It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Nigel Farage meets the press after the euro-funeral cortege
Há uns 10 anos, Mário Soares andava entusiasmadíssimo com a criação de um exército europeu. Hoje, além de não haver exército não há munições para enviar para a Líbia e a indignação com a "anexação" do Iraque por Bush, foi substituída pelo silêncio face ao empenhamento de Obama na Líbia apenas autorizado por ele próprio ...
Os palermoides do Maio de 86 aplicaram toda a merda socialista e os indignácaro-fascistas seus descendentes reclamam que "o capitalismo falhou".
Areia na Vaselina
Por seu lado, os gregos, além de indignados com a areia, também estão indignados por terem de pagar a vaselina.
Assim vai a "construção europeia".
Esse esqueleto não é meu XII
A execução orçamental do 1º trimestre revelou um défice de 7,7% do PIB, bastante longe dos 5,9% definidos como objectivo para este ano. Fica assim exposta mais uma descarda mentira de José Sócrates - que ainda há 3 meses declarava que a execução dos primeiros três meses do ano estava a correr muito bem e que os objectivos iam ser alcançados - e da despudorada máquina de propaganda socialista.
Haverá muita gente que já não terá paciência para se lembrar de Sócrates e da sua trupe, mas a verdade é que o mal que fizeram a Portugal irá durar por muito tempo. Por isso todas as mentiras, manipulações e distorções que fizeram devem ser sempre recordadas para prevenir a possibilidade de o Partido Socialista se fazer de novas e se apresentar aos portugueses como se não tivesse nada que ver com tudo isto.
CULPAR OS JUDEUS...
Isso alimentou uma série de teorias da conspiração antes adormecidas dos que gostariam de acreditar que os judeus controlam o mundo. Ouço agora quase todos os dias alguém a dizer que deveria informar-me melhor sobre os judeus: quão perversos eles são e como manipulam tudo de forma a poder controlar o mundo inteiro.
Aparentemente os judeus são responsáveis por todo o tipo de maldades. Incluindo o 11 de Setembro (este nem se discute) e até mesmo a maldição do multiculturalismo. Estão a ouvir bem. Todos os judeus que estão a ser empurrados para fora da Europa por imigrantes muçulmanos cheios de ódio, são na realidade vítimas de uma conspiração judaica para destabilizar o mundo, para que os mesmos possam…. controlá-lo, imagino…
Comparado ao número de muçulmanos e cristãos existentes neste planeta, sem mencionar hindus e budistas, os judeus são apenas uma mão-cheia de gente. São uma percentagem mínima da população. Aproximadamente metade deles vive em Israel, um país do tamanho de um condado, e cada vez mais estão sendo diariamente conduzidos para lá, especialmente vindos da Europa, onde está agora muito em voga utilizar o comportamento do governo israelita como desculpa para o modelo descarado de anti-semitismo que estamos habituados a ouvir dos muçulmanos.
Em manifestações anti-israel na Europa já é normal escutar manifestantes a pedir para que os judeus sejam gaseados. Até foi possível assistir à cena de um membro do parlamento holandês [SP: um partido de esquerda semelhante ao BE – cdr] presente na fila da frente da manifestação [mas ele não fez tais afirmações, só gritava ‘jihad, jihad’ – cdr]. Na Suécia, atletas israelitas já nem mesmo podem competir sem serem molestados por multidões hostis, porque a polícia não pode, ou não quer protegê-los.
Crimes de ódio contra judeus excede os cometidos contra muçulmanos, e muitos deles cometidos por muçulmanos sem outra razão aparente salvo terem sido ensinados desde crianças a odiar judeus. Resultado, por enquanto vamos ter que ouvir continuamente os mesmos disparates sobre islamofobia - suficiente para fazer uma pessoa vomitar.
É certo que também não aprovo totalmente a política das autoridades israelitas, mas apoio o direito ao Estado de Israel de existir e de se defender contra pessoas dispostas a usar mulheres e crianças como escudos humanos. Já não mais acredito que os israelitas devam devolver Jerusalém. Continuo a acreditar que eles conservam Jerusalém por uma razão estúpida – religião. Mais estúpido que isto não é possível. Mas a experiência ensinou-nos que os muçulmanos vêem em qualquer concessão uma fraqueza a ser explorada posteriormente, e, além disso, muitos dos chamados palestinos parecem menos preocupados com a paz e a liberdade do que com empurrar os judeus para o mar, e assim os bombardeamentos não vão cessar.
Todo o mundo sabe que um acordo de paz já poderia ter sido assinado várias vezes no passado, não fosse a incompetência e corrupção das autoridades palestinas. Em Gaza uniram-se agora ao Hamas, um grupo criminoso de fundamentalistas religiosos que não querem a paz por nenhum preço. Para o Hamas, o inimigo não é Israel, o inimigo são os judeus. Quem apoiar o Hamas, está a apoiar o extermínio dos judeus. Não por serem israelitas, mas por serem judeus. Estão a apoiar uma cultura em que o ódio aos judeus é incutido desde a infância. Espero que se orgulhem.
Creio que Israel se encontra no local errado – já disse isto antes. Não poderia estar em pior lugar, tendo em consideração a mentalidade dos seus vizinhos, baseada em ódio, mas é um pouco tarde para alterar agora seja o que for. O facto de que um Estado Judaico precisa de existir, e ele precisa realmente de existir, é uma acusação contra a humanidade, especialmente contra a Igreja Católica, que durante séculos propagou uma ideologia agressiva de ódio contra os judeus que se entranhou no psyché europeu, de modo que não precisa muita coisa para vir de novo à tona.
E é por esta razão que se eu fosse judeu, mesmo um não-sionista-liberal, daqueles que fazem campanhas para a paz – e há muitos assim, gostaria de ter um Israel forte, porque nos momentos decisivos, quando as coisas dão pró torto, simplesmente ninguém vai defender os judeus. Nós vimos isso historicamente na Europa, e no despertar da invasão islâmica vemos isso hoje de novo, especialmente nos auto-proclamados anti-fascistas….
Que idiotas que vocês são! A verdade é geralmente dolorosa para quem a não quer ouvir, mas vão ouvi-la de qualquer maneira. A verdade é que os judeus contribuíram muito mais a bem da humanidade do que qualquer outro grupo de pessoas. Muito mais do que os muçulmanos. Imensamente mais do que os muçulmanos. Estamos a falar de outro planeta. Os judeus receberam um número desproporcional de Prémios Nobel – verdadeiros, não as tretas dos Nobel da Paz. Porque eles estão no topo da ciência, da medicina, da tecnologia – ‘you name it’.
