram de milhares de anos para encaixar isso, hein?”)

Não é esse o problema é que de facto uma mulher ou um homem a votar não fazem nada de diferente um do outro, isto podia ter sido mudado ha seculos ou so agora é uma questão de mentalidade não é uma questão de impossibilidade da natureza e fisiologica. Assim como a igualdade racial, custa a entender. Ve qual é o problema de fundamentar as opções. Ha opçoes sobre situações que não se tomaram por mentalidade foi preciso amadurecer e há situaçoes que a mentalidade não pode mudar, porque são assim por natureza.

Só fiz esse aparte mas deixemo-nos de comentarios ja esta off.