Onde quer que haja progresso neste mundo, você encontrará por trás um judeu que sabe da poda. Israel é hoje um país líder da tecnologia mundial, isolado no Médio Oriente, como um diamante num mar de lama. Comparados com os judeus, os muçulmanos são passageiros à borla no planeta Terra. No mundo muçulmano até a riqueza brota-lhes directamente da terra, sem isso não teriam nenhuma. É patético e não é de espantar que o mundo muçulmano se perca em ódios infantis. Têm certamente uma fraca auto-estima - e como não ter? Mas a este respeito são eles os únicos que podem fazer alguma coisa. Podem decidir deslocar-se em direcção do século XXI e deixando o lixo para trás, ou continuar a humilharem-se e a degradarem-se com o histérico ódio aos judeus e nós continuaremos a julgá-los conforme, como uma vergonha para a raça humana. Espero não estar a ofender.
Para todos aqueles que continuam a dizer-me que os judeus controlam o mundo, mesmo que isso fosse verdade, respondo-lhes que preferia de longe que fossem os judeus a controlar este mundo do que os muçulmanos alguma vez. E assim pensa qualquer pessoa neste mundo com dois dedos de testa, mas não é verdade, e não quero ouvir mais nada sobre este assunto, se não for muito incómodo claro...
Em todo o caso, se você realmente acredita que os judeus são perversos manipuladores, com os dedos metidos em todos os negócios do mundo, se realmente acredita que um sinistro conluio judaico o está controlando de cima como uma marioneta, por favor, não me diga isso a mim, diga isso a um psiquiatra. Mas talvez seja melhor evitar um psiquiatra judeu.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Esse esqueleto não é meu X
Parece que a coisa [TGV] padecia de uma média de 9 passageiros quando os estudos, feitos a pedido (lá como cá), apontavam para a fantasia dolosa de 2.190…Em exibição na sala Braancamp.
Alguém sabe da LisboaViva?
Ter-se-á deslocalizado?
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terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Humor português
("boneco" fanado neste endereço)
(consta aqui - sublinhado e ilustração da minha iniciativa):
O assunto é delicado e são poucos os deputados que se deixam embalar na conversa quando o tema é a influência da maçonaria nas decisões da Assembleia da República, mas a eleição de Fernando Nobre veio relançar a discussão sobre até que ponto a maçonaria pretende influenciar as decisões políticas.
O que se sabe é que vários maçons terão entrado em acção para conseguir os votos que faltavam para o ex-candidato à presidência da República - que terá ligações à maçonaria - ascender ao cargo.
Há, pelo menos, dois ex-deputados que não evitam o assunto e revelam que é real o poder da maçonaria em algumas decisões políticas. Henrique Neto, que foi deputado nos tempos em que António Guterres era primeiro-ministro, já tinha abordado o tema publicamente e diz ao i que, a partir de certa altura do seu mandato, começou a perceber que algumas posições "inexplicáveis" assumidas por alguns deputados residiam no facto de estarem ligados à maçonaria. "Há sempre uma quota de pessoas nas candidaturas que não se percebe o que estão ali a fazer, mas a gente sabe quem são", diz Neto, que acusa a instituição de funcionar como "uma espécie de agência de emprego", que aproveita o "secretismo para eleger pessoas para alguns cargos do Estado".
Também Ana Benavente, que foi deputada e dirigente socialista, fala de "um mundo subterrâneo, muito poderoso e que não se assume à luz do dia". "Eu não compreendia algumas decisões e quando, em busca de alguma racionalidade, procurava alguma explicação, o que me diziam era: não te esqueças que ele é da maçonaria."
A ex-governante não tem dúvidas de que a instituição tem influência na vida política e não só. "A maçonaria é um elemento que está presente na tomada de posição política. Funciona como um lóbi com poder na política e nos negócios."
Uma convicção contrariada pelo ex- -grão-mestre do Oriente Lusitano, António Arnaut, que não aceita a tese de que a instituição tem um papel nas decisões dos políticos. "É uma regra absoluta da maçonaria não se envolver na vida política. Não se pode envolver e eu não acredito que se tenha envolvido", diz ao i Arnaut, garantindo que "é contra os seus valores" pressionar decisões políticas.
O tiro de partida - de que a eleição de Nobre estaria assegurada pelos votos dos socialistas - foi dada por Marcelo Rebelo de Sousa, que no seu comentário na TVI garantiu que muitos socialistas poderiam votar por "afinidades que não têm que ver com os partidos". Uns dias depois, Pacheco Pereira, na crónica que escreve na "Sábado", deixou claro que "a maçonaria está a mover-se a favor de Fernando Nobre".
Guilherme Silva, vice-presidente da Assembleia da República, reage com cautela e garante que, nos muitos anos que leva de parlamento, nunca percebeu que a maçonaria andasse a meter o dedo nas decisões dos deputados. "Eu pessoalmente nunca me apercebi, mas como se trata de uma organização tendencialmente secreta é natural que não nos apercebamos", diz ao i, garantindo que é com "dificuldade" que encara a hipótese de "decisões da Assembleia da República serem motivadas por intervenções ou influências". "Esse tipo e especulação não tem sentido", assegura.
Nobre acabou por não ser eleito, mas não faltam na história do parlamento casos de maçons que chegaram à presidência da instituição (ver caixas ao lado). "É verdade que havia a convicção de que a maçonaria influenciava bastante a eleição do presidente da AR, mas nunca nada ficou provado. O PS era muito conotado com a maçonaria e a seguir à revolução havia essa impressão", diz Narana Coissoró, que foi vice-presidente do parlamento.
"Notas históricas sobre a Palestina"
No momento em que decorre a preparação de mais um momento inesquecível do espectáculo dialéctico resultante da dança do progressismo internacionalista de braço dado com o que há de mais reaccionário e assassino no nosso tempo, Luís Dolhnikoff enviou, a propósito, este seu novo texto:
1) A Palestina jamais foi um Estado independente. Antes do início do século XX, durante meio milênio, foi uma província do Império Otomano, que não era árabe, mas turco. A partir de 1922, o Império Otomano seria substituído pelo Império Britânico como poder colonial.
2) O poder britânico na Palestina, ao contrário do turco, duraria pouco tempo. Duas décadas e meia depois, em 1947, seria votado na ONU o fim do mandato britânico na Palestina (assim chamado porque reconhecido pela antecessora da ONU, a Liga das Nações). No contexto do fim do Império Britânico após a Segunda Guerra, a Palestina, junto com inúmeros outros territórios, como a Índia, se tornaria, afinal, independente.
3) A independência da Palestina, como tantas outras nessa época e nesse contexto, foi negociada. No caso indiano, por exemplo, negociou-se diretamente entre o poder colonial britânico e as lideranças locais, o que levou à partilha da Índia em dois novos Estados: o Paquistão, de maioria muçulmana, e a Índia, de maioria hindu. A razão e a definição da partilha da Índia foram religiosas, e impostas pela Liga Muçulmana Indiana. No caso da Palestina Britânica, como havia um mandato da Liga das Nações, as condições de sua independência foram objeto de sua sucessora, a ONU.
4) Havia então, na Palestina Britânica, uma grande minoria judaica, com cerca de 30% da população, e uma correspondente maioria árabe (dividida por sua vez em uma minoria cristã e uma vasta maioria muçulmana). A minoria judaica não desejava ser governada pela maioria árabe-muçulmana. Portanto, no contexto da independência da Palestina, exigiu ter reconhecidos seus direitos de autonomia e soberania. Isso levou à partilha da Palestina pela ONU “em dois Estados independentes, um judeu e um árabe” (Resolução 181, 29 de novembro de 1947).
5) Pretender que garantir a soberania da minoria judaica foi um atentado à soberania árabe é simplesmente ridículo. Como se poderia garantir uma soberania que mereça o nome à custa da negação dessa mesma soberania a outro povo, no caso, a minoria judaica? Por isso mesmo, parte da Palestina foi destinada a um Estado árabe, o que também garantia a soberania e a autonomia da população árabe-palestina.
6) A causa do conflito não está, portanto, na negação do direito de soberania aos árabes locais pela ONU, por Israel ou pelos “sionistas”, mas na recusa desses mesmos árabes em reconhecer o direito de soberania da minoria judaica.
7) O motivo foi geopolítico: os árabes desejavam (e muitos ainda desejam) o controle sobre a totalidade da Palestina Britânica. Por isso rejeitaram a partilha da Palestina.
8) Em consequência, foram à guerra em 1948, atacando com a Legião Árabe as áreas destinadas ao Estado judeu pela ONU. Surpreendentemente, para o mundo e para si próprios (eles não atacaram pensando em perder a guerra), foram derrotados.
9) A derrota árabe na guerra de 1948 impediu a subsequente independência das partes da Palestina Britânica destinadas pela ONU a um Estado árabe por dois motivos. Um, militar; o outro, político-ideológico. O motivo militar nada tinha a ver com forças israelenses, mas árabes. Exércitos árabes aliados dos palestinos ocuparam, no fim da guerra de 1948, a Faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia e Jerusalém Oriental (Jordânia). O motivo político-ideológico de não se construir então um Estado palestino nada tinha a ver, por sua vez, com o “sionismo”. Tratava-se, na verdade, da mesma recusa de reconhecer o direito de soberania e autonomia da minoria judaica e, portanto, da opção por continuar a se dedicar à destruição do recém-criado Estado de Israel em vez de se ocupar, após a derrota de 1948, em construir o Estado palestino em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental (para o que os palestinos teriam de negociar então com outros árabes, ou seja, egípcios e jordanianos).
10) Entre 1948 e 1967 nenhum israelense, soldado ou colono, pôs os pés em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O fato de os palestinos, durante essas duas longas décadas, não haverem criado ali o seu Estado, não tem portanto nada a ver diretamente com Israel.
11) Em 1967, depois de vários anos preparando e armando um novo exército egípcio com ajuda soviética, o ditador Gamal Abdel Nasser avançou esse exército pelo Sinai, então desmilitarizado e vigiado pela ONU, até as fronteiras com Israel, além de bloquear o porto de Eilat, saída de Israel ao sul para o Mar Vermelho. Israel respondeu contra-atacando. O Egito pediu então, e obteve, ajuda militar da Síria e da Jordânia. A Jordânia abriu uma frente militar a leste, e a Síria, a nordeste. O objetivo (mais do que explicitado por Nasser) era mais uma vez destruir Israel, a fim de concretizar o objetivo histórico palestino de construir um Estado árabe na totalidade da antiga Palestina Britânica, submetendo à força os judeus israelenses.
12) A nova derrota árabe em 1967 levou Israel a expulsar o Egito de Gaza e a Jordânia de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia. Começa a ocupação militar israelense desses territórios, nos quais, repita-se, entre 1947, quando a ONU votou a partilha da Palestina Britânica, e 1967, os palestinos jamais tentaram construir seu Estado. Essas duas décadas perdidas estão na origem do atual conflito, bem como de sua perpetuação.
13) Se nesse período os palestinos houvessem construído seu Estado em tais territórios, com o necessário estabelecimento de fronteiras, teriam desistido da prioridade geopolítica de destruir Israel a fim de obter o domínio sobre a totalidade da antiga Palestina Britânica. Não somente existiria um Estado palestino em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, como não teria havido a guerra de 1967, com o objetivo de destruir Israel. Tampouco haveria, assim, a ocupação israelense dos territórios.
14) A partir de 1967, tudo se tornou mais difícil, mais duro, mais complexo. Num primeiro momento, porém, que vai até 1973, nada mudou no lado árabe. Mais meia década foi dedicada a preparar uma terceira tentativa de destruir Israel, concretizada com a invasão da Guerra do Yom Kippur. Felizmente, os árabes foram mais uma vez derrotados (caso contrário, o mundo estaria lamentando um segundo Holocausto, agora dos judeus israelenses).
15) A negação árabe-palestina de reconhecer o direito dos judeus locais de terem seu Estado, ou seja, sua soberania, com três tentativas militares de efetivamente destruir Israel (1948, 1967 e 1973), somada à campanha terrorista iniciada pela OLP nos anos 1970 e à sua opção política de persistir no objetivo declarado de destruir o Estado de Israel antes de construir o Estado da Palestina, afinal se somaram, a partir das circunstâncias criadas pela guerra de 1967, ao desejo ilegítimo de parte do espectro político israelense de anexar Gaza e Cisjordânia, por razões histórico-religiosas, bem como à decisão estratégica, traduzida em doutrina militar, de considerar a ocupação da Cisjordânia necessária à segurança nacional (em função dos grandes avanços árabes sobre território israelense na invasão de 1973, afinal revertida). A Cisjordânia, de fato, não existe como região geográfica, mas apenas populacional: nada separa a Cisjordânia de Israel, em termos físicos. A divisão é apenas política.
16) O mesmo ocorre em relação a Gaza, a sudoeste. Gaza, porém, é muito menor, e pode ser separada por uma cerca fronteiriça – como, de fato, foi feito. Além disso, na fronteira sudoeste, para além de Gaza, o deserto do Sinai, embora parte do Egito, serve como separador natural entre esse Estado árabe e Israel. Israel saiu voluntariamente de Gaza em 2005.
17) Em compensação, Israel hoje insiste em que um futuro Estado palestino seja desmilitarizado, pois não tem como se defender por terra de forças partindo da Cisjordânia, nem como confiar, por razões históricas, políticas e culturais, no abandono completo e definitivo da verdadeira causa palestina no último meio século, a destruição de Israel. Além disso, também exige a manutenção do controle militar do vale do rio Jordão, barreira natural com os Estados árabes a leste, ou seja, Jordânia e Iraque, para não falar do hostil Irã (apesar de não árabe, mas persa).
18) As exigências israelenses de desmilitarização do futuro Estado palestino e da manutenção de forças militares no vale do Jordão hoje se somam a problemas do lado palestino para impedir um acordo de paz.
19) O objetivo histórico de construir um Estado árabe em toda a antiga Palestina Britânica afinal tomou forma no grande mito da “causa dos refugiados”, ou seja, na promessa de “retorno” dos milhões de descendentes dos palestinos refugiados da guerra de 1948. O fato de a maioria dos refugiados de então já haver morrido, e de seus descendentes serem na verdade naturais do Líbano, da Síria, da Jordânia ou do Egito, e não poderem, por definição, retornar para um lugar onde jamais estiveram – o território israelense –, não impediu a mobilização desse mito como razão ideológica principal para a defesa do objeto de destruir Israel. Pois o motivo seria então “humanitário”, resolver o problema dos “refugiados” palestinos. Sequer o fato de que tal “solução” implica numa guerra de agressão a outra população (pois os israelenses jamais o aceitariam a não ser por uma derrota militar) impediu a manutenção do mito político dos “refugiados”. Mito, não porque eles não existam, ou seja, esses milhões de descendentes dos milhares de refugiados de 1948, mas porque não se trata de um retorno (para o território israelense) nem dos verdadeiros refugiados (e sim de seus descendentes). Trata-se, mais uma vez, do objetivo histórico de destruir Israel, aqui pela chamada “bomba populacional”. O que resultou na “bomba ideológica”, hoje impossível de desarmar, da “causa dos refugiados”: nenhuma liderança palestina é capaz de explicitar que se trata de um mito, pois não há qualquer realismo em tal demanda.
20) Por mais absurdo que possa parecer, a atual condição de párias dos descendentes dos refugiados palestinos de 1948, que não possuem a cidadania dos países nos quais nasceram, é uma exigência palestina. Para manter o mito dos “refugiados”, as lideranças palestinas não somente jamais pleitearam que seus descendentes obtivessem uma nova cidadania, como exigiram que isso não acontecesse quando houve ofertas a respeito (por exemplo, da Jordânia).
21) O outro grande mito palestino diz respeito às colônias israelenses na Cisjordânia. Protocolos secretos recém-divulgados confirmaram a verdade da intenção israelense de trocar territórios. Ou seja, as maiores colônias não seriam destruídas, mas incorporadas a Israel, em troca de áreas equivalentes do norte do país, entregues ao futuro Estado palestino. O motivo de as colônias não serem destruídas é que não podem ser destruídas. Uma vez que as maiores contam com centenas de milhares de habitantes, incluindo de bebês a idosos, e que elas teriam de ser destruídas pelo próprio exército de Israel (dificilmente Israel entregaria a tarefa a forças árabes...), o resultado seria uma guerra civil israelense. E Israel não entrará voluntariamente em guerra civil para viabilizar o Estado palestino. Se não o fará, as maiores colônias da Cisjordânia não serão destruídas. Mais uma vez, um mito ideológico do nacionalismo palestino impede uma solução geopolítica racional (a troca de territórios).
22) A saída de Israel de Gaza em 2005 mais uma vez não resultou no início da construção do Estado palestino. Na verdade, resultou em uma miniguerra civil, com o grupo Fatah (que hoje governa apenas a Cisjordânia) sendo expulso pelo Hamas, grupo terrorista islâmico aliado ao Irã, ao Hezbolá libanês e à Irmandade Muçulmana egípcia. O Hamas nega o direito de Israel de existir como Estado independente.
23) O Fatah e o Hamas, no entanto, resolveram recentemente “superar” suas diferenças (apesar de o Hamas não reconhecer Israel, negar os acordos já assinado entre as partes e se recusar a renunciar ao terrorismo), a fim de juntos pleitear, na ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967. Isso acontecerá (a tentativa na ONU) em setembro.
24) Uma vez mais, não é que o parece, não é o que se declara, não é o que se pretende. Os palestinos sabem que as fronteiras de 1967 são, por tudo isso, mais um mito de seu nacionalismo politicamente inepto e historicamente derrotado. Insistir no erro, em vez de mudar de rumo, em direção ao realismo e ao racionalismo geopolíticos, obviamente não garantirá um resultado jamais alcançado. Então, do que se trata?
Tão logo consiga [o reconhecimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967 pela ONU], a Autoridade Palestina poderá iniciar um movimento global para forçar Israel a retirar seus colonos e forças de segurança, sobe pena de enfrentar sanções e perder legitimidade (Thomas Friedman, “O que fazer com os limões?”, The New York Times, reproduzido por O Estado de S. Paulo, 21 de junho de 2011).
25) Ninguém em relativa sã consciência imagina que Israel recuará desse modo, nesses termos e em tais condições. O corolário é que, mais uma vez incapacitada por seus impedimentos políticos e ideológicos de trilhar o caminho da racionalidade e do realismo, a liderança palestina (Hamas incluído) fará uma nova tentativa de deslegitimar Israel. Historicamente, desde 1948, isso se mostrou, não o caminho para a paz, mas para a guerra. Não será em 2011 que magicamente mudará de significado. Ou de consequências.
A VINDA DO FMI
assim é, que a vinda do FMI é o melhor para Portugal.
Por isso eu canto do FMI a singular coragem...
A bem da colossal empresa, a bem da ciclópica lavagem:
pagar as dívidas e pôr em dia as contas da nação.
Necessário será agora, fazer das tripas coração,
o resultado de acreditar num político aldrabão.
Há sempre um bem que vem por mal,
assim é, que a vinda do FMI é o melhor para Portugal.
Tarde demais para greves, comícios e acampadas,
mais honra, mais trabalho e menos tempo nas bancadas.
Difícil vai ser agora, gastar mais do que se ganha
em projectos inúteis para alimentar a campanha.
Há sempre um bem que vem por mal,
assim é, que a vinda do FMI é o melhor para Portugal
Sim, realmente, fazer contas nunca foi o nosso forte:
mais a retórica, poesia e discursos de grande porte.
Coitado do FMI, ainda há neste país quem lhe seja hostil,
atitude incompreensível e deveras imbecil,
quando é certo e seguro que neste momento, a sua vinda
é para nós mais importante que a descoberta do Brasil.
Porque sábado foi véspera de domingo
Não encontrei a versão dos Manhattan Transfer
I'm headin' for the station with a pack on my back
I'm tired of transportation in the back of a hack
I love to hear the rhythm of the clickety-clack
And hear the lonesome whistle, see the smoke from the stack
And pal around with democratic fellas named Mac
So take me right back to the track, Jack
Choo choo, choo choo ch'boogie
Woo woo, woo woo ch'boogie
Choo choo, choo choo ch'boogie
Take me right back to the track, Jack
You reach your destination, but alas and alack
You need some compensation to get back on the black
You take a mornin' paper from the top of the stack
And read the situations from the front to the back
The only job that's open needs a man with a knack
So put it right back in the rack, Jack
Choo choo, choo choo ch'boogie
Woo woo, woo woo ch'boogie
Choo choo, choo choo ch'boogie
Take me right back to the track, Jack
Gonna settle down by the railroad track
And live the life of Riley in a beaten-down shack
So when I hear the whistle I can peep through the crack
And watch train runnin' when it's ballin' the jack
Well I just love the rhythm of the clickety-clack
So take me right back to the track, Jack
Choo choo, choo choo ch'boogie
Woo woo, woo woo ch'boogie
Choo choo, choo choo ch'boogie
Take me right back to the track, Jack
Choo choo, choo choo ch'boogie
Woo woo, woo woo ch'boogie
Choo choo, choo choo ch'boogie
Take me right back to the track, Jack
Take me right back to the track, Jack
Porque ontem foi domingo
Não encontrei a versão dos Manhattan Transfer
CHORUS:
Trickle, Trickle, Splash, Splash
Tell me how long will this rain last
The rain keeps droppin', there ain't no stoppin',
Tell me how long will this rain last
Trickle, Trickle, Slop, Slop
Just got to see my sweet gum drop
She's there waitin' and I'm hesitatin'
Tell me just when this rain will stop
Ronnie, dig my clothes here boy,
One button low,
Well, you know I'm sharp, as a tack,
Say can you lend me your Cadillac
Gotta go, gotta go to a party - yeah
Please lend me your short
Well if I can't take it,
You know I can't make it,
I won't see my baby no more.
CHORUS
Ronnie, she's sweet, she's fine yeh boy,
And I love her so.
Well if I don't make the party,
Man - she sure to blow.
Gotta go, gotta go to the party - yeh,
Please lend me your short,
Well if I can't take it, you know I can't make it,
I won't see my baby no more.
CHORUS
Trickle, Trickle, Slop, Slop
Just got to see my sweet gum drop
She's there waitin' and I'm hesitatin'
Tell me how long will this rain last
Tell me how long will it last
Esse esqueleto não é meu IX
domingo, 26 de junho de 2011
Divulgação - Jazz
Mastúrbios XVI - Grupois de tranbalho em indignacarologia
- Grupo de Trabalho – Comunicação
- Grupo de Trabalho – Coordenação Interna
- Grupo de Trabalho – Inter(nacional).Lisboa
- Grupo de Trabalho – Mobilização Directa
- Grupo de Trabalho – Propostas e Mudanças
- Grupo de Trabalho – Permacultura
- Grupo de Trabalho – Pagamento da Dívida
- Grupo de Trabalho – Revoluções Árabes
- Grupo de Trabalho – Soberania Alimentar
Parida uma única resolução, uma tirada nazi e anti-semita, já há 9 ministérios. Os indignácaros propõem-se agora repetir a dose aprovando mais uma moção nazi e anti-semita indiciando que a lista de burocratas vai aumentar ... muito embora o total de mastúrbios tenha vindo a encolher.
O número de "assembleias" tem ainda vindo a diminuir à proporção inversa do número de ministérios.
... isto é que é "trabalhar".
sábado, 25 de junho de 2011
Valha-nos Toutatis
I raised this point in 1998 when ISS assembly began and was told it would be disassembled and the parts returned to Earth on the shuttle.
Cem anos de feriado de S. João
[...]Não deixa de ser irónico que, em plena República laicista e com assomos jacobinos, tenha sido o Santo que baptizou Cristo a nomear um feriado criado por iniciativa de um organismo republicano, mesmo que as festividades fossem sobretudo pagãs. Em todo o caso, é graças a esse referendo municipal de há cem anos que hoje em dia podemos festejar o Baptista e a chegada do Verão, sabendo que no dia seguinte se pode sempre recuperar das mazelas.
Esse esqueleto não é meu VIII
.
A corda no próprio pescoço...?
[Suponho, seja esta, a notícia do Público]
O jornal Público, aquele jornal que como diz o ditado popular, tem dias pois é capaz do melhor e do pior, deu a lume uma notícia referente à absolvição, a meu ver muito sensata e justa, de Geert Wilders.
Como mais se recordarão, Wilders tinha tecido críticas muito vivas aos islâmicos e à sua intolerancia que se expressa em actos que não necessitamos de se relembrar. Tal lhe valeu ser processado por organizações islamitas, que nunca se deram ao trabalho de ter gestos de mansuetude e tolerancia para com o Ocidente e os ocidentais.
A notícia do Público é claramente parcial. E no seu fórum, eis a forma como o nosso confrade Manuel Caldeira, serena e articuladamente, respondeu:
A corda no próprio pescoço...?
Porque insistem em lhe chamar líder da, e cito, extrema-direita? É um designativo que me cheira a acinte politicamente correcto ou então, muito mais grave, de clara manipulação. Creio que tenho legitimidade para dizer isto, pois o que este homem tem feito é manifestar-se, neste capítulo, contra a ardilosa imposição "islâmica totalitária". A esquerda acintosa, entre a qual não gostaria de incluir certos sectores, intuo, do Público, ainda não entenderam que subjacente a esse Islão está o fanatismo chantagista? Correndo o risco de me censurarem este comentário, creio que era imperativo dizer isto. E de nada mais curo, de momento. Cada um que fique com os actos que pratica. E viva a Democracia!
ns
sexta-feira, 24 de junho de 2011
AS CRÓNICAS EVENTUAIS
OS SALTEADORES DA ARCA PERDIDA
Este título, verdadeira incursão no senso de humor mais desanimado, está aqui apenas para sublinhar uma evidência: como a dada altura o herói de Spielberg, Indiana Jones de seu nome, conclui com certa ironia, “afinal o Xis marca o lugar”.
Ou seja: na nossa triste circunstancia nacional, que umas vezes é mais triste e outras menos triste, a realidade – ultrapassando a ficção – vê-se por vezes de novo ultrapassada pela ficção. E vice-versa, num jogo cruel, ou divertido, de luz e de sombra conceptualmente e societariamente falando.
Vejamos, por exemplo, o caso alegadamente impagável mas a meu ver compreensível de futuros magistrados que, numa atitude que diz bem como as coisas por cá vão (e continuarão a ir, pese à maquilhagem que os senhores próceres do ramo irão fazer cair sobre esse infelicíssimo sector) se entregaram a uma presumivelmente gratificante sessão de copianço, que alguns cavalheiros têm classificado como “lamentável”. Repare-se que nenhum deles – et pour cause - falou em criminal ou obscenamente vergonhoso. Ou seja: a delicadeza, que não confundo com descaramento ou elegancia discretamente cúmplice, segue sendo a tónica desses esteios sociais.
Eu não gostaria de me estar a citar, pois posso ficar parecido com aquele conhecido geniaço televisivo que…Mas não ponhamos mais na carta: desta vez tenho mesmo de me auto-citar e recordar que em 2002 escrevi e publiquei um texto – que tive o gosto de enviar a muitas gentes, uns confrades e amigos (reagiram bem) outros só conhecidos (alguns desses ou nem me responderam ou deixaram de me falar – por medo de se comprometerem? por sentirem as barbas de molho? – um punhadinho tentou mesmo que os donos, na altura, do país me fizessem a folha – texto esse de seu título “O crime e a sociedade”, onde as características do Sistema Judicial luso eram no contexto analisadas.
Referi então que as actuações dos digníssimos magistrados e demais parafernália, que em geral provocam a desconfiança ou a indignação, senão mesmo pior em casos mais destacados de alegada pouca-vergonha expressa detectada por observadores sérios, é lógica e natural e não decorre de esses senhores serem maus ou burlões, ou conscientemente criminosos. Não! Os actos prejudiciais para a Nação e os cidadãos são um cerne. Fazem parte da estrutura. Do estatuto. Por outras palavras: numa “sociedade criminal” é tão lógico um magistrado ser o que alguns diriam caviloso ou prepotente como o é um tigre comer um veado ou outro animal objecto de predação.
Para essa estruturação social a pessoa humana é singelamente supranumerária, é apenas um número. Não objecto de vingança ou maldade, pois esses operadores, sem dolo algum, não têm consciência de que procedem mal, se olhados de fora. É-lhes intrínseco enquanto seres sociais.
Assim, já se compreende que a senhora directora do CEJ, de maneira honrada possa vir pedir uma reunião urgente à novel ministra da Justiça para lhe comunicar, conforme os mídias se fizeram eco, que “a torrente de notícias sobre o CEJ que continuam a ser veiculadas põe em grave risco a imagem e credibilidade da instituição”.
É escusado tentar-se que essas senhoras directoras e tudo à volta entendam, percebam, que o que fere a imagem desse CEJ é a sua dele própria existência num estado criminal. Tal como é dispiciendo gente vir com fúria exigir que a senhora seja posta na rua. Como disse Mark Twain, “Se Moisés não tivesse existido, teria existido outro indivíduo…com o mesmo nome”…
Por outras palavras: numa sociedade estruturada desta maneira (sociedade criminal) é inevitável que estas coisas existam, mas o mais grave não é isso. O realmente grave é o facto de que, com potencial certeza, os nossos Tribunais estão repletos de pessoas que, a exemplo daqueles, são criação e função de organismos que existem dessa forma própria, que visam serem não agentes de um Estado de Direito mas sim emanações de um Estado de privilégio, sedimentado e cimentado pelos seus laboratórios específicos.
É isso que explica, por exemplo, que membros duma entidade que é órgão de soberania tenham Sindicato.
Se o novo Governo quer de facto que o Estado de Direito exista (ou venha concretamente num futuro a existir, pois de facto não existe actualmente), crie leis que extingam o mais rapidamente possível esses sindicatos. E averigue se, durante o tempo em que existiram, eventualmente ainda que sem maldade agiram de forma diferente para o que os sindicatos em rigor existem - dar sustentáculo e ajuda às reivindicações salariais/profissionais dos seus membros.
De contrário, a sua acção presuntiva de quererem criar uma Justiça justa é/será apenas teatro ingénuo ou ardiloso.
Tenho o actual primeiro-ministro e os membros do seu governo como pessoas sérias, interessadas no bem da Pátria (e também gente lúcida, que sabe que se falhar ficará sem cabeça simbolicamente falando…).
O que se lhes pede, e nem digo exige, é que não sejam ingénuos, nem vão na onda de uma sociedade criminal que tenta continuar a sê-lo pelos muitos anos em fora.
ns
Mastúrbios XV - Indignácaro exercício de anti-semitismo nazi
Este movimento não é mais que um novo furúnculo de ideologia fascista. O que os mantém vivos é o mais puro ódio ao judeu, à democracia, à liberdade.
"Cenas obscenas de estalinismo explícito"
É o título deste novo artigo de Luís Dolhnikoff:
Aconteceu na primeira metade de junho em Brasília. “Blogueiros” autoproclamados “progressistas”, mas cuja independência cessa à porta de seu próprio encontro, foram mais uma vez patrocinados pela Petrobrás, pela Fundação Banco do Brasil, pela Itaipu binacional e pelo governo do Distrito Federal para mais uma vez discutir um “novo marco regulatório” e o “controle social” da mídia brasileira. Além dos “blogueiros progressistas”, o destaque foi para dirigentes do PT, esse partido igualmente “progressista” e “independente”.
Dois pontos se realçaram. Em primeiro lugar, a fala de Lula, o Grande, clamando contra os “falsos formadores de opinião”. À primeira vista, trata-se de “formadores de opinião” não-verdadeiros, logo, de pretensões irreais e irrealizadas. Mas, se o são, quem perderia tempo com eles? Deve-se então, como é inevitável, interpretar o pobre português e as ideias empobrecidas do ex-presidente, vazadas em linguagem ao mesmo tempo panfletária, imatura e popularesca. “Falsos formadores de opinião”, na verdade, quer dizer “formadores de opiniões falsas”. E como ele se referia à “grande mídia”, além de ela ser, então, responsável por formar opiniões falsas, há quem possa formar as opiniões verdadeiras.
Não é surpresa que quem detém tal capacidade, na opinião dos presentes, sejam os autoproclamados “progressistas” – em oposição, portanto, aos “reacionários”. Para quem não sabe, progressistas era como se autointitulavam em público as “forças de esquerda” no tempo da Guerra Fria. Trata-se de um eufemismo: como ser “de esquerda” era então “incompreendido” por muitos (por exemplo, a classe média), além de perigoso, sejamos “progressistas”. Não bastasse um eufemismo, é também jargão dos velhos grupelhos “de esquerda”.
Conclui-se, em todo caso, que aqueles capazes de garantir as opiniões verdadeiras, logo, a verdade, são esses mesmos “progressistas”. É compreensível. Lula sonha, no fundo (mas não tão no fundo assim), em ser ungido o “pai do povo brasileiro”. Não só ele acredita em seu próprio caráter messiânico, como quem se crê um messias não pode encarar a crítica como algo natural e, no caso da política, inevitável. O Messias, por definição, traz a verdade. Logo, seus antagonistas (termo que Lula tem adotado para se referir aos seus adversários) só podem ser falsos profetas, falsos formadores da opinião popular.
Os seguidores do Grande Líder, do Salvador do Povo, comungam de sua verdade. Companheiros do Grande Líder, são então os iluminados representantes do Povo, a quem cabe combater as ações deletérias dos falsos profetas, que enganam e desviam esse mesmo Povo. Daí sua defesa do “controle social” sobre os “falsos formadores de opinião”. Pois, naturalmente, o controle social não será feito pela sociedade em si, que é amorfa e passiva, mas por seus salvadores, que são “conscientes” e ativos.
O presidente do PT-SP, Edinho Silva, conclamou os colegas a apoiar o "controle social" da imprensa. "Temos de fazer o debate" (Márcio Falcão, “Lula ataca mídia e pede regulamentação”, Folha de S. Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1806201120.htm).
Mas apesar das ótimas intenções, o estilo é para lá de duvidoso. “Fazer o debate” é, mais uma vez, um tão velho quanto feio clichê “vanguardista”, dos antigos “aparelhos”, os grupelhos clandestinos que combatiam a ditadura militar visando substituí-la pela “ditadura do proletariado” (Dilma Doucheff, José Dirceu – presente ao encontro “progressista” – e Franklin Martins – o “muso” do encontro – fizeram, não por acaso, parte de tais grupelhos). Como se trata, assim, de tortas mentes estalinistas (que uma vez entortadas, muito dificilmente desentortam, até porque defendem ativamente sua verdade), useiras de uma espécie de novilíngua vermelha (apesar de hoje tão velha), “fazer o debate” não significa fazer um debate, pôr em discussão, mas sim colocar no alto da lista uma decisão já tomada e, agora, vista como prioritária. De fato, não se imagina que essa gente, neste caso, vá “fazer o debate” de modo a concluir, por exemplo, que talvez não se deva instituir nenhum “controle social” da mídia. Portanto, o “debate” já está feito, e “fazê-lo” é, na verdade, determinar que o grupo proclame a decisão “iluminada” dos “progressistas”. Para, em seguida, tentar impô-la à sociedade.
Afinal, tudo isso resulta em uma tremenda vontade de rir. Mas há uma sombra nesse riso. Essa gente já demonstrou do que é capaz quando detém um poder não mitigado pelos mecanismos de controle e equilíbrio da “democracia burguesa” – entre eles, não por acaso, a liberdade de imprensa e a transparência da informação, marcas e marcos da sociedade aberta (enquanto ocorria o encontro “progressista”, Dilma Doucheff envolveu-se com a defesa do sigilo perpétuo de documentos oficiais e também dos orçamentos da Copa e das Olimpíadas; os que acreditam ter isso a ver com o “jogo político”, ou seja, com o “jogo político” apenas, sem qualquer ressonância no DNA ideológico da “presidenta”, logo, que não passa de uma coincidência, talvez mereçam viver num país em que a mídia é “socialmente controlada”, pois para esses não fará afinal muita diferença).
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Mastúrbios XIV - Estudo sobre um indignácaro estudo
O Grupo de Trabalho de Comunicação e mais especificamente o sub-grupo Web discutiu o tema com diversas pessoas e grupos ao longo de semanas e chegou à conclusão que a decisão de avançar não era mais adiável.O especifico sub-grupo Web, um dos milhentos sub-grupos do Grupo de Trabalho de Comunicação, gastou diversas semanas discutindo com diversas pessoas para decidir que avançar não era mais adiável.
Sugiro que para a próxima se abstenham de ir à retrete até que haja uma decisão.
E agora?
Mas alguns líderes europeus, acreditando que Kadafi ia repetir o guião de Mubarak e Ali, venderam o porco antes de o terem morto.
Quando Kadafi se recusou a fazer de morto, os franceses resolveram intervir de modo a apressar o desenlace.
Atrás dos franceses vieram os americanos, ingleses, etc. O ideia era boa. Uma vez feita a aposta, nada mais se pode fazer do que puxar pelo cavalo e, se possível, armadilhar os outros cavalos.
O problema é que, como consta em todos os manuais de estratégia, quando se decide ir à guerra, tem de se usar a força necessária para neutralizar o inimigo. É como numa luta de rua: o ideal é dar o primeiro golpe de tal modo que o adversário fique logo fora do combate. Um conflito em que se começa por trocas de mimos, insultos, empurrões,ora aora bate tu, ora agora bato eu, tende a subir aos extremos e a deixar marcas em ambos os contendores.
Na Líbia, esta troca de galhardetes já leva mais de três meses e os líderes europeus que iniciaram esta guerra às pinguinhas, para "proteger civis" e outras banalidades politicamente correctas, descobrem que lhes falta estômago para guerrear a sério.
Estavam convencidos que uma bomba aqui e uma bomba ali eram suficientes.
É assim que as guerras se perdem: quando os decisores mandam às malvas o principio da massa.
Ou seja, avançou-se para a Líbia sem objectivos claros, a meio gás e sem ter sequer uma ideia de quem ficaria no poder mesmo que Kadafi caísse. O facto de estarmos a apoiar uma nebulosa que inclui jihadistas e islamistas, devia ter instilado alguma prudência.
E agora, passados três meses, descobre-se que Kadafi se mantém impassível e não arreda.
É óbvio que não se vai render nem fugir. Como não é tonto e sabe quais os tabus prevalecentes nas nossas sociedades, trata agora de fazer o que fazem, por exemplo, Hamas, Hezbolah, etc: coloca os seus meios militares no meio da população civil.
E agora?
Pois é.
Agora os líderes europeus, que tanto criticam as respostas "desproporcionadas" dos israelitas aos ataques dos árabes, descobrem que cuspiram para o ar e que, por vezes, isso implica que a lostra lhe cai na própria testa.
Que fazer?
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Os "boys" também se indignam
Os "boys" e "girls" nomeados por Sócrates para o dolce fare niente dos Governos Civis, ficaram indignados por Passos Coelho lhes ter dito que eram animais em vias de extinção e demitiram-se.
Fizeram bem.
De uma assentada os impostos dos portugueses deixam de pagar a boa vida de uns tantos inúteis refastelados à mesa do orçamento.
E, claro, depois de uma boa vassourada organizacional, serão menos uns milhares de viaturas, instalações, assessores, secretários, motoristas, etc.
Quem der um salto ao blogue do novo Ministro da Economia verá lá isto, ou seja, uma floresta da poleiros entre os quais há imensos galhos que não servem para nada.
Hora de começar a poda!
Cavalo de Tróia
Uma revolução tão subtil como telúrica, está a acontecer na Turquia, sob os olhares complacentes e, por vezes, embevecidos, do Ocidente.
Revolução cuja importância se pode comparar à que aconteceu no Irão, em 1979 e que afastou esse país da órbita da modernidade e da ocidentalização, lançando-o o seio do “lado negro da força”.
O partido islamista, AKP, chefiado por Recip Erdogan, acaba de ser eleito para um terceiro mandato, tendo obtido mais 5 milhões de votos do que no mandato anterior.
A agenda islamista é ambiciosa e passa por aprovar uma nova Constituição que irá enterrar definitivamente a herança modernizadora de Kemal Ataturk.
Ataturk, relembre-se, chegou à conclusão de que a decadência otomana se devia ao lastro com que os valores e instituições islâmicas carregavam a sociedade. Feito o diagnóstico, de uma assentada, mudou o alfabeto, do árabe para o latino, e desencadeou uma implacável repressão que afastou a religião islâmica para um canto, colocando-a sob controlo.
A Constituição que legou, firmava esse controlo e atribuia às Forças Armadas um papel essencial na defesa da laicidade e das instituições.
O relativo sucesso da Turquia (em comparação com os restantes países muçulmanos), deve-se, segundo muitos autores, a esta visão de Ataturk.
Mas a ascenção de Erdogan e do seu partido, está paulatina e deliberadamente, a destruir Ataturk e o seu modelo de sociedade.
É verdade que o AKP não logrou os deputados necessários para alterar a Constituição a seu bel-prazer, mas é também verdade que, dada a influência quase mafiosa que tem na sociedade turca, não terá qualquer dificuldade em fazer os negócios limianos que para isso concorram.
Nestes últimos anos o partido islamista infiltrou-se nas instituições, nas empresas, nas escolas, em todo o tecido social, e tem um poder real que vai muito para além do institucional. “Limianizar” alguns deputados é fácil, pelo que a Turquia terá, brevemente, uma nova Constituição.
Nos próximos tempos iremos também ler e ouvir encómios delirantes ao processo de “democratização” turco, por parte de alguns responsáveis europeus que continuam a ver apenas aquilo que querem ver, condicionados por antigos reflexos.
E o que querem ver, é uma Turquia “democrática”, na qual o Exército está sob controlo do poder civil, como mandam as cartilhas.
Que esse poder civil seja islamista, que persiga às claras jornalistas, militares e magistrados, calando toda a oposição aos seus projectos, parece importar menos do que devia
Entretanto Erdogan, entre feios espichos de anti-semitismo à “Galiano”, vai dizendo o que realmente pensa, ou seja, que a “democracia é como um autocarro...quando chegas ao teu destino, sais”. As acções, essas, falam por si: foi esta elite islamista que apoiou uma flotilha de extremistas contra Israel; foi esta Turquia islamista que se colocou do lado do Hamas, do Irão e da Síria, contra o Ocidente; é esta Turquia que ocupa metade de Chipre e reprime violentamente os curdos.
Face a isto, o que realmente espanta é que ainda haja “especialistas” que recomendam a entrada da Turquia na UE, esquecendo que os turcos são agora os donos do local onde os troianos meteram clamorosamente os pés, ao receber no seu perímetro um belo presente envenenado que ficou para a História com o nome de “Cavalo de Tróia”.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Alguém tem saudades ...
Mastúrbios XIII - 4 indignácaros 4
Dos 4 JÁgunços, 2 eram espanhóis. A "gloriosa luta contra a democracia burguesa" não se saldou num enxerto de porrada em cada um mas deveria ter-se saldado, com particular ênfase nos espanhóis.
Conservacionismo-ML
Para começar está bem.
Estados Unidos da Europa: Pois claro ...
The real problem is political and cultural. There is not a strong enough common political identity in Europe to support the single currency.O que se tem vindo a afirmar há anos, aqui, no Fiel Inimigo.
Uma caricatura vale mais que mil palavras
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Genocídio "ambientalista"
Segundo Monckton:
That same faction banned DDT worldwide. The consequences are on the slide there. The number of deaths went up from 50,000 a year to a million a year and stayed there for 40 years. 40 million people, nearly all of them children, died of malaria solely and simply because DDT had been banned for no good scientific reason or environmental reason whatsoever.Leitura complementar: Scared to Death
Bloquista não foi eleito Presidente da AR
Fica aqui assinalado o pensamento da luminária agora substancialmente neutralizada.
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Mastúrbios XII - Assembleias populares qunzenais, nova espoja e "boas-vindas" ao novo governo
Aparentemente não se realizou qualquer "assembleia popular", muito embora, para mal dos calhaus do Rossio, tenham depositado a bunda no chão. Pelo menos eles não o anunciam e eu tive mais que fazer.
Nas últimas 3 semanas só têm pensado nos ganzas que foram dentro e que, entretanto, para seu desgosto, foram ilibados. Perderam a oportunidade de afirmar que a justiça burguesa a soldo da CIA, do FMI, da Mossssad e de Busssssh os tinha catrafilado. Isto não os impedirá, numa próxima "assembleia popular" de aprovar mais uma moção anti-semita (a única coisa até agora aprovada).
Anunciam agora que vão dar as "boas-vindas" ao novo governo. Estar-se-ão a preparar para serem, novamente, engavetados ou estarão a tentar apresentar trabalho para evitarem que o Anacletinho seja 'vítima' de uma purga?
Esse esqueleto não é meu - III
«hey! teacher! leave them kids alone!»
«Chumbar» ou «reprovar» um aluno no sistema de ensino público português chama-se «reter», e só pode acontecer mediante certos esotéricos «pressupostos», onde não figuram a capacidade do aluno, a sua aplicação ao estudo, a vontade de aprender e aquilo que ele sabe ou não sabe, mas uma «avaliação extraordinária» da dramática circunstância de repetir o ano, e, pasme-se!, a autorização do progenitor da jovem vítima da maldade recalcada dos professores que o querem prejudicar. A escola pública portuguesa, filha dilecta do Émile de Rousseau, não conhece nem distingue competências, nem o mérito, nem o esforço de uns e a displicência de outros. Para os nossos discípulos do Maio de 68, versão light à Roger Waters do «Hey! Teacher! Leave them kids alone!», «não há rapazes maus», como bem lembrava o saudoso Padre Américo. Nivelar classificando por baixo, ou nem sequer classificar coisa alguma, é o paradigma da nossa escola, onde reprovar é palavra proibida e obrigar a aprender quem ainda não aprendeu pode ser um trauma socialmente insuportável. O esforço de transformar décadas e décadas de facilitismo, entretanto convertido em cultura estabelecida, não é para um ministro, nem para um governo, nem sequer para uma legislatura. Ainda assim, boa sorte a Nuno Crato e a Passos Coelho. Por algum lado é preciso começar e esperemos que eles não deixem de o fazer.
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...